quarta-feira, 13 de abril de 2016

We Belong Together - Wildest Dreams (What If - Grindhouse Parte 13)

Olá pessoal!
Uma boa madrugada e fiquem com a parte 13, está épica mas contendo lágrimas. Boa leitura!

Parte 13

-- Ainda não sabemos como Benítez age ou pensa. – Resmungava Bobby Moore.

Franz pensou um pouco e em seguida chamou Oliver.

-- Quero que vá para Ilha dos Lobisomens. Observe bem atentamente o lugar e depois me reporte. Volte dentro de meia hora e faça de tudo para não ser notado.
-- Sim, conde!

Oliver se transformou em morcego e voou rumo a Ilha. O pessoal ficou disperso no castelo. Mike Nesmith pensava em Alana e o quanto sofria por estar sem sua loba. Alberta tentava argumentar para Ringo e este se recusava ouvi-la. Nos quartos, Rosie gemia de dor e suava, deixando George Best e Marianne Jones muito preocupados.

-- Best... – Dizia Rosie, chorando. – Fica comigo.

-- Eu vou, minha loba ruiva. Mas antes vou chamar um daqueles médicos holandeses para cuidar de você.

-- Posso ficar aqui. – Pediu Mari. – Eu mesma cuidarei de você.

-- NÃO! – Uivou a loba e rosnando para Mari. – SAI DAQUI! VOLTE PRA SUA CIENTISTA! SAIA!

Marianne saiu do quarto, espantada com tamanho ódio da loba. Era óbvio que Rosie estava brava com ela por causa de Ana e nem deu tempo de falar que havia se afastado dela por causa da loba, que a ama. Ela ouviu ainda as reclamações para Best sobre ela.

-- ... Eu a protegi por ordem do lorde Moore. Por mim eu a deixava morrer! Onde estava a cientista? Ela deveria protege-la.

-- Não diga uma coisa dessas, Rosie. Você a ama.

-- Eu a odeio! Não quero saber dela.... AAAAH!

Best saiu do quarto apressadamente e por sorte estava o dr. Neeskens no corredor.

-- Por favor, doutor. Me ajuda. Minha loba está sofrendo de dor. Venha!

O médico entrou no quarto e ficou tratando Rosie.

Apesar dos protestos de Rosie, a esposa de Bobby Moore entrou no quarto, disposta.

-- Sai daqui... – Rosie mal conseguia falar. – Não preciso de você.

-- Eu vou cuidar de você, mesmo que não me queira.

Neeskens tocava o ventre de Rosie e ainda viu que ela não carregava um bebê e sim dois.

-- Eu vou conversar com seu namorado vampiro. – Avisou o médico, deixando as duas mulheres a sós.

Marianne deitou ao lado dela e conversaram.

-- Ana e eu terminamos a relação.

Rosie não disse nada, apenas grunhiu.

-- Eu amo você.

De novo não obteve resposta.

-- Rosie...

-- Volte pra Ana! – Xingou Rosie. – Eu a odeio e desprezo mais ainda Ana. Quando eu me recuperar... Pretendo mata-lá!

-- Rosie,você está prestes a dar à luz, não diga isso. Concentre-se em coisas boas para o bem de seus filhos, mas peço que entenda e compreenda, eu a amo. Depois de tudo isso se você quer acabar com a minha vida, tudo bem pois sabe dos sentimentos que possuo por você.

-- Eu... não quero... te matar. E sim... Ana. Vou arrancar a cabeça dela! – Rosie ofegava demais e tocava o ventre crescido.

-- Rosie, ela se afastou de mim, ela tem medo de ficar próxima a mim. Ela fez isso porque eu amo você.

-- Marianne... não... insista mais! Nada do que me dizer... me convence. Volte pra Ana... e aproveite!

-- Não vou voltar pra ela!

 -- Eu voltarei e pra matar aquela cientista.... ahhhhh! – Gritando de dor pelas contrações.

-- Então a mate! – Berrou Mari. -- Se isso for a forma de me fazer ficar próxima a você faça isso!

Antes de dizer algo, eis que surge Bobby Moore e toda a comitiva lupina.

-- EU SEI DE TODA HISTÓRIA, ROSELYN. VOCÊ E GEORGE BEST!

Enquanto isso no hall Peter chorava baixinho. Ele temia que seu plano de enganar Iker Casillas pudesse dar errado e não cumprir a promessa feita para Manuel Neuer, de proteger Felicity e os filhos dela. Johan Cruyff saía da biblioteca quando viu o mago, triste.

-- Peter. – Chamando pelo mago. – O que você tem?

