Tenham um bom sábado e fiquem com novo capítulo de Stop! O negócio dos OTPs trocados tá tenso!
Capítulo 10: She’s My Girl
Louise POV
Acordei cedo para fazer o
café da manhã. Passei a noite toda pensando e chorando sobre o que fiz. Minutos
depois Odile me enviou uma mensagem, exigindo que eu vá para o estúdio. Se ela
me mandou esse aviso, significa que... Gerd esteja lá! Por incrível que pareça,
me encheu de alegria. Parece que meu sofrimento se equipara com de Madame
Tourvel, em Ligações Perigosas.
Ela também foi seduzida por Valmont.
Algo que vem me intrigando
era Dianna. Naquele dia onde Davy e eu voltamos, ela veio conversar comigo. A
conversa era mais ou menos assim.
FLASHBACK ON
-- Estava com saudades de você. – Ela dizia
enquanto me beijava.
-- Di, por favor, pare! – Neguei os beijos dela. –
Não quero me encrencar com Emma de novo.
-- Amorzinho, ela entende sobre nós. Afinal, eu a
suportei com a Felicity. Por que não com você?
-- Emma acha que eu destruí seu noivado. –
Justifiquei.
Ela se calou aí e novamente voltou a me questionar.
-- Lulu, você não questionou o Davy se ele... se
envolveu com outra pessoa enquanto estiveram separados?
-- Não. – Respondi secamente, enquanto tomava água.
– Eu sei que ele não seria capaz disso. E mesmo se fosse, independendo quem for
essa mulher, eu vou odiar e muito!
Quando olhei para Di, parecia assustada e o dedo
indicador dela tremia.
-- Dianna, está tudo bem?
-- Sim. --
Notei que ela tentava disfarçar. – Só estou um pouco ansiosa.
FLASHBACK OFF
Apesar disso, eu procurei
ignorar mas também vem me despertado atenção quando Davy na noite passada
falava o nome dela. Por conta disso, as desconfianças e meus sinais que esteja
gostando de Gerd, decidi que iria parar de reter Davy.
Ele se acordou e sorriu
para mim. Deu-me um beijo no rosto e não na boca de selinho como sempre faz.
Acho que ele também não está gostando mais de ficar comigo. Porém eu só diria
isso pra ele após as gravações da cena.
E durante a ida ao estúdio
improvisado de Odile, Davy não pegou na minha mão e não disse nada. Quando
descemos do carro, eu pude encontrar Gerd. Sim, o urso alemão. Mais encantador.
E... Com bigode tão fofo. No entanto tive de voltar à realidade. Ele está
acompanhado da Dianna. Não...Não pode ser! Quando finalmente quero aceita-lo,
me acontece isso. Deve ser isso que Madame Tourvel sentiu quando Valmont a
menosprezou e terminou a relação. Céus, como eu queria chorar! De raiva, de
tristeza, de tudo!
Davy me puxou para dentro
e fui direto pro camarim. Ele me ajudava nas falas, como sempre faz. Depois
Felicity apareceu e Davy se retirou, na pressa. O que pode ter acontecido com
ele pra evitar Fefe?
-- Está pronta, prima? –
Perguntou, enquanto penteava meu cabelo e me maquiava.
-- Um pouco. – Respondi
sem muita convicção.
-- Deve dizer que está
pronta! – Fefe se mostrava otimista. – Hoje não é cena de sexo. E sim um drama
forte. Tenha nervos de aço!
A cena em questão se trata
de Felix exigir uma resposta de Poppy sobre o relacionamento clandestino deles,
afinal, ele é o professor e ela uma estudante da universidade. E esta cena
teria uma carga dramática que segundo Odile, traumatizaria qualquer “cardíaco
romântico”. Adoro quando minha amiga usa uns termos estranhos para definir as
reações do público.
Então desci as escadas e
fui para a sala pronta de estúdio. Uma réplica exata do que seria uma sala de
aula. Odile mais uma vez conversou comigo e deu aquelas recomendações, do tipo
se eu me sentir mal, que ela pararia de gravar pra me socorrer. Joanna estava
lá e sorria pra nós duas e ainda por cima suas duas melhores amigas e colegas
do tempo do teatro, Renée Chapelle, a prima de Felicity por parte da tia Sophie
e Alberta Mann. Elas estavam na cidade para a ópera rock Drácula e também
aproveitaram para visitar a ruiva. Sentia muita falta delas.
