Uma boa noite e fiquem com a última parte de Birthday. Na primeira era do aniversário de Gerd Müller. A segunda é de Felicity McGold. Pra quem não entendeu, Gerd faz aniversário dia 3 e Fefe dia 4. Ambos são do mês de novembro. Vamos ver a conclusão disso!
Birthday parte 2
Nora POV
Odile me mandou mensagem
avisando que pegou o trem bem cedo e agora está no avião. E ainda por cima:
nossos amigos germânicos vão junto. Acredito que Manuel quis vir pra isso e o
restante aproveitou de gaiato. Bem, isso vai ser bom.
-- Nora! – Marie e Ana
traziam uma torta que nós mesmas fizemos e justo a favorita da Fefe. Torta de
chocolate com bombom de licor. – Acorda ela!
Abri a porta do quarto e
encontrei Fefe, tão linda e sexy, dormindo de babydoll e abraçando um tigre de
pelúcia. Peguei o celular e toquei uma música do The Killers – Bones. Ela se
acordou de sobressalto e Ana e Marie entraram junto gritando.
-- FELIZ ANIVERSÁRIO,
FELICITY!
-- Ai meu deus... Amigas!
– Fefe abraça todas nós. – Poxa, estou quase nua aqui!
-- Que nada! – Apertei
aquele bumbum lindo e firme dela. – Está perfeita.
-- Venha, vamos comer seu
bolo!
Cantamos parabéns, comemos
o bolo e no momento disso, o celular da Fefe apitou com mensagem. As duas
primeiras eram áudio da Lulu via Whats e a terceira era mesmo um sms e do
Manu. Minha amiga reagiu nesta última
mensagem um pouco diferente.
-- Vocês acreditam que ele
me mandou mensagem avisando que virá pro meu aniversário?
-- Mesmo? – Fingi não
saber. – Acho que ele está inventando.
-- É verdade! – Marie
tentava embromar Fefe. – Até porque Lulu viajou ontem pro aniversário do
Gerd... Eles não podem vir. Tem jogo da Bundesliga.
-- É, tem razão. – Ela
deixou o celular na mesa. – Eu vou tomar um banho!
Após o banho, fomos juntas
para a aula. Se é que pode chamar de aula já que a universidade entrou na semana
das profissões. Algo que não gostava de ver era das outras meninas, sejam elas
calouras ou veteranas, flertarem com minha amiga. Fefe é bissexual assumida,
assim como a Marie. Era estranho mas já vi as duas se amando no alojamento e
não me importei. Agora se é a Fefe com outras... Já não suportava a idéia.
Principalmente odiava
quando via minha amiga olhando demais para aquela irlandesa azeda chamada Lily
Campbell. Não entendo. Lily é muito antipática e trata os outros como nada, mas
Fefe conversa com ela como se fossem profissionais e mesmo assim como pessoa e
amiga, Lily dava um gelo nela.
-- Algum problema,
Norinha? – Perguntou Lily, com aquela voz que poderia ser do Darth Vader.
-- Nada! – Respondi.
-- Humpft! – Lily
resmungou e ainda olhou para nós com aqueles olhos de geleira da Sibéria.
-- Ainda vou beijar ela,
Nora! – Dizia Fefe, rindo.
Durante a parte da tarde
ajudei as meninas a preparar o salão de festas da casa da Fefe. Tia Sophie, mãe
da minha amiga, nos ajudava rapidamente porque tinha de ir à boutique por conta
de uma reunião e tio Robb estava trabalhando no hotel Hilton.
-- Nora! –Marie estava com
celular na mão, ela havia recebido a ligação da Odile. – Os alemães estão na
casa da família Donovan. Que horas eles devem estar aqui?
-- Fefe volta da academia
as sete. – Respondi enquanto pegava a bolsa. – As 6h30 todos devem estar aqui!
Antes de sair, Marie me
chamou para uma conversa séria.
-- O que está havendo,
Nora? Você anda triste e frustrada com a Fefe e vocês nem brigaram.
Neste momento Ana também
aparece para a conversa. Fui honesta com elas.
-- Acho que estou
apaixonada pela minha melhor amiga.
