quarta-feira, 23 de novembro de 2016

The Prisoner (7º Capítulo)

Olá pessoal!
Estou um pouco doente mas vou postar mais um capítulo da fic potterhead. Tenham boa noite e boa leitura!



Capítulo 7: Cada minuto é um acontecimento

Ainda chovia e Louise se acordou, não mais usando as vestes amarelo e preto do time de quadribol e sim um pijama listrado e faixas no pulso. As dores nas pernas eram imensas e o enjôo é leve. Ela não se enjoava desde o dia que andou no Noitibus Andante.  

Aos poucos se lembrou de tudo. O iminente ataque dos dementadores e o fato de não saber conjurar o feitiço do Patrono só a deixou mais indefesa. Chorou em voz baixa e adormeceu. No dia seguinte, já liberada, seguiu para a sala comunal e não encontrando ninguém. Deduziu que todos tenham ido para Hogsmeade e avistou na janela Alice beijando Belle e abraçando depois Gerd.

Por mais que odiasse admitir, Louise tinha ciúme e um pouco de ódio. Num acesso de raiva, pegou os dois pergaminhos do trabalho que Alice fez para ela e jogou na lareira, queimando-os.

-- Vou fazer por conta. – decidiu. – Mas agora eu quero ir passear.

Terminando de se arrumar ela lembrou de outro detalhe: mesmo liberada da ala hospitalar, ela não estava permitida para ir ao vilarejo por questão de saúde. Contudo, pegou a capa da invisibilidade de Davy e seguiu para fora da escola.

O que ela não contava era que Mike Nesmith e Micky Dolenz perceberem que alguém burlava através da invisibilidade. Eles agarraram Louise, porém pensaram ser Davy.

-- Ai! – exclamou a menina. – Micky, Mike!

-- Ah, é você, Louise! – disse Mike, segurando o braço invisível de Lulu.

-- Calma, vamos te ajudar! – disse Micky.

-- Pessoal! Me solta! – implorava a menina. – Quero ir para Hogsmeade. Meu pai não deu permissão por causa...

-- Nós sabemos. – confirmaram os dois. – Por isso vamos te ajudar!

Eles a levaram para outra porta, um pouco mais escura.

-- Agora, se junte ao pessoal rebelde e popular, Lulu. – Mike entregou para menina um pergaminho dobrado.

-- Que droga é essa?

-- E ainda pergunta “que droga é essa”? – Micky arremedou a voz de Lulu e depois respondeu alegremente. – Este é o segredo do nosso sucesso.

-- Nos dói em ter que te dar mas você e o Davy precisam mais. Micky, faça as honras.

O jovem sacou a varinha e fez um tipo de juramento.

-- Eu juro solenemente que não vou fazer nada de bom!

Quando a varinha de Micky tocou o pergaminho, surgiu devagar algumas palavras de saudação. Louise leu:

-- “Os senhores Aluado, Rabicho, Pontas e Senhorita Almofadinhas têm o orgulho de apresentar o Mapa do Maroto.”


-- Devemos tanto a eles... – comentou Mike.

Louise abriu o mapa e se impressionou. Ele mostra todos os cantos de da escola, nada foge dali.

-- Minha nossa! Isto é Hogwarts! E... – parou ao ver que numa parte da escola estava o diretor Rafelson. – É mesmo o diretor?

-- Isso mesmo. – confirmou Micky. – Ele sempre fica assim caminhando ao redor do escritório.

-- Maravilha! Onde arranjaram isso, rapazes?

Micky e Mike riram.

-- Pegamos na sala do Babbitt. Na realidade, soubemos que ele confiscou sabe de quem? – Micky fazia uma careta divertida, louco pra revelar a Louise.

-- Ele confiscou daqueles alemães! – respondeu Mike, rindo demais. – Era do Sepp mas ele deu mole, o Babbitt pegou e nós pegamos.

-- E vocês pretendem devolver pro Sepp? – indagou Louise, mesmo que no fundo desejava se adonar do mapa.

-- Se fosse pra devolver, teríamos feito há três meses. – disse Mike e depois explicando. – Agora presta atenção. Existe sete passagens secretas no castelo e recomendamos esta aqui. A da Bruxa de um Olho Só que vai te levar a Dedosdemel.

-- Certo...

-- Mas vai depressa! – apressou Micky. – Babbitt está vindo e antes de guardar o mapa, dê um tapinha e diga “Malfeito Feito”. Senão qualquer um pode ver.

