Tenham uma boa noite e fiquem com a oneshot da Grindhouse oficial chamado Devoted to You (música dos Everly Brothers), mostrando Jim Stone e Louise McGold como casal cânon e alguns fatos que ocorreram em Rush e alguns momentos dos filhos da Grindhouse. Boa leitura!
Devoted To You__ Maya
Amamiya
Louise havia perdido a
noção de quanto tempo havia se passado desde que resolveu morar com James
Stone. O jornalista sofria demais com a morte de sua esposa, a atriz Farrah
Fawcett. Ele não era o mesmo. Perdeu a vontade para tudo e ainda contraiu
insônia. Seus filhos, Edgar e Louise, cujo apelido era Sisi, voltaram a morar
com o pai. E mesmo assim Jim não conseguia voltar a sua forma. Através da filha dele, Lulu tomou uma grande
decisão: ajudar Jim a superar o luto.
Ela acordou cedo e
preparou o café. Edgar e Sisi ainda não acordaram. Subiu as escadas e bateu na
porta dos quartos deles, chamando para a refeição. Voltando para a sala,
encontrou Jim, debruçado na mesa com as fotos de Farrah.
-- Minha pantera, minha
musa... – A voz estava embargada de tristeza. – Que falta você me faz...
Louise ajudou Jim a sair
da mesa e olhando para ele.
-- Você devia dormir um
pouco.
-- Se minha mulher... Estivesse
aqui...
Os dois filhos de Jim se
acordaram, já arrumados, tomaram café tranquilamente e foram conversar com o
pai no jardim. Enquanto Louise lavava a
louça, Sisi aproveitou para guardar as fotos da mãe e conversou com a atriz.
-- Todos os dias é a mesma
coisa. Papai pega as fotos de mamãe, chora e fica de bruços na mesa. Quando não
são as fotos dela, são do vovô e da vovó.
-- Eu também passei por
isso quando meu anjo Rick partiu. – Disse Louise, se lembrando da morte de Rick
Wright, tecladista do Pink Floyd, morto no ano passado. – Ficava ouvindo as
músicas dele por 24 horas, olhando as fotos, rememorando as cenas... É bem difícil, Sisi.
As duas observavam pai e
filho falando sobre Farrah e a superação.
-- ... Sei que é duro esse
momento, eu também sinto falta da mamãe, mas isso é deprimente, pai! – Dizia
Edgar.
-- Não lido bem com a
morte. – Respondeu Jim, olhando pro filho e depois para o jardim. – Nunca.
Antes de voltar à
atividade, a jovem chamou Louise.
-- Tia Alice quer falar
com você. – Segurando o telefone e passando para Lulu.
-- Alô?
-- Lulu, é a Alice! Como
você está?
-- Estou bem, já o Jim...
– Observou mais uma vez o jornalista com o filho e caminhando no jardim. – Ele
continua com aquela rotina depressiva. Não dorme, não escreve e fica olhando as
fotos da Farrah.
-- Meu deus, ele está pior
do que eu pensava. – Comentou, entristecida. -- Quando
papai morreu, ele passou um mês recluso e quando mamãe partiu, ficou seis meses
sem sair de casa. Então por favor, Lulu leve-o para tomar um pouco de sol, por
favor, daqui a algumas semanas eu e Gerd estaremos aí.
Ao ouvir o nome dele, Louise sentiu uma fisgada
no coração. Mesmo depois de tantos anos, a simples menção ao nome de Gerd,
machucava sua alma. Respirou fundo e voltou a conversar.
-- Darei meu melhor para Jim se recuperar. –
Respondeu, calma e sorrindo.
-- Muito obrigada.
Ao desligar o telefone, ela encarou Sisi, que a
observava.
-- Está tudo bem, Lulu?
-- Claro. – Ela se sentou no sofá e respirando
devagar. – Foi só um mal estar. Um choque. De resto estou bem.
-- Certo. Eu vou fazer compras e o Edgar vai
trabalhar. Volto mais tarde. Até logo!
-- Até logo, Sisi! – Despediu-se da filha de
Jim.
Depois Edgar saiu para trabalhar e o resto do
dia transcorreu normal. Louise preparou o almoço e ambos comeram pouco. Após a
refeição, voltaram para a sala e assistiram a um filme. Nenhum deles prestava a
atenção. Jim chorou e deitou a cabeça nas pernas de Lulu.
-- Por favor, Louise, cuide de mim, por favor, eu
não te peço mais nada!
-- Eu não vou te deixar, James! – Ela passava a
mão no cabelo dele. – Eu... te adoro. Não quero ver você assim.
O carinho dado para ele foi o bastante para Jim
levantar a cabeça e encarar Louise. Afagou o rosto dela e admirando os olhos
azuis da mulher mais encantadora que já viu.
-- Louise...
-- Jim...
Não havia nada que pudesse ser negado. Trocaram
ali um beijo calmo, cálido e contendo amor. Era inegável que depois de tantos
anos, Jim ainda tinha sentimentos profundos pela atriz. Louise se julgava
incapaz de voltar amar desde a morte de Rick. E com Jim Stone redescobria o
sentimento de uma maneira diferente para sua idade.
-- Não me abandone jamais, pequena deusa. –
Sussurrou Jim e voltando a sentir os lábios de Louise e desta vez mais
envolvidos.
Permaneceram naquela troca de carinhos durante
a tarde toda e mais beijos e conversas, até a chegada dos filhos dele. À noite
o jantar transcorreu calmamente até o filho mais velho questionar.
-- Como foi sua tarde, pai?
-- Muito boa. – Sorria Jim, servindo um pouco
de vinho para Louise e Sisi. – Louise e eu nos beijamos.
Ao ouvir a afirmação, Edgar se engasga, sendo
amparado pela irmã.
-- V-você o que?
-- Nos beijamos. Algum problema?
-- Claro que tenho! – Se exaltou e em seguida
saindo da mesa. – Ela veio morar aqui para te ajudar a sair do luto e acontece
um beijo entre vocês? Isso é uma falta de respeito à memória de minha mãe!
