Capítulo 4: Colisão de fatos
Se passaram
três dias desde o assassinato e a equipe trabalhava sem parar. Funcionários da
Schön Industries foram interrogados, a família Romanov também. Paul Breitner
foi designado para a proteção de Anastacia, mesmo contra a vontade desta e do
próprio policial, pois desde o início não se suportaram. Na delegacia, Rosie verificava os vídeos
coletados da sala de vigilância do Estádio Olímpico e neste momento Uli Hoeness
adentra o local.
-- E aí,
descobriu algo? – Perguntou Uli, massageando os ombros de Rosie.
-- Já é o terceiro
dia e ainda nada. Preciso me concentrar, Uli.
Uli e Rosie
possuem vínculos de amizade, seja fraterna ou com benefícios. Ao mesmo tempo
sempre compartilham segredos. Uli sabe que Rosie possuía dois namorados, um
inglês que ficou em Hamburgo e outro de Nova Iorque. Recentemente o último
voltou para a América e atualmente a hacker está sozinha.
-- Pensa em
fazer algo esta noite? – Uli passava as mãos nas pernas da garota.
Antes de
responder, ambos receberam uma mensagem no celular.
Reunião em 10 minutos na
sala de equipe!
-- Outra hora
te respondo, Uli! – Ela saiu da sala e logo em seguida ele também.
Além dos dois
estavam o restante da equipe, o delegado e o capitão. Franz era o mais
impaciente. Nem todos da equipe se encontravam ali.
-- Onde está
Gerd?
-- O doutor
ficou preso no hospital. – Respondeu Best, suando frio. – Operando mais um
paciente.
-- Operando ou
namorando aquela médica? – Perguntou quase faiscando de raiva.
-- Franz,
tenha calma! – Acalmava Bobby. – Gerd
sempre vem.
-- Se ele
continuar assim, não vou me responsabilizar em sua permanência! E a Louise?
-- Ainda na
faculdade! Ela teve prova, mas acho que ela saiu cedo! – Disse Rosie, digitando
algo no celular.
-- Avise da
reunião agora, Rosie!
Rosie enviava
mais uma mensagem para Louise.
Na
universidade, Louise havia terminado a prova, contudo não havia fechado uma
hora de prova. Na verdade faltavam cinco minutos para encerrar. Quando a sirene
tocou, imediatamente entregou em mãos para o professor e saiu da sala, carregando
sua mochila e olhando a mensagem de Rosie.
Ela seguiu
para o hospital central, perguntou pelo doutor na recepção e depois ficou na
sala de espera. Rapidamente pegou o celular e conectou no aplicativo de
relacionamentos. Havia meses que ela se comunicava com alguém cujo apelido era LikeRollingStone. Ela colocou o apelido
de PequenaAthena.
PequenaAthena:
Cada dia mais estou agoniando. E não falo do trabalho.
LikeRollingStone:
É o seu chefe? Ele anda te importunando?
PequenaAthena:
Você sabe... Os mesmos problemas...
LikeRollingStone:
Se estivesse apaionada por seu chefe, sugiro que esqueça. Tente ver o outro
lado da vida. Sempre é bom.
Louise deixou
uma lágrima escorrer no rosto e neste momento Alice surgiu na sala de espera e
encontrou a assistente dele, olhando pro celular e soluçando.
-- Olá,
Louise! – Cumprimentou a médica, sendo simpática com a menina.
-- Oi! –
Louise respondeu friamente e guardou o celular na mochila. – Estou esperando o
Gerd, digo, o doutor.
Ela ficou na
sala e olhou atentamente para a menina. Alice admirou internamente a jovem. Pensando bem, ela não é ingênua, disse
Alice em seus pensamentos. Já Lulu não pensava nada de bom sobre a médica. Na
verdade ela estava insegura, nervosa e desejando sair dali e de preferência sem
conversar com a galesa. A médica puxou
conversa.
-- Ele está
tirando um tumor de um cérebro de um cara, eu estou indo pra lá assistir, quer
vir também? – Convidou Alice e recebendo uma resposta mais gelada.
-- Eu declino.
Dá última vez que vi isso, desmaiei e acordei vomitando. – Depois olhando pra
janela.
Alice se
espantou com tamanha frieza da menina e seguiu para a sala. Lá, encontrou Gerd
um pouco mais calmo.
-- Não foi
desta vez... – Lamentou o médico, pela perda do paciente. – Foi parada cardíaca.
-- Puxa...
Os dois saíram
da sala e trocaram um beijo quente até Alice interromper.
