Capítulo 2: Um pedido de ajuda
Já faziam
um mês que George e Nora Smith trabalham na casa de Lorde e Madame McCartney. E
a cada dia que passava, George não conseguia conter seu desejo pela patroa.
Além ajudante, George era um guarda caças, cuidando se algum animal adentrava a
propriedade e inspecionar a floresta. Nora cumpria seus deveres como
cozinheira. Conquistou facilmente o paladar tanto de madame quanto do marido
dela. Paul continuava não aceitar os novos empregados escoceses mas para não
contrariar a esposa, não se opôs mais.
Certo dia,
Fefe recebeu uma carta de seu primo, Michael, avisando sobre seu retorno para
Inglaterra. Desde que a guerra acabou, o jovem saiu das fileiras para trabalhar
num hospital em Cardiff. Passado algum tempo a saudade da família falou mais
alto e ele resolveu voltar para Londres.
-- Seu
primo lhe mandando cartas? – perguntou Paul, surgindo na sala com a cadeira de
rodas.
-- Estou
devendo uma visita a ele. – comentou Fefe, guardando a carta. – Pedirei que ele
cuide de você.
-- Se
nenhum médico tratou da minha invalidez, quem garante que Michael conseguirá? –
Paul não levava fé e em seguida continuou com ironia. – Nem mesmo minha digníssima
irmã Mary Anne conseguiu.
-- Mickey
conseguirá! – falou Felicity, insistente. – Acho que os outros médicos não
obtiveram resultados por sua causa. Você os irritava, inclusive Mary Anne.
-- Não
quero falar dela!
Antes de ir
para guerra, Paul descobriu que Mary Anne namorava as escondidas seu melhor
amigo, George Harrison. Na verdade a jovem estava noiva de um rico comerciante
chamado Roger Daltrey e devido ao amor pelo amigo de Paul, ela desfez o
noivado, provocando revolta na família e ainda por cima Felicity sabia disso e
auxiliava a cunhada.
Felicity se
retirou e foi caminhar no jardim, sozinha. Ela percebeu que o amor por Paul
dissipava no ar e os dois não eram mais os mesmos apaixonados de antes.
Enquanto admirava as flores, ela viu Nora carregando sua filha, Mandy. Ela
mostrava o jardim. Se aproximou dela.
-- Olá,
Sra. Moon. – cumprimentou Fefe.
-- Olá,
madame McCartney. – respondendo. – Espero que não se importe, estou levando
minha filha pra caminhar um pouco, conhecer mais paisagens.
-- Tudo
bem, sabe que autorizo. – tranqüilizou Fefe.
As duas
seguiram para as árvores e conversaram.
-- Há
quanto tempo é casada, madame? – indagou Nora. – Desculpe por perguntar.
-- Não tem
problema. – sorria a patroa e olhava para as macieiras. – Nos casamos antes da
guerra e aproveitamos muito pouco. Logo após a lua de mel, ele se juntou as
tropas. Ficamos separados até o ano passado quando a guerra acabou. E quando
ele voltou pra casa foi daquele jeito que vemos. E então...
Felicity
não conseguiu segurar as lágrimas e chorou, sendo consolada pela cozinheira.
-- Perdão.
Eu fico sem o que fazer quando vejo meu marido assim. – justificou. – Tentei de
tudo pra recuperar a paixão, a ardência na cama, mas ele nega. Seja lá o que a
guerra provocou nele, foi além da explosão.
--
Compartilho da mesma dor. – Nora afagava os cabelos de Fefe. -- Meu marido
também morreu numa explosão quando Amanda tinha dois meses de vida mas não
fique triste, senhora. Haverá um dia que seu senhor irá te desejar.
Felicity
parou de chorar e olhou para a bebezinha, tão linda e sorridente.
-- Quer
segurá-la? – Nora ofereceu a bebê e Felicity aceitou pegá-la no colo.
Ali mesmo
desenvolveu um afeto muito grande por aquele serzinho angelical de olhos azuis.
Imaginou-se dando a luz um filho seu com Paul e seu marido se orgulhando com
seu herdeiro.