-- Você está amando a
Fefe? De verdade? – Questionou Ana.
-- Fico com ciúmes dela
falando com outras garotas, flertando com elas, beijando elas, exceto você
Marie,você pode beijar a Fefe eu não ligo.
-- Deve falar a verdade
pra ela. – Aconselhou Marie. – No mínimo vai ser rejeitada ao menos falou o que
sente.
-- Melhor do que sufocar
com você.
Depois disso agradeci as
meninas e segui para a casa de Rosie Donovan. Cheguei lá, fui atendida pelo
Graham Bond.
-- Oi Bond! –
Cumprimentei.
-- Olá, Nora! – Ele me
deixou entrar. – A Rosie e a Vivian saíram com a mãe para as compras e me
deixaram aqui, com as meninas, Mickey e eles.
-- Eles? – Indaguei.
Bond me conduziu para a
sala e encontrei os alemães assistindo desenho animado. Sepp me viu e gritou.
-- Katzchen!
-- Katze! – Abracei ele e
o beijei. – Que saudades!
Bond foi para a cozinha
assaltar algo pra comer e eu ouvi gritos da Odile, desesperada.
-- Gente! Me ajude! –
Odile chorava e abraçava Franz. – A
Louise... ela...
-- Epa, epa! – Mickey
bebeu água e ingeriu um remédio. – O que houve com minha irmã?
-- Bond comeu seus doces
de novo? – Perguntei.
-- Eu nunca comi os doces
dela. – Se defendeu Bond. – Isso é calúnia.
-- Você comeu meus
chocolates belgas que eu sei! – Xingou Odile. – Mas o caso é a Louise. ELA NÃO
CONSEGUE ANDAR E CHORA DE DOR!
-- Odile, calma! – Pedia.
-- Desculpa, Nora, mas me
preocupo com essa hobbit!
-- Peraí! Ela está com dor,
mas como?? – Indagava Mickey e depois olhando pro Gerd. Acho que ele entendeu.
– Alemão ninfomaníaco safado! Olha o que fez com minha irmã!
-- Pára com isso, Michael!
Como o Gerd pode fazer isso? – Droga! Eu e minha ingenuidade, olhei pro Sepp. –
Katze... ele... a Louise....
Ele se sentiu um pouco
constrangido e falou.
-- Eles... Liebe gemacht
(Fizeram amor).
Um silêncio daqueles ficou
na casa. Bond comia um sanduíche e os rapazes olhavam para Gerd com mistura de
espanto e medo. Mas Franz... estava indignado.
-- Eu não entendo alemão!
Me explica! – Pedi.
-- Você sabe... aquilo...
que... bem... quero... fazer com... você! – Por fim ele disse no ouvido o que é
e corei. – Aquilo que quero fazer com você, sexo.
Antes que pudesse falar
algo ouvi o grito de chamada da Louise.
-- ODILE! URSINHOOOOO!
-- Eu não sei se fico com
raiva ou rindo. – Comentou Mickey, entrando no quarto.
Pobre Lulu. Encontrei a prima
da Fefe chorando de dor e tentando andar. Parece que as pernas não obedeciam e
a cada passo que dava, era algo dolorido.
-- Minhas pernas... eu não
sinto elas! NÃO SINTO MINHAS PERNAS! – B errava
Lulu e Gerd apreensivo, ficou sentado na cama, massageando a ursinha dolorida.
-- Ursinha, fica calma.
Isso acontece às vezes... – Dizia Gerd.
Pra piorar, Lulu entra em
pânico quando vê uma mancha de sangue na roupa. Mais propensamente no meio das
pernas.
-- Odile! To sangrando!
-- Caramba, hobbit! Nunca
teve aula de sexo?
-- Eles não explicaram pra
gente que sangrava e deixava dores! Isso dói mesmo, Odile?
-- Olha, vou confessar que
doeu na primeira vez. – Odile respondia na voz baixa e depois foi aumentando e
falando em direção ao Mickey. – PORQUE UMA CERTA PESSOA DISSE QUE IA COM CALMA
MAS SERVIU PARA GOZAR RÁPIDO!
