sexta-feira, 30 de maio de 2014

The Air That I Breathe (7º Capítulo)

Olá!
Até eu estou com saudades da fic dos Hollies. Com vocês seu sétimo capítulo!



Capítulo 7: Carrie Anne

Tony POV
-- Oh Tony, eu te amo muito! – Disse Jenny, de mãos dadas enquanto entramos na sala de aula.
Vai fazer quinze dias desde que eu e Jenny assumimos um relacionamento sério.  Cada dia que passa amo mais essa menina doce. Todos os dias ela vem para os ensaios da banda, junto com seu primo e até canta conosco, mas de brincadeira. Falta só uma semana para o grande concurso de bandas na escola. A banda se dedicou muito mais, para poder compensar os dias perdidos por causa do luto do irmão dela.
O que nos deixava um pouco angustiados era o fato que só cantávamos covers de antigos sucessos da época e escrevíamos poucas músicas próprias. Por enquanto não consegui mais escrever nada. Allan e Graham sofriam de bloqueio criativo, embora apenas Allan apresentasse pouquíssimas de suas músicas que não foram compostas em conjunto com Nash.
Já Graham demonstrava certa insatisfação. Já sabia o motivo. Falei para ele não deixar o fim do namoro com Anne lhe afetar na música. Mas não adiantava. Graham é muito teimoso.
Bern Calvern e Bobby Elliot se mantiam neutros. Apenas procuravam melhorar nos instrumentos e a avó de Bern torcia muito por nós. Inclusive esta senhora é tão camarada que chega a nos acompanhar nos ensaios em poucas vezes, no final preparando um lanchinho especial para a banda e visitantes.
Outra coisa que vem me tirando um pouco do foco era Maureen. Confesso que fiquei muito feliz em saber que minha irmã vai voltar a morar conosco e estudar na mesma escola e turma. Contudo, ela estava de olho em um dos meus amigos da banda e justo o então problemático Graham Nash. Já avisei a ela que Graham terminou a relação dele com Anne e que possivelmente vai assumir Suzanne. Mas quem disse que minha irmã me ouviu?

Graham POV
Não consigo mais compor. Não sai nenhuma palavra nas canetas. Nada. Nada. Nada. Talvez seja castigo por terminar com Anne. Mas não podia continuar com aquela canalhice. Era o melhor a se fazer. Quando disse para Suzanne que terminei com minha namorada, ela se entristeceu no inicio.

FLASHBACK ON
-- Não Graham... – Falava Sue, se afastando de mim, por medo.
-- Eu fiz certo. Não amava Anne, não mais. Me dei conta que eu e ela somos muito diferentes. Ela tem pensamentos e sonhos muito diferentes do que eu tenho.
-- Mas não quero ser a destruidora de namoros, Graham. Deve perdoa-lá!
-- A pessoa que amo é você, Sue!
FLASHBACK OFF

Depois disso, ela prometeu pensar sobre isso. Senti que eu teria muitas chances com ela. Na época em que conheci Anne, Sue e eu éramos grandes amigos, mas ela se mudou e ficou longe de mim por algum tempo.  Hoje percebo que a amava muito.  Pena que para poder ficar com ela, teria de sacrificar Anne.
Caminhei a esmo na rua, carregando meu violão e um caderno com caneta, na esperança de encontrar um lugar pacifico para escrever uma música. Parei numa praça e sentei no banco que fica defronte a uma faculdade. Tirei o violão e comecei a dedilhar quando ouvi umas músicas meio folks suaves na praça. Achei que fosse um vizinho dos apartamentos, no entanto, não era verdade. O som vinha de uma dupla esquisita vindo da faculdade. Os dois rapazes cantavam alegremente e o mais cabeludo deles tocava um violão surrado.  Observei-os por um tempo até perceberem minha presença na praça.
Parei de encará-los e segui na minha música no mesmo instante em que a dupla vinha na minha direção.
-- Ei, garoto! – Disse o mais alto, que tinha um bigode engraçado.  – Gostei do seu violão.
-- Err.. Obrigado. – Agradeci, meio sem graça.
-- Você toca bem, consegue extrai um som demais! – Falou o cabeludo loiro e magro.
Percebi que eles eram meio hippies ou coisa assim pelo modo como falavam comigo, de forma suave e gentil. Imediatamente simpatizei com eles e passamos a conversar e cantar por horas. Quanto anoiteceu, me despedi deles e inclusive trocamos emails para os bate papos contínuos via MSN. No final perguntei seus nomes.
-- Sou David Crosby, estudante de Artes. – Respondeu David, com ar de esperto.
-- E eu sou o Stephen Stills, faço Filosofia. – Se apresentou Stephen, que preferia ser chamado de Stills. – Venha nos ver na hora do intervalo, garoto.
-- Meu nome é Graham Nash! – Gritei para eles sorrindo.
Voltei para casa, super feliz pelos novos amigos adquiridos. Tudo poderia mudar.