-- Não diga uma coisa dessas, mano! – Sisi
tentava defender Louise e o pai. – Você sabe melhor do que ninguém que o papai
ama tia Lulu muito antes de conhecer a nossa mãe!
-- Eu não aceito isso!
Louise praticamente não sabia o que pensar ou
que fazer. No entanto, compreendia a surpresa e indignação do filho de Jim. E
refletindo sobre isso, talvez fosse errado em beijar o jornalista.
-- Com licença, eu vou para o meu quarto. – Se
retirando as pressas.
-- Tia Lulu... – Sisi foi atrás dela e entrou
no quarto, consolando-a. – Peço desculpas pelo meu irmão.
-- Ele acha que sou uma intrusa... – Ela
chorava e tentava parar as lágrimas. – Entendo o lado do Ed.
Na sala, Edgar e seu pai discutiam sobre o
ocorrido.
-- Você vai pedir desculpas a Louise pela sua
falta de educação! – Jim estava furioso com a atitude do filho.
-- Pedir desculpas a mulher que está tentando
ocupar o lugar de minha mãe? Nem pensar!
Mais enfurecido, o pai acertou um tapa na cara
dele. Edgar colocou a mão no lado do rosto onde foi golpeado.
-- Edgar Charles Fawcett Stone! Posso estar com
quase setenta anos nas costas, mas ainda posso dar um tapa na sua cara pela sua
falta de educação! – Pausou para respirar e continuou. -- Louise nunca irá
tomar o lugar de sua mãe! E nunca tomará! Mas todos nós temos direito de amar
novamente, meu filho.
Edgar acabou indo para o quarto, com o orgulho
ferido e Jim procurou Louise. Sisi voltou para o quarto dela, deixando o casal à
vontade.
No outro dia, Jim acordou cedo e junto com
Sisi, preparavam o café. Louise também se acordou e resolveu arrumar as malas.
Edgar cruzou em seu quarto e viu a mulher guardando as roupas na mala.
-- Tia Lulu, eu posso falar com você? –
Perguntou, um pouco tímido.
-- Se for outro desaforo, esquece. Estou de
saída.
-- Não, eu quero me desculpar por tudo o que eu
falei! Eu errei! Essa morte da mamãe, ela... – Desatou no choro e foi consolado
por Louise.
-- Menino, nunca tomarei o lugar de sua mãe e
nem pretendo. Da mesma forma que não quero que Jim tome o lugar do Hunt e do
Rick na vida dos meus filhos. O amor é algo divino e temos direito de amar,
independendo de quanto tempo levar.
-- Você... o ama? – Indagou, limpando os olhos
e parando de chorar.
-- Desde 1972. – Respondeu Louise, sorrindo. –
Posso ter amado alguns homens, mas seu pai foi à peça que eu encontrava para
encaixar.
-- Então não há dúvidas. – Em seguida caminhou
até a porta. – Vocês se merecem.
Com a saída de Edgar, o resto da manhã ficou
mais pacifica.
-- Quer viajar comigo? – Convidou Louise,
enquanto regava o jardim.
-- E para onde vamos? – Jim tomava um pouco de
água, pois estava podando algumas rosas.
-- Brighton. – Respondeu. – Vai ser ótimo pra
nós.
Jim não queria sair de casa, mas como Lulu
estava promovendo, resolveu aceitar o convite. Durante a viagem não trocaram
uma palavra até certo momento.
-- Quero pedir desculpas pela atitude do Edgar.
Ele nunca foi assim. – Jim observava Louise dirigindo calmamente.
Louise não respondeu, apenas suspirou. Na chegada
do hotel, guardaram as roupas no armário. Jim avistou o mar na janela e
imediatamente lembrou-se de Farrah. A primeira viagem deles foi à Califórnia,
onde se divertiram na praia. Em Brighton transparecia uma praia calma. Outrora
foi bem agitada nos anos 60. Quando
entrou no quarto, encontrou Louise deitada com a mesma roupa e dormindo.
Aproximou mais dela e viu que ela tinha os olhos molhados e o nariz vermelho.
Certamente havia chorado. Decidido, acabou beijando de leve a mulher, ainda
dormindo e depois adormeceu abraçado com ela.
Quando acordaram, Jim preparou um lanche e
Louise lavou o rosto e se juntou a ele.
-- Me desculpe por não dizer nada durante todo
esse tempo. – Louise se sentia culpada por não ter respondido nada. – E antes
de tudo, Edgar conversou comigo e pediu desculpas. Entendo-o.
-- Estou feliz por isso. Quer caminhar comigo
na praia?
-- Quero.
Apesar do mau tempo, o clima era gostoso e os
dois caminharam por longos minutos no fim de tarde.
-- Acho que vou me banhar um pouco... – Louise
tirou a roupa, revelando um corpo ainda bem feito, impressionando Jim.
Ainda olhando para Lulu, não conseguiu deixar
de admirar a beleza dela. Ele também se livrou das roupas e aproveitou o mar.
Os dois praticamente se transformavam em jovens, por brincarem na água e
trocando abraços e beijos. Ao terminarem o banho de mar, se vestiram e Louise
deixou escapar um suspiro. Mesmo com os anos, Jim Stone continuava um homem
incrível, atraente e sedutor.
-- Você não mudou nada... – Ela comentou
sorrindo.
-- E você também. – Retribuindo o sorriso.
No caminho do hotel, Jim e Louise relembraram
algo.
-- Lembra do fim de semana em 76, quando
ficamos juntos?
-- Sim. – Os olhos de Louise brilharam quando
tocou no assunto. – Foram os melhores dias da minha vida.
-- Para mim também. – Ele segurava a mão dela,
como namorados.
FLASHBACK ON
O sábado de Londres amanheceu nublado, apesar de que no dia
anterior tenha sido um dia de sol perfeito. Um casamento se realizou e era de
Gerd Müller e Alice Stone. Mesmo ter aceitado tudo isso, Louise sofria por
dentro e durante a primeira dança do casal, ela distanciou-se dos outros
convidados, preferindo chorar numa mesa afastada aos olhos de todos e beber do
que assistir. Não ficou muito tempo na festa e resolveu ir embora. Permaneceu
no bar do hotel e bebeu um pouco, até encontrar o irmão da noiva, James Stone.
