Estou um pouco doente mas vou postar mais um capítulo da fic potterhead. Tenham boa noite e boa leitura!
Capítulo 7: Cada minuto é um acontecimento
Ainda chovia e Louise se
acordou, não mais usando as vestes amarelo e preto do time de quadribol e sim um
pijama listrado e faixas no pulso. As dores nas pernas eram imensas e o enjôo é
leve. Ela não se enjoava desde o dia que andou no Noitibus Andante.
Aos poucos se lembrou de
tudo. O iminente ataque dos dementadores e o fato de não saber conjurar o
feitiço do Patrono só a deixou mais indefesa. Chorou em voz baixa e adormeceu.
No dia seguinte, já liberada, seguiu para a sala comunal e não encontrando
ninguém. Deduziu que todos tenham ido para Hogsmeade e avistou na janela Alice
beijando Belle e abraçando depois Gerd.
Por mais que odiasse
admitir, Louise tinha ciúme e um pouco de ódio. Num acesso de raiva, pegou os
dois pergaminhos do trabalho que Alice fez para ela e jogou na lareira,
queimando-os.
-- Vou fazer por conta. –
decidiu. – Mas agora eu quero ir passear.
Terminando de se arrumar
ela lembrou de outro detalhe: mesmo liberada da ala hospitalar, ela não estava
permitida para ir ao vilarejo por questão de saúde. Contudo, pegou a capa da
invisibilidade de Davy e seguiu para fora da escola.
O que ela não contava era
que Mike Nesmith e Micky Dolenz perceberem que alguém burlava através da
invisibilidade. Eles agarraram Louise, porém pensaram ser Davy.
-- Ai! – exclamou a
menina. – Micky, Mike!
-- Ah, é você, Louise! –
disse Mike, segurando o braço invisível de Lulu.
-- Calma, vamos te ajudar!
– disse Micky.
-- Pessoal! Me solta! –
implorava a menina. – Quero ir para Hogsmeade. Meu pai não deu permissão por
causa...
-- Nós sabemos. –
confirmaram os dois. – Por isso vamos te ajudar!
Eles a levaram para outra
porta, um pouco mais escura.
-- Agora, se junte ao
pessoal rebelde e popular, Lulu. – Mike entregou para menina um pergaminho
dobrado.
-- Que droga é essa?
-- E ainda pergunta “que
droga é essa”? – Micky arremedou a voz de Lulu e depois respondeu alegremente. –
Este é o segredo do nosso sucesso.
-- Nos dói em ter que te
dar mas você e o Davy precisam mais. Micky, faça as honras.
O jovem sacou a varinha e
fez um tipo de juramento.
-- Eu juro solenemente que
não vou fazer nada de bom!
Quando a varinha de Micky
tocou o pergaminho, surgiu devagar algumas palavras de saudação. Louise leu:
-- “Os senhores Aluado,
Rabicho, Pontas e Senhorita Almofadinhas têm o orgulho de apresentar o Mapa do
Maroto.”
-- Devemos tanto a eles...
– comentou Mike.
Louise abriu o mapa e se
impressionou. Ele mostra todos os cantos de da escola, nada foge dali.
-- Minha nossa! Isto é
Hogwarts! E... – parou ao ver que numa parte da escola estava o diretor
Rafelson. – É mesmo o diretor?
-- Isso mesmo. – confirmou
Micky. – Ele sempre fica assim caminhando ao redor do escritório.
-- Maravilha! Onde
arranjaram isso, rapazes?
Micky e Mike riram.
-- Pegamos na sala do
Babbitt. Na realidade, soubemos que ele confiscou sabe de quem? – Micky fazia
uma careta divertida, louco pra revelar a Louise.
-- Ele confiscou daqueles
alemães! – respondeu Mike, rindo demais. – Era do Sepp mas ele deu mole, o
Babbitt pegou e nós pegamos.
-- E vocês pretendem
devolver pro Sepp? – indagou Louise, mesmo que no fundo desejava se adonar do
mapa.
-- Se fosse pra devolver, teríamos
feito há três meses. – disse Mike e depois explicando. – Agora presta atenção. Existe
sete passagens secretas no castelo e recomendamos esta aqui. A da Bruxa de um
Olho Só que vai te levar a Dedosdemel.
-- Certo...
-- Mas vai depressa! –
apressou Micky. – Babbitt está vindo e antes de guardar o mapa, dê um tapinha e
diga “Malfeito Feito”. Senão qualquer um pode ver.