-- Medo... – O feiticeiro tinha os olhos e o nariz vermelho por conta do choro. – Medo de que não vou conseguir proteger Felicity e as crianças. Manuel não vai me perdoar.

Cruyff abraçou o mago e estranhou essa atitude. Havia algum tempo que gostava de Peter de um jeito diferente. Isso aconteceu depois de se transformar em vampiro.  E agora ele transmitia carinho e conforto para o mago. Ele olhou fundo para Peter.

-- Sei que está temeroso, mas não pode pensar assim. Acredite que vai dar certo.

Cruyff tocou os lábios dele e o beijou calmamente, contudo foram interrompidos por Davy.

-- Peter?

-- Opa! – Peter se afastou do médico. – Davy?

O clima parecia não ser dos melhores e Cruyff percebeu isso.

-- Eu vou me retirar!

Davy e Peter discutiram ali mas tiveram de interromper ao ouvir os gritos de Bobby e Best no quarto.

-- EU AMO ROSELYN ANNE DONOVAN E NÃO ME IMPORTO COM ESSA LEI! EU AMO MINHA LOBA E VOU PROTEGER ELA E MEUS FILHOS!

-- Sendo assim eu vou matar os dois! – Disse Moore, enfurecido.

-- NÃOOOO! – Gritou Rosie. – MEUS BEBÊS! AAAAH!

Neste momento Marianne se colocou na frente do líder.

-- Meu esposo, não faça isso! Tudo que é mais sagrado, não faça isso! Por favor, Robert, eu te imploro, como sua esposa e protegida, poupe-os!

Moore se calou e os gritos de Rosie tornaram-se audíveis. Mesmo o doutor Neeskens e sua esposa, Annie, não conseguiam fazer aquele parto.

-- Não estou conseguindo fazer o parto. – Avisou Neeskens. -- Mr. Moore, por favor! Traga a cientista aqui! Ela sabe lidar com partos assim.
Não demorou para Anastacia aparecer no castelo a pedido de Marianne.

-- O que faz aqui? – Perguntou Rosie, ainda sofrendo. – NÃO VAI TOCAR NOS MEUS BEBÊS! SUA CIENTISTA MALDITA! FORA!

-- Eu vim para fazer o parto. – Respondeu a cientista calmamente. – Marianne, arrume os travesseiros dela.

Mari fez o que foi pedido.

-- Abre as pernas, Rosie. Vamos antes que seus bebês morram. – Em seguida deu ordens para o mordomo e o vampiro. – Primus, segure a mão dela e George, você também. Agora Rosie,empurra!

Apesar dos protestos, Rosie fez o máximo de esforço possível, empurrando o bebê. Moore estava por perto quando de repente no último ato de Rosie, o bebê apareceu e o lobo segurou a criança, mas devido a força do impacto, quase o derrubou junto.

-- Ainda não acabou. – Disse Ana. – Falta mais um!

Rosie gritou demais e continuou a empurrar, contudo estava sem forças e a voz lhe faltava.

-- Best... – Ela falou com o marido, muito enfraquecida. – Se... Acontecer algo... Comigo... Leve as crianças... Com você. Cuide dos nossos filhos...

-- Não, não! Minha loba! –- George beijava os lábios secos de Rosie e olhava fundo nas orbes verdes. – Resista, mulher! Você vai viver. Você é forte!

A pedido do amante e motivada, ela empurrou mais uma vez seu segundo filho e no último instante a criança saltou fora, indo para os braços de Marianne, sendo quase arremessada contra a parede se não fosse Mary Anne McCartney ter impedido.

-- É um menino! – Exclamou Marianne.

-- É uma menina! – Disse Bobby Moore, carregando a menina e mostrando para o casal. – Parabéns! Vocês ganharam dois filhotes!

O casal Moore mostrou os bebês e os pais sorriam.

-- Minha loba... – Best chorava emocionado. – Muito obrigado por me tornar pai de duas crianças. Vamos ser grandes pais!

-- Vamos sim... Vamos.. – Disse Rosie antes de desmaiar por conta da perda de sangue.

Marianne tentou acudir a loba junto com Best mas o médico Neeskens e Annie cuidaram da loba para deixar confortável em sua recuperação, ao mesmo tempo eles e Ana providenciaram mamadeiras para os bebês.

Na fazenda, Fefe guardava um punhal de prata debaixo da roupa e depois se encarou no espelho. Seus olhos apresentavam olheiras muito proeminentes. Mesmo não ter dito uma palavra para Peter ou Joj Smith, ela estava mais do que decidida: iria dar sua vida para o conde de Madri.

Faltando três horas para o amanhecer, Oliver retornou para o castelo, informando o conde sobre a Ilha.

