terça-feira, 26 de julho de 2016

CSI München (What if Grindhouse - 4º Capítulo)


Capítulo 4: Colisão de fatos


Se passaram três dias desde o assassinato e a equipe trabalhava sem parar. Funcionários da Schön Industries foram interrogados, a família Romanov também. Paul Breitner foi designado para a proteção de Anastacia, mesmo contra a vontade desta e do próprio policial, pois desde o início não se suportaram.  Na delegacia, Rosie verificava os vídeos coletados da sala de vigilância do Estádio Olímpico e neste momento Uli Hoeness adentra o local.

-- E aí, descobriu algo? – Perguntou Uli, massageando os ombros de Rosie.

-- Já é o terceiro dia e ainda nada. Preciso me concentrar, Uli.

Uli e Rosie possuem vínculos de amizade, seja fraterna ou com benefícios. Ao mesmo tempo sempre compartilham segredos. Uli sabe que Rosie possuía dois namorados, um inglês que ficou em Hamburgo e outro de Nova Iorque. Recentemente o último voltou para a América e atualmente a hacker está sozinha.

-- Pensa em fazer algo esta noite? – Uli passava as mãos nas pernas da garota.

Antes de responder, ambos receberam uma mensagem no celular.

Reunião em 10 minutos na sala de equipe!

-- Outra hora te respondo, Uli! – Ela saiu da sala e logo em seguida ele também.

Além dos dois estavam o restante da equipe, o delegado e o capitão. Franz era o mais impaciente. Nem todos da equipe se encontravam ali.

-- Onde está Gerd?

-- O doutor ficou preso no hospital. – Respondeu Best, suando frio. – Operando mais um paciente.

-- Operando ou namorando aquela médica? – Perguntou quase faiscando de raiva.
-- Franz, tenha calma! – Acalmava Bobby.  – Gerd sempre vem.

-- Se ele continuar assim, não vou me responsabilizar em sua permanência! E a Louise?

-- Ainda na faculdade! Ela teve prova, mas acho que ela saiu cedo! – Disse Rosie, digitando algo no celular.

-- Avise da reunião agora, Rosie!

Rosie enviava mais uma mensagem para Louise.

Na universidade, Louise havia terminado a prova, contudo não havia fechado uma hora de prova. Na verdade faltavam cinco minutos para encerrar. Quando a sirene tocou, imediatamente entregou em mãos para o professor e saiu da sala, carregando sua mochila e olhando a mensagem de Rosie.

Ela seguiu para o hospital central, perguntou pelo doutor na recepção e depois ficou na sala de espera. Rapidamente pegou o celular e conectou no aplicativo de relacionamentos. Havia meses que ela se comunicava com alguém cujo apelido era LikeRollingStone. Ela colocou o apelido de PequenaAthena.

PequenaAthena: Cada dia mais estou agoniando. E não falo do trabalho.

LikeRollingStone: É o seu chefe? Ele anda te importunando?

PequenaAthena: Você sabe... Os mesmos problemas...

LikeRollingStone: Se estivesse apaionada por seu chefe, sugiro que esqueça. Tente ver o outro lado da vida. Sempre é bom.

Louise deixou uma lágrima escorrer no rosto e neste momento Alice surgiu na sala de espera e encontrou a assistente dele, olhando pro celular e soluçando.

-- Olá, Louise! – Cumprimentou a médica, sendo simpática com a menina.

-- Oi! – Louise respondeu friamente e guardou o celular na mochila. – Estou esperando o Gerd, digo, o doutor.

Ela ficou na sala e olhou atentamente para a menina. Alice admirou internamente a jovem. Pensando bem, ela não é ingênua, disse Alice em seus pensamentos. Já Lulu não pensava nada de bom sobre a médica. Na verdade ela estava insegura, nervosa e desejando sair dali e de preferência sem conversar com a galesa.  A médica puxou conversa.

-- Ele está tirando um tumor de um cérebro de um cara, eu estou indo pra lá assistir, quer vir também? – Convidou Alice e recebendo uma resposta mais gelada.

-- Eu declino. Dá última vez que vi isso, desmaiei e acordei vomitando. – Depois olhando pra janela.

Alice se espantou com tamanha frieza da menina e seguiu para a sala. Lá, encontrou Gerd um pouco mais calmo.

-- Não foi desta vez... – Lamentou o médico, pela perda do paciente. – Foi parada cardíaca.

-- Puxa...

