Uma boa madrugada e fiquem com a parte 13, está épica mas contendo lágrimas. Boa leitura!
Parte 13
-- Ainda não sabemos como Benítez age ou pensa. – Resmungava Bobby
Moore.
Franz pensou um pouco e em seguida chamou Oliver.
-- Quero que vá para Ilha dos Lobisomens. Observe bem atentamente o
lugar e depois me reporte. Volte dentro de meia hora e faça de tudo para não
ser notado.
-- Sim, conde!
Oliver se transformou em morcego e voou rumo a Ilha. O pessoal ficou
disperso no castelo. Mike Nesmith pensava em Alana e o quanto sofria por estar
sem sua loba. Alberta tentava argumentar para Ringo e este se recusava ouvi-la.
Nos quartos, Rosie gemia de dor e suava, deixando George Best e Marianne Jones
muito preocupados.
-- Best... – Dizia Rosie, chorando. – Fica comigo.
-- Eu vou, minha loba ruiva. Mas antes vou chamar um daqueles médicos
holandeses para cuidar de você.
-- Posso ficar aqui. – Pediu Mari. – Eu mesma cuidarei de você.
-- NÃO! – Uivou a loba e rosnando para Mari. – SAI DAQUI! VOLTE PRA SUA
CIENTISTA! SAIA!
Marianne saiu do quarto, espantada com tamanho ódio da loba. Era óbvio
que Rosie estava brava com ela por causa de Ana e nem deu tempo de falar que
havia se afastado dela por causa da loba, que a ama. Ela ouviu ainda as
reclamações para Best sobre ela.
-- ... Eu a protegi por ordem do lorde Moore. Por mim eu a deixava morrer!
Onde estava a cientista? Ela deveria protege-la.
-- Não diga uma coisa dessas, Rosie. Você a ama.
-- Eu a odeio! Não quero saber dela.... AAAAH!
Best saiu do quarto apressadamente e por sorte estava o dr. Neeskens no
corredor.
-- Por favor, doutor. Me ajuda. Minha loba está sofrendo de dor. Venha!
O médico entrou no quarto e ficou tratando Rosie.
Apesar dos protestos de Rosie, a esposa de Bobby Moore entrou no quarto,
disposta.
-- Sai daqui... – Rosie mal conseguia falar. – Não preciso de você.
-- Eu vou cuidar de você, mesmo que não me queira.
Neeskens tocava o ventre de Rosie e ainda viu que ela não carregava um
bebê e sim dois.
-- Eu vou conversar com seu namorado vampiro. – Avisou o médico,
deixando as duas mulheres a sós.
Marianne deitou ao lado dela e conversaram.
-- Ana e eu terminamos a relação.
Rosie não disse nada, apenas grunhiu.
-- Eu amo você.
De novo não obteve resposta.
-- Rosie...
-- Volte pra Ana! – Xingou Rosie. – Eu a odeio e desprezo mais ainda
Ana. Quando eu me recuperar... Pretendo mata-lá!
-- Rosie,você está prestes a dar à luz, não diga isso. Concentre-se em
coisas boas para o bem de seus filhos, mas peço que entenda e compreenda, eu a
amo. Depois de tudo isso se você quer acabar com a minha vida, tudo bem pois
sabe dos sentimentos que possuo por você.
-- Eu... não quero... te matar. E sim... Ana. Vou arrancar a cabeça
dela! – Rosie ofegava demais e tocava o ventre crescido.
-- Rosie, ela se afastou de mim, ela tem medo de ficar próxima a mim.
Ela fez isso porque eu amo você.
-- Marianne... não... insista mais! Nada do que me dizer... me convence.
Volte pra Ana... e aproveite!
-- Não vou voltar pra ela!
-- Eu voltarei e pra matar aquela
cientista.... ahhhhh! – Gritando de dor pelas contrações.
-- Então a mate! – Berrou Mari. -- Se isso for a forma de me fazer ficar
próxima a você faça isso!
Antes de dizer algo, eis que surge Bobby Moore e toda a comitiva lupina.
-- EU SEI DE TODA HISTÓRIA, ROSELYN. VOCÊ E GEORGE BEST!
Enquanto isso no hall Peter chorava baixinho. Ele temia que seu plano de
enganar Iker Casillas pudesse dar errado e não cumprir a promessa feita para
Manuel Neuer, de proteger Felicity e os filhos dela. Johan Cruyff saía da
biblioteca quando viu o mago, triste.
-- Peter. – Chamando pelo mago. – O que você tem?
-- Medo... – O feiticeiro tinha os olhos e o nariz vermelho por conta do
choro. – Medo de que não vou conseguir proteger Felicity e as crianças. Manuel
não vai me perdoar.