-- A sua
assistente dedicada está na sala de espera. – Arrumando a roupa. – Ela é assim
mesmo, Gerd? Tão fria?
-- Quer mesmo
saber? – Gerd não queria ter de revelar o segredo mais íntimo de Louise. – Ela
te odeia, Mein Himmel.
-- Como assim?
– Surpreendeu-se a médica com a revelação.
-- Ela nunca
gostou de você. – Ele respondeu calmamente enquanto guardava o jaleco no
armário.
-- E tem
alguma razão para isso?
-- Não
suspeito de nada. – Ele seguiu para sala.
-- Ela parece
tão perdida e ao mesmo tempo decidida. – Alice se recusava acreditar que a
menina a odiasse. Em dois anos nunca havia percebido isso.
-- Sim, ela é.
Sinto que ela é uma mocinha diferente e maluca, mas é uma ótima assistente. –
Defendeu. Por mais estranho que pareça, Gerd reconhecia que Lulu é uma ótima
pessoa, otimista, alegre, doida e que também o faz rir. Na verdade a única que
realmente o faz rir.
Alice se calou
e pensou por breves momentos sobre isso. Talvez
se eu conversasse com ela pra persuadir, pensou Alice.
-- Entendi,
hoje a noite estava pensando em fazer um jantar e assistirmos um filme, o que
você acha McDreamy?
-- Sinto muito
meu amor, mas hoje tenho plantão, mas se quiser, podemos balançar as paredes
antes de eu ir pra delegacia. – Agarrando a médica.
Antes do beijo
o celular de Gerd vibrou com uma mensagem em letras maiores enviadas por Franz.
ONDE VOCÊ ESTÁ? TEMOS
REUNIÃO URGENTE!
-- Vá salvar o
mundo Comediante, te espero com o nosso cappuccino! – Beijando o amado e quando
chegaram na sala, encontraram Lulu um tanto triste.
-- Louise! –
Os dois exclamaram.
-- Ai! Me
desculpe! – Ela guardava o celular, disfarçando um pouco sua insegurança.
-- Aconteceu
algo? – Indagou Gerd, preocupado.
-- É que... –
Ela disfarçou. – Tirei nota baixa na prova de hoje. E não vou passar neste
semestre. Desculpem por falar disso pra vocês.
-- Podemos
estudar depois, Louise. – Ele sorriu para a menina e em seguida roubou um beijo
de Alice. -- Cappuccino duplo, não se esqueça.
Os dois sabiam
que não era verdade. Ao embarcar no carro, Gerd tenta conversar com a
assistente, pois sabia que Lulu tem plena confiança nele.
-- Quer me
contar algo?
Ela não
respondeu e o carro seguiu em direção ao oeste.
-- Pode contar
comigo, Louise. Se quiser podemos estudar e...
-- Não
precisa, obrigada! -- Disse mais fria.
-- Tem certeza
que é a nota baixa? – Questionou. – Você não terminou com algum namoradinho?
-- Eu não
namoro ninguém há muito tempo! – Irritou-se Lulu. – Você sabe disso!
-- Está com
ciúmes? – Gerd insistia pra ver se Lulu admitia ou não. – Ciúmes de mim e da
Alice?
-- O QUÊ? –
Lulu se enervava mais e o coração bombeando sangue por conta disso. -- E de
onde tirou essE ciúme? Me desculpa, mas está enganado. O que você e a
"Meredith Grey" vão fazer não me interessa. Ok?
Ele estacionou
o carro e no desembarque Lulu resolve dizer algo que há muito tempo desejava
falar desde que fechou dois anos de trabalho na delegacia.
-- Eu quero
pedir uma coisa. Quero minha demissão!
-- Só vou
demitir você quando eu morrer! Vamos pra delegacia, antes que Franz me mate.
-- Por favor,
me demita. – Lulu chorava e implorava para o médico. – Estou cansada! Eu nunca
te pedi nada, ao menos faz isso por mim? Me demita!
Não houve
respostas, no fundo Gerd estava em choque. Louise falava sério sobre a demissão.
Quando
entraram na sala, todos olharam para o delegado.
-- Estamos a
três dias trabalhando no caso. – Ele falava calmamente. – Que resultados nós
temos?
-- Os guardas
não trabalharam no dia do assassinato. – Respondia Odile, causando outra vez a
taquicardia no delegado. – Restaram as câmeras.
-- Estou ainda
verificando, delegado. – Justificou Rosie. – Tudo o que vi nos vídeos eram
quatro pessoas e uma delas usava jaleco de médico. Poderia acusar o cara do
hospital central, mas me lembrei que existem outros hospitais e clínicas.
