domingo, 20 de novembro de 2016

The Prisoner (6º Capítulo)

Olá pessoal!
Tenham uma boa noite e fiquem com novo capítulo da fic potterhead, ainda mais que hoje fui assistir Animais Fantásticos e Onde Habitam. Boa leitura!



Capítulo 6: O lobisomem

No café da manhã todos conversavam animadamente nas mesas. Alana reencontrou seus amigos e agradeceu pela ajuda. Contaram também sobre Mike Nesmith ter aparecido e carregado a menina até o quarto do professor Watson.

-- Tem certeza? – Alana não acreditava que o rapaz que ela andava suspirando tivesse lhe carregado até seu pai.

-- Claro. Nunca mentiríamos pra você. – confirmou Louise, muito animada.

-- Alana, o que tinha ontem para se queixar de dor? – questionou Jo.

A jovem quase ia revelar seu segredo quando ouviram um pio de uma coruja chegando. Louise achava ser Andrômeda mas viu que a ave pousou na mesa da Grifinória, mais propensamente entregando uma carta vermelha para Sepp Maier.

Os amigos de Sepp o encaravam, preocupados.

-- Veja o que é. – incentivou Franz.

-- Ok. – tentando abrir. – Não deve ser grave e sim é... UM BERRADOR!

Sepp largou a carta, totalmente assustado. Franz e Gerd já previam o pior. Eles sabiam o motivo do ruivo receber aquela carta humilhante. Faltando duas semanas para o início do ano letivo e uma semana para as Eliminatórias da Copa Mundial, Sepp convidou seus amigos para um passeio no carro enfeitiçado de seu pai, um funcionário do Ministério da Magia na Seção de Mau Uso dos Artefatos dos Trouxas. A conseqüência disto saiu no Profeta Diário, sob alegação de cinco trouxas avistarem um carro sobrevoando Munique, Düsseldorf, os portões de Brandemburgo e Berlim.

Os outros alunos da Grifinória também viram o berrador e muito curiosos e alguns assustados, tentaram persuadir Sepp.

-- Acho melhor... não abrir. – disse Gerd, muito assustado e decerto sua mãe, a ministra da Magia na Alemanha, Brunhilda Müller, já sabe do ocorrido.

-- Abra logo, Josef. – pediu Geoff Hurst, o inglês dentuço e meio acovardado. – Eu ignorei um que a vovó mandou... E me dei mal.

Não tendo escolha, Sepp abriu o lacre da carta com as mãos trêmulas e de repente uma voz foi emitida em escala alta.

-- JOSEF MAIER!

Largou o berrador e se preparou para ouvir o resto, que logo ganhou forma de um rosto e a carta continuou a gritar.

-- COMO SE ATREVEU A ROUBAR AQUELE CARRO? ESTOU TOTALMENTE DESGOSTOSA! SEU PAI ESTÁ ENFRENTANDO O INQUÉRITO NO TRABALHO, AS RECLAMAÇÕES DO HERR E FRAU BECKENBAUER, AS REPREENSÕES DA MINISTRA E DO HERR MÜLLER E A CULPA É TODA SUA. SE VOCÊ E SEUS AMIGOS SAIREM MAIS UM DEDINHO DA LINHA NÓS OS TRAREMOS DIRETO PRA CASA! – houve uma pausa pois a frau Maier direcionou-se para os irmãos Ulrich e Dieter Hoeness. – Oh, parabéns Uli e Dieter por serem aprovados no time de quadribol da Corvinal. Conversei com seus pais e eles estão muito orgulhosos...

Quando a carta se destruiu, ficou um silêncio mortal na mesa. Depois alguns risos frenéticos e vindos da mesa da Sonserina. Na realidade os primos Michael e Felicity McGold, juntamente com Rosie Donovan e Johan Cruyff riam demais da situação. Na Lufa-Lufa apenas Giorgio Chinaglia dava risada e mal conseguia comer seu cereal e ainda levava beliscões de Louise.

Sepp nem conseguia encarar o pessoal direito, tamanha era sua vergonha. Exposto para toda escola ouvir. Já previa o zelador Babbitt tirando sarro, o professor de Poções, Tony McGold, não sendo complacente e agora se tornou alvo de vez dos sonserinos e do italiano lufano que o odeiam.