George
cortava os galhos de algumas laranjeiras quando avistou Felicity e Nora nas
macieiras e a madame segurava Mandy nos braços. Tirando o desejo carnal e
intenso, George imaginou-se com Fefe, com seus filhos e vivendo juntos numa
fazenda em Edimburgo ou Inverness ou qualquer região rural nas Terras Altas.
Quando o
passeio terminou, Nora deixou a bebê no berço dormindo e voltou aos seus
afazeres. Felicity voltou para a sala e viu na porta seu marido assinando
alguns papéis no escritório e depois na janela enxergou George, sem camisa e
cortando os galhos. Pela primeira vez a madame sentiu algo pelo escocês.
Observar o corpo suado dele, a musculatura de seus braços se contraindo a cada
movimento, os olhos brilhantes se tornaram um encanto.
No outro
dia Felicity convidou o casal de irmãos escoceses para tomar chá de tarde.
George se impressionou. Nunca um patrão ou patroa lhe fez um convite desses. Os
dois se apresentaram na sala e encontraram Paul e seu mordomo se retirando mas
resolveu falar com eles.
-- Não é
todo dia que se recebem convites para a hora do chá. – ironizou Paul e
ordenando para o mordomo a sua saída.
Era claro
que os dois não suportavam Paul contudo tinham de agüentar as ironias e
deboches do patrão. A única coisa boa, além do dinheiro e abrigo para eles, era
Felicity e sua doçura.
-- Olá
vocês. – Felicity abraçou cada um deles. – Esperei tanto por hoje.
-- Madame,
o convite foi feito ontem. – disse George.
Os três tomaram
chá e se mantiveram calados até Joj manifestar seu problema de asma e Fefe o
socorrer.
-- Calma! –
ela tocava o peito dele, chiando. – Fica calmo, George.
-- Relaxe e
respire devagar. – pediu Nora, massageando as costas dele.
O chá durou
poucos minutos e eles se retiraram. George estava constrangido por tossir e o
pulmão denunciar sua condição asmática. Fefe arrumava a mesa quando sua criada,
May, apareceu, com um telegrama na mão.
-- É pra
você, milady.
Felicity
pegou o telegrama e leu atentamente. Em seguida entrou no escritório do marido.
-- Meu
primo está voltando para Inglaterra. – avisou Fefe. – Vamos providenciar um
quarto para ele.
-- Só por
cima do meu cadáver! – esbravejou Paul. – Não quero ninguém da sua família
aqui!
-- Mas
Mickey pode te curar dessa condição! – insistiu Fefe.
-- NINGUÉM
PODE ME CURAR, CARAMBA! – gritou Paul, jogando a xícara contra a esposa. – SAI
DAQUI! EU NÃO QUERO FALAR MAIS DISSO! JÁ BASTA MARY ANNE E O MALDITO, AGORA VEM
VOCÊ E SEU PRIMO BOM VIVANT? AQUI NÃO!
Fefe se
retirou, também brava, deixando o marido com suas explosões raivosas. Se
trancou no quarto, chorando por longo tempo. Quando anoiteceu, ela ligou para
sua amiga, Anastacia Rosely.
-- É claro
que vou receber Mickey. – respondia Ana, tranqüila. – Ele pode ficar quanto
tempo precisar aqui na minha casa.
--
Obrigada, Ana. – agradecia a madame, disfarçando a voz. – Sabia que posso
contar com você.
Desligou o
telefone e voltou para seu quarto, dormindo sozinha. Felicity recusou-se a
dormir com o marido depois da discussão. O casal dormiu em quartos separados. E
Paul não parecia estar arrependido e dormia tranquilamente.
Já no
quarto dos empregados, Nora amamentava Mandy e George tomava seu chá. Ambos estavam
preocupados demais com madame McCartney, pois ouviram a discussão dela com o
marido. Joj Smith resistiu à vontade de proteger Felicity.
-- Está
apaixonado, não é? – Nora percebeu que o irmão pensava na madame. -- Dá pra ver
em seus olhos.
-- Ela é
uma sassenach. – negou George, dando a desculpa de que Fefe é uma estrangeira.