-- É muito bem protegida, senhor. – Avisou Oliver, um pouco espantado. – Eles trouxeram mais gente de fora e também o conde Benítez foi capaz de trazer os mortos de volta!

O conde tremeu um pouco e encarou Bobby.

-- A estratégia deve mudar. – Encarando o lobo.

-- Então vamos!

Novamente lobos e vampiros se reuniram na sala principal de jantar.

-- Segundo Oliver, as mansões estão bem protegidas. Benítez está na casa de Bobby Moore, juntamente com Cristiano Ronaldo, Gareth Bale e Luka Modric.

-- Essa tal de Modric é perigoso. – Avisou Oliver. – Ele tem capacidade de parar um vampiro com olhar. É como a Medusa.

-- Neste caso eu posso arrancar a cabeça dele. – Disse Sepp, sorrindo.

-- Na mansão de Davy Jones, Cavani, Lavezzi e Verratti estão muito mais fortes. E ainda contaram com mais reforços. – Continuou Oliver. – Vieram Galdino e Thiago, dois lobos ferozes e loucos. E Benítez ressuscitou alguns mortos, como Peter Noone e seu bando, os vampiros Kroos e... Nadine Angerer.

Quando os nomes dos mortos foram mencionados, Davy e Dianna mais Mike Nesmith tremeram internamente. Louise também mas não se deteve. Era corajosa e se for enfrentar Nadine pela segunda vez não seria nenhum problema.

O plano que Franz determinou era simples. De acordo com  as habilidades dos inimigos, os lobos e vampiros enfrentariam os adversários. Davy e Di querem vencer Noone. Peter e Johan contra Casillas, Louise contra Nadine, Sepp venceria Modric e Gerd confrota Verratti. O restante luta contra o bando todo e o conde e Bobby cara a cara com líder, Rafael Benítez.

Já Oliver ficará no castelo, juntamente com Joanna Martin, os caça vampiros e a cientista Anastacia e o namorado dela, Paul Breitner e George Best.

-- Sr. Conde! – Chamou Renée, a alquimista de Prata. – Eu mesma vou enfrentar Verratti.

-- Não ouviu o que Oliver disse? – Replicou o conde. – Aquele lobo carcamano está mais poderoso.

-- Mas posso vencer e quero me vingar dele!

-- Então terá de unir forças com Gerd.

-- Mas...

-- Está decidido!

A alquimista não gostou disso porém aceitou com elegância a decisão.  Neste meio tempo Micky Dolenz se lembrou de um detalhe: Felicity.

-- Sr. Conde! Podemos trazer a profetisa pra cá?

Franz havia se esquecido da galesa.

-- Puxa vida! Me esqueci dela! – Se culpou pelo erro. – Pode trazê-la, Micky?

-- Sim e prometo ter cuidado. – Ele beijou Emma. – Já volto, amor e cuida das crianças.

Micky chegou o mais rápido que pode na fazenda e encontrou Felicity, rezando com seu terço de madeira, presente de sua mãe.

-- Fefe!

-- Micky! – Ela se levantou e abraçou lobo amado. – O que faz aqui?

-- Vamos para o Castelo Beckenbauer! O conde e o Bobby Moore planejam retomar a Ilha dos Lobisomens amanhã.

Quando o lobo a puxou, notou uma resistência por parte da humana.

-- Felicity, vamos!

-- Eu não quero ir! – Avisou Fefe. – Vou ficar aqui, nesta fazenda.

-- FELICITY, VOCÊ NÃO ENTENDEU? HAVERÁ UMA GUERRA! – Berrou Micky, desesperado, sacudindo a profetisa. –  E O ASSASSINO DO SEU MARIDO... ELE VIRÁ ATRÁS DE VOCÊ E TE MATAR!

-- É isso mesmo que quero. – Respondeu calmamente a mulher. – Assim ninguém sairá ferido. Sei que meus filhos estão em boas mãos. Joey está bem protegido pela Ana e você e a Emma cuidam muito bem da minha Karin. Quem vai sentir minha falta?

-- Eu! – Disse o lobo, chorando. – Eu não conto? E sua amiga escocesa, Nora? Até a Emma vai se entristecer se você morrer.

Fefe chorou também mas não se deu por vencida.

-- Micky, sempre vou te amar. E a Emma também. Vocês dois vivem no meu coração... Mas Nora não!

-- Por quê? O que ela fez pra você ficar assim?

A profetisa fechou a cara e parou com as lágrimas.

-- Apenas digo que não a perdôo. E nem nunca a perdoarei. Ela destruiu meu coração.