E assim ela seguiu a dica mágica dos dois amigos da Grifinória. Já no porão da loja Dedosdemel, Lulu vestiu a capa e saiu caminhando. Encontrou alguns colegas conhecidos. Como achou divertido e excitante estar num lugar e não ser vista, teve a brilhante idéia de... fazer suas traquinagens. A primeira vítima foi Belle Blue. Aproveitando que ela estava sozinha, Lulu pegou a tigela fumegante de melaço rosa e derramou no colo de Belle, parecendo um acidente.

A menina deu um risinho e saiu correndo, deixando Belle em pânico e gritando pra todos. Ela encarou Alice.

-- Acha engraçado, Alice? – perguntou, brava.

-- Mas eu não ri. – garantiu a jovem aluna. – Eu vou pegar um pano pra você.

Antes de sair, Lulu, carregando dois copos de cerveja amanteigada, se aproximou com cuidado do trio Franz, Sepp e Gerd e banhou os três.

-- Ah mas que desgraça! – berrou Franz.

-- Logo hoje que ia me encontrar com Nora. – lamentou Sepp.

-- Mas que bosta! – Gerd reclamava e se limpava com um lenço.

Ainda na outra parte, avistou Mickey e Fefe conversando perto de Lola Griffiths e Nora Smith. Ela soube que Lola foi à causa por Fefe e Nora não estarem mais juntas então pensou num plano ousado. Furtou dois pirulitos e vendo que Nora enchia um pacote de doces e Lola amarrava seu cachecol de costas pra escocesa, desferiu um tapa na cara e golpeou um pirulito na cabeça dela e deixou o outro na mão de Nora.

-- Nora! – gritou Lola. – Por que fez isso comigo?

-- Não fui eu. – Nora se deu conta que segurava o doce e o largou.

-- Como não? – Lola ainda insistia na acusação. – Acabei de te ver segurando isso.

-- Mas não fui eu!

-- Sua tola!  -- Lola saiu da loja, batendo os pés e deixou Nora sozinha.

Lulu resolve sair da loja e caminha na rua, encontrando seus amigos conversando do lado de fora de um pub, Três Vassouras. Peter foi o primeiro a perceber algo e seguiu Louise.

-- Te peguei! – avisou Peter, puxando a capa. – Louise!

Os outros avistaram a menina e Davy abraçou.

-- Ah, Lulu! Como fiquei preocupado com você. Depois daquele ataque...

-- Eu sei. Mas...

Ela parou de falar por ter visto as pessoas entrando no pub e justamente o ministro Utamaro, o professor Bert Schineider, Alexei Romanov e Tony McGold. Lulu vestiu a capa novamente.

-- Lulu, não vai lá... – pediu Odile.

Ignorando os avisos da amiga, adentrou o pub e seguiu para uma sala mais quente e confortável sem ser notada e ali as pessoas conversavam de forma nervosa. Ali também se encontravam o casal Brunhilda e Fritz Müller, a ministra da magia na Alemanha e o auror.

O ministro Utamaro e o professor Schineider falavam a respeito dos dementadores com o casal Müller e Tony e Alexei diziam sobre... Tilda.

-- O que mais me preocupa é que Tilda foi vista pelos arredores da escola. – reclamava Tony. – E temo que Lulu saiba da verdade.

-- Mas ela precisa saber. – dizia Alexei, disposto a revelar.

-- Revelar sobre o quê? – perguntou Fritz, o chefe dos aurores.

-- Lembra que alguns anos atrás, quando os pais de Davy Jones e a mãe de Louise McGold perceberam que estavam marcados para morrer? Bem, eles se esconderam. Um dos que sabiam era Tilda Black, a irmã mais velha de Mary e ainda sim revelou para Você-Sabe-Quem. – respondeu Bert, servindo conhaque para os presentes.

-- E além de levá-lo aos Jones e Mary, matou o melhor amigo, Barry Whitwam. – confirmou Tony.

-- Eu me lembro de Barry. – respondeu Brunhilda, em tom sério. – Ele sempre seguia Tilda e a irmã e o casal Jones. Parecia que ele tinha uma quedinha por ela mas nunca foi correspondido, coitado! E mais ainda que ele foi corajoso em tentar avisar os Jones sobre o perigo iminente e no fim deu azar de encontrar Tilda no caminho.