Cruyff abraçou o mago e estranhou essa atitude. Havia algum tempo que
gostava de Peter de um jeito diferente. Isso aconteceu depois de se transformar
em vampiro. E agora ele transmitia
carinho e conforto para o mago. Ele olhou fundo para Peter.
-- Sei que está temeroso, mas não pode pensar assim. Acredite que vai
dar certo.
Cruyff tocou os lábios dele e o beijou calmamente, contudo foram
interrompidos por Davy.
-- Peter?
-- Opa! – Peter se afastou do médico. – Davy?
O clima parecia não ser dos melhores e Cruyff percebeu isso.
-- Eu vou me retirar!
Davy e Peter discutiram ali mas tiveram de interromper ao ouvir os
gritos de Bobby e Best no quarto.
-- EU AMO ROSELYN ANNE DONOVAN E NÃO ME IMPORTO COM ESSA LEI! EU AMO
MINHA LOBA E VOU PROTEGER ELA E MEUS FILHOS!
-- Sendo assim eu vou matar os dois! – Disse Moore, enfurecido.
-- NÃOOOO! – Gritou Rosie. – MEUS BEBÊS! AAAAH!
Neste momento Marianne se colocou na frente do líder.
-- Meu esposo, não faça isso! Tudo que é mais sagrado, não faça isso! Por
favor, Robert, eu te imploro, como sua esposa e protegida, poupe-os!
Moore se calou e os gritos de Rosie tornaram-se audíveis. Mesmo o doutor
Neeskens e sua esposa, Annie, não conseguiam fazer aquele parto.
-- Não estou conseguindo fazer o parto. – Avisou Neeskens. -- Mr. Moore,
por favor! Traga a cientista aqui! Ela sabe lidar com partos assim.
Não demorou para Anastacia aparecer no castelo a pedido de Marianne.
-- O que faz aqui? – Perguntou Rosie, ainda sofrendo. – NÃO VAI TOCAR
NOS MEUS BEBÊS! SUA CIENTISTA MALDITA! FORA!
-- Eu vim para fazer o parto. – Respondeu a cientista calmamente. –
Marianne, arrume os travesseiros dela.
Mari fez o que foi pedido.
-- Abre as pernas, Rosie. Vamos antes que seus bebês morram. – Em
seguida deu ordens para o mordomo e o vampiro. – Primus, segure a mão dela e
George, você também. Agora Rosie,empurra!
Apesar dos protestos, Rosie fez o máximo de esforço possível, empurrando
o bebê. Moore estava por perto quando de repente no último ato de Rosie, o bebê
apareceu e o lobo segurou a criança, mas devido a força do impacto, quase o
derrubou junto.
-- Ainda não acabou. – Disse Ana. – Falta mais um!
Rosie gritou demais e continuou a empurrar, contudo estava sem forças e
a voz lhe faltava.
-- Best... – Ela falou com o marido, muito enfraquecida. – Se...
Acontecer algo... Comigo... Leve as crianças... Com você. Cuide dos nossos
filhos...
-- Não, não! Minha loba! –- George beijava os lábios secos de Rosie e
olhava fundo nas orbes verdes. – Resista, mulher! Você vai viver. Você é forte!
A pedido do amante e motivada, ela empurrou mais uma vez seu segundo
filho e no último instante a criança saltou fora, indo para os braços de
Marianne, sendo quase arremessada contra a parede se não fosse Mary Anne
McCartney ter impedido.
-- É um menino! – Exclamou Marianne.
-- É uma menina! – Disse Bobby Moore, carregando a menina e mostrando
para o casal. – Parabéns! Vocês ganharam dois filhotes!
O casal Moore mostrou os bebês e os pais sorriam.
-- Minha loba... – Best chorava emocionado. – Muito obrigado por me
tornar pai de duas crianças. Vamos ser grandes pais!
-- Vamos sim... Vamos.. – Disse Rosie antes de desmaiar por conta da
perda de sangue.
Marianne tentou acudir a loba junto com Best mas o médico Neeskens e
Annie cuidaram da loba para deixar confortável em sua recuperação, ao mesmo
tempo eles e Ana providenciaram mamadeiras para os bebês.
Na fazenda, Fefe guardava um punhal de prata debaixo da roupa e depois
se encarou no espelho. Seus olhos apresentavam olheiras muito proeminentes.
Mesmo não ter dito uma palavra para Peter ou Joj Smith, ela estava mais do que
decidida: iria dar sua vida para o conde de Madri.
Faltando três horas para o amanhecer, Oliver retornou para o castelo,
informando o conde sobre a Ilha.