Os dois ficaram quietos por um tempo e novamente o lobo americano insistiu.

-- Vamos para o castelo, Fefe. Eu peço pra Emma ficar de fora nesta luta, unicamente pra te proteger no meu lugar. Mas... EU NÃO POSSO PERDER VOCÊ! EU AMO VOCÊ, MESMO TENDO IMPRINTING COM MINHA MULHER! EU TE AMO, FELICITY MCGOLD!

Micky puxou Felicity e a beijou bem forte, um beijo desesperado e cheio de paixão. Durante o ósculo a profetisa teve uma série de visões do passado do lobo. Micky foi casado com uma loba liverpooliana chamada Suzan Hardison e com ela teve uma filha, Jane Roselyn. Certo dia quando viajavam para o Canadá, foram atacados pelos vampiros golem. Micky tentou proteger as duas mas falhou. Suzan e J.Ro morreram sendo atiradas do alto de um penhasco pelos monstros e o lobo quase teve o mesmo destino se não fosse a intervenção de Mike Nesmith.

Quando terminaram de se beijar, Fefe encarou Micky e o abraçou ternamente.

-- Por que não me contou sobre seu passado?

O lobo percebeu que Fefe já sabe de toda história do que aconteceu antes.

-- Não queria que soubessem disso. – Respondeu Micky, mais calmo e tocando a bochecha de Fefe. – Uso o humor para não me entristecer e por isso não quero te perder, como eu perdi minha Sue e minha filhinha.

A profetisa não sabia o que dizer. Sensibilizou com a história de Micky.

-- Está bem. Eu vou com você para o castelo.

Minutos depois o lobo entrou no castelo, trazendo a galesa no castelo. Todos a encaravam, inclusive Nora e seu irmão.

-- Sassenach! – Abraçou George. – Ainda bem que veio.

-- Sim, Fefe. – Nora se aproximou dela mas foi negada.

-- NÃO CHEGUE PERTO DE MIM! – Vociferou Felicity, enfurecida. – FICA LONGE DE MIM, BRUXA!

-- Sassenach, calma. Eu vou te levar pro quarto. Esqueça a Nora e vamos!

A atitude de Fefe espantou os presentes ali, até mesmo Louise. Nos primeiros raios solares, os vampiros se retiram e alguns lobos ficaram acordados. Enquanto isso no quarto de Rosie, Marianne dormia ao lado da loba e esta se acordava de vez em quando por conta das dores e fraqueza.

-- Aaaah... – Gemia Rosie e por vezes tossia. – Preciso de água...

Marianne pegou um copo de água e ajudou Rosie a beber. Ao tocar o rosto dela, notou a alta temperatura emanada do corpo dela e o suor. Rapidamente colocou um lenço umedecido na testa de Rosie e a abraçou.

-- Eu vou cuidar de você, loba!

No quarto do conde enquanto ele dormia, Odile observava os bebês de George Best. As crianças foram batizadas de Cecilia e Calum e dormiam tranquilamente. Ela também se preocupava com Franz. Torcia para que ele retornasse salvo da luta ao mesmo tempo se perguntava o que aconteceria com ela caso o conde venha morrer. Quando voltou para a cama, ela sentiu os braços de Franz a envolverem.

-- Se eu cair, estará livre. – Avisou Franz, beijando a bochecha. – Voltará pra sua família, minha raposa.

Odile não disse nada, apenas permitiu o carinho e depois o beijou na boca.

-- Não vai morrer meu conde.

Quando a noite apareceu, Louise saltou fora de seu caixão mais cedo e foi praticar luta fora do castelo. A cada soco trocado, era uma demonstração de raiva, ressentimento e dor. Na verdade, a vampirinha encarava aquelas árvores como o rosto de Alice e outras como Gerd, aumentando a vontade e ira de socar.

Alice olhou na janela e leu a mente dela. Era óbvio que sua amada ainda não a perdoa. Contudo, não vai deixar nada acontecer com Louise e sabendo que seu amado sol iria confrontar a robusta Nadine mais uma vez causava tremor.

-- Mesmo que me odeie, não vou permitir que pereça nesta luta, Louise. – Comentou Alice, deixando uma lágrima escorrer nos olhos. – Eu te amo e vou te proteger.

Uma hora depois todos se encontraram no salão principal. O último a aparecer era George Best.

-- Eu vou lutar. – Disse o vampiro. – Desta vez acabarei com aqueles irmãos Kroos.

-- Somos dois. – Disse Mike Nesmith.

Apesar dos riscos, nenhum temeu. O conde e o macho alfa da alcatéia olharam para todos.