Tudo havia começado quando Klaus, a coruja de Sepp, perseguiu sem saber os ratos de estimação de Felicity e Giorgio. Primeiramente Klaus quase agarrou Snowball, o ratinho branco de Fefe e depois Luigi, o rato médio e de pêlo meio laranja de Giorgio. Os dois se enfureceram a ponto do italiano ameaçar chutar a corujinha e Fefe transfigurar ave num cálice e presentear Nora.

-- Não devia ter feito isso. – disse em tom baixinho e o rosto da mesma cor que seus cabelos.

-- Agora o estrago está feito. – Gerd saiu da mesa e pegou sua mochila. – Vamos pra aula. Preciso esquecer esse vexame e não quero imaginar se eu ganhar também um berrador.

Os três passaram pelos sonserinos e os encararam. Mickey e Fefe exibiam cálices, indicando a velha ameaça. Naquele dia Sepp decidiu manter Klaus com seus pais.



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Antes de começa a aula de Defesa Contra As Artes das Trevas, Mickey tirou da mochila um caderno velho com algumas coisas escritas e ali estavam fotos dele... com sua tia. Não que ele desprezasse seus pais. Ele gostava mais de Tilda. Odiava mentir para sua irmã e o melhor amigo dela sobre a maga. Contudo, ele continuava acreditando que Tilda Black não é uma assassina e tudo foi uma armadilha preparada no intuito de incriminá-la.

Neste momento o professor Tony aparece, fechando todas as janelas e ligando o projetor mágico de imagens. Encarou seriamente os alunos.

-- Abram na página 394.


Obedeceram e Tony seguia caminhando quando Louise questionou.

-- Com licença, professor. Onde está o professor Watson? – indagou Louise.

Tony continuava impassível.

-- Isso não é da sua conta, é Srta. McGold? – e depois pegando a varinha ligou a luz do projetor. – Basta que vocês saibam que o professor de vocês se encontra incapaz de ensinar neste momento. Página 394, por favor!

Ele viu que Peter Tork mal folheava o livro e num segundo fez o livro abrir na página solicitada num movimento da varinha. O aluno atrapalhado surpreendeu-se com o assunto.

-- Lobisomens?

E a surpresa aumentou quando Odile disse:

-- Professor, nós acabamos de aprender barretes vermelhos e hinkypunks. Criaturas noturnas eram daqui duas semanas.

Lulu se assustou de imediato. Outra vez aconteceu.

-- De onde veio? Não te vi, Odile... – comentou baixinho e de novo acreditando estar alucinada.

-- Silêncio! – ordenou Tony, meio furioso. – Agora quem vai me responder sobre a diferença entre um animago e um lobisomem?

A primeira pessoa a levantar a mão foi Dianna Mackenzie, da Corvinal e considerada uma das alunas mais brilhantes, perdendo apenas para Johan Cruyff, da Sonserina.

-- Ninguém? – insistiu Tony com seu jeito irritante e suspirou. – Que decepcionante...

Por fim Dianna acabou falando.

-- Por favor, senhor. – suplicou a menina e seguiu respondendo. – Animago é um bruxo que tem o poder de transformar-se em um animal. E o lobisomem não tem escolha.

-- E o que mais?

No momento que Di ia continuar, Cruyff não a deixou.

-- Em toda lua cheia, ele não se lembra de quem ele é. Poderia matar até seu melhor amigo se cruzasse em sua frente e principalmente, responde somente ao chamado de sua própria espécie!

Giles emitiu um uivo, provocando risos entre seus amigos.

-- Quieto, Sr. Mackenzie! – repreendeu Tony. – Resposta muito bem articulada, Cruyff. Atribuo vinte pontos para Sonserina.

-- Mas senhor... – apesar de gostar de ser o aluno brilhante e superar quem fosse, Johan não era nenhum canalha. – A Srta. Mackenzie também merece. Ela respondeu primeiro.

-- Ela falou sem ser convidada, como em todas as minhas aulas. – justificou o professor, mostrando aquele típico desprezo. – Sente prazer em ser uma sabe-tudo irritante. Portanto, menos cinco pontos para Corvinal.

Dianna sentiu-se mal, contudo agüentou aquilo. Admitia que existiam alguns momentos nas aulas que ela respondia sem ao menos ser chamada pelos professores.

-- Como um antídoto para suas ignorâncias, quero em minha mesa, na segunda-feira pela manhã, dois rolos de pergaminho sobre lobisomem, com ênfase de como reconhecê-los.

Um relâmpago de idéias caiu em Louise. No dia seguinte era dia de quadribol contra Sonserina.

