Uma boa noite e feliz natal para todos e fiquem com mini conto de natal dentro da série What If, na saga O Casamento. O casal principal? Só de verem a capa já sabem! Boa leitura!
Christmas__ Maya Amamiya
Dia 24 de dezembro. Uma
manhã em Londres. E Louise
se levanta com muita preguiça. Na realidade, ela não queria. Vestiu um robe,
lavou o rosto e prendeu os cabelos louros e caminhou até a cozinha. Procurou
algo pra comer e nada.
-- Droga, devia ter ido ao
mercado hoje. – Resmungou.
Minutos depois antes de
sair do apartamento ela leu o recado no papel deixado por Odile, avisando que
passará o natal em casa e levará Franz.
-- Mais um natal
sozinha... – Disse entristecida.
E caminhou até o mercado,
lembrou de Gerd. Compreendia que ele não poderia ficar com ela naquele dia e
que preferia estar ao lado da mãe e do irmão. Já Louise, era diferente. Ela não
gostava mais do natal...
Aquela manhã ela ficou só
em casa, guardando a comida, ouvindo música, alimentando Meia Noite e Hades, os
gatos de estimação e às vezes recebendo as ligações dos amigos. A turma do
teatro a convidou para celebração natalina na discoteca ou num pub e no ano
novo uma viagem para Atenas ou no Caribe, pois Louise ama praia e dias de sol.
A tarde ela arrumou o
apartamento, deixando alguns enfeites de natal e ficou assistindo televisão.
Viu a reprise de anos atrás do Top of The Pops e estavam ali The Yardbirds.
Antes de qualquer reação negativa, ela atendeu ao telefone. Era Alice.
-- Tem certeza que não
quer vir ficar comigo e com Palin? – Indagou a jornalista. – Não gosto de te
ver sozinha nesta época do ano.
-- Estou bem sozinha. Você
sabe bem que não gosto do natal desde que... melhor não contar. – Respondeu Lulu.
-- Você sabe que eu não
curto natal também, mas pequena vem pra cá, será meu primeiro natal grávida. Alguém
vai ter que tomar vinho por mim.
Louise tentou argumentar,
mas se tratando de sua alma gêmea... Não viu outra escolha. Tomou um banho, se
vestiu e colocou um cachecol vermelho e branco, uma touca rosa e luvas.
Embarcou no carro e seguiu para a casa nova dos Palins. Alice estava com a
barriga crescendo e muito bonita. Palin como sempre, sorria para as duas e
seguiu no preparo do jantar. Ambas ficaram
na sala conversando.
-- Eu senti sua falta, meu
sol... – Sussurrou Alice no ouvido de Louise.
-- Eu também senti sua
falta, minha lua. Me mostra seu banheiro? Ainda não conheço sua casa.
Alice concordou e fez a
amada tirar a touca, o cachecol e as luvas. Elas foram ao banheiro, que por
sinal era amplo e possuía uma banheira.
Elas sentem aquele clima
especial e Lulu fechou a porta, se despiu e ajudou Alice a se livrar das
roupas. Elas se amaram ali mesmo na banheira sob a água quente aquecendo seus
corpos com carinhos e beijos. Ficaram submersas e se tocando por um bom tempo.
-- Sinto que vai ser um
menino meu bem... – Disse Lulu, tocando a barriga dela.
-- Você sente?
-- Sim. – As mãos de
Louise entrelaçaram com as de Alice.
--Eu te amo tanto Louise, por
estar aqui no meu primeiro natal como mãe. – Ela chorou um pouco. -- Desculpe o
sentimentalismo. São os hormônios. Ontem chorei com Palin me contando uma piada.
Dá pra acreditar?
-- Sei bem... – Disse
Lulu. – Estou aqui, minha lua, minha noite.
-- Eu te amo demais! Desculpa,
eu ainda to lidando com isso, mas você está linda com esse vestido azul claro.