Os dois saíram da sala e trocaram um beijo quente até Alice interromper.

-- A sua assistente dedicada está na sala de espera. – Arrumando a roupa. – Ela é assim mesmo, Gerd? Tão fria?

-- Quer mesmo saber? – Gerd não queria ter de revelar o segredo mais íntimo de Louise. – Ela te odeia, Mein Himmel.

-- Como assim? – Surpreendeu-se a médica com a revelação.

-- Ela nunca gostou de você. – Ele respondeu calmamente enquanto guardava o jaleco no armário.

-- E tem alguma razão para isso?

-- Não suspeito de nada. – Ele seguiu para sala.

-- Ela parece tão perdida e ao mesmo tempo decidida. – Alice se recusava acreditar que a menina a odiasse. Em dois anos nunca havia percebido isso.

-- Sim, ela é. Sinto que ela é uma mocinha diferente e maluca, mas é uma ótima assistente. – Defendeu. Por mais estranho que pareça, Gerd reconhecia que Lulu é uma ótima pessoa, otimista, alegre, doida e que também o faz rir. Na verdade a única que realmente o faz rir.

Alice se calou e pensou por breves momentos sobre isso. Talvez se eu conversasse com ela pra persuadir, pensou Alice.

-- Entendi, hoje a noite estava pensando em fazer um jantar e assistirmos um filme, o que você acha McDreamy?

-- Sinto muito meu amor, mas hoje tenho plantão, mas se quiser, podemos balançar as paredes antes de eu ir pra delegacia. – Agarrando a médica.

Antes do beijo o celular de Gerd vibrou com uma mensagem em letras maiores enviadas por Franz.

ONDE VOCÊ ESTÁ? TEMOS REUNIÃO URGENTE!

-- Vá salvar o mundo Comediante, te espero com o nosso cappuccino! – Beijando o amado e quando chegaram na sala, encontraram Lulu um tanto triste.

-- Louise! – Os dois exclamaram.

-- Ai! Me desculpe! – Ela guardava o celular, disfarçando um pouco sua insegurança.

-- Aconteceu algo? – Indagou Gerd, preocupado.

-- É que... – Ela disfarçou. – Tirei nota baixa na prova de hoje. E não vou passar neste semestre. Desculpem por falar disso pra vocês.

-- Podemos estudar depois, Louise. – Ele sorriu para a menina e em seguida roubou um beijo de Alice. -- Cappuccino duplo, não se esqueça.

Os dois sabiam que não era verdade. Ao embarcar no carro, Gerd tenta conversar com a assistente, pois sabia que Lulu tem plena confiança nele.

-- Quer me contar algo?

Ela não respondeu e o carro seguiu em direção ao oeste.

-- Pode contar comigo, Louise. Se quiser podemos estudar e...

-- Não precisa, obrigada!  -- Disse mais fria.

-- Tem certeza que é a nota baixa? – Questionou. – Você não terminou com algum namoradinho?

-- Eu não namoro ninguém há muito tempo! – Irritou-se Lulu. – Você sabe disso!

-- Está com ciúmes? – Gerd insistia pra ver se Lulu admitia ou não. – Ciúmes de mim e da Alice?

-- O QUÊ? – Lulu se enervava mais e o coração bombeando sangue por conta disso. -- E de onde tirou essE ciúme? Me desculpa, mas está enganado. O que você e a "Meredith Grey" vão fazer não me interessa. Ok?

Ele estacionou o carro e no desembarque Lulu resolve dizer algo que há muito tempo desejava falar desde que fechou dois anos de trabalho na delegacia.

-- Eu quero pedir uma coisa. Quero minha demissão!

-- Só vou demitir você quando eu morrer! Vamos pra delegacia, antes que Franz me mate.

-- Por favor, me demita. – Lulu chorava e implorava para o médico. – Estou cansada! Eu nunca te pedi nada, ao menos faz isso por mim? Me demita!

Não houve respostas, no fundo Gerd estava em choque. Louise falava sério sobre a demissão.

Quando entraram na sala, todos olharam para o delegado.

-- Estamos a três dias trabalhando no caso. – Ele falava calmamente. – Que resultados nós temos?

-- Os guardas não trabalharam no dia do assassinato. – Respondia Odile, causando outra vez a taquicardia no delegado. – Restaram as câmeras.

-- Estou ainda verificando, delegado. – Justificou Rosie. – Tudo o que vi nos vídeos eram quatro pessoas e uma delas usava jaleco de médico. Poderia acusar o cara do hospital central, mas me lembrei que existem outros hospitais e clínicas. Preciso de mais tempo aí.

