quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Birthday (Série Holiday Romance parte 2)

Olá pessoal!
Uma boa noite e fiquem com a última parte de Birthday. Na primeira era do aniversário de Gerd Müller. A segunda é de Felicity McGold. Pra quem não entendeu, Gerd faz aniversário dia 3 e Fefe dia 4. Ambos são do mês de novembro. Vamos ver a conclusão disso!



Birthday parte 2


Nora POV

Odile me mandou mensagem avisando que pegou o trem bem cedo e agora está no avião. E ainda por cima: nossos amigos germânicos vão junto. Acredito que Manuel quis vir pra isso e o restante aproveitou de gaiato. Bem, isso vai ser bom.

-- Nora! – Marie e Ana traziam uma torta que nós mesmas fizemos e justo a favorita da Fefe. Torta de chocolate com bombom de licor. – Acorda ela!

Abri a porta do quarto e encontrei Fefe, tão linda e sexy, dormindo de babydoll e abraçando um tigre de pelúcia. Peguei o celular e toquei uma música do The Killers – Bones. Ela se acordou de sobressalto e Ana e Marie entraram junto gritando.

-- FELIZ ANIVERSÁRIO, FELICITY!

-- Ai meu deus... Amigas! – Fefe abraça todas nós. – Poxa, estou quase nua aqui!

-- Que nada! – Apertei aquele bumbum lindo e firme dela. – Está perfeita.

-- Venha, vamos comer seu bolo!

Cantamos parabéns, comemos o bolo e no momento disso, o celular da Fefe apitou com mensagem. As duas primeiras eram áudio da Lulu via Whats e a terceira era mesmo um sms e do Manu.  Minha amiga reagiu nesta última mensagem um pouco diferente.

-- Vocês acreditam que ele me mandou mensagem avisando que virá pro meu aniversário?

-- Mesmo? – Fingi não saber. – Acho que ele está inventando.

-- É verdade! – Marie tentava embromar Fefe. – Até porque Lulu viajou ontem pro aniversário do Gerd... Eles não podem vir. Tem jogo da Bundesliga.

-- É, tem razão. – Ela deixou o celular na mesa. – Eu vou tomar um banho!

Após o banho, fomos juntas para a aula. Se é que pode chamar de aula já que a universidade entrou na semana das profissões. Algo que não gostava de ver era das outras meninas, sejam elas calouras ou veteranas, flertarem com minha amiga. Fefe é bissexual assumida, assim como a Marie. Era estranho mas já vi as duas se amando no alojamento e não me importei. Agora se é a Fefe com outras... Já não suportava a idéia.

Principalmente odiava quando via minha amiga olhando demais para aquela irlandesa azeda chamada Lily Campbell. Não entendo. Lily é muito antipática e trata os outros como nada, mas Fefe conversa com ela como se fossem profissionais e mesmo assim como pessoa e amiga, Lily dava um gelo nela.

-- Algum problema, Norinha? – Perguntou Lily, com aquela voz que poderia ser do Darth Vader.

-- Nada! – Respondi.

-- Humpft! – Lily resmungou e ainda olhou para nós com aqueles olhos de geleira da Sibéria.

-- Ainda vou beijar ela, Nora! – Dizia Fefe, rindo.

Durante a parte da tarde ajudei as meninas a preparar o salão de festas da casa da Fefe. Tia Sophie, mãe da minha amiga, nos ajudava rapidamente porque tinha de ir à boutique por conta de uma reunião e tio Robb estava trabalhando no hotel Hilton.

-- Nora! –Marie estava com celular na mão, ela havia recebido a ligação da Odile. – Os alemães estão na casa da família Donovan. Que horas eles devem estar aqui?

-- Fefe volta da academia as sete. – Respondi enquanto pegava a bolsa. – As 6h30 todos devem estar aqui!

Antes de sair, Marie me chamou para uma conversa séria.

-- O que está havendo, Nora? Você anda triste e frustrada com a Fefe e vocês nem brigaram.