E assim ela seguiu a dica mágica
dos dois amigos da Grifinória. Já no porão da loja Dedosdemel, Lulu vestiu a
capa e saiu caminhando. Encontrou alguns colegas conhecidos. Como achou
divertido e excitante estar num lugar e não ser vista, teve a brilhante idéia de...
fazer suas traquinagens. A primeira vítima foi Belle Blue. Aproveitando que ela
estava sozinha, Lulu pegou a tigela fumegante de melaço rosa e derramou no colo
de Belle, parecendo um acidente.
A menina deu um risinho e
saiu correndo, deixando Belle em pânico e gritando pra todos. Ela encarou
Alice.
-- Acha engraçado, Alice? –
perguntou, brava.
-- Mas eu não ri. –
garantiu a jovem aluna. – Eu vou pegar um pano pra você.
Antes de sair, Lulu,
carregando dois copos de cerveja amanteigada, se aproximou com cuidado do trio
Franz, Sepp e Gerd e banhou os três.
-- Ah mas que desgraça! –
berrou Franz.
-- Logo hoje que ia me
encontrar com Nora. – lamentou Sepp.
-- Mas que bosta! – Gerd reclamava
e se limpava com um lenço.
Ainda na outra parte,
avistou Mickey e Fefe conversando perto de Lola Griffiths e Nora Smith. Ela
soube que Lola foi à causa por Fefe e Nora não estarem mais juntas então pensou
num plano ousado. Furtou dois pirulitos e vendo que Nora enchia um pacote de
doces e Lola amarrava seu cachecol de costas pra escocesa, desferiu um tapa na
cara e golpeou um pirulito na cabeça dela e deixou o outro na mão de Nora.
-- Nora! – gritou Lola. –
Por que fez isso comigo?
-- Não fui eu. – Nora se
deu conta que segurava o doce e o largou.
-- Como não? – Lola ainda
insistia na acusação. – Acabei de te ver segurando isso.
-- Mas não fui eu!
-- Sua tola! -- Lola saiu da loja, batendo os pés e deixou
Nora sozinha.
Lulu resolve sair da loja
e caminha na rua, encontrando seus amigos conversando do lado de fora de um
pub, Três Vassouras. Peter foi o primeiro a perceber algo e seguiu Louise.
-- Te peguei! – avisou Peter,
puxando a capa. – Louise!
Os outros avistaram a
menina e Davy abraçou.
-- Ah, Lulu! Como fiquei
preocupado com você. Depois daquele ataque...
-- Eu sei. Mas...
Ela parou de falar por ter
visto as pessoas entrando no pub e justamente o ministro Utamaro, o professor
Bert Schineider, Alexei Romanov e Tony McGold. Lulu vestiu a capa novamente.
-- Lulu, não vai lá... –
pediu Odile.
Ignorando os avisos da
amiga, adentrou o pub e seguiu para uma sala mais quente e confortável sem ser
notada e ali as pessoas conversavam de forma nervosa. Ali também se encontravam
o casal Brunhilda e Fritz Müller, a ministra da magia na Alemanha e o auror.
O ministro Utamaro e o
professor Schineider falavam a respeito dos dementadores com o casal Müller e
Tony e Alexei diziam sobre... Tilda.
-- O que mais me preocupa é
que Tilda foi vista pelos arredores da escola. – reclamava Tony. – E temo que
Lulu saiba da verdade.
-- Mas ela precisa saber. –
dizia Alexei, disposto a revelar.
-- Revelar sobre o quê? –
perguntou Fritz, o chefe dos aurores.
-- Lembra que alguns anos
atrás, quando os pais de Davy Jones e a mãe de Louise McGold perceberam que
estavam marcados para morrer? Bem, eles se esconderam. Um dos que sabiam era
Tilda Black, a irmã mais velha de Mary e ainda sim revelou para Você-Sabe-Quem.
– respondeu Bert, servindo conhaque para os presentes.
-- E além de levá-lo aos
Jones e Mary, matou o melhor amigo, Barry Whitwam. – confirmou Tony.
-- Eu me lembro de Barry. –
respondeu Brunhilda, em tom sério. – Ele sempre seguia Tilda e a irmã e o casal
Jones. Parecia que ele tinha uma quedinha por ela mas nunca foi correspondido,
coitado! E mais ainda que ele foi corajoso em tentar avisar os Jones sobre o
perigo iminente e no fim deu azar de encontrar Tilda no caminho.