-- Eu extraí as balas no corpo do Helmut. – Disse Sepp, o legista. – E entreguei para a balística.

-- Eu tenho as respostas da balística, mas ainda não tive.... Tempo em ler o relatório. Eu deixo em sua mesa se quiser ainda hoje.

Meia hora depois o delegado dispensa todos, menos Louise.

-- Delegado, eu posso falar com senhor?

-- Se for da balística, fale amanhã. – Disse Franz, bebendo água.

-- É sobre meu futuro aqui na delegacia. – Ela justificou. – Eu poderia ficar de guarda costas da Anastacia Rosely, mas o senhor deixou a missão para o Breitner. Então, tomei uma decisão.

-- Você não vai se demitir por conta do ciúme que sente do Gerd com a Alice.  – Franz sabia disso, algo que toda a equipe sabia, do amor incondicional que Lulu possui por Gerd e este só tinha olhos para Alice.

-- Como é?

-- Eu sou os olhos e os ouvidos de toda delegacia! Nada escapa de mim.

-- Eu não tenho nada com o doutor. Só não gosto daquela médica. – disse Louise, mais séria. -- Ao menos pode me transferir pra outro departamento policial? Berlim, Frankfurt, Stuttgart? – exigia desesperadamente a menina.

-- Você é minha melhor analista, não vou perder você assim tão fácil. – Argumentava o delegado, tentando convencer Lulu a ficar. --Se quer mudar de área tudo bem, pode trabalhar com a Odile. Ela está analisando alguns casos mais densos, se conseguir resolver um com ela, você pode até ganhar sua própria sala.

Louise estava mais indignada. Além do delegado saber o que se passa, agora ele está ali fazendo a cabeça dela pra ficar. Louise também sabia que Franz tem boa lábia, conduz bem uma conversa e transformar inimigos em amigos. Não é a toa que ele ganhava também amantes, como sua prima Felicity.

-- Mas eu quero sair! É a minha vontade! Eu não quero ficar aqui! Por favor, me demita ou me transfira pra Berlim! Só isso que te peço! Não quero trabalhar com mais ninguém e muito menos quero uma sala própria! Eu quero sair da delegacia! – Louise quase voltou a chorar, mas suportou. -- Poxa estou há dois anos aqui! Estou saturada!

Franz enfim se deu por vencido. A menina era persistente em sua decisão e como última tentativa, falou:

-- Só faça esse caso com Odile e depois a transfiro pra Hamburgo. – Prometendo para a menina.

Ela revirou os olhos e olhou para a porta entreaberta. Gerd ouvia conversa toda.

-- Eu vou resolver esse caso em menos de três dias. Depois disso me transfira para Hamburgo sem falta! – Sorrindo para o delegado e se retirando, ignorando a presença do seu chefe.

Gerd entrou no escritório do delegado, perguntando do destino final de Louise.

-- Eu não consegui convencer a menina a ficar. Tive de dar minha palavra que ela vai ser transferida em três dias após o caso que ela resolver com Odile. – Franz olhava as fotos tiradas do local do crime.

-- Quer dizer que vou perder mesmo a Louise? – Gerd não se conformava com isso e por um momento se sentiu culpado. Talvez fosse mesmo o correto dar a demissão dela, conforme a sua vontade.

-- Eu entrei em contato com departamento de investigação de Hamburgo. Eles não têm vagas.

-- Ela vai reclamar demais! Vai exigir que seja transferida para outra cidade. – Se desesperou Gerd.

-- Eu vou dar um jeito dela ficar aqui.

Seja lá o que Franz planejava, Gerd confia no amigo. Faria qualquer coisa para manter Louise ao seu lado.


--- C----S----I----


Marie e Bond se amaram bem forte e a cada dia que passavam eles se queriam mais e mais. Porém naquele dia, ele a amou demais sua amada. Enquanto ela dormia, Bond retirou da mochila um pacote e o deixou na escrivaninha, com uma carta.

-- Me perdoe, mon petit...

Ele saiu da casa dela naquela madrugada...


---C---S---I---

Gerd estava bem pensativo sobre o destino de Louise. O que pode ter levado a isso?

-- Eu faria o mesmo se encontrasse Alice com outro... ou não. – Comentou consigo mesmo. – Mas Louise se demitir?

Neste momento o celular toca e era o capitão.