Na porta observei Gerd.
Ele recebia as recomendações e dicas por parte de Mickey e Franz. Estava bem
ansiosa. Agora sim vamos as gravações. Antes do meu irmão mostrar a claquete,
avistei Alice entrando. Ela estava bastante animada e correu até onde estava e
me roubou um beijo.
-- Tenho muitas novidades,
meu sol. Mas contarei depois da cena.
E agora, era hora de
gravar.
-- Cena da sala de aula.
Tomada 1! – Avisou Mickey e se retirando com a claquete.
-- Luzes, câmera... –
Ordenava Odile, apontando para cada um dos objetos. – Ação!
Conforme o roteiro, segui
tudo fielmente. O momento que Poppy entra na sala de aula, senta numa das
classes, espera algum colega e possivelmente o professor, no caso, Felix. A
reação dela demonstra que ela espera mais pelo docente. Enquanto não aparece,
ela ajeitava seus óculos por causa da miopia irritante.
Olhei de relance para a
câmera, indicando que Poppy olhava para a janela, se levantou e caminhou até
ali. Nem dei cinco passos e o professor de cara amarrada e bigode que o deixava
um verdadeiro Super Mario surge, sim, Felix Helström. Ele me encarava muito
sério. E pela primeira vez, eu tive medo.
Gerd evoluiu muito de uns
dias pra cá. Antes o via como um canastrão, agora ele está aqui, equilibrando
bem o lado jogador profissional e um bom ator. E isso graças a mim. Nestas
horas eu me orgulho do que fiz. Eu também fiz minha parte, demonstrando uma
Poppy em dúvida e sem respostas para as perguntas freqüentes dele e que para
ela, soava como algo difícil. A próxima parte ficou tensa. Era o momento que a
estudante se retira da sala mas Felix agarrou forte o braço de Poppy e a
prensou na parede, com os olhos faiscando de raiva.
E ali, o meu medo aumentou
drasticamente. Mesmo Gerd falando exatamente como está no roteiro, não era essa
reação que ele deve agir como Felix. A personagem dele é um pouco estúpido e
rude, não agressivo e violento. E ali parecia que Gerd não incorporava o
professor e sim... Ele mesmo! Me xingando, exigindo uma resposta coerente de
mim e espumando de raiva, ao mesmo tempo que seus olhos perscrutavam algo de
mim e até mesmo ele bateu com o punho fechado no quadro negro. Gerd continuava
a me agredir com palavras e percebi ali que ele está mesmo sério. Meu coração
batia forte demais, rápido demais e meus olhos se enchiam de lágrimas, ao mesmo
tempo que sentia falta de ar e uma vontade de sair correndo dali. Foi aí que
não agüentei. Tampei os ouvidos para não ouvir mais nada dele e gritei. Gritei
tanto que Odile mandou cortar a cena.
Sai correndo e fui para o
quarto de Odile, trancando a porta e me jogando na cama. Chorei compulsivamente
e solucei demais. Odile, Felicity e minhas amigas batiam na porta na esperança
de abrir e poder cuidar de mim.
-- VÃO EMBORA! – Gritei
chorando de medo. – EU QUERO FICAR SOZINHA! ME DEIXEM EM PAZ!
Me revirei na cama de
todos os lados, fiquei sentada no chão abraçando o travesseiro e até mesmo
abafei os suspiros mordendo o lençol. Fiquei ali uma hora trancada e isolada
quando ouvi mais batidas.
-- McLovely, me deixa
entrar.
Ouvi a voz de Davy e abri
a porta. Abracei mas senti que não era um abraço de namorados e sim de amigos.
-- Calma, calma! – Davy
afagava meus cabelos. – Já passou, McLovely.
-- Ele parecia me odiar,
Davy. – Chorei mais ainda e me afastei dele. – Desculpa por surtar assim de
novo.
-- Tudo bem, amor. Eu sei.
Eu conheço você e sei o quanto é sensível. Eu vou te deixar um pouco sozinha.
Concordei e Davy saiu do
quarto. E de novo mais batidas.
-- Louise!
-- NÃO! EU NÃO QUERO VER
NINGUÉM! – Berrei mais ainda.
-- Meu sol! – Reconheci a
voz de Alice. – Abra a porta, meu solzinho!