Entre uma conversa e outra, eles acabaram dançando um pouco e trocaram um beijo
quente, resultando na ida para a casa dela, onde tiveram sua primeira noite de
amor.
Louise acordou com dor de cabeça e aos poucos se lembrando
da noite anterior. Ela olhou para Jim, dormindo e apenas com lençol cobrindo a
parte intima.
Ali mesmo corou-se por estar olhando para o corpo dele e se
levantou rápido, pegando o vestido, sapato e a bolsa. Sentando-se na poltrona
tomou uma aspirina e serviu-se de um copo d’água.
-- Se “Jill Munroe” descobre que dormi com seu marido, sou
uma mulher morta. – Referindo-se a Farrah Fawcett, uma atriz, famosa por interpretar
uma policial investigadora no seriado As Panteras.
Se vestiu rápido e quase caiu no chão por conta da
dificuldade de calçar a sandália. Antes de abrir a porta, ouviu Jim se
acordando e depois olhando para ela.
-- Aonde você vai? – Olhando para ela. - Irá me abandonar como Atena abandonou aquele
rei espartano, pequena deusa?
-- Olha, eu não sei o que deu em mim... – Tentava explicar,
mas a cada palavra que emitia, mais falhas devido a visão do homem a sua
frente. Um encanto masculino. – Eu bebi e lembro-me de nós fazendo amor de
forma intensa. Você é casado e, por favor, vamos esquecer isso!
Não adiantou a desculpa. Ele saiu da cama, mesmo sem o
lençol, sem nenhuma roupa. Puxou-a para dentro do quarto, trancou a porta e
abriu o zíper do vestido dela, deixando-o cair e mostrando seu corpo branco e
delicado.
-- Hoje você é minha! – Deitando-a na cama e tirando as
sandálias.
Jim vendou os olhos de Louise com a gravata e sussurrou.
-- Minha pequena deusa... – Tocando o corpo dela até chegar
à região mais delicada. – Sinta tudo!
Praticamente Jim a tocava devagar, causando em Louise um
prazer inimaginável e arrancando gemidos. Ainda com os olhos vendados, ela
sentiu os lábios dele beijando seu corpo e sucções nos seios.
-- Jim...— Ela dizia, se retorcendo. – Por favor... Eu...
ahhhh...
-- Ainda nem comecei, pequena deusa... – Disse com uma voz
safada e afastando as pernas de Louise e penetrando-a forte.
-- Aaahh!
-- Calma! Logo se acostuma...
A penetração continuou, lentamente, o bastante para o galês
apertar os seios dela e encher de beijos. Louise o abraçou e arranhou suas
costas com vontade à medida que a velocidade das estocadas continuavam. Ela
também gemia.
-- Jim... eu não vou agüentar.... --- Louise suava junto
com ele. – OH MEU DEUS!
No último movimento atingiram o orgasmo, emitindo junto um
grito de satisfação.
-- Ainda pensa em ir embora? – Questionou o galês, com o
corpo suado.
-- Não mais... – Ela o beijou intensamente e se abraçaram.
Iniciou-se os dois dias juntos, trancados no quarto se
amando e descobrindo mais apaixonados. O fim de semana deles foi exatamente
isso. Sexo, amor e devoção. Mesmo casado, Jim nunca deixou de amar Louise e ali
mesmo na cama, descobriu muito mais do que prazer, tesão. Era amor.
Quando acordou na manhã de sábado, encontrou Louise, usando
um robe, cabelo escovado e preparando o almoço deles. Jim vestiu um abrigo e
abraçou a mulher por trás.
-- Minha pequena deusa...você me faz tão feliz! Amo você
mais do que tudo nesse mundo. – Em seguida ele a virou para olhar nos olhos
lindos de Louise. –Por que não ficamos juntos? Eu largo a Farrah, assumo seu
menino e casamos. A gente se muda pra alguma cidade do litoral de Gales e
criamos eles. Deixe-me ser seu, Louise, pro resto de minha vida!
O pedido tão apaixonado vindo de Jim surpreendeu Louise.
Ela sempre o achou o homem mais sexy e atraente que já viu, talvez mais do que
Alain Delon, o ator francês. Também se lembrou de seus filhos, Freddie e o
recém nascido Thomas, filho dela com Gerd.Também se lembrou de Lawrence Rain,
seu segundo grande amor. Atualmente, o escritor está casado com Eva Crawley.
Ela enlaçou Jim no
pescoço.
-- Jim, tudo o que quero nesse momento é ser sua, meu galês
ruivo! Te quero tanto que nem meu coração pode agüentar de tanto amor que tenho
por você!
Diante da resposta ele a beijou bem forte e também pegou
uma cadeira, sentou e fez Louise ficar em seu colo, onde fizeram amor de forma
gostosa, arrancando gemidos altos e declarações de amor entre suspiros.
No entanto nem tudo eram rosas. Quando o fim de semana
acabou, cada um voltou a sua vida. Ou melhor, eles voltavam sempre a se verem,
de forma escondida, até que um dia o pai de Jim, Charles, obrigou o filhou a se
decidir. O jornalista já havia tomado sua decisão e estava se preparando para
dizer a esposa, eis que vem a noticia que mudaria seus rumos: ela estava
grávida.
-- Farrah está grávida do meu primeiro filho! – Anunciou
Jim para Louise.
Ela chorou muito e pensou em gritar com ele mas se sentiu
impotente.
-- Pequena deusa...
-- Não diga nada, espartano! – Ela colocou os dedos nos
lábios carnudos dele e choraram juntos. – Antes de tudo acabar, faça amor
comigo e eu não pedirei mais nada.
Eles fizeram amor, intenso, apaixonado e transbordando de
prazer para ambos.