-- Gerd, encontramos um corpo na estação norte. Venha logo!

Na saída encontrou Alice.

-- Desculpe, hoje é meu dia de folga. Então, posso te acompanhar? – Questionou Alice.

-- Tudo bem. – Embarcaram no carro. – Mas antes preciso passar na Universidade e buscar Louise.

Não foi difícil para ele encontrar Lulu e Odile na entrada da Universidade. Elas embarcaram no carro e Gerd percebeu a estranha felicidade de Lulu. Ela acha que vai embora em três dias, pensou.

-- Como vocês estão, meninas? – Perguntou Alice, simpatizando com as duas.

-- Um pouco nervosa. – Respondeu Odile.

-- Eu estou tranqüila! – Louise sorria. – Mal posso esperar! Três dias passam rápido...

-- Por que diz isso?

-- Eu vou ser transferida para Hamburgo! – Vibrava Lulu.

-- Hamburgo? – Em seguida Alice olhou sério para Gerd.

-- Eu não tenho nada a ver com isso.

-- Tem certeza que é isso que você quer? – Odile era outra que sabia da verdade.

-- Estou esperando isso há dois anos. Eu devo ficar feliz. – Lulu exibia um sorriso de vitória, insinuando para a médica que finalmente ela está livre da menina.

-- Se está é a sua decisão então só posso desejar que tudo dê certo lá! – Desejou Alice, piscando para a loira, que fechou o rosto para a galesa.

Quinze minutos depois eles estavam na estação norte.

-- Meninas, com licença, vou fazer uma ligação. – Se afastando da dupla e seguindo com Alice para outro lugar.

-- Antes que eu diga... Ou eu ou ela! Pense bem quem você vai escolher Gerd, porque você sabe bem que devotei tudo o que tenho a você! – Exigiu Alice.

--- Mas do que você está falando? Louise é minha assistente e infelizmente vou perdê-la! – Respondeu o médico, sério. – Já fiz minha escolha. O que tem de mais? Ela vai ser transferida em três dias.

-- Então fique feliz e não triste. – Ela o abraçou, mas Gerd negou o carinho.

A polícia isolava a área dos trilhos, onde se encontrava o corpo deformado e sangrento de Graham Bond.

-- Como vou dizer isso para Marie? – Odile estava em pânico. Bond é o namorado de sua irmã. – Ela o ama demais!

-- Tenha calma, eu vou te ajudar a falar isso. Sou boa em transmitir más notícias. – Dizia Louise, consolando a amiga.

Na delegacia, ouviu-se gritos e objetos sendo arremessados por Marie.

-- NÃO!!!! MEU AMOR!!!! BOND! POR QUÊ? POR QUÊ? POR QUÊ?

Marie caiu de joelhos e foi amparada por Odile e Louise. Uli teve pena dela e queria também transmitir algo. Rosie percebeu isso.

-- Vai consolar ela, asgardiano. – Disse de forma soturna.

-- Eu não posso.

-- Pode sim. – Ela se retirou.

Uma tarde inteira se passou. Odile ficou em função do enterro e todo o planejamento. Lulu ficou na delegacia cumprindo hora ao lado do doutor e Alice, já que esta estava de folga. A médica olhava para menina, trabalhando com vontade e ouvindo um pouco a garota cantarolando sobre sua transferência.

-- Vai sentir minha falta, doutor... – Ela dizia, rindo. – Mas vai ser bom pra mim. Espero que não tenha ressentimentos. Na verdade eu agradeço pelos dois anos de... de... parceria. Aprendi muita coisa com o senhor.

-- Agradeço por tudo, Louise. – Ele disse, denotando decepção. -- E espero que dê tudo certo em Hamburgo... Só cuidado com os bares da zona portuária de lá.E meio pesado pra hobbits como você.

-- Eu agüento!  Já morei em tanto buraco... Não vai ser uma cidadezinha que vai me deter. – Disse Louise enquanto imprimia algumas folhas de desenho.

Gerd se retirou da sala, deixando as duas galesas sozinhas. A galesa menor sorriu e em seguida mirou para a outra, com ar de superioridade e satisfação.

-- Acho que é o momento apropriado em dizer que você venceu, Alice. O doutor é só seu. Eu irei embora daqui a três dias e ai nunca mais verá minha cara de sonsa que sempre tive.

-- Nunca achei que você fosse sonsa, só um pouco chata. – Admitiu Alice em relação a loira.