Preciso de mais tempo aí.
-- Eu extraí
as balas no corpo do Helmut. – Disse Sepp, o legista. – E entreguei para a
balística.
-- Eu tenho as
respostas da balística, mas ainda não tive.... Tempo em ler o relatório. Eu
deixo em sua mesa se quiser ainda hoje.
Meia hora
depois o delegado dispensa todos, menos Louise.
-- Delegado,
eu posso falar com senhor?
-- Se for da
balística, fale amanhã. – Disse Franz, bebendo água.
-- É sobre meu
futuro aqui na delegacia. – Ela justificou. – Eu poderia ficar de guarda costas
da Anastacia Rosely, mas o senhor deixou a missão para o Breitner. Então, tomei
uma decisão.
-- Você não vai
se demitir por conta do ciúme que sente do Gerd com a Alice. – Franz sabia disso, algo que toda a equipe
sabia, do amor incondicional que Lulu possui por Gerd e este só tinha olhos
para Alice.
-- Como é?
-- Eu sou os
olhos e os ouvidos de toda delegacia! Nada escapa de mim.
-- Eu não
tenho nada com o doutor. Só não gosto daquela médica. – disse Louise, mais
séria. -- Ao menos pode me transferir pra outro departamento policial? Berlim,
Frankfurt, Stuttgart? – exigia desesperadamente a menina.
-- Você é
minha melhor analista, não vou perder você assim tão fácil. – Argumentava o
delegado, tentando convencer Lulu a ficar. --Se quer mudar de área tudo bem,
pode trabalhar com a Odile. Ela está analisando alguns casos mais densos, se
conseguir resolver um com ela, você pode até ganhar sua própria sala.
Louise estava
mais indignada. Além do delegado saber o que se passa, agora ele está ali
fazendo a cabeça dela pra ficar. Louise também sabia que Franz tem boa lábia,
conduz bem uma conversa e transformar inimigos em amigos. Não é a toa
que ele ganhava também amantes, como sua prima Felicity.
-- Mas eu
quero sair! É a minha vontade! Eu não quero ficar aqui! Por favor, me demita ou
me transfira pra Berlim! Só isso que te peço! Não quero trabalhar com mais
ninguém e muito menos quero uma sala própria! Eu quero sair da delegacia! –
Louise quase voltou a chorar, mas suportou. -- Poxa estou há dois anos aqui!
Estou saturada!
Franz enfim se
deu por vencido. A menina era persistente em sua decisão e como última
tentativa, falou:
-- Só faça
esse caso com Odile e depois a transfiro pra Hamburgo. – Prometendo para a
menina.
Ela revirou os
olhos e olhou para a porta entreaberta. Gerd ouvia conversa toda.
-- Eu vou
resolver esse caso em menos de três dias. Depois disso me transfira para
Hamburgo sem falta! – Sorrindo para o delegado e se retirando, ignorando a
presença do seu chefe.
Gerd entrou no
escritório do delegado, perguntando do destino final de Louise.
-- Eu não
consegui convencer a menina a ficar. Tive de dar minha palavra que ela vai ser
transferida em três dias após o caso que ela resolver com Odile. – Franz olhava
as fotos tiradas do local do crime.
-- Quer dizer
que vou perder mesmo a Louise? – Gerd não se conformava com isso e por um
momento se sentiu culpado. Talvez fosse mesmo o correto dar a demissão dela,
conforme a sua vontade.
-- Eu entrei
em contato com departamento de investigação de Hamburgo. Eles não têm vagas.
-- Ela vai
reclamar demais! Vai exigir que seja transferida para outra cidade. – Se
desesperou Gerd.
-- Eu vou dar
um jeito dela ficar aqui.
Seja lá o que
Franz planejava, Gerd confia no amigo. Faria qualquer coisa para manter Louise
ao seu lado.
--- C----S----I----
Marie e Bond
se amaram bem forte e a cada dia que passavam eles se queriam mais e mais.
Porém naquele dia, ele a amou demais sua amada. Enquanto ela dormia, Bond
retirou da mochila um pacote e o deixou na escrivaninha, com uma carta.
-- Me perdoe,
mon petit...
Ele saiu da
casa dela naquela madrugada...
---C---S---I---
Gerd estava
bem pensativo sobre o destino de Louise. O que pode ter levado a isso?
-- Eu faria o
mesmo se encontrasse Alice com outro... ou não. – Comentou consigo mesmo. – Mas
Louise se demitir?
Neste momento
o celular toca e era o capitão.