– Alice observava Lulu se secando na toalha e se vestindo.
-- Obrigada, amor. Mas
agora vou voltar pra casa. Queria ficar, mas... Não consigo.
-- Amor, precisa superar
isso. Sei o quanto seu pai foi importante em sua vida e isso precisa acabar. –
Alice se secava e se vestia também, ao mesmo tempo penteava os cabelos louros
de Lulu.
-- Eu vou pra casa, Alice.
Amanhã te vejo. – Beijou a amada longamente e apaixonada. – Te amo minha lua e
feliz natal pra vocês.
-- Te amo também... – Ela
puxou Lulu para mais um beijo e ainda por cima foi tocada pela loira.
De repente Palin entra no
banheiro, pegando as duas no flagra.
-- Opa, me desculpem! – Mike
sorria vendo as duas juntas e continuou a falar. -- Minha menina do país das maravilhas,
seus pais estão vindo e você não vai ficar, Louise?
-- Sinto muito lenhador,
mas não eu quero ficar... sozinha. – Respondeu a atriz, terminando de se
vestir.
-- Não é bom ficar sozinha
na noite de Natal nesse momento deve ficar com aqueles que você ama. – Palin
queria muito que Louise ficasse e sabia bem que ela não gostava mais das
celebrações natalinas.
-- Fique por nós. – Alice abraçou a amada por
trás.
-- Eu preciso ir mesmo,
mas prometo que pro almoço eu venho e trago o presente do meu afilhado. – Ela
beijou Alice e depois depositou um na testa do lenhador. -- Amo vocês demais!
Ela vestiu novamente as
roupas de inverno e embarcou no carro, mesmo sob a neve caindo na cidade. Ela
dirigiu até a ponte de Londres e ficou sentada na cadeira de frente para o
monumento, deixando o rádio do carro ligado e justamente na música Goodbye Yellow Brick Road, do Elton
John.
-- Não é que odeie o
natal... – Comentou para si mesma. – É que pra mim não há mais sentido sem
você.
Louise poderia muito bem
ficar com a família McGold inteira. Contudo, optou em ficar sozinha. Minutos
depois ela retorna para o apartamento. Faltava só uma hora para fechar meia
noite e ouvir o badalar do Big Ben anunciar o natal.
Vestiu seu melhor pijama,
com estampas de ursos pandas, pegou na geladeira um pote de sorvete e ficou na
sala, assistindo mais uma reprise de programas natalinos. Ela ligou para seu
amigo de infância, Davy Jones.
-- Alô?
-- Oi, Davy. É a Lulu.
Feliz natal, meu amigo!
-- Louise, minha amada
amiga! Feliz natal pra você também! A Dianna e as meninas também te desejam o
mesmo. – Davy ficou feliz em receber a
ligação de sua amiga. – Está na casa da
Mary?
-- Estou sozinha no
apartamento, Davy. Eu não quis ficar com minha família.
-- Entendi... – Davy sabia
de toda história e compreendia a amiga. – Por que não vem pra cá? Estou na casa
dos pais da Dianna. Alguém precisa me ajudar a lidar com meu cunhado.
-- Hey! Eu não gostei
disso! – Repreendeu Louise. Ela entendeu a malícia do amigo. – E eu tenho
namorado.
-- Calma, estava
brincando. E falando nele, Gerd está com você?
Louise teve medo de
responder e uma represália do amigo por causa de Gerd e o fato do alemão ficar
na casa dele na Alemanha e não com a amada.
-- Louise?
-- Desculpe. Estava vendo
a TV. Sim. Ele está aqui comigo! – Mentiu.
-- Pelo menos vocês podem
ficar a vontade, se é que me entende.
-- Eu entendi a
referência, seu anão ninfomaníaco! Eu vou desligar. Tchau, Davy e manda um
beijo para minha amadinha Dianna e as gêmeas.