-- Aqueles que não quiserem lutar na retomada da Ilha, podem ficar no castelo! – Avisou o conde.

Ninguém se pronunciou ou sequer demonstrou algo.

-- Agora quem quiser lutar, venham conosco! – Bradou Moore e todos assentiram, dando sinal que aprovavam.

Enquanto isso num dos quartos, Emma beijava Felicity.

-- Eu vou proteger você. Felicity.

-- Não precisa, Emma. – Negou a humana. – Ajude o Micky. E também deve proteger a vampira loira, que é sua amiga.

-- Dianna não sabe que eu a amo. E ela agora tem a Louise.

-- Mas vai saber. Dianna tem sentimentos por Louise, mas elas não são almas gêmeas. Mas você é. E Louise está sofrendo por causa de Alice.

Emma sabia de tudo isso e mesmo assim sentia um ciúme doloroso.

-- Vá, Emma! Ajuda o Micky. Eu vou ficar bem!

A loba loira aceitou e se juntou ao grupo e o marido.
Antes de partir, Felicity resolveu fazer algo por Emma. Ela chamou Dianna rapidamente para o quarto e atraiu a loba para lá. Minutos depois, elas saíram do quarto, felizes. Emma beijou Fefe mais uma vez.

-- Obrigada, Felicity!

Felicity enxergou da janela todos seguindo o caminho para a Ilha dos Lobisomens. Rezou para que todos voltem vivos. Ao fechar os olhos, ela teve sua visão. Com todos encurralados na Ilha.

-- Meu deus! – O coração da profetisa bateu depressa. – Aquilo é uma armadilha!

Ela desceu as escadas rapidamente mas foi detida por Joanna.

-- Não pode sair do castelo, frau Neuer! O conde deu ordens para ninguém sair!

-- Preciso avisá-los do perigo! Eles estão indo para uma armadilha!

--- Mas não pode! – Fechou a porta e puxando Fefe pelo braço a conduziu de volta pro quarto. – Deve ficar aqui, é mais seguro!

Sem saber o que fazer, a profetisa pensa num outro plano...

Na floresta, os lobos e vampiros se aproximaram discretamente para a Ilha dos Lobisomens, evitando tudo que possa despertar o mínimo de atenção.

-- Tem alguma coisa errada. – Resmungou Bobby Moore, na árvore e observando a mansão.  – Não sinto presença deles. E nem do Benítez.

-- Talvez estejam lá dentro. – Indicou Louise, sentada no galho e olhando através da luneta as janelas. – Mas parece que não há ninguém.

Franz estava nervoso demais. Respirou fundo e depois deu a ordem para todos correrem para a entrada da Ilha. Eles foram. E não encontraram nada. Micky Dolenz entrou na sua casa e não foi encontrado nada. Bobby Moore fez o mesmo. Nada. Todos olharam ao redor da Ilha.

-- Acho que recuaram. – Disse Davy Jones.

Lulu não acreditava nesta possibilidade. Deu alguns passos a frente da mansão de Bobby Moore e notou algo. No chão havia pegadas de lobo. Cheirou um pouco e ali percebeu tudo.

-- É UMA ARMADILHA!

Quando ela avisou, os lobos e vampiros surgiram ao redor, formando um círculo fechado, cercando o bando do conde Beckenbauer e a alcatéia de Bobby. O bando ria e encarava os adversários. Neste momento, o lobo Marco Verratti surgiu diante deles, assumindo a forma humana.

-- Renée, minha querida alquimista de Prata! Estou tão feliz que esteja aqui. – Sorria o lobo, irônico. – Mas não imaginava que trouxesse seus amiguinhos.

-- Imbecil! Eu confiei em você e tudo que recebo é traição? Deve imaginar que de mim não espere minha rendição! – Esbravejou a alquimista, usando uma magia de paralisia, mas não afetando o lobo.

-- Nunca atinja magias fracas contra o lobo da linhagem de Fenrir! 

Verratti assume a forma de lobo e partiu para o ataque mas foi golpeado por Gerd. O lobo rosnou e em seguida retomou a forma de homem.

-- MALDITO SEJA VOCÊ, TYR!

Ainda ali o conde Benítez surgiu diante deles.

-- Conde Beckenbauer! – Armado com um florete. – Finalmente vou confrontá-lo, junto com Bobby Moore.

Franz e Moore, também armados, começaram os ataques contra o conde espanhol. Os outros também lutavam bravamente. Sepp, juntamente com Nora e Joj Smith, estavam com dificuldades contra o vampiro croata Luka Modric. O vampiro paralisou os irmãos e o vampiro ágil como um gato.