Era óbvio que a indireta
foi pra ele. Mickey fingia que não era com ele e rezava para Freud não cometer
uma loucura. No fim Gerd carregou Lulu para sala e saímos de lá, menos eu e
Sepp. Ele pediu que todos saíssem para falar comigo. Ficamos sentados na cama e
ele pegava minha mão e me olhava.
-- Desde que te vi no
festa de dia dos bruxas, eu me encantar por você. Nós passamos por muita coisa
juntos, nosso casamento no The Sims, nosso primeiro beijo e o enterro do seu
gatinho. Eu querer continuar passar muita coisa ao seu lado,Eleonora. Eu querer
ser ET do caixa azul, eu querer ser seu Katze e eu desejar você ser minha
Katzechen. – Agora ele se ajoelhou. -- Eleonora,com os pôsteres do Franz nos
olhando,quer ser minha namorada?
De todos os pedidos de namoro,
esse foi o mais sincero que já recebi em toda minha vida. E ainda mais de
alguém como Sepp. Ele é tudo de bom.
-- Você aceitaria uma
menina esquisita que passa mais tempo com a mente em outra galáxia do que na
própria terra? Porque eu não me imagino mais longe de você, Josef.
-- Ya, amo você do jeito
como é! – E ele me beijou bem forte. Não dá pra negar isso, eu realmente
gostei.
Porém tivemos que
interromper por conta da entrada súbita de Mickey, com o celular em mãos.
-- Desculpem, gatinhos! Mas
a Marie ligou e quer falar com você!
Peguei o celular e
conversei com ela.
-- O que houve?
-- Temos um problema,
Nora! A Fefe voltou mais cedo pra casa. Precisamos de ajuda e cadê esses
alemães? Eles vieram mesmo ou era piada de mau gosto do Michael?
Sepp gritou no celular que
estava no viva voz.
-- NÓS ESTARMOS AQUI!
-- Marie, enrole Fefe por
mais uns 20 minutos, Louise sangrou por ter sofrido uma Blitzkieg do alemão
dela. – Respondi rindo junto com Sepp.
-- Estou falando sério,
Nora. Ela voltou pra casa e estava chorando. Nem eu e nem a Ana conseguimos
conversar com ela e tampouco a Fanny.
Marie passou a ligação pra
minha amiga. Manuel entrou no quarto e eu tirei o viva voz.
-- Como você está,
Felicity?
-- Eu não agüento mais
Nora. Estou me sentindo tão dividida. Hoje eu vi o Pete na saída da academia.
Ele me deu parabéns pro meu aniversário. E ainda me disse que me ama. De
verdade. Está entendendo onde quero chegar?
-- Estou amiga eu já estou
indo aí, não vou demorar. – Desliguei e avisei todos. --Mickey e Odile, Fefe precisa de mim e vou
pro alojamento, vou levar Sepp comigo e depois vocês levam o resto dos alemães.
-- Eu ouvi a fraulein
chorando... ela estar bem? E quem ser Pete? – Manuel havia ouvido uma parte da
conversa.
-- Sua Fraülein está bem,
esta com saudades de você e Pete é o professor que deu nota baixa por sua
Fraülein.
Pela cara dele não
acreditou muito, contudo deixou quieto. Não deu em outra. Segui para o
alojamento e entramos juntos. A porta do quarto dela estava entreaberta e a vi
chorando na cama e vendo Grey’s Anatomy. Isso acontece quando ela está
deprimida. E ai para amenizar ela assiste a série que odeia ou ouve Everly
Brothers.
-- Fica aqui! – Pedi para
Sepp. – Ela precisa de mim.
Entrei no quarto e fechei
a porta.
-- Me conta tudo!
-- Estou pior que a
Meredith Grey. Estou apaixonada por Pete Townshend e de repente me surge esse
goleiro reserva... Eu achei que era só sexo casual e tal, mas... Ele se
afeiçoou por mim e eu... Tenho medo de não corresponder.
-- Pete deve ter uma crush
por você e o que Manuel sente por você é palpável, é real, dá pra ver que não é
só sexo quando ele ouviu você chorando, entrou em pânico. – Disse.