-- Tilda era má! –
desprezou Tony. – Ela não só matou Barry. Ela o destroçou! Tudo que restou foi
um dedo.
-- Temos que admitir que
aquele mulher pode não ter sujado as mãos com Harry e Doris Jones mas por causa
dela estão mortos, juntamente com Mary.
Fritz teve de concordar
mas ainda se preocupava.
-- Então fale isso pra sua
filha e o pequeno Davy. – pediu. – Eles precisam saber.
-- Justamente tenho medo
disso. – disse Tony.
-- Mas o que pode ser
pior, Tony? – exasperava Alexei.
-- Tilda Black não é só a
tia de Louise... Ela também é madrinha de Davy Jones!
Minutos depois a porta do
pub se abre e Odile notou que era Louise invisível, correndo pelo vilarejo. Ela
e os amigos a seguiram, encontrando a menina chorando debaixo de uma árvore. Odile
abaixou a capa e viu o quão vermelho estava o rosto de Lulu.
-- Meu universo...
-- Ela era amiga deles... –
dizia Louise, chorando. – Amiga dos pais do Davy... E mesmo assim... Ela os
mandou para a morte com minha mãe como vacas num abatedouro!
-- Ela quem?
-- Tilda!
Davy também abraçou Lulu e
a mesma contou tudo para o amigo, completamente desolado e cheio de raiva, a
ponto de chutar na neve.
-- Louise, eu não sei o
que pretende, mas eu vou atrás dessa tal de Tilda e não me importo se ela é sua
tia e minha madrinha... – disse Davy, ofegante. – Eu vou acabar com ela!
Lulu se levantou e apertou
a mão de Davy.
-- Conte comigo! Eu também
farei isso!
Peter e Odile trocaram um
olhar preocupante. Teriam de fazer de tudo para segurar a dupla de amigos...
Graham Bond e Marie
Greyhound caminhavam perto da Casa dos Gritos e admiraram.
-- Será um ótimo lugar
para criarmos nossos filhos, mon petit. – comentou o sonserino.
Marie não disse nada mas
fingiu concordar.
Com o retorno dos alunos
para escola, Lulu abordou Mickey e o estapeou na frente de todos.
-- SEU DESGRAÇADO!
MENTIROSO! – gritou a menina.
-- Lulu... – Mickey se
levantava com ajuda da prima. – O que aconteceu?
-- EU SEI DE TUDO! –
confirmou a menina. – AGORA ENTENDI PORQUE DISSE PRA NÃO ACREDITAR EM NINGUÉM
QUE DISSESSE SOBRE TILDA. É PORQUE ELA FOI A RESPONSÁVEL POR LEVAR O VOLDEMORT
ATÉ OS PAIS DO DAVY E NOSSA MÃE!
Lulu não tinha cerimônia alguma
em falar o nome do terrível mago e tampouco se importava se todo mundo ouvia e
se chocava. Mickey fechou a cara e encarou a irmã.
-- Agora que já sabe, o
que pretende? – disse em tom desafiador. – Eu queria te contar mas papai me
proibiu.
-- Pensei que pudesse
confiar em você... mas vejo que não... Você é um frouxo! – berrava Louise,
socando fraco o irmão. – Eu te odeio, Mickey.
Odile segurava sua amiga e
a consolava.
-- Calma, amiga. Deixa seu
irmão explicar.
-- Não quero ouvir nada,
Odile.... Só quero ir pro meu quarto...
Odile acompanhou ela e
Mickey permaneceu ali, estático. Alice e Gerd presenciaram tudo e tentaram se
aproximar de Louise. Mas receberam negativas.
-- Hey... – Gerd segurava
a mão da menina. – Tente ignorar isso.
-- Claro. Eu vou ignorar é
você! – Louise se lembrou o quanto a mãe de Gerd destilava ódio na conversa. –
Troncudo besta!
Mal deu cinco passos rumo às
escadas e Alice barra seu caminho.
-- O que você quer? –
perguntou raivosamente a loirinha.
-- Vi você chorando em
Hogsmeade. Fiquei preocupada. – tocando o rosto de Louise.
A mesma negou o carinho e
apertou com força a mão de Alice.
-- Não preciso mais de sua
ajuda e vai consolar aquele desgraçado alemão que você chama de namorado.
E seguiu para a sala
comunal da Lufa-Lufa, batendo os pés e se jogando na cama pra chorar. Abraçou
seu travesseiro, abafando os gritos. O que Louise não desconfiou era que estava
sendo observada e desta vez... pelo ratinho Perebas....
Continua...

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