Louise ajudava Davy a vencer os Hermints e Peter Noone, contudo foi empurrada por ninguém menos que... Nadine Angerer.

-- Ora, ora! Frau Müller. Estava com saudades de você, pequenina! – Nadine provocava a vampirinha.

-- Não imaginava que você pudesse voltar. – Replicou Louise, sorrindo e recuperando a forma. – Desta vez vou acabar com você.

Ela socou a vampira robusta e esta não sentiu nada. Sem se abater, a vampira adolescente aplicou outros golpes contra Nadine. Nada feito. Até que num momento, a mulher grande segurou o punho de Louise e o apertou, quase quebrando os ossos.

-- Esqueci de falar que fiquei mais forte da última vez que nos vimos, fraulein!

Nadine jogou Louise contra as rochas e aplicou três socos, enfraquecendo a garota. Depois ela puxou a jovem pelos cabelos e encarou maléfica.

-- Tenho de admitir que você é belíssima, fraulein McGold.
Louise enojou-se. Percebeu ali que a vampira, que no passado quase abusou de Davy quando este foi seqüestrado por ela e Oliver, agora quer fazer o mesmo com ela. Nadine rasgou uma parte do vestido da loira e vislumbrou uma parte dos seios brancos.

-- Acho que depois que esta guerra terminar... – Ela tocava a perna de Louise, subindo até chegar o meio dela. – Farei de você minha pequena escrava!

De repente o rosto de Nadine ganha uma forma demoníaca, mais abissal, assustando Louise.

-- Me dê um beijo!

Lulu gritou e no momento que se preparava para atacar, Nadine sufocou-se e largou Louise no chão. A vampirinha viu que era Gerd, usando uma chave de pescoço contra a robusta mulher e depois arremessando-a para longe.

-- VOCÊ NÃO DEVIA ESTAR AQUI! – Ele gritou, ajudando Louise se levantar.

-- Me deixa! – Negando ajuda do ex-marido. – Eu não preciso de você.

-- E eu preciso de você. Volte para o castelo e fique com Alice. – Pediu Gerd, ofegante. – Por favor, Louise. Eu te imploro.

A menina não se deteve.

-- Não vou fugir de uma luta!

Lulu caminhava em direção a Nadine, para encerrar a luta quando ouviu Gerd ainda dizendo.

-- Não faça isso por mim, pense em seu menino. – O vampiro caçador ainda argumentava. -- Podemos não estar nos amando mais, mas perder você seria doloroso pra mim e pra Alice.

Lulu parou o passo e refletiu brevemente. Seu coração doía ao pensar em Gerd e em Alice. Eles ainda se importavam com a vampirinha apesar de tudo. Mas ela não quis saber.

-- Eu li sua mente e da Alice. Eu sei disso.  Mas não me importo com nenhum de vocês. Se eu morrer, Freddie estará em boas mãos com Ana ou com Davy. Se eu morrer, pra mim não fará diferença.  Eu quero vencer!

Resignado, ele ainda disse:

-- Faça como queira, mas tenha cuidado, ursinha.

Ele mal terminou de falar e Gerd sofreu um ataque surpresa. O lobo argentino Ezequiel Lavezzi mordia o braço do vampiro e este tentava se desvencilhar. Lulu o ajudou, chutando o lobo longe. Ele se recompôs e correu em direção a vampira. Lulu agarrou o lobo forte e o estrangulou, matando-o em segundos.

Ali mesmo o alemão e a jovem galesa se olharam. Aquele olhar brilhante não mudou nada. O coração de Louise batia e ela não sabia o que estava sentindo.

-- Eu fiz isso por Alice. – Mentiu Lulu, corada. – Vocês devem ficar juntos. Sou eu que não quer te ver morto, Gerd. Pelo menos não ainda.  Mas se for por Alice e sua filha, deve viver.

Trocaram outra vez aquele olhar enigmático. Por mais que Lulu negasse, ela ainda tinha desejos pelo ex-marido. E o mesmo correspondia, com mais intensidade. Gerd tocou a mão de Louise e sentiu o sangue esquentar. Ela ainda o fascinava. Ele a puxou para perto dele e a beijou forte, porém durou cinco segundos.

Neste momento, a giganta alemã, Nadine, arremessa uma rocha contra o casal. Os dois se desviaram.

-- Eu sempre soube que vocês ainda se amam, apesar de separados. – Ela sacou seu chicote, desta vez, vermelho e cheio de espinhos. – Assim vai ser melhor. Matarei o casal Müller numa cajadada só.

Louise olhou para Gerd.

-- Divididos, cairemos. – Disse Lulu, triste.