Esse foi um dos fatores que levaram a galesa se afundar nas
drogas e na bebida, chegando por fim uma overdose que quase a matou. Quando Jim
soube disso, culpou-se pela desgraça dela e no período de reabilitação de
Louise, sua esposa esperava mais um filho. Uma linda menina nasceu e Jim
batizou com o mesmo nome de seu grande amor, cujo apelido se tornou Sisi.
Depois do nascimento da filha, ele passou a escrever tudo e
dedicar para esposa e sua amada Louise e também para seus filhos.
FLASHBACK OFF
O tempo começava a se formar por conta da
chegada de uma chuva e Louise fechou a janela e em seguida olhando para Jim de
modo provocante.
-- Podemos repetir tudo, minha pequena deusa! –
Sussurrando no ouvido dela.
-- E ainda tem fôlego, meu amor?
-- Fôlego é algo que não me falta... – Pegando
as mãos dela e se beijaram.
E mesmo numa idade avançada, o casal se mostrou
ardente e com capacidade de reviver o fogo da paixão de forma natural. Jim
gemia a cada toque das mãos de Louise e a mesma sentia mais prazer, como nos
dois dias que passaram juntos no hotel em 76. Não havia dúvidas o quanto se
amam...
Edgar saiu mais cedo do trabalho e
aproveitou-se disso para visitar o amor de sua vida: Anna Wright, filha de Rick
e Louise. Desde a adolescência, Edgar gostava da menina e devido aos caminhos
tomados, acabaram por conhecer outras pessoas. Anna namora Mathias Lauda, filho
de Niki Lauda, piloto aposentado. Edgar teve diversos casos, mas nenhuma era
como Anna.
Anna cozinhava para seu jantar, já que ela
optou em ficar na casa da mãe, enquanto ela morava por tempo indeterminado na
casa de Jim Stone. A campainha toca e ao atender, encontra seu antigo amor.
-- Edgar!
-- Olá, Anna. – Cumprimentou, beijando a mão
dela. – Posso entrar?
-- Fica a vontade!
Permaneceram na sala de estar, bebendo um pouco
de uísque no sofá e conversando.
-- Como está seu pai? – Questionou Anna,
preocupada com o pai de Edgar.
-- Depois de quase dez meses recluso em casa,
agora ele recuperou a velha forma. Pelo menos foi o que vi nos dias anteriores.
E ele viajou para Brighton.
-- Ah, Brighton... – Suspirou Anna, sorrindo. –
Adoro aquela praia.
-- E como está seu namoro com Mathias?
-- Indo bem. Apenas lamento por não estar com
ele em Toronto para o GP.
-- Uma pena... – Bebendo mais um gole de uísque
e olhando para Anna.
-- E aquela sua esposa, a antropóloga?
-- Ela pediu divórcio. – Lamentou-se. – Com ela
admito que fosse mesmo só sexo. Amor de fato era muito pouco.
-- Ainda não consegue amar?
-- A única pessoa que amo de verdade, mesmo que
não me ame, é você! – Em seguida puxou o rosto de Anna para um beijo quente.
A moça correspondeu do mesmo modo, porém, ao se
lembrar de Mathias, se afasta.
-- Edgar, não! – Parando o beijo. – Eu tenho o
Mathias e...
-- E ele não está aqui. – Deitando-se por cima
dela. – Só desta vez, meu amor.
Anna se entregou de tal modo que não acreditava. Edgar
tirava as roupas dela com calma e depois as peças intimas. Vislumbrou a
calcinha preta que Anna adorava usar.
-- Calcinha preta... – Ele tirava a última peça e mostrando
para Anna. – Amo te ver de calcinha preta.
Anna sorria e depois ajudou Edgar se livrar das roupas e
tocou com vontade a parte intima dele.
-- Hum... – Ela sorria, tão safada. – Está mesmo pronto!
Anna adorava os homens que usam cueca boxer e naquele
momento, Edgar vestia uma. Ele percebeu o olhar brilhante dela na direção da
roupa intima e retirou-a rapidamente. Ali mesmo no sofá ele se deitou por cima
dela, entre beijos, mordidas leves no lóbulo da orelha e sucções nos mamilos, arrancando
gemidos e gritos por parte de Anna.
Edgar a penetrava forte e rápido, fazendo os dois atingirem
o clímax juntos.
-- Eu te amo, Nana. – Dormindo de conchinha com
ela.
Ela não respondeu, apenas derramou uma lágrima
e saiu do sofá ainda nua, e retornando com um edredom, cobrindo Edgar e voltou
a dormir com ele.
Eram sete horas da noite e Sisi ainda caminhava
no shopping, desanimada. Apesar das compras e da conversa com as amigas, ela
não estava feliz. Além da preocupação com seu pai e a morte da mãe ter abalado
sua alma, havia algo que lhe faltava. Enquanto comprava algo para o jantar, a
jovem suspirou.
-- O que falta para você me notar, Noel?
Na saída, parecia que outro desejo seu se
tornava realidade. Ela avistou Noel na livraria e teve um ímpeto de estar ali.
Ela entrou no local e disfarçadamente pegou um livro e o deixou cair de
propósito. Noel ouviu e ao se virar, seu coração bateu rapidamente e pegou o
livro, entregando para Sisi.
-- Oi. – Ele exibia um sorriso, capaz de
seduzir qualquer mulher.
-- O-olá! – Sisi gaguejou e se recompôs. – Como
você está?
-- Animado. – Mostrando a estante de livros de
viagens e um livro. – Acho que vou viajar para Austrália no mês que vem.
-- Uau! Austrália é linda! Já viajei por lá. –
Mentiu. Sisi nunca viajou para Austrália, mas no fundo desejava ir e se fosse
possível, com Noel.
Enquanto os dois saíam da biblioteca, em suas
mentes rememoravam algo que aconteceu com eles. Uma festa que aconteceu na casa
de Odile Greyhound, mãe de Noel...