--Ele sabe do Pete? Você
contou pra ele? – Fefe entrou em pânico.
-- Jamais, ele perguntou
quem era e eu disse que era um professor que te deu nota baixa.
-- Se ele me ama mesmo, porque
ele não me defendeu na frente de todos quando meu pai descobriu sobre nós e a
fuga? Nem o Gerd ficaria assim quando viu o tio Tony!
--Ele foi um covarde nesse
dia. Mas eu realmente não sei o que
dizer só, pare de chorar, eu odeio ver você chorando. – Consolei minha amiga.
-- Nora... – Ela limpava o
rosto. – Eu te amo... Me desculpe por falar isso e pode parecer palavras de uma
garota carente, eu realmente te amo.
-- Eu também te amo mesmo.
– Disse mas acho que Fefe possa interpretar errado.
Ela tocou meus lábios com
os dedos e ainda falou.
-- Nora... você sabe que
gosto de garotas ... e quando falei que te amo... é porque é verdade. Estou
apaixonada por você, eu sou louca por você, completamente apaixonada por você,
mas sufoquei isso por medo que não gostasse disso.
-- Felicity, quando digo
que amo você não amo só como minha melhor amiga, minha irmã, mas como mulher e
amante. Pela manhã eu senti ciúmes e peço desculpas pela minha atitude, não
consigo controlar às vezes, eu te amo mais do que tudo.
-- Nora...
E para encerrar nos
beijamos pela primeira vez e foi tão bom. Sentir a boca de minha amiga, um
desejo secreto meu estava se realizando.
-- Amor, vamos comemorar
meu aniversário aqui? Só nós duas... na cama.
-- Depois, minha galesa. –
Puxando-a pra fora da cama. – Hoje tem uma festa. E sabe do que mais? Estou
namorando!
-- Oh Nora, meus parabéns!
– Nos abraçamos e a porta se abre, revelando meu namorado.
-- Ora ora! Sepp! – Minha
felicidade aumentou mais quando Fefe abraçou Sepp, aceitando-o. – Estou feliz
que esteja com minha amiga. Ela é maravilhosa. Mas cuida dela hein!
-- Ya! Pode contar com eu!
Proteger e cuidar da minha Katzchen!
Minutos depois Fefe já
arrumada, saímos do alojamento e fomos para a casa dela.
-- Seus pais não vão poder
vir? – Perguntei, já que tio Robb e tia Sophie nunca perdem uma festa de
aniversário.
-- Eu não sei, sabe? Papai
anda muito atarefado e a mamãe em função do desfile do Victoria’s Secret.
Antes de entrar no salão
de festas da casa dela, perguntou.
-- Sepp! Me responda algo?
Manuel não veio com você?
-- Nein! – Ele respondeu.
– Só eu!
Fefe se calou e entrou no
salão... Tecnicamente vazio. Apenas com um cartaz escrito “FELIZ ANIVERSÁRIO
FELICITY!”, a mesa com salgados, doces e bebidas e um palco com instrumentos.
Seria parte da surpresa porque realmente não me lembro disso.
-- É por essas e outras
que não gosto de festas no meu aniversário! – Reclamou Fefe. – Era mais fácil
uma comemoração no Bronze e não aqui no mini salão de festas da minha casa.
-- Ao menos o Katze veio.
– Falei para alegrar minha alma gêmea. Nada disso estava alegrando. – Poxa eu
passei dias organizando, pensei que ia curtir.
-- Me desculpa, amor! –
Ela me abraçou.
-- Está desculpada. Não
fica triste, sua surpresa chega em vinte minutos, isto é, se Paul não errar o
caminho.
--Eu nem me importo se
Manu vem ou não... Só quero... passar meu dia tranqüilo. – Fefe caminhava de um
lado para outro e comia um salgado.
-- Manuel veio para seu
festa. – Sepp bebia um pouco de ponche. – Minha katzchen não deixou ele vir.
-- Ele veio mesmo?
Impossível!
-- Não está acreditando? –
Peguei o celular e liguei para Odile. – Alô, Odile? Traz os alemães para cá!