-- Professor! – exclamou a menina. – Amanhã é sexta e tem jogo de quadribol.

Tony a encarou frivolamente.

-- Então sugiro que tenha cuidado extra, Srta. McGold e Sr. Jones. Desculpas com acidentes não serão aceitas!

Davy e Louise tremerem bastante, pois ambos andavam meio distraídos devido aos últimos acontecimentos envolvendo Tilda Black. O nervosismo mal dava para prestar atenção no que o professor dizia sobre a palavra lobisomem.

-- ... É uma contração da palavra em latim “Lupus”, que significa “lobo” e “homem”.  Lobisomem, Homem-lobo. Existem várias maneiras de virar lobisomem, que incluem pessoas que receberam o poder de mudar de forma, que foram mordidos por um lobisomem...

Na cabeça de Louise, a preocupação voltou para o professor Watson.


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Ela passou a tarde toda se concentrando no trabalho e cada vez mais se enrolava. Davy conseguia fazer com ajuda de Peter, Micky e Mike. Eles poderiam muito bem ajudar a garota mas Lulu optou em recusar pra não prejudicar seus amigos. Odile era uma que sempre fazia os trabalhos dela mas ultimamente nem a francesa tinha tempo. Na verdade ela parecia mais atolada em trabalhos pra fazer e livros para ler do que o normal e freqüentava quase todas as aulas. E Louise nunca soube desse segredo...

-- Acho que vou desistir... – comentou para si mesma, resignada.

Neste momento Alice Stone guardava mais um livro na estante e ouviu as lamentações de Louise. Se aproximou dela.

-- Oi, Louise. – exibindo um lindo sorriso.

-- Oi, Alice... – Lulu quase cai pra trás. Tinha que admitir que a maior é mesmo muito linda. – Quantos livros você tem aí?

-- Fico bastante tempo aqui. Então gosto de aproveitar. – em seguida ela vê na mesa a tentativa frustrada do trabalho da loirinha. – Defesa contra As Artes das Trevas?

-- Sim... – respondeu Louise, envergonhada.

-- Quer ajuda? – sorrindo e se prontificando na hora.

Os olhos delas se encontram. Não tinha mais dúvidas o que estava acontecendo ali. Desde o ataque dos dementadores no trem, Lulu nunca esqueceu o beijo e até perdoava o fato dela estar com Gerd, exceto os insultos que Belle Blue fazia questão de dar a menina.

-- Se você pode... Não quero tomar seu tempo.

-- Já fiz os meus. – mostrando os pergaminhos preenchidos. – E será divertido.

E elas começaram seu estudo juntas e Alice preencheu todo trabalho da menina sem se importar com nada. Meia hora depois já estava pronto.

-- Aqui estão. – entregando os dois rolos de pergaminhos. – Pode entregar pro professor na segunda e amanhã jogará quadribol tranquilamente.

-- Muito obrigada, Alice. – ela sorria verdadeiramente e muito grata. – De verdade. Muito obrigada. E gostaria de agradecer por me ajudar no trem após o ataque do dementador.



-- Não tem de quê. – Alice sorria e afagava o rosto de Louise. – Fiquei preocupada com você.

-- De alguma forma, eles passaram a me atormentar... E eu não sei como me livrar disso.

-- Bem, existe um feitiço. Andei estudando sobre ele.

-- Mesmo? – a menina arregalou os olhos cheio de esperança.

-- O feitiço do Patrono. – explicou Alice. – Ele solta uma onda de luz e alegria, inibindo o poder do dementador.

-- Você sabe conjurar? – a bruxinha tinha mais esperança de que Alice pudesse ensiná-la, não tendo de incomodar o professor Andrew.

-- Já tentei mas não ficou forte. Pra conjurar precisamos de uma lembrança feliz que seja bem forte.

-- Eu não entendo. Você tem tudo que possa provocar uma lembrança boa. Tem bons amigos, uma melhor amiga legal e... – Lulu queria morder a língua pra evitar de mencionar Gerd mas não conseguiu. – Um namorado lindo e perfeito. Você consegue até mais que eu!

-- Tenho boas lembranças, um namorado que me odeia e ama outra, pais que querem que eu tire ótimas notas, uma melhor amiga que me ajuda em tudo mas minha vida é isso aqui. – apontando para os livros. -- Não há lugar no mundo para os estudiosos.

-- Sempre há. – disse Louise, otimista. -- Eu admiro muito vocês da Corvinal. Queria ser assim tão estudiosa... mas gosto da vida ao ar livre.