-- É impossível! Talvez o que sinto por ela é desejo carnal.
-- Eu me
casei com um sassenach e o amei muito. Talvez o que você sinta pela madame é
mais que carnal, Joj. Talvez seja amor.
-- Mas...ela
é casada!
-- Bem, comece
satisfazendo os desejos dela e depois veja o que ela sente.
George não
sabia se seguia a idéia da irmã e se perguntou sobre os reais sentimentos da
patroa.
-- Acha que
a madame... a sassenach... sente o mesmo por mim? – perguntou o guarda- caças.
-- Eu
reparei o modo como ela te olha e tenho certeza que ela sente.
Ele sorriu
e terminando de tomar seu chá, se deitou pensando na estrangeira que abalou sua
alma e seu coração.
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Odile
retornava para o apartamento parisiense que ela e sua amiga, a formanda Louise
McGold dividiam e moram juntas. Ambas estudaram na Sorbonne sobre Artes mas com
a chegada da guerra, Odile se tornou voluntária e cuidava dos feridos, na
maioria alemães renegados ou ingleses. Já Louise ganhava a vida com sua arte e
vendia nas galerias. Ela juntava dinheiro para viver longe dos pais. Na
realidade a menina quer ocultar sua gravidez indesejada para a família. Para
Louise, seria desonroso para seus pais saberem que a filha está carregando um
filho cujo pai, um professor da faculdade e imigrante italiano, havia
abandonado.
Ao
entardecer elas tomavam chá e Louise tricotava uma roupinha de bebê, quando a
francesa recebeu uma carta da Inglaterra.
-- Está
seguro, amiga. – garantiu Odile, mais feliz. – Podemos voltar para Inglaterra
sem medo.
Louise
parou de tricotar. Apesar do alivio de viajar de volta para onde seus pais
moram, ainda não estava segura sobre outra coisa: contar para a família sobre
sua gravidez, o abandono e enfrentar a fúria do pai, Anthony.
-- O que
foi?
-- Estou
pensando. – respondeu Louise, baixando a cabeça.
-- Apenas
conte e venha morar comigo, com minha família. – segurando sua mão. – Sabe que
meus pais te aceitam morar conosco e compreendem sua história.
-- Quando o
bebê nascer, terei de abrir mão de minha arte. – lamentou Louise e em seguida
afagando sua barriga. – Mas terei meu anjinho.
Odile
sorriu e abraçou a amiga.
-- Hoje
quer sair comigo? – convidando.
-- Não
estou animada. – recusou Louise.
-- Mas vai
ser bom para nós. – incentivou Odile. – Lembra daquele rapaz alemão de um olho
só?
-- O que
tem ele?
-- Bem, ele
me convidou para ir ao cinema e eu quero que você vá junto. Não digo isso para
que se divertir e sim para conhece o melhor amigo dele. Também está ferido como
ele.
Louise não
gostara nenhum pouco disso. Contudo não recusou a oferta. No fim da tarde
estavam as duas, bem arrumadas e perfumadas, esperando por eles quando ouviram
uma buzina de carro. Saíram de casa e encontraram os dois rapazes, usando
ternos e cada um levando uma flor para sua acompanhante.
-- Mein
liebe... – o maior deles, um rapaz caolho, entregou para Odile uma rosa
vermelha.
--
Obrigada, Franz! – agradeceu Odile, feliz e em seguida puxou Louise. – Quero
que conheçam Louise, minha amiga.
-- Hallo,
madame Louise. – Franz se mostrou bastante agradável.
Ele beijou
a mão dela e depois fez as devidas apresentações.
-- E este é
meu amigo, Gerhard Müller.
Louise viu
o outro e se espantou e ao mesmo tempo sem jeito. O outro parecia normal... até
perceber seu jeito de caminhar. Gerd dava um passo devagar por conta da outra
perna machucada. A atriz lançou um olhar gelado e indignado para Odile,
indicando não ter gostado dele. Embarcaram no carro e seguiram para o cinema.
Enquanto eles compravam os ingressos, elas conversavam.