-- Unidos... – Gerd continuou a falar, agora segurando a mão de Louise. – Venceremos!

Nadine percebeu o que planejavam. Louise novamente partiu com tudo pra cima da vampira, socando e chutando. Nadine se desviava dos ataques da menor e ao mesmo tempo golpeava com dificuldade o ex-marido de Louise. Usou o chicote, mas Gerd foi mais forte e arrancou a arma, jogando fora. O casal aplica mais golpes na vampira, enfraquecendo-a. Nadine poderia muito bem ter sido derrotada se não fosse à aparição de Cristiano Ronaldo, atacando de surpresa os Müllers.

-- Obrigada, “portuga”. – Agradeceu Nadine, olhando para o casal caído.

Louise praticamente estava fraca com o ataque e Gerd inconsciente.

-- De nada, minha querida. – Beijando a mão de Nadine, fascinado pela mulher. – Vamos levá-los para o conde Benítez.

Nadine e Cristiano acorrentaram os Müllers e os levaram para o centro da ilha, onde estavam todos os lobos da alcateia de Bobby Moore rendidos e os vampiros e aliados do conde Beckenbauer, derrotados. O conde alemão estava com as roupas rasgadas e cheio de hematomas. Moore e seus lobos também. Davy Jones e Dianna muito piores. Além de machucados, tinham grilhões no pescoço e nos pulsos.

-- Dianna! – Berrou Louise. – Dianna!

-- Louise! – Dianna tentou correr para acudir à amadinha, contudo, foi puxada a força por um dos Hermints, Karl Green.

-- Nunca mais irá ficar com sua vampirinha. – Xingava Karl. – E nem com a loba amiga!

Green apontou para o casal Dolenz, também com grilhões no pescoço como cães. Keith Hopwood chutava Micky e Barry Whitwan socava Emma. Mike Nesmith e George Best tiveram o mesmo destino nas mãos dos ressuscitados irmãos Toni e Felix Kroos.

-- Estão todos aqui? – Perguntou Benítez.

-- Falta o Casillas. – Respondeu o vampiro louco Gaudino, colocando a corda no pescoço de Sepp Maier, a pedido de Luka Modric.

O vampiro espanhol estava com a aparência suja de pólvora e trazia seus inimigos algemados, Peter Tork e Johan Cruyff. O plano não havia dado certo.

-- Por onde vamos começar? Ah sim, eu lembrei. Caíram na minha armadilha!

Os oponentes riram feito hienas. Verratti trouxe Renée, sendo segurada juntamente com Holly Grey por uma armadura inanimada. Até mesmo Paul Breitner estava rendido por um dos vampiros e ferido.

-- Eu li sua mente, conde Franz. E vou lhe responder sua pergunta. Estávamos a par de tudo que vocês planejaram. Vigiamos cada passo seu e ação.

Franz chocou-se. Benítez pensou em tudo.

-- Sabia que você mandaria seu espião para nos observar e depois reportar tudo a nosso respeito. Mas não é culpa de Oliver não. Ele fez seu trabalho, obedecendo a seu mestre. Apenas não fizemos nada e permitimos tudo. E depois armamos esta cilada.  E agora... – O conde retirou a espada da bainha e apontou para a cabeça de Franz. – Chegou seu fim. Mas antes, me responda. Onde está Felicity?

-- Eu não sei. – Mentiu o alemão, sangrando. – E mesmo se soubesse não direi nada.

-- Que pena! Então é um adeus!

Rafael ergueu a espada no alto para golpear quando ouviu um grito estridente.

-- NÃO!

Todos se assustaram e olharam ao redor. Cavani, o uruguaio, que segurava Holly por um feitiço, avistou a sombra que se aproximava. De uma mulher alta, usando capuz negro.

-- QUEM É VOCÊ? – Gritou o líder espanhol.

A pessoa tirou o capuz, revelando ser Felicity McGold, a verdadeira profetisa.

Os amigos de Felicity se chocaram. Os inimigos abriram um enorme sorriso de vitória.

-- Felicity. Desta vez a verdadeira. – Se aproximou o conde, beijando a mão dela e recebendo um tapa na cara. – E muito determinada.

-- Eu me rendo a você, conde Benítez! – Disse Fefe, se ajoelhando perante o vampiro. – Entrego meu dom, contanto que liberte meus amigos.

Todos riram do pedido dela. Mas Benítez leu a mente dela. Sim, Fefe fala a verdade.

-- QUIETOS! – Ordenou o conde. – Madame, embora esteja se entregando de livre e espontânea vontade, ainda não confio totalmente em você. Preciso de uma prova cabal sua. E eu sei como fazer.