FLASHBACK ON
A mãe e o padrasto de Josephine haviam viajado para Paris e
a garota aproveitou para organizar uma grande festa, reunindo os amigos mais
chegados. Quando era mais ou menos meia noite, o pessoal começou agitar mais e
situações estranhas, porém cômicas aconteceram. A começar Jacques, filho
legítimo de Michael McGold e Odile Greyhound, se embebedou e ameaçou pular da
janela. Sage e Noel tiveram que afastar o adolescente da janela e bebidas.
Nos quartos alguns casais já começaram as atividades
sexuais. Sisi entrou num dos quartos para chorar um pouco por conta de sua
tentativa de flertar com Noel ter dado errado. Ao que parecia Emma Townshend
quase o agarrava no sofá e isso a desmotivou em suas chances com o filho de
Franz Beckenbauer.
Noel percebeu isso e deixou Emma no sofá, junto com Mandy e
correu até o quarto, trancando a porta.
-- Mein liebe... – Ele tentou abraçar a garota, mas se
desviou.
-- Não me chama de mein liebe! – Berrou Sisi, ainda
chorando. – Sempre soube, Noel! Todas as garotas gostam de você! Elas surgem de
todos os cantos para ter você. Eu não posso...
-- Mein Liebe, Mon Cheri, eu te amo, não quero Emma para
mim, ela tem o Ned e eu tenho você, mon petit ,eu só tenho olhos pra você. –
Ele a abraçava por trás e tocava as coxas e os braços delicados de Sisi. -- Meu
coração, minha existência, tudo gira entorno de você!
--Noel, meu pequeno Kaiser, meu amor, eu sempre soube que é
meu porque desde minha tenra infância, sei que sou sua. – Ela se virou para
ele, encarando os lindos olhos castanhos. – Ich liebe dich!
Se deitaram na cama e começaram a trocar carinhos e beijos
quentes. Noel tirava a calcinha da amada quando ouviu-se batidas na porta de
forma insistente e depois alguém gritando.
-- POR FAVOR, ABRAM A PORTA! QUERO USAR O BANHEIRO DA
SUITE!
Rapidamente Noel se levantou, destrancou a porta e abriu.
Era Chris Entwistle, irmão gêmeo de Nicolai. O jovem estava com as mãos apertando
a parte de baixo e se retorcendo nas pernas.
-- Desculpem aí, amigos. – Ele entrou no banheiro suíte e
fechou a porta, continuou a dizer. – Mas tem gente trepando em todos os
banheiros desta casa!
Sisi permaneceu na cama e Noel parado na porta, esperando
que Chris se retire o mais rápido possível. Após isso, Chris puxou a descarga,
lavou as mãos e saiu do banheiro, com cara mais aliviada e caminhando até a
porta, lançou um olhar para o casal.
-- Eu não contarei pra ninguém, ok? – Depois se retirou,
fechando a porta.
-- Ele mente. – Comentou Sisi, um pouco temerosa. – Amanhã
todos saberão o que fizemos aqui!
-- Dane-se o que os outros vão pensar! O que importa é que
estamos juntos, meu amor!
O casal voltou para a cama e retiraram suas roupas,
começando o ato carnal apaixonado. Sisi que sempre teve uma vida sexual boa, já
havia namorado muitos rapazes, mas nenhum era tão bom quanto Noel. E o mesmo
também teve outras relações. Somente Sisi desejava com todas as forças. Quando
estavam perto de atingirem o clímax, a porta se abre novamente e num estrondo.
Cat Sophie caía de bêbada no chão do quarto e pegou o casal no ato.
-- Ai....hic up....desculpa....eu....hic up...eu realmente
não sei o que eu to fazendo aqui...Mandy.... onde você ta? – Cat se levantava
com dificuldade e saiu do quarto, fechando a porta.
Eles retornaram aos movimentos amorosos e conseguiram atingir
um orgasmo perfeito, com direitos a gritos ouvidos por algumas partes da casa.
Algumas pessoas ouviram como Graham Daltrey e Audrey Entwistle, mas preferiram
deixar pra lá.
FLASHBACK OFF
No final Noel convidou Sisi para uma
confeitaria e desfrutaram juntos de um bom strudel e doces, já que a garota
adorava. Comeram um cupcake e Sisi manchou um pouco sua boca.
-- Está suja. – Noel ria por ver a garota com
os lábios manchados de cobertura.
-- Não tenho culpa se chocolate e morango são
meus preferidos. – Ela dizia, sorrindo.
Noel se aproximou de Sisi, passando os dedos no
canto da boca pra retirar o excesso de cobertura e em seguida tomou os lábios
dela, com vontade e prazer. Terminado o beijo, ele suspira e olhando para a
amada, disse.
-- Estava com saudade desta boquinha linda...
-- E eu dos seus beijos, seu sorriso... – E
depois sussurrando. – E do seu cheiro.
Eles seguiram para a casa de Sisi...
Ainda em Brighton, Jim e Louise se encontravam
na cama, mas não se amando. Lulu estava lendo um livro e Jim escrevia mais uma
crônica no caderno. Ele resolveu parar e ligou a televisão pelo controle. Por
coincidência, a emissora transmitia o seriado As Panteras. Ao ver a abertura,
Jim paralisou ali.
-- Farrah... – Balbuciou e uma lágrima caiu de
seus olhos verdes.
Ele não terminou de assistir e na metade do
episódio, Louise percebeu a recaída e desligou rapidamente a televisão.
-- Calma, meu ursinho ruivo... – Ela o
abraçava. – Vai ficar tudo bem.
-- É difícil...
-- Entendo.
Ainda não me acostumei escutar Pink Floyd sem lembrar-se do Rick.
-- Você o amou?
-- Até o fim da vida... – Lamentou Lulu. – Ele
foi um anjo para mim.
Naquele instante, o casal derramou-se em
lágrimas e permaneceram abraçados, como se compartilhassem o sofrimento de ter
perdido as pessoas que tanto amaram ao longo dos anos. E mais do que nunca, Jim
e Lulu estavam mais unidos.
-- Quero pedir algo, venha morar comigo. –
Pedia Jim, beijando a amada no rosto. – Tenho te pedido isso desde 1972.
-- Mas por que não me conquistou naquela época?