-- Nora, isso não tem
graça!
-- Você acha que eu iria
brincar com uma coisa dessas? Manuel veio com a caravana pro seu aniversário. Eu
só não levei ainda pra sua casa porque você estava triste, amor.
-- Eu vou ficar lá fora,
respirar um pouco. – Fefe caminhava em direção da porta.
-- Agora ela vai saber! –
Comentei baixinho para Sepp e ouvimos aquela gritaria.
Corremos até a porta e
Fefe, com a maior cara envergonhada, diante dos alemães, das meninas e de
alguns dos nossos colegas de fora e claro, das bandas. Espera aí! Era impressão
minha, ou acabei de ver o The Who inteiro ali? Afinal, quem convidou esses
caras?
A melhor parte foram os
alemães trazendo Manuel amarrado numa fita de presente e um laço azul no
cabelo, indicando que ele é o “presente de aniversário”.
-- MEIN FRAÜLEIN! – Manuel
exclamava e tentava se soltar da fita.
-- Nutella boy! – Fefe
desamarrava Manu e tirava a fita dele. – Estava com saudade de você.
Eles se beijaram intenso
até que ouço um grito.
-- NÃO! – Eis que surge
Pete, segurando uma guitarra e sendo contido pelos outros três. – EU AMO
FELICITY!
-- QUEM TROUXE VOCÊ AQUI?
– Manuel estava possesso.
-- O que vocês fazem aqui?
– Fefe ou eu não convidaríamos o The Who em sã consciência, levando em conta a
nossa situação amorosa.
-- Eu não os convidei. – E
realmente não convidei.
-- Meninas... – Fanny
Fitzwilliam surgiu para mim com cara de tímida. – Eu os convidei. Me desculpem!
-- Boneca! – Keith Moon, o
baterista e meu ex-paquera, me provocando me chamando assim. – A Fanny nos
convidou.
-- Boneca? – Sepp agora
fica furioso e ao lado do Manu, encarava feio Moonie e Pete. – Quem é você pra
chamar meu namorada assim?
Eu sei que ia rolar um
banho de sangue se não fosse a Ana ficar no meio deles, pra parar com aquilo.
-- POR FAVOR, PAREM! SEM
BRIGAS E VAMOS APROVEITAR A FESTA QUE HOJE É ANIVERSÁRIO DA FELICITY!
Todos acalmaram os ânimos em parte. Até que John Entwistle resolveu falar.
-- Já que a Ana pediu...
Nós temos um presente pra você, Felicity.
Pete presenteou com um
action figure da Brienne de Tarth, personagem do Game of Thrones e a favorita
da Fefe. Enty trouxe o funko do Bilbo Baggins, Moonie conseguiu o box dos
livros As Crônicas de Arthur, do Bernard Cornwell e Roger Daltrey completou com
filmes para a câmera dela.
-- Puxa vida, muito
obrigada, pessoal! – Ela agradeceu elegantemente para cada um deles. Mas para
Pete... tive a impressão que ele deu uma cheirada no cabelo dela.
Fefe se afastou logo e os
alemães ficaram de frente pra ela. Paul segurava uma caixa grande e um tipo de
pergaminho enrolado com fita dourada.
-- Felicity, em nome de
todos os rapazes, queremos agradecer você com esse humilde presente, por ter
nos trazido na festa de dia das bruxas e fazer com que encontrássemos nossas
garotas. Alles Gute zum Geburtstag, Felicity!
-- Alles Gute zum
Geburtstag, Felicity! – Todos eles exclamaram para ela.
Fefe chorou. Normalmente
ela chora apenas perto de mim e das meninas e sempre bancava a durona e coração
de pedra. Mas se enganaram. Ela é mesmo uma manteiga derretida. Até mais do que
eu.
-- Poxa... É a dedicação
mais legal que recebi! Obrigada, rapazes! – Fefe abraçou cada um deles e
chamando-os pelas vestimentas que usaram na festa. – Jack O’ Lantern, Leão
Covarde, Dracula, Homem-Aranha, Batman e... Lanterna Verde!