Com muita relutância
deixei Alice entrar. Afundei meu rosto no peito dela e chorei mais. E também
abri meu coração.
-- Você tinha razão,
Alice. – Admiti. – Estou apaixonada por ele.
-- Ele?
-- O urso...
Alice cuidou de mim no
resto do tempo. Odile gravava as cenas de Franz e Sepp e Nora. Assim fica melhor. Uma multidão me causaria
constrangimento se mais gente viesse me procurar. Tomei os remédios que o
médico me receitou daquele dia que surtei na frente de todos. Alice afagava
meus cabelos e me beijava. Como eu adoro ficar com ela.
-- Estou saindo com um
cara. – Ela disse.
-- Oh minha lua! – Abracei
com força. – E quem é ele?
-- Ronnie Peterson. Ele é
sueco e piloto de Fórmula 1 pela Lótus.
Eu sabia quem é Ronnie e
sempre dizia para Alice o quanto ele parece um rei sexy. E agora ela conseguiu
conquistá-lo. Enquanto minha lua falava do mega loiro maravilhoso, eu pensava
no alemão. Aquilo não era atuação do Gerd. Era verdadeiro e visível a raiva
dele. Depois disso ouvi batidas na porta. Alice abriu e era ele. Fingi dormir,
mas pude ouvir se fechando e senti um par de mãos grandes nos meus cabelos e
não eram de Alice.
Me levantei e era ele.
-- SAI! – Jogando o
travesseiro no rosto de Gerd. – FORA DAQUI!
-- Peço desculpas por ter
sumido daquela forma, sem ter avisado nada. – Ele segura o meu pulso. -- Mas saiba
que em nenhum momento deixei de pensar em você, minha ursinha!
Aceitei um tapa forte na
cara dele e chorei.
-- Você não devia ter
feito isso comigo!
E quando já ia acertar
outro, ele agarrou meu pulso e me beijou. Tentei evitar aquilo porém foi mais
forte do que eu. Correspondi e quando paramos, olhei-o com raiva.
-- VAI EMBORA! – Gritei e
chorei mais ainda.
-- Mesmo que me odeie,
ainda amo você.
E ele saiu. Minutos depois
ouvi uma série gritos e movimentação. A voz alta era de Davy:
-- BRUTAMONTES!
INSENSIVEL! ATÉ UM NEANDERTAL DEVIA SER MAIS GENTIL DO QUE VOCÊ! QUE DIREITO
VOCÊ TEM DE TRATAR A LOUISE ASSIM?
Quando pensei em me
levantar pra saber o que estava acontecendo, me bateu uma fraqueza só e
adormeci...
Felicity POV
Estava organizando o
guarda roupa do elenco quando ouvi o grito da Louise e em seguida entrando no
quarto. Odile e as garotas batiam repetidas vezes na porta e ela se recusava
sair. Corri até meu primo.
-- Michael, o que
aconteceu?
-- A Lulu surtou de novo!
– Respondeu Mickey, nervoso. – Gerd extrapolou nas ofensas ali no roteiro e ela
pirou. Agora se recusa sair do quarto.
Naquela hora eu fiquei com
raiva. Na realidade queria que fosse o Davy o responsável por isso e aí eu
perderia as estribeiras e já deixava um hobbit safado desovado e de preferência
na frente da Di, pra ela aprender a não ser vagabunda em dobro.
Agora minha raiva
voltou-se para Gerd. Caminhei até ele mas Franz tentou me impedir.
-- Ramona, eu posso
explicar...
-- EXPLICAR O QUÊ,
FRANCIS? – Expressei minha fúria. – EU SOUBE DO QUE ACONTECEU E MESMO QUE NÃO
QUEIRA ME AUTORIZAR, EU VOU ACABAR COM ELE!
-- Ele confundiu as
coisas. – Franz tentava me persuadir.
-- Fefe, eu já o
repreendi. Relaxa! – Pedia Odile.
Mesmo assim eu não estava
contente.
-- Repreensão não basta
pra esse troncudo grosseiro! – Berrei. – QUAL É SEU PROBLEMA? TÁ DESCONTANDO
SUA RAIVA NA MINHA PRIMA QUE NÃO TE FEZ NADA? SEU GROSSO!
Quando já ia socar Gerd,
meu primo e Franz me seguraram. Até o Micky. Emma tentou falar algo, mas mandei
se calar.