Neste momento Ana também aparece para a conversa. Fui honesta com elas.

-- Acho que estou apaixonada pela minha melhor amiga.

-- Você está amando a Fefe? De verdade? – Questionou Ana.

-- Fico com ciúmes dela falando com outras garotas, flertando com elas, beijando elas, exceto você Marie,você pode beijar a Fefe eu não ligo.

-- Deve falar a verdade pra ela. – Aconselhou Marie. – No mínimo vai ser rejeitada ao menos falou o que sente.

-- Melhor do que sufocar com você.

Depois disso agradeci as meninas e segui para a casa de Rosie Donovan. Cheguei lá, fui atendida pelo Graham Bond.

-- Oi Bond! – Cumprimentei.

-- Olá, Nora! – Ele me deixou entrar. – A Rosie e a Vivian saíram com a mãe para as compras e me deixaram aqui, com as meninas, Mickey e eles.

-- Eles? – Indaguei.

Bond me conduziu para a sala e encontrei os alemães assistindo desenho animado. Sepp me viu e gritou.

-- Katzchen!

-- Katze! – Abracei ele e o beijei. – Que saudades!

Bond foi para a cozinha assaltar algo pra comer e eu ouvi gritos da Odile, desesperada.

-- Gente! Me ajude! – Odile chorava e abraçava Franz.  – A Louise... ela...

-- Epa, epa! – Mickey bebeu água e ingeriu um remédio. – O que houve com minha irmã?

-- Bond comeu seus doces de novo? – Perguntei.

-- Eu nunca comi os doces dela. – Se defendeu Bond. – Isso é calúnia.

-- Você comeu meus chocolates belgas que eu sei! – Xingou Odile. – Mas o caso é a Louise. ELA NÃO CONSEGUE ANDAR E CHORA DE DOR!

-- Odile, calma! – Pedia.

-- Desculpa, Nora, mas me preocupo com essa hobbit!

-- Peraí! Ela está com dor, mas como?? – Indagava Mickey e depois olhando pro Gerd. Acho que ele entendeu. – Alemão ninfomaníaco safado! Olha o que fez com minha irmã!

-- Pára com isso, Michael! Como o Gerd pode fazer isso? – Droga! Eu e minha ingenuidade, olhei pro Sepp. – Katze... ele... a Louise....

Ele se sentiu um pouco constrangido e falou.

-- Eles... Liebe gemacht (Fizeram amor).

Um silêncio daqueles ficou na casa. Bond comia um sanduíche e os rapazes olhavam para Gerd com mistura de espanto e medo. Mas Franz... estava indignado.

-- Eu não entendo alemão! Me explica! – Pedi.

-- Você sabe... aquilo... que... bem... quero... fazer com... você! – Por fim ele disse no ouvido o que é e corei. – Aquilo que quero fazer com você, sexo.

Antes que pudesse falar algo ouvi o grito de chamada da Louise.

-- ODILE! URSINHOOOOO!

-- Eu não sei se fico com raiva ou rindo. – Comentou Mickey, entrando no quarto.
Pobre Lulu. Encontrei a prima da Fefe chorando de dor e tentando andar. Parece que as pernas não obedeciam e a cada passo que dava, era algo dolorido.

-- Minhas pernas... eu não sinto elas! NÃO SINTO MINHAS PERNAS! – B           errava Lulu e Gerd apreensivo, ficou sentado na cama, massageando a ursinha dolorida.

-- Ursinha, fica calma. Isso acontece às vezes... – Dizia Gerd.

Pra piorar, Lulu entra em pânico quando vê uma mancha de sangue na roupa. Mais propensamente no meio das pernas.

-- Odile! To sangrando!

-- Caramba, hobbit! Nunca teve aula de sexo?

-- Eles não explicaram pra gente que sangrava e deixava dores! Isso dói mesmo, Odile?

-- Olha, vou confessar que doeu na primeira vez. – Odile respondia na voz baixa e depois foi aumentando e falando em direção ao Mickey. – PORQUE UMA CERTA PESSOA DISSE QUE IA COM CALMA MAS  SERVIU PARA GOZAR RÁPIDO!