-- Você estava com James Hunt, um dos meus
amigos. E eu... sempre a amei.
Novamente eles se beijaram e Jim adormeceu nos
braços da amada. Neste momento, Lulu pegou o telefone, discou uns números e
ligou para Alice.
-- Alô? – Era uma voz masculina e Louise
reconhece de quem é.
-- Freddie, é a mamãe! Estou em Brighton com
Jim. – Disse Louise. – O que faz aí na casa da Alice?
-- Meredith está de folga das gravações e
trouxemos o Rick para uma visita. Alice e Gerd estão cuidando bem do meu filho.
Quando você volta?
-- Amanhã de manhã. Avise para ela sobre isso,
por favor. E sabe de alguma coisa de seus irmãos?
-- A Suzy e o Henry vão vir para Inglaterra
fazer uma visita ao Davy e a Di, Anna está lá em casa, decerto o Mathias foi vê-la
hoje. Ben está na casa da Charlie e o Tommy viajou com a Becky para Los
Angeles.
-- Certo, então te vejo em casa novamente, meu
filho. Um beijo e mande um para os Müllers, Meredith e meu neto.
Após desligar o telefone, Louise deita
novamente, abraçando Jim. Ele se acordou.
-- Eu quero lhe pedir algo, mesmo sendo...
inapropriado. – Ele pegou a mão dela e olhou nas orbes azuladas. – Louise
Christina McGold Wright, quer casar comigo? Viver comigo?
O pedido foi realmente inusitado e embora com a
tendência em aceitar, Louise se afasta de Jim.
-- Olha, não me leve a mal... Mas é cedo, Jim.
Você perdeu sua esposa faz cinco meses e eu não fechei um ano que meu marido se
foi.
-- Está recusando? – Indagou Jim, querendo
comprovar. – Desculpe-me, Lulu. Eu amo você mais do que tudo. Só queria que
ficasse na minha vida para sempre.
-- Só estou dizendo para não nos apressarmos –
Ela ficou perto dele e segurou sua mão. -- James Stone, quer ser meu namorado?
-- Não deveria ser eu fazendo esse pedido? –
Agora era Jim ficando espantado.
-- Sou uma mulher moderna, você sabe. – Ela
piscou e sorriu para ele.
Trocaram um beijo apaixonado e questão de
segundos o casal estava nu, deitados na cama entregues ao carinho e a paixão
ardente.
-- Sei que demorei, mas agora você é minha! –
Disse Jim, abraçando Lulu.
-- Não importa quanto tempo levamos para notar
este amor, eu quero você, James Stone!
A noite de Brighton foi encerrada com mais atos
amorosos do casal no quarto.
Edgar retornou para a casa do pai, um pouco
triste e pensativo. Amava ardentemente Anna e sabia o quanto para ela é
importante o namorado Mathias. Ele não tem intenção de acabar o namoro dela,
como aconteceu com seu primo Wolfgang Müller. No passado Anna e Wolf eram
completamente apaixonados. Diziam até que pareciam o relacionamento amoroso do
pai dele com a mãe de Anna. E realmente parecia... em parte. Ao contrário da
traição de Louise, quem iniciou foi Wolf.
Certo dia Anna encontrou o namorado na cama com
Alice Charlton. Dali resultou em brigas intensas e inclusive Anna cortara
relações com Alice e Wolf. A família obviamente se intrometeu. Gerd que sempre
teve um carinho especial pela filha de Louise, consolou a menina e repreendeu o
filho. Quando Edgar soube disso, brigou feio com o primo e depois se acertaram.
Neste momento, o editor chefe colocou o disco
dos Beatles na vitrola e tocou justamente a música homônima de sua amada.
Anna
You come and ask me, girl
To set you free, girl
You say he loves you more than me
So I will set you free
Go with him (anna)
Go with him (anna)
Anna
Girl, before you go now
I want you to know now
That I still love you so
But if he loves you more
Go with him
All of my life
I've been searchin' for a girl
To love me like I love you
Oh, now... but every girl I've ever had
Breaks my heart and leaves me sad
What am I, what am I supposed to do?
Anna
Just one more thing, girl
You give back your ring to me
And I will set you free
Go with him
All of my life
I've been searchin' for a girl
To love me like I love you
But let me tell you now... but every girl I've
ever had
Breaks my heart and leaves me sad
What am I, what am I supposed to do?
Anna
Just one more thing, girl
You give back your ring to me
And I will set you free
Go with him (anna)
Go with him (anna)
You can go with him, girl (anna)
Go with him
-- O que devo fazer para você me notar, Anna? –
Perguntou Edgar em tom de lamento. – Eu te amo tanto... Mas você tem outro...
Neste momento, a irmã de Edgar desce as
escadas, usando um robe azul e ouvindo a música. Ela se juntou ao irmão.
-- Pensando na Anna, irmãozinho?
Ele não negou a resposta.
-- Você sabe que ela está...
-- Eu sei, com Mathias... – Edgar nota que a
irmã estava pouco apresentável. – Está tudo bem?
Antes de responder, Noel saiu do quarto, com a
roupa amassada e a cara de sono.
-- Mein Liebe, eu preciso ir. Prometi a minha
mãe que vou vê-la e...—Ele interrompeu a conversa ao ver o irmão de Sisi. –
Olá, Edgar!
-- Vocês dois... juntos? – Edgar não acreditava
no que via e ficou rindo. – Desde quando?
-- Foi ontem à noite. – Explicou Sisi. – Depois
de tanto tempo, finalmente estamos juntos.
-- Então meus parabéns! Alguém nessa família
tinha que ter uma vida amorosa que pelo menos dá certo!
-- Amigo, tenho certeza que você vai se
declarar pra Anna, mas bem, até amanhã Meine Liebe, tenho que ajudar minha mãe
num projeto dela que envolve meu pai junto. Alguém tem que acalmar papa Mickey,
ele sempre acha que meu pai vai levar minha mãe embora! – Ria Noel e se
despedindo da amada e do cunhado.
