domingo, 12 de março de 2017

Lady McCartney's Lover (1º Capítulo)

Olá pessoal!
Tenham uma boa noite e vamos começar com nova fic. Inspirada no livro O Amante de Lady Chatterley,  mas tem momentos quentes de outros casais. Boa leitura!


Capítulo 1: O casamento e uma oportunidade


-- James Paul McCartney aceita Felicity Jane McGold como sua legítima esposa? Prometendo amar e respeitar na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza até que a morte os separe? – perguntou o padre, encarando o jovem tenente inglês.

-- Aceito. – respondeu Paul, sorrindo para a noiva.

-- E você, Felicity Jane McGold, aceita James Paul McCartney como seu legítimo esposo? Prometendo amar e respeitar na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza até que a morte os separe?

A noiva, uma galesa alta de vinte e cinco anos, é filha mais velha do conde galês Robert McGold e Sophie Chapelle. Uma jovem voluntariosa e apaixonada por seu noivo. Já Paul conhecia Fefe desde que ambos tinham vinte e três anos. Seu pai, Jim McCartney, dono da metalúrgica McCartney e um dos homens mais ricos de Liverpool, era amigo de Robert e acabaram concordando em transformar o namorico de seus filhos em algo mais sério. No entanto, Paul se alistou no exército antes da guerra estourar na Inglaterra. Algum tempo depois o casamento foi apressado.

-- Neste momento, diante da catedral de Westminster, eu os declaro marido e mulher! – anunciou o padre e abençoando o novo casal. – Pode beijar a noiva.

Ao se beijarem, não teriam idéia do que o futuro os reserva e quantos anos levariam para um reencontro...


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Nora Smith lavava a roupa no tanque e ao mesmo tempo sufocava a vontade de chorar. Seu marido havia morrido e tem um bebê de quatro meses. Sobrevive apenas com a pensão deixada por Keith Moon e o dinheiro que seu irmão, George, traz depois de um dia de trabalho na fábrica McCartney.

A vida nova prometida em Liverpool não surtia mais efeito para ela, seu irmão e seus primos. Exceto Kimberly, que conseguiu se casar com um homem rico. Tirando isso Angela e seu irmão, Duncan, conseguiram um trabalho razoável na casa de outra pessoa.

George Smith retornava para casa, com duas sacolas de comida e ao entrar na casa da irmã, a encontrou chorando.

-- O que houve? – perguntou, largando as sacolas na mesa e acudindo a irmã.

-- Não agüento mais. – os olhos de Nora, antes tão azuis, estavam vermelhos.

Os dois se abraçaram bem forte e choraram mais. Diferente da irmã, George tem esperança que tudo pode mudar, a qualquer momento.  

No jantar George avistou um anúncio do jornal.

Precisa-se governanta e ajudante para família importante de Liverpool.

-- O que está olhando, George? – Nora estranhou o olhar fixo do irmão.

-- Minha nossa! – exclamou o rapaz. – É muito dinheiro. É o suficiente para vivermos mais um pouco na Inglaterra e depois voltarmos para as Terras Altas.

-- Mas George, e se não nos aceitar? Eu tenho uma bebê de 4 meses.

-- Nora, isso é tudo que pedimos em nossas orações! – disse George, otimista. -- Se trabalharmos dois anos, conseguiremos dinheiro suficiente para comprar a fazenda e nunca mais teremos de fazer empréstimos ou algo do tipo.

Nora não levava muita fé, mas as oportunidades brotavam ali e tinha de aproveitar.

-- Tudo bem.  Vamos nos candidatar neste emprego. E assim você pode largar aquela fábrica! Fico preocupada com você por causa da sua asma.

-- O ar puro me fará bem.

No outro dia eles seguiram rumo a mansão dos McCartney. Foram recebidos pelo mordomo Abraham.

-- O que desejam? – perguntou o homem de aproximadamente quarenta anos, muito sério.

-- Viemos para a vaga de emprego. – George respondeu mais calmo.

O mordomo os levou para o escritório do dono da casa. Entraram e viram um homem de terno preto, cabelos curtos e um pequeno bigode e olhos castanhos esverdeados, sentado numa cadeira de rodas.

-- Senhor McCartney, são os primeiros a se candidatar para o emprego. – avisou o velho.

Paul os observava com minúcia. O rapaz respirava com um pouco de dificuldade e a moça era mais tranqüila... Porém muito bonita.

-- O que vocês dois sabem fazer? – questionou em tom grave.

-- Trabalhei como motorista na casa dos Starkey por um ano e meio e estou há quatro meses na fábrica.

Mal terminou de responder e George tossiu mas não tanto para despertar nojo.

-- A verdade, senhor, é que quero sair da fábrica em razão do meu pulmão.

Paul se manteve firme e em seguida lançou uma pergunta para Nora.

-- E a senhorita?

-- Senhora! – corrigiu Nora, já não gostando dele,embora o sotaque liverpooliano tivesse um toque sonoro escocês. – Sou costureira e posso ser uma boa governanta.

Nem o próprio Paul também simpatizara com Nora.

-- Sei que vocês dois querem muito o emprego, mas devo avisar que já foram preenchidas as vagas!

A notícia abalou os dois irmãos. O sonho de juntar dinheiro e sumir da Inglaterra se foram. Quando pensaram em ir embora, eis que surgiu uma mulher alta, de cabelos longos presos num coque, vestido azul escuro e usando botas.

-- Eu ouvi tudo! – disse Fefe, com tom superioridade. – Vocês dois estão contratados. Meu marido é um homem que não sabe avaliar as pessoas para o emprego. Já passaram cinco pessoas por aqui e nenhum ele aprovou. Mas eu sim.

-- Felicity...

-- Já chega, Paul! – em seguida lançou-se para o mordomo. – Abraham irá providenciar as roupas e hoje vocês assinam o contrato. Amanhã estejam aqui às oito horas da manhã. E a partir de amanhã, vocês viverão aqui! Acompanhem Abe!

O mordomo levou o casal de irmãos escoceses para o outro escritório definir tudo, deixando Paul e Felicity sozinhos.

-- O que deu em você, mulher? – Paul estava irritado.

-- Se terei de ficar sozinha nesta casa, quero estar cercada de boa gente. – respondeu Fefe, encarando sério o marido. -- E é visível que estes dois precisam de ajuda.

-- E acha que esses dois escoceses são o que precisamos? – duvidou o marido.

-- Eu tenho absoluta certeza. Sinto que eles nos ajudarão muito.

Paul ficou aborrecido, contudo não discutiu com a esposa mais. Ela olhou na janela, bebeu um pouco de licor doce e encontrou os dois escoceses apertando a mão do mordomo. Eles viram Felicity caminhando em sua direção.

-- Muito obrigada, madame McCartney. – agradeceu Nora, olhando para sua salvadora, fascinada. – Prometo não decepciona-la.

George estava paralisado diante da mulher belíssima. Ela não é escocesa mas possui uma beleza exótica. Para ele, a esposa de Paul é uma sassenach.

-- Muito obrigado, madame! – George fez as reverências, mas Fefe impediu.

-- Entendo perfeitamente vocês. – ela sorria. – E sei que não vão me decepcionar. Não precisam me agradecer.

-- Estamos muito agradecidos, sassenach. – em seguida George se corrigiu. – Quer dizer, madame.

Fefe não entendeu a palavra estranha e ignorou, se despedindo deles. Agora só restava ver se eles iriam cumprir a palavra.


Continua...



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