-- Eu amar você demais,
mein Fraulein! – Manuel roubou um beijo apaixonado de Felicity e todo mundo
aplaudiu... menos Pete.
Ela abriu a caixa e ali
tirou uma câmera fotográfica alemã, uma verdadeira raridade e com muitos
filmes. Também havia ali um mini álbum de fotografias, com fotos do Bayern e do
Manuel. Decerto idéia deles. No pergaminho continha assinaturas deles,
parabenizando Felicity e até mesmo minha assinatura bem destacada e das
meninas, Odile, Lulu e Mickey.
-- Sr. Breitner, eu pensei
que meu presente fosse o Manuel! – Falou, brincando.
-- Errr... Bem... Nós
pensamos nisso durante a viagem. Até que alguém... – Percebi que Paul apontava
para Fanny e Bob Dylan e eles riam. – Nos sugeriu colocar a fita na cabeça dele
e oferecer pra você.
-- Acho que vou adotar
isso pra todo presente que for dar... Você vai ter um encontro com a Ana no
natal não é? – Perguntou Fefe.
-- Sim. – Paul confirmou e
notei que Enty quase caiu do mini palco. Ainda bem que ninguém viu.
-- Você vai ser o presente
dela!
Enquanto vigiava o The Who
ao longe, Fefe abraçava todos e apresentava Manuel aos seus amigos. Os Monkees
já o conheciam e todos os alemães. Vi Alice abraçando Gerd e Louise e Mike
ficar meio... mordido mas discreto. E ainda Lulu com sua dificuldade de
caminhar que chamou atenção de alguns.
-- O que deu em você,
prima?
-- Errr... Depois eu
conto! – Lulu tinha medo da fúria de Fefe ao saber do “ataque alemão” sofrido
no meio das pernas que a deixou daquele jeito.
O The Who começa a tocar
para animar a galera. Pete olhava demais para Fefe e Manu dançando juntos.
-- A próxima música... ---
Pete meio que vacilou nas palavras mas seguiu. – Eu dedico para a
aniversariante.
Eles cantaram Please, Please, Please. Manuel tentava
se concentrar na Fefe. O duro mesmo é ter que ouvir uma música que seu rival
dedica claramente para a garota que ama, mas que tem outro. Terminado a música,
foi à vez de Dylan cantar de forma acústica e ai que o Nutella boy entra em
cena.
-- Eu quero cantar uma
música para mein Fraulein! – Ele falou no microfone e Dylan já começou a
dedilhar no violão.
A música em questão era Love Is In the Air, do John Paul Young.
E ele não se saiu mal. Pelo contrário, foi muito bem. Marie e Odile filmavam e
vi o quanto minha alma gêmea sorria. Terminada a música todos aplaudiram e Fefe
deu mais carinho ao Manuel.
Uma hora depois com muita
agitação apareceram os Rolling Stones. Meu medo aumentou por conta de duas
coisas: primeiro Brian Jones atormentar Ana como na festa de Halloween e
segundo era Keith Richards. Ele e Fefe namoraram e hoje são amigos. Balela!
Richards nunca esqueceu e nem esquecerá a Fefe, mesmo estando com a Anita
Pallenberg.
Encontrei Fefe do lado de
fora da casa, com rosto triste de novo.
-- Amor, o que houve desta
vez?
-- Como quer que eu me
sinta, Nora? Eu vi o Pete decepcionado. Ele me ama e eu... acho que o amo!
-- Amor, sinto que você
está tendo uma queda momentânea pelo Pete. Não acho que seja paixão ou muito
menos amor... Dê uma chance ao Manuel. Se ele não for o cara, então aposte no
Pete, mas não termine com o Manuel agora. Ele cruzou o continente por você.
-- Acha que devo dar uma
chance ao Manu?
Antes que eu pudesse
responder, ouvi um estrondo daqueles e o bumbo sendo arremessado.
-- Caramba! – Corremos até
o salão e o que vemos? Três brigas!
Paul e John trocavam
socos, Pete golpeava Manuel com a guitarra mas também apanhava do Richards e
meu namorado corria atrás do Moonie, jogando os instrumentos contra ele.