-- Amanhã papai estará de volta. – Avisou Sisi,
enquanto caminhava para a cozinha e preparava sanduíches para ela e o irmão.
-- Espero que papai esteja bem.
Na casa de Anna, ela suspirava mas não chorava
mesmo diante da revelação.
-- Anna... – Lamentou Mathias Lauda para a
pianista. – Por favor, não me odeie. Eu não dormi com ela. Simplesmente me
apaixonei pela Josephine.
-- VOCÊ DORMIU COM MINHA EX-MELHOR AMIGA! –
Berrou Anna, não suportando mais guardar a raiva.
-- Você acha que ia ser canalha ao ponto de
fazer isso?! – Mathias tentava acalmar Anna, abraçando-a. – Anna, eu não dormi
com ela. Eu me apaixonei por ela.
Contudo, não me aproximei dela em nenhum momento.
-- O que eu fiz para merecer isso? – Anna
chorava no peito de Mathias, molhando um pouco a camiseta dele. – Por que você
e o Wolfgang fazem isso comigo?
-- Anna olha pra mim! – Ele levantou o rosto
dela com a mão e a olhou gentilmente. – O tempo que passamos juntos, foram os
melhores sempre terei como uma lembrança forte em meus pensamentos. Não acabe com
sua amizade com Josy por minha causa, vocês são amigas desde que suas mães
estavam grávidas uma da outra ela é como a sua irmã e também tem outro fator:
você também ama outro, sei que está gostando do Edgar.
Anna se surpreendeu. Mesmo não ter contado para
o namorado, ele sabia dos sentimentos ocultos dela pelo filho de Jim Stone e
nunca teve ciúme disso.
-- Me perdoa, Mathias. – Abraçando mais o
ex-namorado.
-- Eu te perdôo por tudo. – Ele sorria e
beijava a testa dela. – E me perdoe por tudo.
-- Faça minha amiga feliz!
Ainda naquela noite, Mathias visitou Josy em
seu apartamento e falou a verdade.
-- Terminamos tudo amigavelmente. – Ele falou.
– Ela nos aceitou.
-- Meu amor! – Josy beijou o amado, feliz. –
Não sabe o quanto estou feliz. Mas e Anna? Ela me odeia por saber que eu te
amo.
-- Amanhã vocês se conversam. Acredite, ela vai
te escutar e te perdoar.
No dia seguinte Louise e Jim retornaram a
Londres e na casa dele, estavam a família Müller e o casal Freddie e Meredith,
com seu filho Ricky. Jim, Gerd e Freddie conversavam de forma animada e Louise
foi até o quarto de Sisi, encontrando Alice, cuidando de Meredith e Nicole e
Eva segurando o bebê.
-- É minha vez de segurar o bebê. – Nicole
pegava a criança dos braços de sua irmã mais nova.
-- Só porque é a mais velha acha que pode ter
esses privilégios. – Reclamou Eva.
-- Halt die Klappe, wenn Sie nicht mein Sohn
weinen bringen. (Calem a boca se não vão
fazer meu filho chorar.) – Meredith repreendeu as irmãs em alemão.
-- Vocês não mudam mesmo. – Sisi surgia na
porta e cumprimentou todas.
-- Olá Sissi! Há quanto tempo não a vemos. –
Meredith abraçava a prima.
-- Faz muito que não a vemos mesmo! – Comentou
Alice para a sobrinha.
De repente Ricky começa a chorar e as duas
irmãs tentam acalmar o bebê, algo meio impossível. Louise pegou o neto em seus
braços e cantou baixinho a música Goodbye
Yellow Brick Road, do Elton John. De uma forma surpreendente, o bebezinho
sorria para a avó e se aquietou, ao mesmo tempo brincava com os dedos dela.
-- Você fez o mesmo quando o Will nasceu... –
Alice comentava com a alma gêmea e as meninas ficavam surpresas. -- Ele adorava
que você cantava essa música pra ele. E essa também é a música favorita do
McDreamy.
-- Sim... é a favorita dele. E agora do Ricky.
– Louise se lembrou disso e olhando para o bebezinho. -- Não é, Ricky? Quer
cantar também?
Ricky ria dos gestos da avó e ela enchia de
beijos as bochechas coradas dele.
-- Como vai meu afilhado? – Perguntava Louise.
-- Ele está em Estocolmo, aparamente se
apaixonou pela filha do Ronnie Peterson e está disposto a conquista – lá.
-- Ele com a filha do seu amante do passado por
uma noite. – Louise riu um pouco e depois falou para Alice. – Quero que você
seja a primeira, a saber. Pedi seu irmão
em namoro.
-- Vocês estão juntos?!Ai meu Deus!!!! – Alice
e as filhas ficaram felizes.
-- Desculpa o que vou dizer, mas isso... É A
MELHOR NOTÍCIA DA MINHA VIDA! – Sisi gritou de alegria e sem querer fez Ricky
chorar.
-- Não chora ursinho,calma! – Louise ninava o
bebezinho.
-- Você fez o little McDreamy chorar! – Alice
pega Ricky e passou a ninar a criança.
-- Me desculpem! – Sisi tampava a boca com a
mão. – Me empolguei!
-- Shhh! Deixe-me pegar meu Little McDreamy. –
Ainda ninando o bebê. --Já passou pequeno, já passou. Acho melhor colocarmos
ele no berço e Meredith precisa dormir um pouco também.
Antes disso Anna aparece, cumprimentando todas
e abraça Meredith, a quem chama de alma gêmea. Com a jovem mãe dormindo, Anna
conversou com a mãe em particular a respeito do fim do namoro com Mathias.
-- Eu vou conversar com a Josy.
-- Faça isso, filha! Não sabe o quanto ela
sente sua falta. – Incentivou Louise.
Anna foi acompanhada de Edgar para o
apartamento de Josephine.
-- Não tenha medo, Nana. – Edgar afagava o
rosto da amada. Eles finalmente se assumiram em público seu amor, assim como
Noel e Sisi. – Josy vai te ouvir.