-- Gerd, encontramos
um corpo na estação norte. Venha logo!
Na saída
encontrou Alice.
-- Desculpe,
hoje é meu dia de folga. Então, posso te acompanhar? – Questionou Alice.
-- Tudo bem. –
Embarcaram no carro. – Mas antes preciso passar na Universidade e buscar Louise.
Não foi
difícil para ele encontrar Lulu e Odile na entrada da Universidade. Elas
embarcaram no carro e Gerd percebeu a estranha felicidade de Lulu. Ela acha que vai embora em três dias,
pensou.
-- Como vocês
estão, meninas? – Perguntou Alice, simpatizando com as duas.
-- Um pouco
nervosa. – Respondeu Odile.
-- Eu estou
tranqüila! – Louise sorria. – Mal posso esperar! Três dias passam rápido...
-- Por que diz
isso?
-- Eu vou ser
transferida para Hamburgo! – Vibrava Lulu.
-- Hamburgo? –
Em seguida Alice
olhou sério para Gerd.
-- Eu não
tenho nada a ver com isso.
-- Tem certeza
que é isso que você quer? – Odile era outra que sabia da verdade.
-- Estou
esperando isso há dois anos. Eu devo ficar feliz. – Lulu exibia um sorriso de
vitória, insinuando para a médica que finalmente ela está livre da menina.
-- Se está é a
sua decisão então só posso desejar que tudo dê certo lá! – Desejou Alice,
piscando para a loira, que fechou o rosto para a galesa.
Quinze minutos
depois eles estavam na estação norte.
-- Meninas,
com licença, vou fazer uma ligação. – Se afastando da dupla e seguindo com
Alice para outro lugar.
-- Antes que
eu diga... Ou eu ou ela! Pense bem quem você vai escolher Gerd, porque você
sabe bem que devotei tudo o que tenho a você! – Exigiu Alice.
--- Mas do que
você está falando? Louise é minha assistente e infelizmente vou perdê-la! –
Respondeu o médico, sério. – Já fiz minha escolha. O que tem de mais? Ela vai
ser transferida em três dias.
-- Então fique
feliz e não triste. – Ela o abraçou, mas Gerd negou o carinho.
A polícia
isolava a área dos trilhos, onde se encontrava o corpo deformado e sangrento de
Graham Bond.
-- Como vou
dizer isso para Marie? – Odile estava em pânico. Bond é o
namorado de sua irmã. – Ela o ama demais!
-- Tenha
calma, eu vou te ajudar a falar isso. Sou boa em transmitir más notícias. –
Dizia Louise, consolando a amiga.
Na delegacia,
ouviu-se gritos e objetos sendo arremessados por Marie.
-- NÃO!!!! MEU
AMOR!!!! BOND! POR QUÊ? POR QUÊ? POR QUÊ?
Marie caiu de
joelhos e foi amparada por Odile e Louise. Uli teve pena dela e queria também
transmitir algo. Rosie percebeu isso.
-- Vai
consolar ela, asgardiano. – Disse de forma soturna.
-- Eu não
posso.
-- Pode sim. –
Ela se retirou.
Uma tarde
inteira se passou. Odile ficou em função do enterro e todo o planejamento. Lulu
ficou na delegacia cumprindo hora ao lado do doutor e Alice, já que esta estava
de folga. A médica olhava para menina, trabalhando com vontade e ouvindo um
pouco a garota cantarolando sobre sua transferência.
-- Vai sentir
minha falta, doutor... – Ela dizia, rindo. – Mas vai ser bom pra mim. Espero
que não tenha ressentimentos. Na verdade eu agradeço pelos dois anos de...
de... parceria. Aprendi muita coisa com o senhor.
-- Agradeço
por tudo, Louise. – Ele disse, denotando decepção. -- E espero que dê tudo
certo em Hamburgo... Só
cuidado com os bares da zona portuária de lá.E meio pesado pra hobbits como
você.
-- Eu agüento! Já morei em tanto buraco... Não vai ser uma
cidadezinha que vai me deter. – Disse Louise enquanto imprimia algumas folhas
de desenho.
Gerd se
retirou da sala, deixando as duas galesas sozinhas. A galesa menor sorriu e em
seguida mirou para a outra, com ar de superioridade e satisfação.
-- Acho que é
o momento apropriado em dizer que você venceu, Alice. O doutor é só seu. Eu
irei embora daqui a três dias e ai nunca mais verá minha cara de sonsa que
sempre tive.
-- Nunca achei
que você fosse sonsa, só um pouco chata. – Admitiu Alice em relação a loira.