Fefe praticamente
enervou-se e gritou.
-- PAREM COM ISSO!
Roger foi o único que se
salvou ali e mandou os outros três saírem.
-- Desculpa, mil
desculpas, Fefe e Manuel e jogadores do Bayern! Não foi nossa intenção acabar
com a festa.
Quando o The Who se retirou
ainda ouvimos Pete resmungar.
-- ESSE CHUCRUTE VAI TE
FAZER SOFRER, FELICITY. EU A AMO MAIS DO QUE ELE!
Os Rolling Stones
suprimiram a falta que a banda provocou. Tocaram algumas músicas. Franz adorou
a banda e até mesmo perguntou a eles se querem lançar um disco algum dia. Isso
entusiasmou muito a banda. Vi Fefe indo de novo pra fora e Manu a seguia. Sepp
e eu ouvimos a conversa. Era o que temia...
-- Felicity....Por favor,
entenda.
-- Entender o quê? Você
estava batendo nele, por quê?
-- Eu te amo.
-- Ciúmes não é uma
manifestação.
-- Você não entende mesmo?
– Manu pegou a mão de Fefe e colocou em seu peito. --Eu amo você mais do que
tudo! Mais do que meu vida, mais do que o futebol. Você ser minha vida, eu não
ser viver mais sem você. Seja minha namorada e deixe eu ser sua namorado.
A minha alegria vê-la
beijando Manuel. E eu beijei meu katze. Quando fechou quase meia noite, os
Monkees foram embora. A cara de Davy Jones e Dianna Mackenzie era de choque. Ao
que parece eles tentaram se pegar no banheiro e ouviram uns gritinhos. Advinha
de quem? Sim. Lulu e Gerd. Parece que Davy nunca imaginou que sua amiga de
infância fosse tão... ousada!
Naquele momento, Felicity
vem em minha direção e pede licença. Ela me levou para seu quarto onde nos
beijamos mais. Céus, como amo essa garota!
-- A partir de agora você
é minha, tudo o que você é, tudo o que você faz me pertence, pois uma parte de
minha alma é sua e não vivo mais sem ti. Te desejo tanto minha gatinha que
quero você mais do que meu namorado.
-- Eu amo você mais do que
meus gatos, meu namorado e o cinema juntos, tigresa, tudo o que quero nessa
minha vida é ser sua gatinha e deixar que você me ame. – Beijava mais minha
amada e ao mesmo tempo apertava os seios grandes dela. -- E tenho uma idéia pra
esse fim de semana.
-- Qual minha gatinha?
-- Vamos ficar na cama o
fim de semana inteiro? – Sugeri, animada.
Ela me tocou lá embaixo e
percebeu o quão excitava eu estava.
--Não vejo à hora de
sábado chegar.
Terminada a festa, cada um
dos alemães ficou na casa de alguém. Gerd ficou com Louise e Mickey na casa
deles, já que seus pais estavam viajando. Fefe e Manuel na casa dela, mesmo que
tio Robb e tia Sophie viraram a noite trabalhando e ocupados com seus
trabalhos. Paul foi com Ana para casa dela e Uli e Franz com Marie e
Odile. Bond encarou de boa isso e seguiu
para sua casa.
Pensei em levar Sepp para minha
casa mas optei pelo alojamento, já que estava sem ninguém.
-- Tem certeza que quer
aqui, Katzchen?
-- Sim. – Beijando meu
namorado. – E... eu nunca fiz isso.
Ele sorria e me abraçou.
-- Vai dar tudo certo.
No quarto me despi devagar por medo e ele também.
Na verdade eu tremia e Sepp me deitou na cama, me beijando e me tocando. Muitos
beijos foram trocados e ainda beijou meu corpo. Quando me dei por conta, senti
o contato dos lábios dele... ali embaixo.
-- Ahhh... Ka--katze... Ahhhhhh....
Como era bom! Entendi perfeitamente quando Felicity
dizia sobre sentir isso. Uma das partes mais difíceis foi retribuir o prazer
igual. Ou seja, minha vez.
-- Tem medo?
-- O último cara que fiz isso... me falou que eu
era desastrada até pro sexo.