-- É muito bem protegida, senhor. – Avisou Oliver, um pouco espantado. –
Eles trouxeram mais gente de fora e também o conde Benítez foi capaz de trazer
os mortos de volta!
O conde tremeu um pouco e encarou Bobby.
-- A estratégia deve mudar. – Encarando o lobo.
-- Então vamos!
Novamente lobos e vampiros se reuniram na sala principal de jantar.
-- Segundo Oliver, as mansões estão bem protegidas. Benítez está na casa
de Bobby Moore, juntamente com Cristiano Ronaldo, Gareth Bale e Luka Modric.
-- Essa tal de Modric é perigoso. – Avisou Oliver. – Ele tem capacidade de
parar um vampiro com olhar. É como a Medusa.
-- Neste caso eu posso arrancar a cabeça dele. – Disse Sepp, sorrindo.
-- Na mansão de Davy Jones, Cavani, Lavezzi e Verratti estão muito mais
fortes. E ainda contaram com mais reforços. – Continuou Oliver. – Vieram Galdino
e Thiago, dois lobos ferozes e loucos. E Benítez ressuscitou alguns mortos,
como Peter Noone e seu bando, os vampiros Kroos e... Nadine Angerer.
Quando os nomes dos mortos foram mencionados, Davy e Dianna mais Mike
Nesmith tremeram internamente. Louise também mas não se deteve. Era corajosa e
se for enfrentar Nadine pela segunda vez não seria nenhum problema.
O plano que Franz determinou era simples. De acordo com as habilidades dos inimigos, os lobos e
vampiros enfrentariam os adversários. Davy e Di querem vencer Noone. Peter e
Johan contra Casillas, Louise contra Nadine, Sepp venceria Modric e Gerd
confrota Verratti. O restante luta contra o bando todo e o conde e Bobby cara a
cara com líder, Rafael Benítez.
Já Oliver ficará no castelo, juntamente com Joanna Martin, os caça
vampiros e a cientista Anastacia e o namorado dela, Paul Breitner e George
Best.
-- Sr. Conde! – Chamou Renée, a alquimista de Prata. – Eu mesma vou
enfrentar Verratti.
-- Não ouviu o que Oliver disse? – Replicou o conde. – Aquele lobo
carcamano está mais poderoso.
-- Mas posso vencer e quero me vingar dele!
-- Então terá de unir forças com Gerd.
-- Mas...
-- Está decidido!
A alquimista não gostou disso porém aceitou com elegância a
decisão. Neste meio tempo Micky Dolenz
se lembrou de um detalhe: Felicity.
-- Sr. Conde! Podemos trazer a profetisa pra cá?
Franz havia se esquecido da galesa.
-- Puxa vida! Me esqueci dela! – Se culpou pelo erro. – Pode trazê-la,
Micky?
-- Sim e prometo ter cuidado. – Ele beijou Emma. – Já volto, amor e
cuida das crianças.
Micky chegou o mais rápido que pode na fazenda e encontrou Felicity,
rezando com seu terço de madeira, presente de sua mãe.
-- Fefe!
-- Micky! – Ela se levantou e abraçou lobo amado. – O que faz aqui?
-- Vamos para o Castelo Beckenbauer! O conde e o Bobby Moore planejam
retomar a Ilha dos Lobisomens amanhã.
Quando o lobo a puxou, notou uma resistência por parte da humana.
-- Felicity, vamos!
-- Eu não quero ir! – Avisou Fefe. – Vou ficar aqui, nesta fazenda.
-- FELICITY, VOCÊ NÃO ENTENDEU? HAVERÁ UMA GUERRA! – Berrou Micky,
desesperado, sacudindo a profetisa. – E
O ASSASSINO DO SEU MARIDO... ELE VIRÁ ATRÁS DE VOCÊ E TE MATAR!
-- É isso mesmo que quero. – Respondeu calmamente a mulher. – Assim
ninguém sairá ferido. Sei que meus filhos estão em boas mãos. Joey está bem
protegido pela Ana e você e a Emma cuidam muito bem da minha Karin. Quem vai
sentir minha falta?
-- Eu! – Disse o lobo, chorando. – Eu não conto? E sua amiga escocesa,
Nora? Até a Emma vai se entristecer se você morrer.
Fefe chorou também mas não se deu por vencida.
-- Micky, sempre vou te amar. E a Emma também. Vocês dois vivem no meu
coração... Mas Nora não!
-- Por quê? O que ela fez pra você ficar assim?
A profetisa fechou a cara e parou com as lágrimas.
-- Apenas digo que não a perdôo. E nem nunca a perdoarei. Ela destruiu
meu coração.
Os dois ficaram quietos por um tempo e novamente o lobo americano
insistiu.