-- Eu exijo que não me
dirija a palavra, Emma! Aliás, melhor a gente terminar. Eu não consigo conceber
a idéia que você não fale pra Di se afastar do Davy!
Me desvencilhei dos
rapazes e me afastei de todos por meia hora. Fiquei fumando um pouco fora do
apartamento e avistei Peter e Erin conversando. Ela estava bem próxima a ele.
Meu deus, outro problema. Já basta descobrir o Davy é um filho da puta, a
Dianna mais ainda e a Emma se relaciona com a hobbit, abro mão do Micky em
favor dela, provoco o fim do namoro de Peter e Erin e agora isso? Quer saber,
eu vou decidir isso.
Retornei para o estúdio e
vi a cena dos personagens de Davy e Di. Não sei se isso foi vingança mas a
declaração e o beijo foi real e olha que entendo pouco de teatro. Depois
esperei Dianna ir ao banheiro feminino e a abordei.
-- Olá, Dianna!
-- O-olá! – Ela parecia
assustada. – Fefe, eu não me oponho sobre você e a Emma.
-- Emma? Ah, fala sério
sua metida sabichona! Eu terminei com a Emma por um motivo e não é o Micky. É
você!
Dianna caiu pra trás.
-- Vou ser mais
especifica. Eu sei da sua saideira com Davy no motel. E pretendo contar pra
Lulu essa safadeza sem tamanho. Apesar de eu ter culpa no cartório por ter me
apaixonado por Peter e provocado o fim do namoro com a Erin, pelo menos eu não
fiz ele ser um cara infiel.
Dianna parecia se calar ou
tentar falar algo.
-- Agora te peço com a
maior educação. Pare agora mesmo o que você tem com o Davy ou a menos que você
queira que Lulu se afaste de você pra sempre. Se bem que pra você não faz
diferença, já tem a Emma. Pra que a Lulu? Só vai fazê-la sofrer, exibindo sua
carinha de vitória e o Davy como troféu.
-- Não é verdade! – Ela
começou a chorar. – Eu amo a Lulu... Mas...
-- Ama o hobbit que não
vale um tostão. Tudo bem, então fique com ele e deixe a Lulu em paz. Corte sua relação
com ela e também com Gerd, embora eu quase soltei o verbo querendo chamá-lo de
alemão corno!
Sai do banheiro, deixando
Dianna chorando, certamente com a consciência pesada. Emma me procurou de novo.
-- Está falando a verdade?
– Ela parecia não acreditar.
-- Sim. – Respondi,
convicta. – Acabou, Emma. Me deixa sozinha que eu mereço e vá consolar sua
“mozinho”. E faz um favor pra
humanidade, nunca mais me mande mensagens pro meu celular!
À noite Peter não veio me
ver, mesmo já marcado o encontro. De dois motivos um: ou ele está cuidando do
Davy ou... recaída com a Erin. E se for a segunda, é certo não querer mais
prosseguir com isso. Odile me enviou uma
mensagem, convidando a mim, o elenco, a equipe e as bandas para um café da
manhã. Achei aquilo uma loucura. Fui dormir mas antes ouvi o celular apitando
uma mensagem.
Verifiquei e era Emma.
Desta vez eu li, esperando um xingamento ou ofensa. Não foi nada disso.
Dianna reconhece seu erro. Se ela
fosse uma vagabunda, ela não reconheceria isso e aí sim diria que está com
razão em
repreendê-la. Mas ainda digo que isso não deva interferir no
nosso relacionamento. Os problemas dela com a Lulu eu não me intrometo. Eu não
quero te perder de novo, Felicity. Sei que não vai me responder a mensagem mas
se for amanhã ao café da Odile, saberei que existe uma chance. Te vejo amanhã,
minha morena!
Por conta desta mensagem
eu não dormi e a insônia me pegou. No dia seguinte eu fui ao estúdio e lá estavam
a EB, os Monkees, as garotas. Agora a outra parte do elenco compareceu. Lulu e
Davy acompanhados. Davy estava sério e Lulu também. O mesmo digo para Gerd e Dianna. Pobre alemão.