-- Tchau, Louise, minha
adorada amiga e... amante! Não deixe o Gerd ouvir isso sobre nós! Feliz natal!
-- Feliz natal!
Ao desligar o telefone,
ela voltou sua atenção para TV.
-- Não existe coisa melhor
pra inventar? – Reclamou Louise, trocando de canal, até chegar ao Top Of The Pops.
Mesmo assistindo, ela
chorou. Para ela, nada poderia dar certo ali. Não conseguiu terminar de
assistir o programa e desligou a TV, jogou o pote, já vazio, no lixo e se jogou
no sofá tentando sufocar sua tristeza, abraçando o travesseiro. Meia hora
depois a campainha toca. Ela não queria atender, contudo o som se tornou
insistente.
Deve ser o pessoal do teatro querendo me arrastar
pra festa no Warren, pensou
Louise, caminhando até a porta e abrindo. Se surpreendeu ao ver que era ele.
-- Você? – Ela
praticamente não acreditava que ele pudesse aparecer.
-- Hallo, eu fui à festa
de Alice pensando que você iria estar lá, mas ela disse que você veio pra casa.
Então, eu vir passar o natal aqui ao seu lado. – Gerd mostrou o gigante urso de
pelúcia, seu presente para a amada.
-- Eu... não comprei
nenhum presente pra você. – Ficou sem jeito e recebendo o presente. – E você
não ia passar o natal com sua família?
-- Alice sempre dizia que
família são sempre aquelas pessoas que amamos demais, não precisa ser aqueles
que temos laços de sangue, mas aqueles que consideramos como parte de nós. Você
é minha família, Louise eu amo você mais do que tudo!
A atriz chorou mais um
pouco e o abraçou bem forte.
-- Ninguém nunca me disse
isso! – Beijando Gerd. – Você também é a minha família, Gerhard. Porque eu te
amo. Amo você mais do que minha carreira, mais do que tudo.
-- E eu te amo mais do que
o fussball, minha ursinha.
Permaneceram abraçados e
deitados no sofá da sala, trocando beijos e conversando até ouvirem as
primeiras badaladas do Big Ben. Eles ficaram olhando toda Londres na sacada. As
pessoas na rua desejavam feliz natal umas as outras. Gerd mostrou para Louise
um casal que passava ali e encontrou um morador de rua. Eles presentearam o
homem com comida e uma roupa. Ali mesmo Louise chorou mais. Certa vez lembrou
do pai ter feito esse ato de bondade no natal.
Ainda na sacada do
apartamento, ouviram a típica canção de natalina.
Silent Night, Holy Night
All is calm, all is bright
'Round yon Virgin Mother and Child
Holy Infant so tender and mild
Sleep in heavenly peace
Sleep in heavenly peace
Silent Night, Holy Night
Shepherds quake at the sight
Glories stream from heaven afar
Heavenly hosts sing alleluia!
Christ, the Savior is born
Christ, the Savior is born
With the angels, let us sing
Hallelujah to the King
Christ the Savior is born
Christ the Savior is Born
Terminando a música, eles
foram para o quarto, onde se amaram romanticamente e se aqueceram do frio.
Dormiram juntos abraçados e Louise abraçou bem Gerd, chamando-o de ursinho. No
dia seguinte, a jovem se acordou... com um leve cheiro de café. Deduziu que
fosse Odile, chegando ao apartamento e está servindo para Franz. Ela se
levantou, tremendo e vestiu o robe, deixando Gerd dormindo ainda.
Quando chegou até a
cozinha, não encontrou Odile. E sim sua família. A mãe, Mickey, Felicity e seu
filho, Joey, seus tios e seus primos mais jovens.
-- O que fazem aqui? –
Perguntou, espantada.
-- Bem, ontem celebramos o
natal e... sentimos sua falta. – Justificou Mickey, enquanto servia de um
pedaço de pão com geléia.