-- Vamos para o castelo, Fefe. Eu peço pra Emma ficar de fora nesta
luta, unicamente pra te proteger no meu lugar. Mas... EU NÃO POSSO PERDER VOCÊ!
EU AMO VOCÊ, MESMO TENDO IMPRINTING COM MINHA MULHER! EU TE AMO, FELICITY
MCGOLD!
Micky puxou Felicity e a beijou bem forte, um beijo desesperado e cheio
de paixão. Durante o ósculo a profetisa teve uma série de visões do passado do
lobo. Micky foi casado com uma loba liverpooliana chamada Suzan Hardison e com
ela teve uma filha, Jane Roselyn. Certo dia quando viajavam para o Canadá,
foram atacados pelos vampiros golem. Micky tentou proteger as duas mas falhou.
Suzan e J.Ro morreram sendo atiradas do alto de um penhasco pelos monstros e o
lobo quase teve o mesmo destino se não fosse a intervenção de Mike Nesmith.
Quando terminaram de se beijar, Fefe encarou Micky e o abraçou
ternamente.
-- Por que não me contou sobre seu passado?
O lobo percebeu que Fefe já sabe de toda história do que aconteceu
antes.
-- Não queria que soubessem disso. – Respondeu Micky, mais calmo e
tocando a bochecha de Fefe. – Uso o humor para não me entristecer e por isso
não quero te perder, como eu perdi minha Sue e minha filhinha.
A profetisa não sabia o que dizer. Sensibilizou com a história de Micky.
-- Está bem. Eu vou com você para o castelo.
Minutos depois o lobo entrou no castelo, trazendo a galesa no castelo.
Todos a encaravam, inclusive Nora e seu irmão.
-- Sassenach! – Abraçou George. – Ainda bem que veio.
-- Sim, Fefe. – Nora se aproximou dela mas foi negada.
-- NÃO CHEGUE PERTO DE MIM! – Vociferou Felicity, enfurecida. – FICA
LONGE DE MIM, BRUXA!
-- Sassenach, calma. Eu vou te levar pro quarto. Esqueça a Nora e vamos!
A atitude de Fefe espantou os presentes ali, até mesmo Louise. Nos
primeiros raios solares, os vampiros se retiram e alguns lobos ficaram
acordados. Enquanto isso no quarto de Rosie, Marianne dormia ao lado da loba e
esta se acordava de vez em quando por conta das dores e fraqueza.
-- Aaaah... – Gemia Rosie e por vezes tossia. – Preciso de água...
Marianne pegou um copo de água e ajudou Rosie a beber. Ao tocar o rosto
dela, notou a alta temperatura emanada do corpo dela e o suor. Rapidamente
colocou um lenço umedecido na testa de Rosie e a abraçou.
-- Eu vou cuidar de você, loba!
No quarto do conde enquanto ele dormia, Odile observava os bebês de
George Best. As crianças foram batizadas de Cecilia e Calum e dormiam
tranquilamente. Ela também se preocupava com Franz. Torcia para que ele
retornasse salvo da luta ao mesmo tempo se perguntava o que aconteceria com ela
caso o conde venha morrer. Quando voltou para a cama, ela sentiu os braços de
Franz a envolverem.
-- Se eu cair, estará livre. – Avisou Franz, beijando a bochecha. –
Voltará pra sua família, minha raposa.
Odile não disse nada, apenas permitiu o carinho e depois o beijou na
boca.
-- Não vai morrer meu conde.
Quando a noite apareceu, Louise saltou fora de seu caixão mais cedo e
foi praticar luta fora do castelo. A cada soco trocado, era uma demonstração de
raiva, ressentimento e dor. Na verdade, a vampirinha encarava aquelas árvores
como o rosto de Alice e outras como Gerd, aumentando a vontade e ira de socar.
Alice olhou na janela e leu a mente dela. Era óbvio que sua amada ainda
não a perdoa. Contudo, não vai deixar nada acontecer com Louise e sabendo que
seu amado sol iria confrontar a robusta Nadine mais uma vez causava tremor.
-- Mesmo que me odeie, não vou permitir que pereça nesta luta, Louise. –
Comentou Alice, deixando uma lágrima escorrer nos olhos. – Eu te amo e vou te
proteger.
Uma hora depois todos se encontraram no salão principal. O último a
aparecer era George Best.
-- Eu vou lutar. – Disse o vampiro. – Desta vez acabarei com aqueles
irmãos Kroos.
-- Somos dois. – Disse Mike Nesmith.
Apesar dos riscos, nenhum temeu. O conde e o macho alfa da alcatéia
olharam para todos.
-- Aqueles que não quiserem lutar na retomada da Ilha, podem ficar no
castelo! – Avisou o conde.