Exibindo a marca da derrota no olho direito com a cor roxa. Lulu se sentou ao
lado de Alice mas de frente para Gerd. Davy ao lado de Alice e Dianna ficou com
Emma. A última me olhava como se exigisse algo de mim. Peter ficou ao lado de
Erin e ela sorria. Naquela hora, tive vontade de jogar aquela coisinha que se
chama ninfa lá na pista de corridas de Fórmula 1 no Crystal Palace. Como havia
dito pra mim mesma, eu vou terminar essa relação com Peter. O problema? É que não
sei como fazer isso.
Micky Dolenz se sentou ao
meu lado e conversou comigo. Ri um pouco das asneiras dele até que Lulu pediu
algo:
-- Alguém me passa o açúcar?
Davy esticava o braço pra
pegar o vidro de açúcar mas Gerd se adiantou. E pelo visto ele sorria tão
vitorioso e a considerar o fato que ele é escorpiano (às vezes sou ligada nos
assuntos de astrologia), quis mostrar o dedo médio pro Davy. Ele entregou o pote mas Lulu fechou a cara.
-- Alguém que não seja misógino,
pode me passar o açúcar?
A pergunta chocou todo
mundo. Davy disfarçava o senso hilariante mordendo a língua. Harry Daniels
quase cuspiu o cappuccino fora. Mickey tirou o pote das mãos de Gerd e deu para
Louise.
-- Obrigada, Michael.
-- De nada.
Até eu ri disso. Após o
café maravilhoso, segui com a EB. Quis indagar Alana, pois a vi flertando com
Mike Nesmith e ele se mexendo demais na cadeira e pior, na frente da Emma.
Deixei isso pra lá e ensaiei com a banda. Enquanto cantava, pude observar de
longe Peter e Erin. Para o meu desagrado final, aconteceu aquilo que temia:
Erin e Peter se beijando. Agora tenho motivos para terminar com Peter.
Alana POV
Tirando os últimos
acontecimentos onde Louise McGold, a prima da minha amiga Felicity, havia
surtado e a treta de Davy Jones e Gerd Müller ter sido destruidora, as coisas
com a banda e eu está tudo nos eixos... Ou melhor, uma parte. Desde o dia que
conheci o guitarrista Mike Nesmith, as coisas mudaram, pelo menos pra mim. Não
que estivesse com dificuldade pra escrever músicas ou cantar, mas a presença
dele deu um tipo de upgrade em mim. Escrevi mais músicas,
cantei com mais vontade e inclusive tive ânimo pra ajudar Odile Greyhound a
escolher com cuidado as músicas para a trilha sonora.
No entanto, tive de descer
da escadaria do céu que Robert Plant criou. O motivo disso: uma tal de Emma
Carlisle. O ser de cabelo loiro de quase dois metros e meio, a quase altura da
Fefe está com Nesmith. Parece estranho mas como ela pode estar com ele, se ela
namora o Dolenz? Fefe foi burra em renunciar Micky para essa boneca dos infernos. Peguei
raiva dela ao saber pelos rapazes que ela espancou Lulu, algo imperdoável. Ah
se o olhar matasse, eu entregaria a cabeça de Emma pra Fefe como símbolo da
minha raiva, já que neste momento, ela me olha bem insatisfeita.
Procurei evitar aqueles
flertes. Algo impossível. Procurei pensar no meu noivo, Toni Kroos, meu alemão
grande que joga no Real Madrid. Impossível de novo. A verdade que quando olho
pro texano, sinto minhas bochechas pegarem fogo, como se fosse um pão saindo do
forno. Para provocar prazer para Nez (e irritar por diversão a “loira” ), tirei
minha sapatilha e encostei a ponta do dedão do pé na perna dele, numa carícia
boa. Ele me olhou, correspondendo meu flerte. Naquele momento eu quis pôr meu pé
na região íntima dele e tive pensamentos eróticos, como Nez beijando meus pés e
tirando minha roupa...
Nez foi discreto e abaixou
com dificuldade a mão e agarrou um pouco meu pé, acariciando. Tivemos que parar
pois Emma percebeu e fez umas perguntas para ele. Essa foi quase, mas quem sabe
na próxima...
Enquanto cantávamos Rock This Town, cover dos Stray Cats e Bo Diddley do Buddy Holly, percebi mais
uma coisa que aconteceu. Fefe mudou o semblante e ela fixava-se em Peter e Erin
aos beijos. Ao fim da música, Fefe pediu desculpas e se retirou. Ela não se
despediu de Peter e soube ainda por cima que eles estavam juntos, só não sei se
era ficando ou namorando. Ah, mais uma coisa que vem me preocupando. Qual é a
da prima da Dianna Mackenzie, Erin?