-- E sabemos que você
ainda sente falta do tio Tony e então... resolvemos ficar aqui com você. –
Completou Fefe, enquanto tirava do forno pães de queijo e servia seu filho,
Joey.
-- E alias, minha
querida... – Robert trazia na sacola um pequeno embrulho. – Feliz natal!
Louise agradeceu e abriu o
presente. Era um diário de capa dura e ali estava gravado as iniciais do nome
dela.
-- Obrigada, tio Robb!
-- Isso é uma tradição na
família. – Explicou o tio. – Quando um McGold começa a narrar sua vida com
detalhes, ele ganha um diário. Mickey narra tudo em seus cadernos. Seu pai, eu
e seu avô narramos nossas vidas nos diários e a Felicity também.
-- Há também outra
novidade. – Lembrou Mary, a mãe de Louise.
-- O que?
-- Seu avô Rickon vai se
casar em breve.
-- Prepare suas malas,
maninha. Partiremos amanhã para Escócia. – Mickey abraçava a irmã.
-- Mas... Agora? Eu...
-- Vovô vai casar com a
Lyanna Smith. – Justificou o irmão, enquanto lavava a xícara.
-- A vó da Nora? – Louise
estava feliz e ao mesmo tempo não sabendo o que fazer depois.
-- Sim. Agora vou te
ajudar arrumar suas malas.
Antes que ela pudesse
argumentar, Louise viu o irmão indo para seu quarto. Lembrou-se de Gerd.
-- Mickey, não entra no
quarto por que...
Era tarde demais. O irmão exclamou algo.
-- PUTA QUE PARIU! TEM UM
HOMEM PELADO AQUI NO QUARTO!
Todos correram para o quarto
e Louise entrou ali ficando na frente de Gerd. Para a surpresa de todos,
reconheceram o jogador.
Mickey olhava para as
pernas dele e se impressionou internamente. Que
coxas, hein? Maiores que a do Hughes. Será que seu amigo de baixo é grande,
pensou o irmão de Louise.
-- Louise Christina... – A
mãe estava pasma com a cena.
-- Eu sei o que estão
pensando neste momento. Poucos meses atrás vocês o conheceram e ele foi
apresentado como meu amigo... Bem, quero dizer que ele é... Meu namorado.
Os filhos e o neto de
Robert McGold foram os únicos que aplaudiram. Sophie, a ex-esposa que estava
até então quieta, observou tudo e falou.
-- Meus parabéns,
sobrinha! Pelo menos você tem bom gosto, ao contrário da minha filha! – Dizendo
a indireta pra Felicity e se retirando.
-- Eu pensei mesmo que
vocês dois fossem amigos. – Dizia Robb, entre o riso e a seriedade.
-- Sabe de nada, papai! –
Disseram Jon e Bran, em uníssono.
Gerd foi muito bem aceito
pela família e todos juntos após o café foram para a casa de Alice e Palin. Ali
estavam também o Monty Python inteiro. Louise presenteou Alice e seu filho.
Para a alma gêmea, um livro de poemas medievais e para o filho dela que virá
uma roupinha de menino, de cor azul, a mesma de seus olhos e dos de Alice.
No jardim, Gerd abraçava a
amada.
-- Por um momento achei
que sua família iria me excomungar. – Ele comentou, rindo.
-- Eu avisei que somos um
tanto... loucos. Ninguém ali é normal.
-- E você acha que eu sou?
– Perguntou, olhando para ela bem divertido.
Eles trocaram mais um
beijo apaixonado e sem saber, Palin tirou fotos deles na Polaroid cedida por
Felicity. Eles pararam quando viram o Python ali, rindo.
-- PALIN! – Exclaou
Louise, tentando pegar a câmera.
-- Fotos como essa devem
ser registradas!
Não deu em outra. Rendeu
risadas de todos e aquele se tornou o primeiro de muitos natais de Louise, ao
lado de Gerd Müller, seu amado ursinho.
FIM

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