Era óbvio que a indireta foi pra ele. Mickey fingia que não era com ele e rezava para Freud não cometer uma loucura. No fim Gerd carregou Lulu para sala e saímos de lá, menos eu e Sepp. Ele pediu que todos saíssem para falar comigo. Ficamos sentados na cama e ele pegava minha mão e me olhava.

-- Desde que te vi no festa de dia dos bruxas, eu me encantar por você. Nós passamos por muita coisa juntos, nosso casamento no The Sims, nosso primeiro beijo e o enterro do seu gatinho. Eu querer continuar passar muita coisa ao seu lado,Eleonora. Eu querer ser ET do caixa azul, eu querer ser seu Katze e eu desejar você ser minha Katzechen. – Agora ele se ajoelhou. -- Eleonora,com os pôsteres do Franz nos olhando,quer ser minha namorada?

De todos os pedidos de namoro, esse foi o mais sincero que já recebi em toda minha vida. E ainda mais de alguém como Sepp. Ele é tudo de bom.

-- Você aceitaria uma menina esquisita que passa mais tempo com a mente em outra galáxia do que na própria terra? Porque eu não me imagino mais longe de você, Josef.

-- Ya, amo você do jeito como é! – E ele me beijou bem forte. Não dá pra negar isso, eu realmente gostei.

Porém tivemos que interromper por conta da entrada súbita de Mickey, com o celular em mãos.

-- Desculpem, gatinhos! Mas a Marie ligou e quer falar com você!

Peguei o celular e conversei com ela.

-- O que houve?

-- Temos um problema, Nora! A Fefe voltou mais cedo pra casa. Precisamos de ajuda e cadê esses alemães? Eles vieram mesmo ou era piada de mau gosto do Michael?

Sepp gritou no celular que estava no viva voz.

-- NÓS ESTARMOS AQUI!

-- Marie, enrole Fefe por mais uns 20 minutos, Louise sangrou por ter sofrido uma Blitzkieg do alemão dela. – Respondi rindo junto com Sepp.

-- Estou falando sério, Nora. Ela voltou pra casa e estava chorando. Nem eu e nem a Ana conseguimos conversar com ela e tampouco a Fanny.

Marie passou a ligação pra minha amiga. Manuel entrou no quarto e eu tirei o viva voz.

-- Como você está, Felicity?

-- Eu não agüento mais Nora. Estou me sentindo tão dividida. Hoje eu vi o Pete na saída da academia. Ele me deu parabéns pro meu aniversário. E ainda me disse que me ama. De verdade. Está entendendo onde quero chegar?

-- Estou amiga eu já estou indo aí, não vou demorar. – Desliguei e avisei todos.  --Mickey e Odile, Fefe precisa de mim e vou pro alojamento, vou levar Sepp comigo e depois vocês levam o resto dos alemães.

-- Eu ouvi a fraulein chorando... ela estar bem? E quem ser Pete? – Manuel havia ouvido uma parte da conversa.

-- Sua Fraülein está bem, esta com saudades de você e Pete é o professor que deu nota baixa por sua Fraülein.

Pela cara dele não acreditou muito, contudo deixou quieto.  Não deu em outra. Segui para o alojamento e entramos juntos. A porta do quarto dela estava entreaberta e a vi chorando na cama e vendo Grey’s Anatomy. Isso acontece quando ela está deprimida. E ai para amenizar ela assiste a série que odeia ou ouve Everly Brothers.

-- Fica aqui! – Pedi para Sepp. – Ela precisa de mim.

Entrei no quarto e fechei a porta.
-- Me conta tudo!

-- Estou pior que a Meredith Grey. Estou apaixonada por Pete Townshend e de repente me surge esse goleiro reserva... Eu achei que era só sexo casual e tal, mas... Ele se afeiçoou por mim e eu... Tenho medo de não corresponder.

