Até eu estou com saudades da fic dos Hollies. Com vocês seu sétimo capítulo!
Capítulo 7: Carrie Anne
Tony POV
-- Oh Tony, eu te
amo muito! – Disse Jenny, de mãos dadas enquanto entramos na sala de aula.
Vai fazer quinze dias desde que eu e Jenny
assumimos um relacionamento sério. Cada
dia que passa amo mais essa menina doce. Todos os dias ela vem para os ensaios
da banda, junto com seu primo e até canta conosco, mas de brincadeira. Falta só
uma semana para o grande concurso de bandas na escola. A banda se dedicou muito
mais, para poder compensar os dias perdidos por causa do luto do irmão dela.
O que nos deixava um pouco angustiados era
o fato que só cantávamos covers de
antigos sucessos da época e escrevíamos poucas músicas próprias. Por enquanto
não consegui mais escrever nada. Allan e Graham sofriam de bloqueio criativo,
embora apenas Allan apresentasse pouquíssimas de suas músicas que não foram
compostas em conjunto com Nash.
Já Graham demonstrava certa insatisfação.
Já sabia o motivo. Falei para ele não deixar o fim do namoro com Anne lhe
afetar na música. Mas não adiantava. Graham é muito teimoso.
Bern Calvern e Bobby Elliot se mantiam
neutros. Apenas procuravam melhorar nos instrumentos e a avó de Bern torcia
muito por nós. Inclusive esta senhora é tão camarada que chega a nos acompanhar
nos ensaios em poucas vezes, no final preparando um lanchinho especial para a
banda e visitantes.
Outra coisa que vem me tirando um pouco do
foco era Maureen. Confesso que fiquei muito feliz em saber que minha irmã vai
voltar a morar conosco e estudar na mesma escola e turma. Contudo, ela estava
de olho em um dos meus amigos da banda e justo o então problemático Graham
Nash. Já avisei a ela que Graham terminou a relação dele com Anne e que
possivelmente vai assumir Suzanne. Mas quem disse que minha irmã me ouviu?
Graham POV
Não consigo mais compor. Não sai nenhuma
palavra nas canetas. Nada. Nada. Nada. Talvez seja castigo por terminar com
Anne. Mas não podia continuar com aquela canalhice. Era o melhor a se fazer.
Quando disse para Suzanne que terminei com minha namorada, ela se entristeceu
no inicio.
FLASHBACK ON
-- Não Graham... – Falava Sue, se afastando de mim, por medo.
-- Eu fiz certo. Não amava Anne, não mais. Me dei conta que eu e ela
somos muito diferentes. Ela tem pensamentos e sonhos muito diferentes do que eu
tenho.
-- Mas não quero ser a destruidora de namoros, Graham. Deve perdoa-lá!
-- A pessoa que amo é você, Sue!
FLASHBACK OFF
Depois disso, ela prometeu pensar sobre
isso. Senti que eu teria muitas chances com ela. Na época em que conheci Anne,
Sue e eu éramos grandes amigos, mas ela se mudou e ficou longe de mim por algum
tempo. Hoje percebo que a amava
muito. Pena que para poder ficar com
ela, teria de sacrificar Anne.
Caminhei a esmo na rua, carregando meu
violão e um caderno com caneta, na esperança de encontrar um lugar pacifico
para escrever uma música. Parei numa praça e sentei no banco que fica defronte
a uma faculdade. Tirei o violão e comecei a dedilhar quando ouvi umas músicas
meio folks suaves na praça. Achei que fosse um vizinho dos apartamentos, no
entanto, não era verdade. O som vinha de uma dupla esquisita vindo da
faculdade. Os dois rapazes cantavam alegremente e o mais cabeludo deles tocava
um violão surrado. Observei-os por um
tempo até perceberem minha presença na praça.
Parei de encará-los e segui na minha música
no mesmo instante em que a dupla vinha na minha direção.
-- Ei, garoto! – Disse o mais alto, que
tinha um bigode engraçado. – Gostei do
seu violão.
-- Err.. Obrigado. – Agradeci, meio sem
graça.
-- Você toca bem, consegue extrai um som
demais! – Falou o cabeludo loiro e magro.
Percebi que eles eram meio hippies ou coisa
assim pelo modo como falavam comigo, de forma suave e gentil. Imediatamente
simpatizei com eles e passamos a conversar e cantar por horas. Quanto anoiteceu,
me despedi deles e inclusive trocamos emails para os bate papos contínuos via
MSN. No final perguntei seus nomes.
-- Sou David Crosby, estudante de Artes. –
Respondeu David, com ar de esperto.
-- E eu sou o Stephen Stills, faço
Filosofia. – Se apresentou Stephen, que preferia ser chamado de Stills. – Venha
nos ver na hora do intervalo, garoto.
-- Meu nome é Graham Nash! – Gritei para
eles sorrindo.
Voltei para casa, super feliz pelos novos
amigos adquiridos. Tudo poderia mudar.
Allan POV
No dia seguinte não tivemos aula por conta
de uma greve dos professores e no MSN Tony avisou sobre o ensaio antecipado
para de amanhã. Porém havia um problema: a avó do Bern iria pro hospital fazer
uns exames e não daria para ceder a garagem. Felizmente, os pais de Jenny foram
legais e nos deixaram usar a garagem deles para os ensaios. O pai de Bobby se
prontificou em nos levar de carro e carregando apenas o necessário: Poucos
amplificadores, poucas caixas de som, kit simples de bateria e microfones.
Jenny passou a nos ajudar a preparar tudo e
nos sugeriu que em determinado momento das apresentações, pudéssemos assumir
como “músicos psicodélicos”, para não ficar na mesmice, é sempre bom inovar
algo.
As meninas puderam comparecer. Minha prima
Holly trouxe Sue e Anne. Esta última estava bonita, porém com visual simples.
Era claro que Anne teve pouca vaidade e a
própria assumia que tinha péssimo senso de moda e muitas vezes recorria a minha
prima para sugestões de roupas, calçados, cores das unhas e maquiagem.
Desta vez Anne não me escaparia.
Apresentei a nova música apenas para Tony.
Ele ficou com muito medo, por temer que Graham fique com ciúmes. Garanti que
meu amigo não ficaria pois terminou numa boa com Anne e já demonstrou interesse
em outra, no caso da Sue. Contudo, Tony me deu outro alerta: Maureen.
Vi que Sue fuzilava Maureen no olhar,
quando ela foi conversar com Nash, que se sentia meio inseguro e logo voltou à
atenção para ela.
Então fomos nos preparar para tocar. Maureen
ficou junto das meninas, sem tirar os olhos de Graham. Anne estava muito triste.
É agora!
-- Pessoal! – Falei no microfone, cheio de coragem
para poder falar. – A música de hoje é especial. É para uma menina que gosto há
muito, muito tempo. Vamos lá!
-- Um, dois, três, vamos! – Gritou Bobby, batendo
nas baquetas em plena contagem.
Hey Carrie Anne, hey Carrie Anne
Quando parei de cantar, Anne me
olhou assustada e saiu correndo.
-- Carrie Anne, volte aqui! – Gritei
deseperado. Afinal, o que fiz de errado? Eu não sabia e o pessoal ficou meio assustado.
Jenny foi atrás dela.
Graham me olhou com indignação.
Não dei a mínima para ele. Só estou preocupado com minha amada Anne.
Continua...
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