O próximo passo foi que Thiago agarrou Fefe, rasgando o vestido nas costas da profetisa. Rafael pegou do bolso um tipo de carimbo com as iniciais R e B. Colocou perto da fogueira e depois se aproximando da mulher, encostou-se à pele dela, marcando o corpo com as iniciais. Felicity gemeu mas evitou de gritar ou até mesmo de chorar.

-- Pode chorar, minha criança! – Puxando a mulher pelos cabelos e encarando as orbes castanhas dela. – Eu quero te ouvir gritar também.

Fefe não obedeceu e agüentou a dor. Nora chorava pelo sofrimento que sua amiga e amada está passando. E sem falar que fora ela a causa de estarem separadas, por um erro seu.

-- Gareth, traga a Caixa de Pandora. – Ordenou o conde.

O vampiro galês trazia uma pequena caixa com uma caveira de fechadura. Esta é a Caixa de Pandora, que segundo Benítez, ao abrir irá retirar o poder de Felicity em definitivo.

-- Mas antes que possa abrir... --- Ele abriu mais o vestido dela, mais propensamente deixando o pescoço alvo a descoberto. – Casillas irá sugar seu sangue.

O espanhol de olhos vermelhos observou Felicity cuidadosamente e imediatamente mostrou as presas para ela.

-- Quando tudo isso acabar... – Dizia Felicity, com os olhos marejados. – Vai cumprir a promessa?

Todos se entreolharam e sorriam.

-- É claro que vou cumprir. – Respondeu, em tom disfarçado. – Sou um conde de palavra.

Louise leu a mente dele e berrou.

-- ELE MENTE, FELICITY! BENÍTEZ NÃO VAI CUMPRIR NADA. ELE VAI RETIRAR SEU DOM E DEPOIS NOS MATAR! NÃO ACREDITE NELE!

Nadine amordaçou Louise e para garantir não ouvir Gerd, fez o mesmo. Gerd grunhia de raiva e olhava para Louise. Ambos estavam enfurecidos, loucos para se libertarem e acabar com seus inimigos, sobretudo com Nadine e Cristiano.

Peter queria gritar mas o medo impediu. Micky se sentiu impotente ali a medida que Casillas se aproximava da profetisa.

-- Felicity... – Nora praticamente murmurava devido à falta de voz e as lágrimas lhe impedindo. – Me perdoa, meu amor. Eu não tive intenção de magoá-la. Sou a culpada por traí-la. Minha alma gêmea.

Apesar dos lamentos, não adiantava. O fim era iminente. Casillas agarrou Felicity e focou-se na jugular.

-- Não se preocupe, señorita. A dor é inicial. Na verdade, vai até gostar.

Os caninos dele quase tocaram o pescoço da mulher quando de repente algo aconteceu. Benítez ouviu um gemido de Casillas e ao olhar pra ele, notou tarde demais o sangue escorrendo no corpo dele, na boca aberta e principalmente o punhal de prata cravado no coração. Fefe havia se desvencilhado de Thiago e aplicou o golpe fatal no vampiro, atingindo em cheio seu coração.

-- Isto é pelo Manuel! – Berrou Felicity, furiosa. – Meu marido! E neste momento seu corpo vai inflar de ar como um saco e explodir. Que suas vísceras se espalhem contra seus aliados e virem ácido atingindo suas peles.

Ali mesmo Casillas vomitou sangue e pediu ajuda, mas ninguém o acudiu. Pelo contrário. Todos temeram ali e se horrorizaram ao ver o corpo dele ganhando uma forma esférica.

-- Casillas! – Gritou Rafael.

-- Señor....Eu...

Mal terminou de falar e seu corpo explodiu em mil pedaços, atingindo apenas o bando de Benítez. Antes disso acontecer, Nora se livrou de seu algoz e ficou na frente de Felicity, criando uma barreira de proteção para a amiga, os lobos e vampiros de Bobby e Franz.

-- Nora... – Fefe notou tarde que a bruxa estava fraca porém resistia bravamente.

Enquanto todos sofriam com acidez em seus corpos, libertando assim os reféns, Benítez se recupera.

-- PAGARÁ MUITO CARO POR ISSO, PROFETISA!

-- Não! – Disse Fefe, segurando Nora em seus braços. – É Você quem vai pagar pelo seu erro!

Depois disso ouviu-se um grande uivo e surgia ali na Ilha mais lobos ao redor. Um deles, um tipo gigante de olhos azuis ficou na frente das garotas.

-- É com você, Gianluigi!

Era a hora de recomeçar a luta e desta vez com ambos os lados equilibrados.



Continua...

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