-- Pete deve ter uma crush por você e o que Manuel sente por você é palpável, é real, dá pra ver que não é só sexo quando ele ouviu você chorando, entrou em pânico. – Disse.

--Ele sabe do Pete? Você contou pra ele? – Fefe entrou em pânico.

-- Jamais, ele perguntou quem era e eu disse que era um professor que te deu nota baixa.

-- Se ele me ama mesmo, porque ele não me defendeu na frente de todos quando meu pai descobriu sobre nós e a fuga? Nem o Gerd ficaria assim quando viu o tio Tony!

--Ele foi um covarde nesse dia.  Mas eu realmente não sei o que dizer só, pare de chorar, eu odeio ver você chorando. – Consolei minha amiga.

-- Nora... – Ela limpava o rosto. – Eu te amo... Me desculpe por falar isso e pode parecer palavras de uma garota carente, eu realmente te amo.

-- Eu também te amo mesmo. – Disse mas acho que Fefe possa interpretar errado.

Ela tocou meus lábios com os dedos e ainda falou.

-- Nora... você sabe que gosto de garotas ... e quando falei que te amo... é porque é verdade. Estou apaixonada por você, eu sou louca por você, completamente apaixonada por você, mas sufoquei isso por medo que não gostasse disso.

-- Felicity, quando digo que amo você não amo só como minha melhor amiga, minha irmã, mas como mulher e amante. Pela manhã eu senti ciúmes e peço desculpas pela minha atitude, não consigo controlar às vezes, eu te amo mais do que tudo.

-- Nora...

E para encerrar nos beijamos pela primeira vez e foi tão bom. Sentir a boca de minha amiga, um desejo secreto meu estava se realizando.

-- Amor, vamos comemorar meu aniversário aqui? Só nós duas... na cama.

-- Depois, minha galesa. – Puxando-a pra fora da cama. – Hoje tem uma festa. E sabe do que mais? Estou namorando!

-- Oh Nora, meus parabéns! – Nos abraçamos e a porta se abre, revelando meu namorado.

-- Ora ora! Sepp! – Minha felicidade aumentou mais quando Fefe abraçou Sepp, aceitando-o. – Estou feliz que esteja com minha amiga. Ela é maravilhosa. Mas cuida dela hein!

-- Ya! Pode contar com eu! Proteger e cuidar da minha Katzchen!

Minutos depois Fefe já arrumada, saímos do alojamento e fomos para a casa dela.

-- Seus pais não vão poder vir? – Perguntei, já que tio Robb e tia Sophie nunca perdem uma festa de aniversário.

-- Eu não sei, sabe? Papai anda muito atarefado e a mamãe em função do desfile do Victoria’s Secret.

Antes de entrar no salão de festas da casa dela, perguntou.

-- Sepp! Me responda algo? Manuel não veio com você?

-- Nein! – Ele respondeu. – Só eu!

Fefe se calou e entrou no salão... Tecnicamente vazio. Apenas com um cartaz escrito “FELIZ ANIVERSÁRIO FELICITY!”, a mesa com salgados, doces e bebidas e um palco com instrumentos. Seria parte da surpresa porque realmente não me lembro disso.

-- É por essas e outras que não gosto de festas no meu aniversário! – Reclamou Fefe. – Era mais fácil uma comemoração no Bronze e não aqui no mini salão de festas da minha casa.

-- Ao menos o Katze veio. – Falei para alegrar minha alma gêmea. Nada disso estava alegrando. – Poxa eu passei dias organizando, pensei que ia curtir.

-- Me desculpa, amor! – Ela me abraçou.

-- Está desculpada. Não fica triste, sua surpresa chega em vinte minutos, isto é, se Paul não errar o caminho.

--Eu nem me importo se Manu vem ou não... Só quero... passar meu dia tranqüilo. – Fefe caminhava de um lado para outro e comia um salgado.

-- Manuel veio para seu festa. – Sepp bebia um pouco de ponche. – Minha katzchen não deixou ele vir.

-- Ele veio mesmo? Impossível!
-- Não está acreditando? – Peguei o celular e liguei para Odile. – Alô, Odile? Traz os alemães para cá!