Ninguém se pronunciou ou sequer demonstrou algo.
-- Agora quem quiser lutar, venham conosco! – Bradou Moore e todos
assentiram, dando sinal que aprovavam.
Enquanto isso num dos quartos, Emma beijava Felicity.
-- Eu vou proteger você. Felicity.
-- Não precisa, Emma. – Negou a humana. – Ajude o Micky. E também deve
proteger a vampira loira, que é sua amiga.
-- Dianna não sabe que eu a amo. E ela agora tem a Louise.
-- Mas vai saber. Dianna tem sentimentos por Louise, mas elas não são
almas gêmeas. Mas você é. E Louise está sofrendo por causa de Alice.
Emma sabia de tudo isso e mesmo assim sentia um ciúme doloroso.
-- Vá, Emma! Ajuda o Micky. Eu vou ficar bem!
A loba loira aceitou e se juntou ao grupo e o marido.
Antes de partir, Felicity resolveu fazer algo por Emma. Ela chamou
Dianna rapidamente para o quarto e atraiu a loba para lá. Minutos depois, elas
saíram do quarto, felizes. Emma beijou Fefe mais uma vez.
-- Obrigada, Felicity!
Felicity enxergou da janela todos seguindo o caminho para a Ilha dos
Lobisomens. Rezou para que todos voltem vivos. Ao fechar os olhos, ela teve sua
visão. Com todos encurralados na Ilha.
-- Meu deus! – O coração da profetisa bateu depressa. – Aquilo é uma
armadilha!
Ela desceu as escadas rapidamente mas foi detida por Joanna.
-- Não pode sair do castelo, frau Neuer! O conde deu ordens para ninguém
sair!
-- Preciso avisá-los do perigo! Eles estão indo para uma armadilha!
--- Mas não pode! – Fechou a porta e puxando Fefe pelo braço a conduziu
de volta pro quarto. – Deve ficar aqui, é mais seguro!
Sem saber o que fazer, a profetisa pensa num outro plano...
Na floresta, os lobos e vampiros se aproximaram discretamente para a
Ilha dos Lobisomens, evitando tudo que possa despertar o mínimo de atenção.
-- Tem alguma coisa errada. – Resmungou Bobby Moore, na árvore e
observando a mansão. – Não sinto
presença deles. E nem do Benítez.
-- Talvez estejam lá dentro. – Indicou Louise, sentada no galho e
olhando através da luneta as janelas. – Mas parece que não há ninguém.
Franz estava nervoso demais. Respirou fundo e depois deu a ordem para
todos correrem para a entrada da Ilha. Eles foram. E não encontraram nada. Micky
Dolenz entrou na sua casa e não foi encontrado nada. Bobby Moore fez o mesmo.
Nada. Todos olharam ao redor da Ilha.
-- Acho que recuaram. – Disse Davy Jones.
Lulu não acreditava nesta possibilidade. Deu alguns passos a frente da
mansão de Bobby Moore e notou algo. No chão havia pegadas de lobo. Cheirou um
pouco e ali percebeu tudo.
-- É UMA ARMADILHA!
Quando ela avisou, os lobos e vampiros surgiram ao redor, formando um
círculo fechado, cercando o bando do conde Beckenbauer e a alcatéia de Bobby. O
bando ria e encarava os adversários. Neste momento, o lobo Marco Verratti
surgiu diante deles, assumindo a forma humana.
-- Renée, minha querida alquimista de Prata! Estou tão feliz que esteja
aqui. – Sorria o lobo, irônico. – Mas não imaginava que trouxesse seus
amiguinhos.
-- Imbecil! Eu confiei em você e tudo que recebo é traição? Deve
imaginar que de mim não espere minha rendição! – Esbravejou a alquimista,
usando uma magia de paralisia, mas não afetando o lobo.
-- Nunca atinja magias fracas contra o lobo da linhagem de Fenrir!
Verratti assume a forma de lobo e partiu para o ataque mas foi golpeado
por Gerd. O lobo rosnou e em seguida retomou a forma de homem.
-- MALDITO SEJA VOCÊ, TYR!
Ainda ali o conde Benítez surgiu diante deles.
-- Conde Beckenbauer! – Armado com um florete. – Finalmente vou
confrontá-lo, junto com Bobby Moore.
Franz e Moore, também armados, começaram os ataques contra o conde
espanhol. Os outros também lutavam bravamente. Sepp, juntamente com Nora e Joj
Smith, estavam com dificuldades contra o vampiro croata Luka Modric. O vampiro
paralisou os irmãos e o vampiro ágil como um gato.
Louise ajudava Davy a vencer os Hermints e Peter Noone, contudo foi
empurrada por ninguém menos que... Nadine Angerer.