Ela ficou na porta e tocou a campainha. Rezou
mentalmente para não encontrar Mathias.
-- Anna Mary! – Josy abriu a porta e viu sua
ex-melhor amiga.
-- Olá, Josephine. Eu posso entrar?
Elas ficaram na sala, tomando um pouco de água.
Nenhuma delas trocaram uma palavra, até Anna resolver falar.
-- Eu quero pedir desculpas pela minha atitude.
E por distanciar de você.
Josy correu para abraçar a amiga.
-- Eu que peço por ter me apaixonado pelo seu
namorado ,já faz um tempo que eu gosto do Mathias mas escondi porque vi
que você amava demais.
-- Já passou. Nós terminamos
amigavelmente. Você me perdoa Josy? Eu sinto sua falta como amiga, companheira...
como amante. – Anna passava os dedos nos lábios da amiga, excitando-a.
-- Anna,
eu sei que sua alma gêmea é a Meredith mas por que me ama também?
-- Josy, eu amo você como minha amiga, minha
irmã e minha alma gêmea, estamos ligadas muito antes de nascermos.
Quando terminou de falar, as duas trocam um
beijo apaixonado e repleto de amor carinho. Terminaram a tarde fazendo amor de
forma gostosa, arrancando suspiros e gemidos de prazer de ambas.
-- Mein Liebe, Anna! – Josy costuma chamar Anna
de “Mein Liebe”, assim como seu irmão, Noel, chama Sisi.
-- Mon amour, Josephine! – Anna passava a
língua na boca de Josy e transformando em mais um beijo.
Tudo mais que perfeito...
Dois anos depois
Neste meio tempo, tudo aconteceu de bom para as
famílias e amigos. Noel e Sisi se casaram e tiveram uma filha, Carmen. Lyla e
Cat Sophie finalmente estão juntas depois de muitos anos separadas. Emma e Ned
ganharam o seu quarto filho da linhagem Smith-Townshend e por fim Edgar e Anna,
estão noivos.
É o aniversário de dois anos de Richard
Gerhard, o neto de Louise e Alice. As famílias e os amigos de Freddie e
Meredith foram convidados. Praticamente toda turma de amigos de infância dos
dois estavam reunidos ali na casa de campo dos Stones. E também fechou-se dois
anos que Louise e Jim namoravam. Ela conversava com Alice quando o pequeno
Ricky surgiu diante das avós.
-- Hey! – Levantando o pequenino. – O que foi,
Ricky?
O menino entrega para avó uma caixinha
vermelha. Achando se tratar de um presente do neto, Louise sorri e abre a
caixa, mostrando ali um anel de brilhantes. James aparece para as duas e olha
para o pequeno.
-- Dá o anel para a vovó! – Pediu.
O menino tirou dali da caixinha e deixou nas
mãos de Louise e em seguida correu para onde está o pai, junto com os amigos.
James tenta com dificuldade se ajoelhar mas devido a idade avançada, causou um
pouco de dor, fazendo com que os presentes olhassem a cena.
-- Louise Christina McGold Wright, amo você a
tanto tempo que fica difícil de contar...
-- Desde 1972... – Confirmou Mickey, o irmão de
Louise e revelando para todos. – Todo mundo sabe.
-- O que eu quero pedir é, quer ser minha
esposa?
Ela se emociona com o pedido e levantando Jim
com cuidado, respondeu.
-- Esse tempo que passamos juntos, tudo que
vivemos nestes dois anos me fizeram ver o quanto te amo mais. James Charles
Clifton Stone, eu aceito!
Jim não só colocou o anel no dedo de Louise,
como também roubou um beijo intenso dela, na frente de todos. Os filhos de
Louise e o de Jim gritaram de alegria. Apesar da leve fisgada de ciúme, Gerd
ficou feliz pela ex-namorada. Ele sempre deixou claro que amará Louise pelo
resto da vida, juntamente com Alice, sua esposa e suas filhas. As amigas de
Louise e também parentes e amigos dos tempos da Escola de Atores deram os
parabéns, juntamente com os amigos mais antigos de Jim.
Meses depois eles se casaram ali mesmo na casa
de campo da família, com tudo que sonharam: flores, ar fresco e as pessoas que
mais amavam na vida. Depois de uma espera de quarenta anos, Jim Stone está ao
lado da mulher que tanto amou. E Louise sentiu-se mais completa tendo seu amado
galês ruivo sexy para sempre.
E com
toda felicidade, longe de todos, um casal admirava a união deles.
-- Enfim, meu amado Jim está com sua pequena
deusa, não é Rick?
-- Minha menina! – Suspirou Rick Wright, feliz.
– Ela merece alguém como Jim. Ele a ama mais que tudo, Farrah!
Farrah Fawcett, atriz e esposa de Jim Stone,
também sorria e abraçou Rick e em seguida desapareceram.
CENA PÓS CRÉDITOS DA MARVEL
Wolfgang Müller era o único que mesmo feliz com
a noticia que seu tio vai se casar com Louise, no fundo estava despedaçado.
Mesmo ao lado de Alice Charlton, descobriu da pior maneira que não fez uma boa
escolha e ainda mais por trair Anna Wright, por quem foi apaixonado por quase
toda a vida.
Era claro que Anna além de não perdoá-lo,
também não olharia nos olhos de Alice Charlton. E para contribuir, Anna está
noiva de Edgar.
Após as comemorações, Wolf ficou no jardim,
bebendo um pouco até avistar uma jovem muito bonita. Cabelos cacheados negros,
olhos cor de mel e estatura baixa. Ela sorria para os irmãos Townshend e neste
momento sua irmã, Eva surge diante do irmão.
-- Pára de babar pela Karin Townshend!
-- O nome dela é Karin?
-- Sim! – Confirmou Eva. – Ela é filha adotiva
dos Townshends.
-- Ela é bonitinha...
Por alguma razão, Wolfgang gostou dela, mesmo
não ter trocado uma palavra com Karin. Rezou para que ela não tivesse um
namorado ou então seria sua conseqüência.
FIM

Nenhum comentário:
Postar um comentário