-- Nora, isso não tem graça!

-- Você acha que eu iria brincar com uma coisa dessas? Manuel veio com a caravana pro seu aniversário. Eu só não levei ainda pra sua casa porque você estava triste, amor.

-- Eu vou ficar lá fora, respirar um pouco. – Fefe caminhava em direção da porta.

-- Agora ela vai saber! – Comentei baixinho para Sepp e ouvimos aquela gritaria.

Corremos até a porta e Fefe, com a maior cara envergonhada, diante dos alemães, das meninas e de alguns dos nossos colegas de fora e claro, das bandas. Espera aí! Era impressão minha, ou acabei de ver o The Who inteiro ali? Afinal, quem convidou esses caras?

A melhor parte foram os alemães trazendo Manuel amarrado numa fita de presente e um laço azul no cabelo, indicando que ele é o “presente de aniversário”.

-- MEIN FRAÜLEIN! – Manuel exclamava e tentava se soltar da fita.

-- Nutella boy! – Fefe desamarrava Manu e tirava a fita dele. – Estava com saudade de você.

Eles se beijaram intenso até que ouço um grito.

-- NÃO! – Eis que surge Pete, segurando uma guitarra e sendo contido pelos outros três. – EU AMO FELICITY!

-- QUEM TROUXE VOCÊ AQUI? – Manuel estava possesso.

-- O que vocês fazem aqui? – Fefe ou eu não convidaríamos o The Who em sã consciência, levando em conta a nossa situação amorosa.

-- Eu não os convidei. – E realmente não convidei.

-- Meninas... – Fanny Fitzwilliam surgiu para mim com cara de tímida. – Eu os convidei. Me desculpem!

-- Boneca! – Keith Moon, o baterista e meu ex-paquera, me provocando me chamando assim. – A Fanny nos convidou.

-- Boneca? – Sepp agora fica furioso e ao lado do Manu, encarava feio Moonie e Pete. – Quem é você pra chamar meu namorada assim?

Eu sei que ia rolar um banho de sangue se não fosse a Ana ficar no meio deles, pra parar com aquilo.

-- POR FAVOR, PAREM! SEM BRIGAS E VAMOS APROVEITAR A FESTA QUE HOJE É ANIVERSÁRIO DA FELICITY!

Todos acalmaram os ânimos em parte. Até que  John Entwistle resolveu falar.

-- Já que a Ana pediu... Nós temos um presente pra você, Felicity.

Pete presenteou com um action figure da Brienne de Tarth, personagem do Game of Thrones e a favorita da Fefe. Enty trouxe o funko do Bilbo Baggins, Moonie conseguiu o box dos livros As Crônicas de Arthur, do Bernard Cornwell e Roger Daltrey completou com filmes para a câmera dela.

-- Puxa vida, muito obrigada, pessoal! – Ela agradeceu elegantemente para cada um deles. Mas para Pete... tive a impressão que ele deu uma cheirada no cabelo dela.

Fefe se afastou logo e os alemães ficaram de frente pra ela. Paul segurava uma caixa grande e um tipo de pergaminho enrolado com fita dourada.

-- Felicity, em nome de todos os rapazes, queremos agradecer você com esse humilde presente, por ter nos trazido na festa de dia das bruxas e fazer com que encontrássemos nossas garotas. Alles Gute zum Geburtstag, Felicity!

-- Alles Gute zum Geburtstag, Felicity! – Todos eles exclamaram para ela.

Fefe chorou. Normalmente ela chora apenas perto de mim e das meninas e sempre bancava a durona e coração de pedra. Mas se enganaram. Ela é mesmo uma manteiga derretida. Até mais do que eu.

-- Poxa... É a dedicação mais legal que recebi! Obrigada, rapazes! – Fefe abraçou cada um deles e chamando-os pelas vestimentas que usaram na festa. – Jack O’ Lantern, Leão Covarde, Dracula, Homem-Aranha, Batman e... Lanterna Verde!