-- Ora, ora! Frau Müller. Estava com saudades de você, pequenina! –
Nadine provocava a vampirinha.
-- Não imaginava que você pudesse voltar. – Replicou Louise, sorrindo e
recuperando a forma. – Desta vez vou acabar com você.
Ela socou a vampira robusta e esta não sentiu nada. Sem se abater, a
vampira adolescente aplicou outros golpes contra Nadine. Nada feito. Até que
num momento, a mulher grande segurou o punho de Louise e o apertou, quase
quebrando os ossos.
-- Esqueci de falar que fiquei mais forte da última vez que nos vimos,
fraulein!
Nadine jogou Louise contra as rochas e aplicou três socos, enfraquecendo
a garota. Depois ela puxou a jovem pelos cabelos e encarou maléfica.
-- Tenho de admitir que você é belíssima, fraulein McGold.
Louise enojou-se. Percebeu ali que a vampira, que no passado quase
abusou de Davy quando este foi seqüestrado por ela e Oliver, agora quer fazer o
mesmo com ela. Nadine rasgou uma parte do vestido da loira e vislumbrou uma
parte dos seios brancos.
-- Acho que depois que esta guerra terminar... – Ela tocava a perna de
Louise, subindo até chegar o meio dela. – Farei de você minha pequena escrava!
De repente o rosto de Nadine ganha uma forma demoníaca, mais abissal,
assustando Louise.
-- Me dê um beijo!
Lulu gritou e no momento que se preparava para atacar, Nadine sufocou-se
e largou Louise no chão. A vampirinha viu que era Gerd, usando uma chave de
pescoço contra a robusta mulher e depois arremessando-a para longe.
-- VOCÊ NÃO DEVIA ESTAR AQUI! – Ele gritou, ajudando Louise se levantar.
-- Me deixa! – Negando ajuda do ex-marido. – Eu não preciso de você.
-- E eu preciso de você. Volte para o castelo e fique com Alice. – Pediu
Gerd, ofegante. – Por favor, Louise. Eu te imploro.
A menina não se deteve.
-- Não vou fugir de uma luta!
Lulu caminhava em direção a Nadine, para encerrar a luta quando ouviu
Gerd ainda dizendo.
-- Não faça isso por mim, pense em seu menino. – O vampiro caçador ainda
argumentava. -- Podemos não estar nos amando mais, mas perder você seria
doloroso pra mim e pra Alice.
Lulu parou o passo e refletiu brevemente. Seu coração doía ao pensar em
Gerd e em Alice. Eles
ainda se importavam com a vampirinha apesar de tudo. Mas ela não quis saber.
-- Eu li sua mente e da Alice. Eu sei disso. Mas não me importo com nenhum de vocês. Se eu
morrer, Freddie estará em boas mãos com Ana ou com Davy. Se eu morrer, pra mim
não fará diferença. Eu quero vencer!
Resignado, ele ainda disse:
-- Faça como queira, mas tenha cuidado, ursinha.
Ele mal terminou de falar e Gerd sofreu um ataque surpresa. O lobo
argentino Ezequiel Lavezzi mordia o braço do vampiro e este tentava se
desvencilhar. Lulu o ajudou, chutando o lobo longe. Ele se recompôs e correu em
direção a vampira. Lulu agarrou o lobo forte e o estrangulou, matando-o em
segundos.
Ali mesmo o alemão e a jovem galesa se olharam. Aquele olhar brilhante
não mudou nada. O coração de Louise batia e ela não sabia o que estava
sentindo.
-- Eu fiz isso por Alice. – Mentiu Lulu, corada. – Vocês devem ficar
juntos. Sou eu que não quer te ver morto, Gerd. Pelo menos não ainda. Mas se for por Alice e sua filha, deve viver.
Trocaram outra vez aquele olhar enigmático. Por mais que Lulu negasse,
ela ainda tinha desejos pelo ex-marido. E o mesmo correspondia, com mais
intensidade. Gerd tocou a mão de Louise e sentiu o sangue esquentar. Ela ainda
o fascinava. Ele a puxou para perto dele e a beijou forte, porém durou cinco
segundos.
Neste momento, a giganta alemã, Nadine, arremessa uma rocha contra o
casal. Os dois se desviaram.
-- Eu sempre soube que vocês ainda se amam, apesar de separados. – Ela
sacou seu chicote, desta vez, vermelho e cheio de espinhos. – Assim vai ser
melhor. Matarei o casal Müller numa cajadada só.
Louise olhou para Gerd.
-- Divididos, cairemos. – Disse Lulu, triste.
-- Unidos... – Gerd continuou a falar, agora segurando a mão de Louise.
