quinta-feira, 6 de julho de 2017

Stop! In Name of Love (Capítulo 19 e 20)

Olá pessoal!
Mal terminei uma postagem e já temos outra. Este capítulo não tem nada de McGüller mas tem uma carga dramática média com outros ships. Preparem os lencinhos. Boa leitura!



Capítulo 19: The Girl I Knew Somewhere


Alana POV

Sabe aqueles momentos de Lei de Murphy? Quando acha que vai dar errado, é certo que vai e da pior maneira possível? Pois é... Vou contar exatamente o porquê e onde terminou essa palhaçada.

Começou com a filmagem na boate, fugi do Nesmith e ele me seguiu no banheiro. Ok, digo que rolou um “repeteco” e dos bons! Quando saí do banheiro, dei de cara com... a giganta loira chamada Emma Carlisle. E eu com o cabelo desarrumado, o vestido todo baganhado, o batom desmanchado e sem calcinha (o maldito teve a audácia de rasgá-la) saí de fininho dali e dei uma virada pra trás e ela entrou, mas Mike não saiu do banheiro feminino.

Como pude ser burra em cair nessa?

Tento não pensar que Mike e Emma ficaram também no banheiro ou numa negativa e quanto mais eu pensava, mais ansiosa ficava e mais triste também. Às vezes chorava, mas não perto dos rapazes. Até que um dia Kroos percebeu isso e foi numa noite.

-- Smurf, o que aconteceu? – perguntou ele, alisando meu braço.

-- Nada. – neguei. – É coisa minha.

Toni me abraçou por trás e de novo aquela sensação do mau caratismo de minha parte. Mesmo ele ausente, se mostrava gentil, carinhoso e se preocupando comigo. E ainda sim meu coração balançou mesmo com Mike Nesmith, o pior tipo de cara.  Antes de ir para o estúdio passei em frente a uma loja de roupas. Bastou um relance e vi Nez beijando sua ex, ou melhor, uma de suas ex namoradas e justamente Alice Stone. O que fiz? Dei dois passos pra trás e dei a volta no quarteirão, desejando esquecer isso.

Lei de Murphy é certa do pessimismo. Nunca duvide disso. No outro dia gravamos mais faixas para a trilha sonora e estive sozinha na sala. Foi aí que Nez apareceu.

-- Oi, Alana!

E o próximo ato foi jogar o baixo contra ele.

-- O que foi? – ele perguntou, espantado.

-- E ainda pergunta? Canalha! – peguei a guitarra do Edward e errei em acertar um golpe no Nesmith. – AFINAL DE CONTAS, O QUE VOCÊ QUER DE MIM? ME TORNAR MAIS UMA DA SUA LISTA?

-- Alana...

-- VAI À MERDA!

Em ponto de bala caí fora da sala e nem encarei os outros. Me dei um dia de folga sem avisar ninguém. Obrigada Lei de Murphy.


          Capítulo 20__ A Kiss from the rose


Rosie POV

Respire fundo... Apague tudo em sua mente... Como sentia falta do cigarro e da minha bebida. Mas parei terminantemente por causa da gravidez. Best não parava de falar nisso, idealizando o nosso filho e tal. De certo modo gostava, mas agora tem me irritado constantemente e para não me incomodar, ignorei.

Mas não era só George Best que me irritava. Marianne Jones também. Desde que ela se uniu a Anastacia Rosely para serem as co-autoras do roteiro novo, percebi que elas andavam se (re)aproximando. Antes de eu conhecer Marianne, ela estava com Ana num relacionamento bom e no momento que entrei na vida dela, se separaram. Agora vejo que elas voltaram, ou pelo menos acho. Para evitar mais complicações na gravidez, deixei de novo pra lá.

Apesar de serem poucos meses, tomava todo cuidado para não me irritar e provocar outros problemas na minha saúde. Certo dia aquele nhem-nhem-nhem delas estourou meu limite e saí sem avisar o Best ou outra pessoa. Embarquei no carro e segui para meu apartamento. Comecei arrumar as malas e depois escrevi uma carta de demissão do elenco da Odile. O celular tocou. Era o Best na tela. Ignorei a chamada e disquei o número de Liverpool.

-- Oi, sou eu. Desisti daquela filmagem. Você sabe o motivo.

-- Rosie... Elas não voltaram. Acredite em mim. Marianne é co-autora.

-- Já estou me incomodando demais e Marianne é só um bônus que veio junto.

-- Fala da Anastacia?

-- Ela também e do Best! Não agüento mais ele!

A voz do outro lado se calou e deu um suspiro.

-- Você pode ficar em Liverpool com sua mãe e depois vir comigo. Tenho uma casa aqui na Escócia. Só pra você e eu. E o bebê.

Aceitei e finalizei a ligação. Ouvi alguém abrindo a porta e pensei que fosse o Best e aí teria de enfrentar. Não era e sim Marianne.

-- Por que você sumiu?

-- Isso não é da sua conta! – tentei passar, mas Marianne não deixou.

-- Odile e eu esperamos você para terminar de filmar.

-- Arranje outras. – disse enquanto vestia um casaco. -- Peça pra Ana te ajudar, vocês parecem se acertar.

-- Ana e eu? – Mari se espantou. – Rosie, somos amigas.