-- Eu amar você demais, mein Fraulein! – Manuel roubou um beijo apaixonado de Felicity e todo mundo aplaudiu... menos Pete.

Ela abriu a caixa e ali tirou uma câmera fotográfica alemã, uma verdadeira raridade e com muitos filmes. Também havia ali um mini álbum de fotografias, com fotos do Bayern e do Manuel. Decerto idéia deles. No pergaminho continha assinaturas deles, parabenizando Felicity e até mesmo minha assinatura bem destacada e das meninas, Odile, Lulu e Mickey.

-- Sr. Breitner, eu pensei que meu presente fosse o Manuel! – Falou, brincando.

-- Errr... Bem... Nós pensamos nisso durante a viagem. Até que alguém... – Percebi que Paul apontava para Fanny e Bob Dylan e eles riam. – Nos sugeriu colocar a fita na cabeça dele e oferecer pra você.

-- Acho que vou adotar isso pra todo presente que for dar... Você vai ter um encontro com a Ana no natal não é? – Perguntou Fefe.

-- Sim. – Paul confirmou e notei que Enty quase caiu do mini palco. Ainda bem que ninguém viu.

-- Você vai ser o presente dela!

Enquanto vigiava o The Who ao longe, Fefe abraçava todos e apresentava Manuel aos seus amigos. Os Monkees já o conheciam e todos os alemães. Vi Alice abraçando Gerd e Louise e Mike ficar meio... mordido mas discreto. E ainda Lulu com sua dificuldade de caminhar que chamou atenção de alguns.

-- O que deu em você, prima?

-- Errr... Depois eu conto! – Lulu tinha medo da fúria de Fefe ao saber do “ataque alemão” sofrido no meio das pernas que a deixou daquele jeito.

O The Who começa a tocar para animar a galera. Pete olhava demais para Fefe e Manu dançando juntos.

-- A próxima música... --- Pete meio que vacilou nas palavras mas seguiu. – Eu dedico para a aniversariante.

Eles cantaram Please, Please, Please. Manuel tentava se concentrar na Fefe. O duro mesmo é ter que ouvir uma música que seu rival dedica claramente para a garota que ama, mas que tem outro. Terminado a música, foi à vez de Dylan cantar de forma acústica e ai que o Nutella boy entra em cena.

-- Eu quero cantar uma música para mein Fraulein! – Ele falou no microfone e Dylan já começou a dedilhar no violão.

A música em questão era Love Is In the Air, do John Paul Young. E ele não se saiu mal. Pelo contrário, foi muito bem. Marie e Odile filmavam e vi o quanto minha alma gêmea sorria. Terminada a música todos aplaudiram e Fefe deu mais carinho ao Manuel.

Uma hora depois com muita agitação apareceram os Rolling Stones. Meu medo aumentou por conta de duas coisas: primeiro Brian Jones atormentar Ana como na festa de Halloween e segundo era Keith Richards. Ele e Fefe namoraram e hoje são amigos. Balela! Richards nunca esqueceu e nem esquecerá a Fefe, mesmo estando com a Anita Pallenberg.

Encontrei Fefe do lado de fora da casa, com rosto triste de novo.

-- Amor, o que houve desta vez?

-- Como quer que eu me sinta, Nora? Eu vi o Pete decepcionado. Ele me ama e eu... acho que o amo!

-- Amor, sinto que você está tendo uma queda momentânea pelo Pete. Não acho que seja paixão ou muito menos amor... Dê uma chance ao Manuel. Se ele não for o cara, então aposte no Pete, mas não termine com o Manuel agora. Ele cruzou o continente por você.

-- Acha que devo dar uma chance ao Manu?

Antes que eu pudesse responder, ouvi um estrondo daqueles e o bumbo sendo arremessado.

-- Caramba! – Corremos até o salão e o que vemos? Três brigas!

Paul e John trocavam socos, Pete golpeava Manuel com a guitarra mas também apanhava do Richards e meu namorado corria atrás do Moonie, jogando os instrumentos contra ele.