– Venceremos!
Nadine percebeu o que planejavam. Louise novamente partiu com tudo pra
cima da vampira, socando e chutando. Nadine se desviava dos ataques da menor e ao
mesmo tempo golpeava com dificuldade o ex-marido de Louise. Usou o chicote, mas
Gerd foi mais forte e arrancou a arma, jogando fora. O casal aplica mais golpes
na vampira, enfraquecendo-a. Nadine poderia muito bem ter sido derrotada se não
fosse à aparição de Cristiano Ronaldo, atacando de surpresa os Müllers.
-- Obrigada, “portuga”. – Agradeceu Nadine, olhando para o casal caído.
Louise praticamente estava fraca com o ataque e Gerd inconsciente.
-- De nada, minha querida. – Beijando a mão de Nadine, fascinado pela
mulher. – Vamos levá-los para o conde Benítez.
Nadine e Cristiano acorrentaram os Müllers e os levaram para o centro da
ilha, onde estavam todos os lobos da alcateia de Bobby Moore rendidos e os
vampiros e aliados do conde Beckenbauer, derrotados. O conde alemão estava com
as roupas rasgadas e cheio de hematomas. Moore e seus lobos também. Davy Jones
e Dianna muito piores. Além de machucados, tinham grilhões no pescoço e nos
pulsos.
-- Dianna! – Berrou Louise. – Dianna!
-- Louise! – Dianna tentou correr para acudir à amadinha, contudo, foi
puxada a força por um dos Hermints, Karl Green.
-- Nunca mais irá ficar com sua vampirinha. – Xingava Karl. – E nem com
a loba amiga!
Green apontou para o casal Dolenz, também com grilhões no pescoço como
cães. Keith Hopwood chutava Micky e Barry
Whitwan socava Emma. Mike Nesmith e George Best tiveram o mesmo destino nas mãos
dos ressuscitados irmãos Toni e Felix Kroos.
-- Estão todos aqui? – Perguntou Benítez.
-- Falta o Casillas. – Respondeu o vampiro louco Gaudino, colocando a
corda no pescoço de Sepp Maier, a pedido de Luka Modric.
O vampiro espanhol estava com a aparência suja de pólvora e trazia seus
inimigos algemados, Peter Tork e Johan Cruyff. O plano não havia dado certo.
-- Por onde vamos começar? Ah sim, eu lembrei. Caíram na minha
armadilha!
Os oponentes riram feito hienas. Verratti trouxe Renée, sendo segurada
juntamente com Holly Grey por uma armadura inanimada. Até mesmo Paul Breitner
estava rendido por um dos vampiros e ferido.
-- Eu li sua mente, conde Franz. E vou lhe responder sua pergunta.
Estávamos a par de tudo que vocês planejaram. Vigiamos cada passo seu e ação.
Franz chocou-se. Benítez pensou em tudo.
-- Sabia que você mandaria seu espião para nos observar e depois
reportar tudo a nosso respeito. Mas não é culpa de Oliver não. Ele fez seu
trabalho, obedecendo a seu mestre. Apenas não fizemos nada e permitimos tudo. E
depois armamos esta cilada. E agora... –
O conde retirou a espada da bainha e apontou para a cabeça de Franz. – Chegou
seu fim. Mas antes, me responda. Onde está Felicity?
-- Eu não sei. – Mentiu o alemão, sangrando. – E mesmo se soubesse não
direi nada.
-- Que pena! Então é um adeus!
Rafael ergueu a espada no alto para golpear quando ouviu um grito
estridente.
-- NÃO!
Todos se assustaram e olharam ao redor. Cavani, o uruguaio, que segurava
Holly por um feitiço, avistou a sombra que se aproximava. De uma mulher alta,
usando capuz negro.
-- QUEM É VOCÊ? – Gritou o líder espanhol.
A pessoa tirou o capuz, revelando ser Felicity McGold, a verdadeira
profetisa.
Os amigos de Felicity se chocaram. Os inimigos abriram um enorme sorriso
de vitória.
-- Felicity. Desta vez a verdadeira. – Se aproximou o conde, beijando a
mão dela e recebendo um tapa na cara. – E muito determinada.
-- Eu me rendo a você, conde Benítez! – Disse Fefe, se ajoelhando perante
o vampiro. – Entrego meu dom, contanto que liberte meus amigos.
Todos riram do pedido dela. Mas Benítez leu a mente dela. Sim, Fefe fala
a verdade.
-- QUIETOS! – Ordenou o conde. – Madame, embora esteja se entregando de
livre e espontânea vontade, ainda não confio totalmente em você. Preciso de uma
prova cabal sua. E eu sei como fazer.