-- É primeira vez que me chamam de chata. Bom, mas isso não importa. Estou feliz e livre. – Rindo e continuando a imprimir.

Rapidamente Alice fechou a porta e prensou Louise na parede, segurando o pulso da menina bem forte.

-- Ei! Me solta! – Tentando se desvencilhar da galesa maior. – Me solta, Alice! Eu vou gritar e o doutor não vai gostar de saber que está me machucando!

-- Isso aqui é pra nunca se esquecer de mim! – Em seguida beijou a menina.

Louise outra vez empurrava Alice. Contudo a mulher era maior e mais forte do que ela e ainda abraçou bem forte a loira, impedindo de qualquer movimento ou tentativa de escape. Louise não sabia o que pensar. Aquele beijo ela esperava do doutor e não da namorada dele. Nunca viu Alice mais do que uma rival em potencial. E agora... para ela estava tudo tão confuso.

Quando terminou o beijo, deixou a loira com os lábios molhados e sem fôlego.

-- Por que fez isso? Eu pensei que você amasse o doutor... Estou confusa. – Louise sentou na cadeira de seu desktop.

-- E amo. Mas você me provoca desejos... – Tocando os lábios da menina, deixando-a assustada. – Que eu só sentia com a Belle.

-- Desculpa... Mas não sou lésbica! Eu sou mulher, entende?

Gerd retornou e encontrou as duas, ofegantes e o olhar de Lulu de puro espanto.

-- Eu vou pra casa. Até amanhã, amor! – Beijando o doutor, desagradando Louise. – E até amanhã, Louise.

Com a saída de Alice, a assistente aproveita para perguntar.

-- A sua namorada “mais que perfeita” é lésbica ou coisa assim?

-- Ela é bissexual.  – Chocando a menina e Gerd a encarou. – Alice te beijou, é?

-- Ah tá... ---Ela voltou sua atenção para o computador. – E como você soube disso?

-- Ela mesma me falou, quando a vi fazendo sexo por telefone com a Belle.

Cada vez mais Louise se espantava com que ouvia. Primeiro ela quer se transferir para trabalhar em outra cidade em três dias, depois a delegacia inteira saber de sua paixão pelo doutor e para encerrar Alice é bissexual e possivelmente tem uma queda por ela. Imediatamente ela se lembrou de algo. Os homens amam fazer sexo a três e ao mirar para o doutor, o olhar dele ficou perdido, fora do ar. Ela entendeu o pensamento dele.

-- Eu sei do que está pensando. E minha resposta é não. Não estou pronta e nem quero participar de sexo a três! Que isso fica bem claro! E mais uma coisa: eu sou hétero!

Não foi uma boa tarde para Louise.


---C----S----I----

Odile e Uli levaram Marie para a casa e decidiram ficar por ali, pois temiam que ela possa surtar outra vez se lembrando do namorado. Quando a francesa maior ficou na janela, o policial se aproximou dela e disse:

-- Eu prometo que vou cuidar de você!

-- Obrigada! – Ela o abraçou. – Por favor, encontrem o desgraçado que matou o Bond!

E ele jurou ir até o fim disso...


---C---S---I----

Naquela noite nem Felicity e nem Franz se encontravam no clima amoroso. O delegado pensou em ir embora, mas preferiu ficar e não se incomodar com Brigitte.

-- Ainda nada com sua francesa?

-- Estou em desvantagem. – Lamentou o delegado.

-- Deixa o tempo resolver isso. – Ela se virou para o lado e fechou os olhos – Boa noite.

-- Boa noite.

Nada poderia voltar a ser como antes...

No escritório da empresa Lauda, dois homens conversavam.

-- Nos livramos de um problema... —Dizia o homem com sotaque francês e olhos azuis.

-- E onde está o pacote? – Indagou Niki, impaciente.

-- Ainda não encontrei...

-- Então, encontre! – Berrou o empresário. – Se aquele pacote, os relatórios e os CDs estiverem nas mãos do delegado, estamos arruinados!

-- Prometo encontrar o quanto antes, senhor!

A missão de François Cevert começou ali...

Rosie relia a mensagem amorosa de John Lennon, seu antigo amor deixado em Liverpool e agora morando atualmente em Hamburgo.

Não esqueça, minha amada. Meu coração e minha alma te pertencem. Eu te amo

Ela pegou o porta retrato do amado e chorou de saudades sentidas.

-- Eu sinto sua falta, meu amor...


Continua...

Nenhum comentário:

Postar um comentário