Fefe praticamente enervou-se e gritou.

-- PAREM COM ISSO!

Roger foi o único que se salvou ali e mandou os outros três saírem.

-- Desculpa, mil desculpas, Fefe e Manuel e jogadores do Bayern! Não foi nossa intenção acabar com a festa.

Quando o The Who se retirou ainda ouvimos Pete resmungar.

-- ESSE CHUCRUTE VAI TE FAZER SOFRER, FELICITY. EU A AMO MAIS DO QUE ELE!

Os Rolling Stones suprimiram a falta que a banda provocou. Tocaram algumas músicas. Franz adorou a banda e até mesmo perguntou a eles se querem lançar um disco algum dia. Isso entusiasmou muito a banda. Vi Fefe indo de novo pra fora e Manu a seguia. Sepp e eu ouvimos a conversa. Era o que temia...

-- Felicity....Por favor, entenda.

-- Entender o quê? Você estava batendo nele, por quê?

-- Eu te amo.

-- Ciúmes não é uma manifestação.

-- Você não entende mesmo? – Manu pegou a mão de Fefe e colocou em seu peito. --Eu amo você mais do que tudo! Mais do que meu vida, mais do que o futebol. Você ser minha vida, eu não ser viver mais sem você. Seja minha namorada e deixe eu ser sua namorado.

A minha alegria vê-la beijando Manuel. E eu beijei meu katze. Quando fechou quase meia noite, os Monkees foram embora. A cara de Davy Jones e Dianna Mackenzie era de choque. Ao que parece eles tentaram se pegar no banheiro e ouviram uns gritinhos. Advinha de quem? Sim. Lulu e Gerd. Parece que Davy nunca imaginou que sua amiga de infância fosse tão... ousada!

Naquele momento, Felicity vem em minha direção e pede licença. Ela me levou para seu quarto onde nos beijamos mais. Céus, como amo essa garota!

-- A partir de agora você é minha, tudo o que você é, tudo o que você faz me pertence, pois uma parte de minha alma é sua e não vivo mais sem ti. Te desejo tanto minha gatinha que quero você mais do que meu namorado.

-- Eu amo você mais do que meus gatos, meu namorado e o cinema juntos, tigresa, tudo o que quero nessa minha vida é ser sua gatinha e deixar que você me ame. – Beijava mais minha amada e ao mesmo tempo apertava os seios grandes dela. -- E tenho uma idéia pra esse fim de semana.

-- Qual minha gatinha?

-- Vamos ficar na cama o fim de semana inteiro? – Sugeri, animada.

Ela me tocou lá embaixo e percebeu o quão excitava eu estava.

--Não vejo à hora de sábado chegar.

Terminada a festa, cada um dos alemães ficou na casa de alguém. Gerd ficou com Louise e Mickey na casa deles, já que seus pais estavam viajando. Fefe e Manuel na casa dela, mesmo que tio Robb e tia Sophie viraram a noite trabalhando e ocupados com seus trabalhos. Paul foi com Ana para casa dela e Uli e Franz com Marie e Odile.  Bond encarou de boa isso e seguiu para sua casa.

Pensei em levar Sepp para minha casa mas optei pelo alojamento, já que estava sem ninguém.

-- Tem certeza que quer aqui, Katzchen?

-- Sim. – Beijando meu namorado. – E... eu nunca fiz isso.

Ele sorria e me abraçou.

-- Vai dar tudo certo.

No quarto me despi devagar por medo e ele também. Na verdade eu tremia e Sepp me deitou na cama, me beijando e me tocando. Muitos beijos foram trocados e ainda beijou meu corpo. Quando me dei por conta, senti o contato dos lábios dele... ali embaixo.

-- Ahhh... Ka--katze... Ahhhhhh....

Como era bom! Entendi perfeitamente quando Felicity dizia sobre sentir isso. Uma das partes mais difíceis foi retribuir o prazer igual. Ou seja, minha vez.

-- Tem medo?

-- O último cara que fiz isso... me falou que eu era desastrada até pro sexo.