O próximo passo foi que Thiago agarrou Fefe, rasgando o vestido nas
costas da profetisa. Rafael pegou do bolso um tipo de carimbo com as iniciais R
e B. Colocou perto da fogueira e depois se aproximando da mulher, encostou-se à
pele dela, marcando o corpo com as iniciais. Felicity gemeu mas evitou de
gritar ou até mesmo de chorar.
-- Pode chorar, minha criança! – Puxando a mulher pelos cabelos e
encarando as orbes castanhas dela. – Eu quero te ouvir gritar também.
Fefe não obedeceu e agüentou a dor. Nora chorava pelo sofrimento que sua
amiga e amada está passando. E sem falar que fora ela a causa de estarem
separadas, por um erro seu.
-- Gareth, traga a Caixa de Pandora. – Ordenou o conde.
O vampiro galês trazia uma pequena caixa com uma caveira de fechadura.
Esta é a Caixa de Pandora, que segundo Benítez, ao abrir irá retirar o poder de
Felicity em definitivo.
-- Mas antes que possa abrir... --- Ele abriu mais o vestido dela, mais
propensamente deixando o pescoço alvo a descoberto. – Casillas irá sugar seu
sangue.
O espanhol de olhos vermelhos observou Felicity cuidadosamente e
imediatamente mostrou as presas para ela.
-- Quando tudo isso acabar... – Dizia Felicity, com os olhos marejados.
– Vai cumprir a promessa?
Todos se entreolharam e sorriam.
-- É claro que vou cumprir. – Respondeu, em tom disfarçado. – Sou um
conde de palavra.
Louise leu a mente dele e berrou.
-- ELE MENTE, FELICITY! BENÍTEZ NÃO VAI CUMPRIR NADA. ELE VAI RETIRAR
SEU DOM E DEPOIS NOS MATAR! NÃO ACREDITE NELE!
Nadine amordaçou Louise e para garantir não ouvir Gerd, fez o mesmo.
Gerd grunhia de raiva e olhava para Louise. Ambos estavam enfurecidos, loucos
para se libertarem e acabar com seus inimigos, sobretudo com Nadine e
Cristiano.
Peter queria gritar mas o medo impediu. Micky se sentiu impotente ali a
medida que Casillas se aproximava da profetisa.
-- Felicity... – Nora praticamente murmurava devido à falta de voz e as
lágrimas lhe impedindo. – Me perdoa, meu amor. Eu não tive intenção de magoá-la.
Sou a culpada por traí-la. Minha alma gêmea.
Apesar dos lamentos, não adiantava. O fim era iminente. Casillas agarrou
Felicity e focou-se na jugular.
-- Não se preocupe, señorita. A dor é inicial. Na verdade, vai até
gostar.
Os caninos dele quase tocaram o pescoço da mulher quando de repente algo
aconteceu. Benítez ouviu um gemido de Casillas e ao olhar pra ele, notou tarde
demais o sangue escorrendo no corpo dele, na boca aberta e principalmente o
punhal de prata cravado no coração. Fefe havia se desvencilhado de Thiago e
aplicou o golpe fatal no vampiro, atingindo em cheio seu coração.
-- Isto é pelo Manuel! – Berrou Felicity, furiosa. – Meu marido! E neste
momento seu corpo vai inflar de ar como um saco e explodir. Que suas vísceras
se espalhem contra seus aliados e virem ácido atingindo suas peles.
Ali mesmo Casillas vomitou sangue e pediu ajuda, mas ninguém o acudiu.
Pelo contrário. Todos temeram ali e se horrorizaram ao ver o corpo dele
ganhando uma forma esférica.
-- Casillas! – Gritou Rafael.
-- Señor....Eu...
Mal terminou de falar e seu corpo explodiu em mil pedaços, atingindo
apenas o bando de Benítez. Antes disso acontecer, Nora se livrou de seu algoz e
ficou na frente de Felicity, criando uma barreira de proteção para a amiga, os
lobos e vampiros de Bobby e Franz.
-- Nora... – Fefe notou tarde que a bruxa estava fraca porém resistia
bravamente.
Enquanto todos sofriam com acidez em seus corpos, libertando assim os
reféns, Benítez se recupera.
-- PAGARÁ MUITO CARO POR ISSO, PROFETISA!
-- Não! – Disse Fefe, segurando Nora em seus braços. – É Você quem vai
pagar pelo seu erro!
Depois disso ouviu-se um grande uivo e surgia ali na Ilha mais lobos ao
redor. Um deles, um tipo gigante de olhos azuis ficou na frente das garotas.
-- É com você, Gianluigi!
Era a hora de recomeçar a luta e desta vez com ambos os lados equilibrados.
Continua...
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