Semana passada ela me
beijou de um jeito forte e depois parou sem mais nem menos, me deixando com
cara cheia de pontos de interrogação. Não quis comentar com nenhum dos rapazes
e menos com a Fefe. A noite Eddie, Harry e Biff ficaram assistindo as partidas
da Premier League e eu continuei escrevendo. O celular apitou e era a mensagem
de Kroos.
Mein Liebe semana que vem vou estar
de volta a Londres. Partida da Champions contra o Arsenal e também vou
aproveitar para te ver cantando e as gravações do filme. Beijos, minha
Smurfette!
Adoro
Toni, não tenho dúvida o quanto sua doçura me faz bem. Mas o lado ousado, sexy
e sério de Mike Nesmith me atrai bastante. Espero não cometer erros grotescos
na minha vida.
Gerd
POV
--
Meus parabéns, Gerhard! Acaba de perder de vez a Louise e, se facilitar, a
Dianna. Se bem que, ela está mais pra lá do que pra cá!
Essas
foram as palavras de Sepp após o café da manhã. Não sei o que deu em mim. Era como se o
problema de Felix fosse também o meu. Refletisse com minha situação atual. E
por conta disso, fiquei com raiva de Louise por dizer que meus sentimentos por
ela são ilusões e raiva de Dianna porque não sou definitivamente o cara para
ela. Fiz tudo por ela sem reclamar ou opinar. Tudo. E cada vez mais me convenço
que ela deixou de me amar mesmo por causa de Davy Jones. Pelos céus, o que ela
e Louise vêem no anão inglês? Eu não sou o cara perfeito, 100% simpatia, mas
compenso com atenção, devoção e carinho. E pelo visto não é o bastante. Nem
para Di, nem para Louise.
Ela
agora me odeia. Mas no tempo que ficamos separados, eu a odiei. E por isso
voltei para Di, na esperança que tudo voltasse ao normal. E outra vez me
engano. Droga! Tantas garotas por aí para suprimir a falta da Dianna e
justamente a amiga hobbit é quem eu desejo.
Fiquei
no apartamento de Alice, deitado no sofá, pensando no que fiz. Alice apareceu e
me ofereceu cerveja.
--
A culpa não é sua. – Dizia Alice.
--
Eu fui um grosso. Um filho da puta! – Admiti e olhei pro chão. –
Definitivamente perdi as chances com Louise.
--
Ouça, eu expliquei pra ela sobre o que aconteceu. Ela entendeu.
--
Mas Louise me chamou de misógino. – Reclamei. – E ainda por cima estou com esse
olho roxo por causa do namoradinho.
--
Dê um tempo para ela assimilar as coisas. A próxima cena vai ser semana que
vem. E advinha?
Alice
parecia bem alegre e pegou o caderno de roteiro me mostrando minha próxima
aparição, numa boate e Poppy e Felix desta vez... vão se render um ao outro.
--
Viu? – Ela apontou e me fitando. – Esta cena é na verdade um prelúdio para a
nova cena de sexo de você. E eu pensei... Bem... digamos... após esse momento
na boate, se vocês quiserem, podem usar meu camarim. Dianna e Davy nem vão
desconfiar.
Pisquei
os olhos para entender a situação. Alice, minha ex-namorada, me ajudando com a
Louise pela segunda vez? Isso é bem incrível.
--
Nossa! Alice... – Procurei as palavras e olhei para os lados. – Por que está
fazendo isso? Poderia muito bem me afastar da sua alma gêmea depois da minha...
transformação.
--
Eu poderia. – Ela confirmou. – Mas não vou fazer isso. Gerd, você a ama. De
verdade. Insista com meu sol. Eu vou investigar sobre o que anda acontecendo
com a Di e qualquer coisa te falo. Mas agora, você vai sofrer outra transformação.
“Felix Helström”, um homem rude, vai ser um doce, diante de “Poppy Heart”.
Agora
eu torcia o quanto antes que a próxima semana chegue, para me reaproximar de
Louise. Voltei para o hotel onde Di está hospedada. Fiz amor com ela, com
vontade, pensando na belíssima loira de olhos azuis, a hobbit safadinha, alegre
e ousada.
Espero
muito o perdão e a compreensão de Louise...
Continua...

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