-- Está de
brincadeira, não é? – perguntou Louise, brava. – Já basta minha gravidez, agora
sou dama de companhia de um... homem coxo?
-- Louise!
-- Não! –
exclamou brava a atriz. – Essa vai ser...
Ela não
terminou a frase devido a tontura forte. Odile a segurou e rapidamente os
rapazes a ajudaram.
-- Me
larguem! – se desviando os braços deles, sobretudo de Gerd. – Não preciso de
sua ajuda!
-- Louise!
– repreendeu a francesa, irritada com a atitude hostil de Louise. -- Sua menina
mimada da Inglaterra!
-- Não sou
surdo. – disse Gerd, ajudando a moça grávida, mesmo contra a vontade dela. -- Ouvi
completamente bem as suas palavras e mesmo coxo, consigo fazer qualquer coisa.
Até segura-la.
Vendo que
provocou certo desconforto em todos, Louise pediu desculpas.
-- Me desculpe, herr. Não tinha intenção em...
Ofende-lo.
-- Está
perdoada. – ele sorriu para a jovem e beijou sua mão. – Deixe-me pagar um
chocolate.
-- Não
precisa... – recusou gentilmente. – Não estou bem. Por favor.
-- Você
está pálida. – o soldado percebeu a brancura forma do normal no rosto de
Louise.
-- Eu
quero... respirar...
-- Respire,
mas de forma calma. Segure minha mão se precisar. Fraulein Odile sempre fazia
isso no hospital.
Odile e
Franz também acudiram a menina e ela voltou ao seu estado normal.
Entraram na
sala de cinema e sentaram juntos nas primeiras filas. Gerd segurou a mão de
Louise e a olhou carinhosamente.
Aquele
olhar e a voz dele provocaram algo novo na garota. Imediatamente sua mão
esquentou, juntamente seu rosto que começou a corar. No meio do filme Louise
sentiu-se enjoada e correu para fora da sala e depois do cinema. Respirou fundo
mas não conseguiu. Vomitou na rua, sendo vista por outros homens, que a
debochavam. Gerd caminhou o mais rápido que pode com a bengala e encontrou a
moça, escorada num dos pilares e chorando.
-- Desculpa
mais uma vez. --- disse Louise, chorando. – Eu quero sair mas... não consigo
neste estado. E com todos me olhando assim. Sou uma perdida.
Eles se abraçaram
um pouco e Gerd a levou para casa no carro. No desembarque foi extremamente cavalheiro,
impressionando Louise e a mesma não tinha mais ódio e repulsa sobre ele.
O mesmo a
observava cuidadosamente. Além da boa aparência, Louise era uma bonequinha de
porcelana, um anjinho desamparado.
-- Não é
uma perdida. – ele disse, estendendo um lenço para a jovem secar as lágrimas.
-- Está para ser mãe e não há nada de errado nisso. Deixe-me ajudá-la.
-- Ninguém
pode me ajudar, Gerhard. – replicou Louise, conformada. -- O pai do meu filho
me deixou, ou morreu ou foi deportado para Itália. Dentro de alguns dias terei de enfrentar meu
pai e... contar a verdade. Estou disposta as piores coisas mas não tirarei meu
filho!
-- Posso
ajudá-la se deixar. – se voluntariou o alemão. -- Se esse bebê precisa de um
pai, eu posso dar meu sobrenome a ele.
-- Mas e você?
Não tem esposa? Noiva ou namorada? Uma mulher que você ama e te espera?
-- Eu tive
uma mulher, mas não sei o que aconteceu com ela. Seu pai a tirou de perto de
mim e agora eu sou sozinho.Moro num apartamento minúsculo com Franz e Sepp.
Louise não
sabia o que dizer. E tão pouco tempo o homem que ela julgou terrivelmente mal,
se mostrou mais do que um cavalheiro. É um homem de grande coração. Ofereceu-se
para assumir um filho que não é dele, tudo para Louise não ser marcada.
-- Eu
preciso pensar. – justificou a menina.
Trocaram um
olhar intenso. Nenhum trocou uma palavra. Para Gerd, ele notou claramente a
vontade de Louise em beijá-lo.