-- O seu ex ser um babaca mesmo,mas não ligar,vá com calma Mein liebe,eu vou te ajudar. Me beijar...

E rolou um beijo forte e ao mesmo tempo ele pegava minha mão e deixava ali entre as pernas dele, tocando suavemente até finalmente... fazer sexo oral. Desta vez fui com muita calma e delicadeza, chupando e ouvindo Sepp gemer.

-- Katzchen... ahhhhhh....

Acho que ele estava chegando lá e ficou deitado por cima de mim.

-- Espere! – Pedi. Imediatamente abri a gaveta e peguei uma camisinha. Fefe sempre me aconselhava usar proteção.

E Sepp acatou isso. E depois iniciou as penetrações. Acho que Louise passou por isso, as dores e depois... o prazer. Apesar de todo nervosismo, meu namorado cuidou de tudo. Para me fazer sentir mais prazer, me encheu de beijos e sussurrava no ouvido enquanto apertava meus seios e acelerava nas estocadas...

Gemi tanto e gritei quando chegamos ao orgasmo.

-- Isso foi... intenso... – Disse enquanto olhava pro teto e abraçava Sepp.

-- Foi mesmo... Ah... Katzchen... Se sentir dores nas pernas ou sangramento... é normal.

Espero não chorar tanto quanto a Louise. E a noite foi realmente muito boa!


CENA PÓS CRÉDITO DA MARVEL (1)
Perto do fim da festa...

Ainda sob o som do violão de Bob Dylan, mais uma pessoa resolve cantar. Era Paul Breitner. Ele dedica a música para Anastacia Rosely.

-- Ana, quero que ouça essa música. Ela resume o que sinto por você.

I know your eyes in the morning sun
I feel you touch me in the pouring rain
And the moment that you wander far from me
I wanna feel you in my arms again

And you come to me on a summer breeze
Keep me warm in your love then you softly leave
And it's me you need to show how deep is your love

Is your love, how deep is your love
I really mean to learn
Cause we're living in a world of fools
Breaking us down
When they all should let us be
We belong to you and me

I believe in you, you know the door to my very soul
You're the light in my deepest darkest hour
You're my saviour when I fall
And you may not think that I care for you
When you know down inside that I really do
And it's me you need to show how deep is your love

Is your love, how deep is your love
I really mean to learn
Cause we're living in a world of fools
Breaking us down
When they all should let us be
We belong to you and me

And you come to me on a summer breeze
Keep me warm in your love and then you softly leave
And it's me you need to show how deep is your love

Is your love, how deep is your love
I really mean to learn
Cause we're living in a world of fools
Breaking us down
When they all should let us be
We belong to you and me

How deep is your love, how deep is your love
I really mean to learn
Cause we're living in a world of fools
Breaking us down
When they all should let us be
We belong to you and me

How deep is your love, how deep is your love
I really mean to learn
Cause we're living in a world of fools
Breaking us down
When they all should let us be
We belong to you and me


Todos aplaudiram e viram Paul e Ana trocarem mais um beijo e ao fim disso guardaram as coisas e arrumaram tudo no salão de festas. Paul e Ana ainda tiveram mais uma noite agradável na casa dela.


CENA PÓS CREDITO DA MARVEL (2)

Mickey, Louise e Gerd chegaram a casa deles e para sua sorte, os pais não voltaram de viagem ainda.

-- É o seguinte! – Avisou Mickey. – Vocês podem dormir no quarto de casal mas não deixem vestígios.

-- Ok! – Exclamaram os dois.

O irmão mais velho tomou banhou, vestiu apenas uma camiseta velha e deitou na cama. Não deu cinco minutos e ouviu uma série de gemidos e a mola da cama fazendo barulho. Ele saiu do quarto e bateu bem forte na porta.

-- CALEM A BOCA OS DOIS! EU VOU CONTAR PRO PAPAI ESSA ZUEIRA!

Não adiantou a ameaça. Mickey teve de agüentar a madrugada com tudo aquilo.

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