-- Tilda era má! – desprezou Tony. – Ela não só matou Barry. Ela o destroçou! Tudo que restou foi um dedo.

-- Temos que admitir que aquele mulher pode não ter sujado as mãos com Harry e Doris Jones mas por causa dela estão mortos, juntamente com Mary.

Fritz teve de concordar mas ainda se preocupava.

-- Então fale isso pra sua filha e o pequeno Davy. – pediu. – Eles precisam saber.

-- Justamente tenho medo disso. – disse Tony.

-- Mas o que pode ser pior, Tony? – exasperava Alexei.

-- Tilda Black não é só a tia de Louise... Ela também é madrinha de Davy Jones!

Minutos depois a porta do pub se abre e Odile notou que era Louise invisível, correndo pelo vilarejo. Ela e os amigos a seguiram, encontrando a menina chorando debaixo de uma árvore. Odile abaixou a capa e viu o quão vermelho estava o rosto de Lulu.

-- Meu universo...

-- Ela era amiga deles... – dizia Louise, chorando. – Amiga dos pais do Davy... E mesmo assim... Ela os mandou para a morte com minha mãe como vacas num abatedouro!

-- Ela quem?

-- Tilda!

Davy também abraçou Lulu e a mesma contou tudo para o amigo, completamente desolado e cheio de raiva, a ponto de chutar na neve.

-- Louise, eu não sei o que pretende, mas eu vou atrás dessa tal de Tilda e não me importo se ela é sua tia e minha madrinha... – disse Davy, ofegante. – Eu vou acabar com ela!

Lulu se levantou e apertou a mão de Davy.

-- Conte comigo! Eu também farei isso!

Peter e Odile trocaram um olhar preocupante. Teriam de fazer de tudo para segurar a dupla de amigos...

Graham Bond e Marie Greyhound caminhavam perto da Casa dos Gritos e admiraram.

-- Será um ótimo lugar para criarmos nossos filhos, mon petit. – comentou o sonserino.

Marie não disse nada mas fingiu concordar.

Com o retorno dos alunos para escola, Lulu abordou Mickey e o estapeou na frente de todos.

-- SEU DESGRAÇADO! MENTIROSO! – gritou a menina.

-- Lulu... – Mickey se levantava com ajuda da prima. – O que aconteceu?

-- EU SEI DE TUDO! – confirmou a menina. – AGORA ENTENDI PORQUE DISSE PRA NÃO ACREDITAR EM NINGUÉM QUE DISSESSE SOBRE TILDA. É PORQUE ELA FOI A RESPONSÁVEL POR LEVAR O VOLDEMORT ATÉ OS PAIS DO DAVY E NOSSA MÃE!

Lulu não tinha cerimônia alguma em falar o nome do terrível mago e tampouco se importava se todo mundo ouvia e se chocava. Mickey fechou a cara e encarou a irmã.

-- Agora que já sabe, o que pretende? – disse em tom desafiador. – Eu queria te contar mas papai me proibiu.

-- Pensei que pudesse confiar em você... mas vejo que não... Você é um frouxo! – berrava Louise, socando fraco o irmão. – Eu te odeio, Mickey.

Odile segurava sua amiga e a consolava.

-- Calma, amiga. Deixa seu irmão explicar.

-- Não quero ouvir nada, Odile.... Só quero ir pro meu quarto...

Odile acompanhou ela e Mickey permaneceu ali, estático. Alice e Gerd presenciaram tudo e tentaram se aproximar de Louise. Mas receberam negativas.

-- Hey... – Gerd segurava a mão da menina. – Tente ignorar isso.

-- Claro. Eu vou ignorar é você! – Louise se lembrou o quanto a mãe de Gerd destilava ódio na conversa. – Troncudo besta!

Mal deu cinco passos rumo às escadas e Alice barra seu caminho.

-- O que você quer? – perguntou raivosamente a loirinha.

-- Vi você chorando em Hogsmeade. Fiquei preocupada. – tocando o rosto de Louise.

A mesma negou o carinho e apertou com força a mão de Alice.

-- Não preciso mais de sua ajuda e vai consolar aquele desgraçado alemão que você chama de namorado.

E seguiu para a sala comunal da Lufa-Lufa, batendo os pés e se jogando na cama pra chorar. Abraçou seu travesseiro, abafando os gritos. O que Louise não desconfiou era que estava sendo observada e desta vez... pelo ratinho Perebas....


Continua...

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