-- É primeira
vez que me chamam de chata. Bom, mas isso não importa. Estou feliz e livre. –
Rindo e continuando a imprimir.
Rapidamente
Alice fechou a porta e prensou Louise na parede, segurando o pulso da menina
bem forte.
-- Ei! Me
solta! – Tentando se desvencilhar da galesa maior. – Me solta, Alice! Eu vou
gritar e o doutor não vai gostar de saber que está me machucando!
-- Isso aqui é
pra nunca se esquecer de mim! – Em seguida beijou a menina.
Louise outra
vez empurrava Alice. Contudo a mulher era maior e mais forte do que ela e ainda
abraçou bem forte a loira, impedindo de qualquer movimento ou tentativa de
escape. Louise não sabia o que pensar. Aquele beijo ela esperava do doutor e
não da namorada dele. Nunca viu Alice mais do que uma rival em potencial. E agora...
para ela estava tudo tão confuso.
Quando
terminou o beijo, deixou a loira com os lábios molhados e sem fôlego.
-- Por que fez
isso? Eu pensei que você amasse o doutor... Estou confusa. – Louise sentou na
cadeira de seu desktop.
-- E amo. Mas
você me provoca desejos... – Tocando os lábios da menina, deixando-a assustada.
– Que eu só sentia com a Belle.
-- Desculpa...
Mas não sou lésbica! Eu sou mulher, entende?
Gerd retornou
e encontrou as duas, ofegantes e o olhar de Lulu de puro espanto.
-- Eu vou pra
casa. Até amanhã, amor! – Beijando o doutor, desagradando Louise. – E até
amanhã, Louise.
Com a saída de
Alice, a assistente aproveita para perguntar.
-- A sua
namorada “mais que perfeita” é lésbica ou coisa assim?
-- Ela é
bissexual. – Chocando a menina e Gerd a
encarou. – Alice te beijou, é?
-- Ah tá...
---Ela voltou sua atenção para o computador. – E como você soube disso?
-- Ela mesma
me falou, quando a vi fazendo sexo por telefone com a Belle.
Cada vez mais
Louise se espantava com que ouvia. Primeiro ela quer se transferir para
trabalhar em outra cidade em três dias, depois a delegacia inteira saber de sua
paixão pelo doutor e para encerrar Alice é bissexual e possivelmente tem uma
queda por ela. Imediatamente ela se lembrou de algo. Os homens amam fazer sexo
a três e ao mirar para o doutor, o olhar dele ficou perdido, fora do ar. Ela
entendeu o pensamento dele.
-- Eu sei do
que está pensando. E minha resposta é não. Não estou pronta e nem quero
participar de sexo a três! Que isso fica bem claro! E mais uma coisa: eu sou
hétero!
Não foi uma
boa tarde para Louise.
---C----S----I----
Odile e Uli
levaram Marie para a casa e decidiram ficar por ali, pois temiam que ela possa
surtar outra vez se lembrando do namorado. Quando a francesa maior ficou na
janela, o policial se aproximou dela e disse:
-- Eu prometo
que vou cuidar de você!
-- Obrigada! –
Ela o abraçou. – Por favor, encontrem o desgraçado que matou o Bond!
E ele jurou ir
até o fim disso...
---C---S---I----
Naquela noite
nem Felicity e nem Franz se encontravam no clima amoroso. O delegado pensou em
ir embora, mas preferiu ficar e não se incomodar com Brigitte.
-- Ainda nada
com sua francesa?
-- Estou em
desvantagem. – Lamentou o delegado.
-- Deixa o
tempo resolver isso. – Ela se virou para o lado e fechou os olhos – Boa noite.
-- Boa noite.
Nada poderia
voltar a ser como antes...
No escritório
da empresa Lauda, dois homens conversavam.
-- Nos
livramos de um problema... —Dizia o homem com sotaque francês e olhos azuis.
-- E onde está
o pacote? – Indagou Niki, impaciente.
-- Ainda não
encontrei...
-- Então,
encontre! – Berrou o empresário. – Se aquele pacote, os relatórios e os CDs
estiverem nas mãos do delegado, estamos arruinados!
-- Prometo
encontrar o quanto antes, senhor!
A missão de
François Cevert começou ali...
Rosie relia a
mensagem amorosa de John Lennon, seu antigo amor deixado em Liverpool e agora
morando atualmente em Hamburgo.
Não esqueça, minha amada.
Meu coração e minha alma te pertencem. Eu te amo
Ela pegou o
porta retrato do amado e chorou de saudades sentidas.
-- Eu sinto
sua falta, meu amor...

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