Allan POV
No dia seguinte não tivemos aula por conta de uma greve dos professores e no MSN Tony avisou sobre o ensaio antecipado para de amanhã. Porém havia um problema: a avó do Bern iria pro hospital fazer uns exames e não daria para ceder a garagem. Felizmente, os pais de Jenny foram legais e nos deixaram usar a garagem deles para os ensaios. O pai de Bobby se prontificou em nos levar de carro e carregando apenas o necessário: Poucos amplificadores, poucas caixas de som, kit simples de bateria e microfones.
Jenny passou a nos ajudar a preparar tudo e nos sugeriu que em determinado momento das apresentações, pudéssemos assumir como “músicos psicodélicos”, para não ficar na mesmice, é sempre bom inovar algo.
As meninas puderam comparecer. Minha prima Holly trouxe Sue e Anne. Esta última estava bonita, porém com visual simples.
Era claro que Anne teve pouca vaidade e a própria assumia que tinha péssimo senso de moda e muitas vezes recorria a minha prima para sugestões de roupas, calçados, cores das unhas e maquiagem.
Desta vez Anne não me escaparia.
Apresentei a nova música apenas para Tony. Ele ficou com muito medo, por temer que Graham fique com ciúmes. Garanti que meu amigo não ficaria pois terminou numa boa com Anne e já demonstrou interesse em outra, no caso da Sue. Contudo, Tony me deu outro alerta: Maureen.
Vi que Sue fuzilava Maureen no olhar, quando ela foi conversar com Nash, que se sentia meio inseguro e logo voltou à atenção para ela.
Então fomos nos preparar para tocar. Maureen ficou junto das meninas, sem tirar os olhos de Graham. Anne estava muito triste. É agora!
-- Pessoal! – Falei no microfone, cheio de coragem para poder falar. – A música de hoje é especial. É para uma menina que gosto há muito, muito tempo. Vamos lá!
-- Um, dois, três, vamos! – Gritou Bobby, batendo nas baquetas em plena contagem.

Hey Carrie Anne, hey Carrie Anne

When we were at school our games were simple
I played a janitor, you played a monitor
Then you played with older boys and prefects
What's the attraction in what they're doing

Hey Carrie Anne, what's your game now, can anybody play
Hey Carrie Anne, what's your game now, can anybody play

You were always something special to me
Quite independent, never caring
You lost you're charm as you were ageing
Where is your magic disappearing

Hey Carrie Anne, what's your game now, can anybody play
Hey Carrie Anne, what's your game now, can anybody play

You're so, so like a woman to me (so like a woman to me)
So, (so), so (so) like a woman to me ( like a woman to me)

Hey Carrie Anne, what's your game now, can anybody play
Hey Carrie Anne, what's your game now, can anybody play

People live and learn, but you're still learning
You use my mind and I'll be your teacher
When the lesson's over, you'll be with me
Then I'll hear the other people saying

Hey Carrie Anne, what's your game now, can anybody play
Hey Carrie Anne, what's your game now, can anybody play

Carrie Anne

Carrie Anne

Carrie Anne

Quando parei de cantar, Anne me olhou assustada e saiu correndo.
-- Carrie Anne, volte aqui! – Gritei deseperado. Afinal, o que fiz de errado? Eu não sabia e o pessoal ficou meio assustado. Jenny foi atrás dela.
Graham me olhou com indignação. Não dei a mínima para ele. Só estou preocupado com minha amada Anne.

Continua...

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