-- O seu ex ser um babaca mesmo,mas não ligar,vá
com calma Mein liebe,eu vou te ajudar. Me beijar...
E rolou um beijo forte e ao mesmo tempo ele pegava
minha mão e deixava ali entre as pernas dele, tocando suavemente até
finalmente... fazer sexo oral. Desta vez fui com muita calma e delicadeza,
chupando e ouvindo Sepp gemer.
-- Katzchen... ahhhhhh....
Acho que ele estava chegando lá e ficou deitado por
cima de mim.
-- Espere! – Pedi. Imediatamente abri a gaveta e
peguei uma camisinha. Fefe sempre me aconselhava usar proteção.
E Sepp acatou isso. E depois iniciou as
penetrações. Acho que Louise passou por isso, as dores e depois... o prazer.
Apesar de todo nervosismo, meu namorado cuidou de tudo. Para me fazer sentir
mais prazer, me encheu de beijos e sussurrava no ouvido enquanto apertava meus
seios e acelerava nas estocadas...
Gemi tanto e gritei quando chegamos ao orgasmo.
-- Isso foi... intenso...
– Disse enquanto olhava pro teto e abraçava Sepp.
-- Foi mesmo... Ah...
Katzchen... Se sentir dores nas pernas ou sangramento... é normal.
Espero não chorar tanto
quanto a Louise. E a noite foi realmente muito boa!
CENA PÓS CRÉDITO DA MARVEL (1)
Perto do fim da festa...
Ainda sob o som do violão
de Bob Dylan, mais uma pessoa resolve cantar. Era Paul Breitner. Ele dedica a
música para Anastacia Rosely.
-- Ana, quero que ouça
essa música. Ela resume o que sinto por você.
I know your eyes in the morning sun
I feel you touch me in the pouring
rain
And the moment that you wander far
from me
I wanna feel you in my arms again
And you come to me on a summer breeze
Keep me warm in your love then you
softly leave
And it's me you need to show how deep
is your love
Is your love, how deep is your love
I really mean to learn
Cause we're living in a world of
fools
Breaking us down
When they all should let us be
We belong to you and me
I believe in you, you know the door
to my very soul
You're the light in my deepest darkest
hour
You're my saviour when I fall
And you may not think that I care for
you
When you know down inside that I
really do
And it's me you need to show how deep
is your love
Is your love, how deep is your love
I really mean to learn
Cause we're living in a world of
fools
Breaking us down
When they all should let us be
We belong to you and me
And you come to me on a summer breeze
Keep me warm in your love and then
you softly leave
And it's me you need to show how deep
is your love
Is your love, how deep is your love
I really mean to learn
Cause we're living in a world of
fools
Breaking us down
When they all should let us be
We belong to you and me
How deep is your love, how deep is
your love
I really mean to learn
Cause we're living in a world of fools
Breaking us down
When they all should let us be
We belong to you and me
How deep is your love, how deep is
your love
I really mean to learn
Cause we're living in a world of
fools
Breaking us down
When they all should let us be
We belong to you and me
Todos aplaudiram e viram
Paul e Ana trocarem mais um beijo e ao fim disso guardaram as coisas e
arrumaram tudo no salão de festas. Paul e Ana ainda tiveram mais uma noite agradável
na casa dela.
CENA PÓS CREDITO DA MARVEL (2)
Mickey, Louise e Gerd
chegaram a casa deles e para sua sorte, os pais não voltaram de viagem ainda.
-- É o seguinte! – Avisou Mickey.
– Vocês podem dormir no quarto de casal mas não deixem vestígios.
-- Ok! – Exclamaram os
dois.
O irmão mais velho tomou
banhou, vestiu apenas uma camiseta velha e deitou na cama. Não deu cinco
minutos e ouviu uma série de gemidos e a mola da cama fazendo barulho. Ele saiu
do quarto e bateu bem forte na porta.
-- CALEM A BOCA OS DOIS!
EU VOU CONTAR PRO PAPAI ESSA ZUEIRA!
Não adiantou a ameaça.
Mickey teve de agüentar a madrugada com tudo aquilo.

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