-- Eu gosto de ficar lendo lá fora. Tantos livros em tão pouco tempo.

-- Você consegue. Então se concentre na lembrança de sua melhor amiga e outras coisas. E mais uma vez obrigada, Alice.

No momento que ia se retirar, Alice puxou a menina pelo braço e roubou um beijo quente e silencioso. O mesmo contato, os lábios sedosos e o gosto de menta. Quando acabou, Lulu corou e sem jeito. Mal encarava Alice e pegou os pergaminhos e correu para fora da biblioteca. Entrou no quarto e deitou, muito pensativa e confusa sobre o beijo.

Alice também saiu da biblioteca e caminhou até uma parte fora da escola. Com a varinha em mãos, concentrou-se na lembrança do beijo em Louise e conjurou.

-- Expecto Patronum!

E de repente uma luz forte irradiou na varinha e assumiu a forma de uma gigantesca pantera. Alice se impressionou. Depois de muito esforço e tentativas, ela obteve a maior façanha: o feitiço do Patrono.



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Mickey relia as antigas cartas de sua tia que ele recebia quando era pequeno, ao mesmo tempo uma inquietude tomava conta de seu coração. Desde o dia que Lulu lhe questionou sobre Tilda Black, ele não teve mais sossego e volta e meia tinha medo de ser abordado pela irmã de novo. Ele queria muito dizer a verdade mas tinha feito uma promessa de não dizer nada por enquanto para ela e muito menos para Davy.

Submerso em seus pensamentos, ele ouviu uns rugidos mas considerou ser de alguém fazendo feitiços. Quando caminhou até a sala comunal, encontrou uma tigresa desmaiada e pelagem cinza. Mickey socorreu e imediatamente ganhou forma humana. Era Felicity.

-- O que você fez? – perguntou, muito preocupado e carregando a prima pro quarto dela.

-- Fui praticar minha... transformação... – Fefe mal conseguia falar por conta do esforço. – Quero ser animaga.

-- Tudo isso pra impressionar Nora? – zangou-se. – Esqueça! Da última vez que fez isso, lhe custou perda de pontos se fosse descoberta. Ainda bem que manteve sua forma animaga... Mesmo que ela tenha lhe jogado livros na sua cabeça.

-- Mas não quero mais impressionar ninguém... – Fefe tossia e se aconchegava na cama. – Estou fazendo isso porque quero.

-- É ilegal, sabia? – alertou Mickey. – Uma vez animago, deve comunicar o ministério e...

-- Ah, dane-se o ministério! Vou continuar animaga e pronto!

Tossiu mais uma vez e Mickey voltou para seu quarto. Amanhã teria jogo contra Lufa-Lufa e tudo que mais queria é descansar...


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Sexta-feira, dia de chuva e... Quadribol. Comparado aos outros jogos, a Lufa-Lufa não está num bom dia. Começaram perdendo de noventa a trinta. A única esperança era de Louise agarrar o pomo. No entanto teria de ser mais sagaz que a apanhadora deles, a poderosa ruiva Rosie Donovan.

Desde o ano passado, o time passou por uma série de reformas de estratégia e trocas de membros, como Giles Mackenzie. Devido ao desempenho esportivo e senso de liderança de Johan Cruyff, o time votou e elegeu o aluno holandês como seu capitão, cortando de vez Giles. E também Mickey, que havia se candidatado várias vezes para o time, conseguiu vaga de batedor.

No entanto a Lufa-Lufa reagiu e passa a marcar mais pontos, quase alcançando os noventa da Sonserina. Louise avista o pomo voador e o persegue, mesmo em dificuldade na vassoura temporária Comet 909. Rosie usava uma Belerophont 99, outra concorrente da Nimbus. As duas se colidiram e passam a se empurrar. Rosie tenta uma manobra arriscada. Ela recua mas mirando Louise, voou em velocidade máxima, assemelhando um meteoro caindo. Essa estratégia Rosie quis emular da finta de Wronski.

Louise percebeu e usando toda força possível acelerou e quase tocou o pomo. Parou ao ver que a ponta da vassoura congelou e virando pro lado deu de cara com um dementador.

-- Não... – ela não terminou de dizer. O beijo foi aplicado e a menina cai da vassoura outra vez.

Louise apagou no mesmo instante mas pode ainda ouvir alguém gritando seu nome. Poderia jurar que era sua mãe...


Continua...

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