-- O cacete de amizade! – levando a mala e Marianne insistindo na afirmação.

-- É amizade sim!



-- Não! – Ela fechou a porta pra mim.

-- Vai me ouvir também! Não estou tendo caso com ninguém. Você nunca acredita em mim?

-- Passei a não acreditar desde que Ana apareceu.

-- Ana é minha amiga de longa data e ela sabe que eu amo você. Ela tem uma namorada também.

-- Vai à merda! Some!

-- Vai tomar no seu... – Marianne agora começou me xingar. -- Eu sei que está indo ficar com o meu irmão. O Best me ligou.

-- Se acha que estou indo ficar com Edmund, é porque se enganou. Vai ficar com a Ana. E para sua informação, estou indo para Liverpool ficar na casa da minha mãe pra me afastando de tudo!

-- Não vou deixar você ir embora. Não estou ficando com ela e o bebê é  dele, não é?

Não respondi e dei as costas para Marianne. Peguei o elevador e embarquei no táxi que chamei. Vi atrás que o Best correu até mim.

-- Acelera! – pedi ao taxista.

E não dei nem ao menos um adeus.


Best POV

Eu sabia que Rosie não estava bem. Na verdade as coisas começaram a ficar tensas quando ela engravidou. Tentava fazer de tudo pra ela sentir-se bem, mas nada do que fazia adiantava e pra piorar, ela evitava meus carinhos, negava meus beijos e minha atenção, preferindo se isolar. Cheguei a suspeitar que ela ainda estivesse apaixonada por Bobby Moore, seu antigo namorado. Mas não pode ser. Eles são amigos e se respeitam.

E hoje, quando ficamos perto de finalizar uma cena, Rosie abandonou o set sem avisar ninguém. Liguei pra ela e não fui atendido.

-- Best! – Odile apareceu. – O que deu na Rosie? Poxa, falta pouco pra encerrar a parte dela.

-- E-eu não sei. – como poderia explicar isso que minha esposa foi embora. – Ela saiu e não me mandou mensagem e estou ligando pra ela e não sou atendido.

Me lamentar não adiantava e então fui a Liverpool no outro dia e chegando a casa da minha sogra, com quem não tenho bom convívio, chamei por Rosie. Por três vezes e nada. Da janela encontrei Vivian, a irmã adolescente.

-- Best, o que está fazendo? – ela usava pijama, presumo que Vivian estava dormindo.

-- Vivian, me ajuda. Rosie está aí? Preciso falar com ela.

-- Rosie? Ela não está aqui.

Como assim? Marianne tinha dito que ela foi para Liverpool ficar com a mãe. Será que...

-- Tem certeza?

-- George,  eu falo com a Rosie toda semana e ela não me disse nada em vir pra cá e nem de alguma viagem. A última vez que falei com ela foi semana passada e era do filme e o bebê.

Antes de dizer algo, o telefone tocou e era ela.

-- Rosie, onde você está?

-- Não interessa. – respondia friamente. – Best, vou ser curta e grossa. Acabou nosso casamento.

O coração pesou. O que eu fiz para ela? Eram tantas perguntas...

-- Rosie... O que eu fiz? – me desesperei.

-- Você não me ama, eu não te amo, não nos amamos. Acabou nosso casamento.

-- NÃO! EU TE AMO E VAMOS TER UM BEBÊ! – gritei.

-- George, onde você não entendeu? Quando podemos ser felizes e também esse filho não é seu. É do Edmund Jones.

Não ouvi mais nada, apenas desliguei. Por quê?



Rosie POV

Se ele desligou, era que entendeu. Guardei o celular na bolsa e fui para cozinha. Edmund fazia outra daquelas omeletes que amo comer.

-- Não é como em Liverpool, mas fiz como você gosta.

Comi com extrema vontade e depois assisti um pouco de tv. Ed escrevia bastante para revista, como editor chefe exigia muito dele. Mas quando ficávamos na cama, ele se mostrava um vulcão sexual. Não posso reclamar da minha estadia, pois foi mais que perfeita. Foram muitos dias vivendo ali. Até que recebi, mesmo na casa do Edmund, uma caixa. Abri e era um dvd gravado e escrito: “Não me importa se volta ou fica, mas precisa assistir isso”.

Coloquei no PC e vi a cena que Best e eu gravamos. Começa com a discussão nossa e depois com um olhar penetrante e finaliza com um beijo e a cena de sexo. Que por sinal era boa. Quando anoiteceu, não dormi pensando no Best e no que eu fiz. Toquei na barriga e deu angústia.

-- Amor? – Edmund se acordou e passou a mão em minhas costas.

-- Volte a dormir. Amanhã quero voltar para gravar as cenas.

-- Tem certeza?

-- Sim.

-- Só pra não dizer que abandonei o trabalho.

E retornei ao estúdio. Olhei para Odile, depois para Marianne, Anastacia e meu marido, se é que posso chamar de marido.

-- Rosie... – Best estava destruído e pela primeira vez, penalizei.

-- Precisamos conversar sério, antes de filmar.

Best merecia saber da verdade sobre eu e Edmund e meu filho. E se meu casamento iria acabar não me importava, apenas que nada saísse errado...




Continua...

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