-- Quer
entrar? – convidando.
-- Sim...
Louise
sabia exatamente onde ia terminar. Alguns minutos depois ambos deitados na cama
mas não se tocaram. Louise vestiu uma camisola e escovou os dentes mas se
sentia tímida perto do soldado. E Gerd queria começar mas teve medo de machucar
a menina e o bebê.
-- Se
importa se não fazer? – definitivamente Louise não se sentia segura.
-- Tudo bem, eu respeito sua decisão. –
respondeu o alemão, compreensivo e ainda abraçando Lulu. – Quando estiver
pronta... Podemos fazer.
Permaneceram
assim durante boa parte da noite, contudo falavam sobre a guerra, as perdas, a
família, os amores e decisões.
-- E quando
pretende partir? Para ver sua família?
-- O quanto
antes. – Louise não costumava demorar em suas decisões mas se tratando de sua
gravidez, era preciso. – Amanhã irei a Londres.
-- Vou com
você.
No outro
dia Louise se arrumou. As malas já prontas e só esperava uma carona para
leva-la a estação. Gerd a seguiu.
-- Eu disse
que vou com você! – disse o soldado, muito insistente.
-- E cadê
sua mala?
-- Você não
me deu tempo e só estou com a roupa do corpo.
-- Não precisa
me ajudar. A minha situação é delicada demais para se envolver.
Não
adiantou. Viajaram de trem e o caminho todo se mantiveram quietos. Gerd
seguiria com o plano de fingir que é marido de Louise e pai do bebê que ela
espera. Louise só pensava na ira de seu pai quando souber que a filha adorada
virou uma mãe solteira. Ele era muito antiquado.
-- O que
sua família faz? – indagou Gerd, numa forma de animar ou distrair Lulu.
-- Minha
família tem uma vinícola em Ripley. E meu tio é dono de uma indústria.
Gerd se
impressionou.
Algumas
horas de viagem depois desembarcaram do trem e seguiram caminhando.
-- O que
uma moça como você fazia na França?
--
Estudando Artes. – Louise suspirou. Lembrou-se do desgosto do pai quando soube
que a filha mais nova não quis seguir o negócio do vinho e preferindo ser uma
artista e morando na cidade grande. –
Não quero viver no campo.
-- É tão
ruim assim?
-- Se
entende de vinho, não é.
Eles
pararam em frente ao campo enorme de parreiras e muitas uvas maduras. Vasto e
limpo.
-- The
Heaven! – disse Louise.
-- O que
disse? – Gerd não tinha entendido devido a surpresa.
-- É o nome
do nosso lar. Significa “O paraíso”.
-- É... tão
lindo! – Ele tirou do bolso uma caixa vermelha e abriu, mostrando dois aneis
dourados. – Eram dos meus pais. Levava comigo como lembrança. Hoje vou usar
para dizer que me juntei a você.
Colocou no
dedo de Louise delicadamente e a menina não tinha palavras para expressar sua
atitude.
-- E agora
somos casados.
No exato
momento que iam se abraçar ouve-se um disparo de espingarda. Rapidamente se
abaixaram numa das parreiras, se embrenhando nelas. Viram quatro pés masculinos
os seguindo. Um deles Louise soube de quem eram. Gerd se levantou com as mãos
no alto.
-- Não
atire! – bradou. – Estou desarmado!
O homem com
a espingarda ainda de cara fechada se segurava em apertar o gatilho e só se
deteve quando viu a mocinha atrás do jovem.
-- Papai. –
Louise se pôs na frente.
-- Louise? –
o homem certamente era o pai da estudante. Olhou em dúvida para o rapaz. – E quem
é esse?
-- Gerhard
Müller... Meu marido.
Os olhos do
homem mais velho se abriram mais tamanho era seu espanto da revelação. Apontou
a arma para Gerd.
-- Vão na
frente. E em casa me contem tudo! – ordenou o galês, bravo. – E não escondam
nada!
Gerd
segurou a mão de Louise. O que quer que fosse, enfrentariam tudo juntos...
Continua...
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