domingo, 31 de julho de 2016

Stop! In Name of Love (14º Capítulo)

Olá pessoal!
Tenham uma boa noite e para encerrar julho, fiquem com o novo capítulo da fic troca-destroca. Confesso que está um pouco fraco mas compensa com primeiro NC-17 de McTork. Boa leitura!



Capítulo 14: Leaving On A Jet Plane

Felicity POV

Parece mentira mas não fui com Peter na turnê dos Monkees. Dois motivos: Primeiro, Erin Hudson. Mesmo que a senhorita ninfa fofa tenha vindo me procurar pra dizer que reconhece ter perdido Peter, não me convenceu e tenho certeza que ela vai tentar mais uma vez reconquistá-lo. Se for o caso, ótimo. Mas espere quando esta semana se encerrar. Estarei aguardando no camarim, com luvas especiais para luta e desta vez, vou devolver com juros o tapa na cara.

Ah, falando nisso, o segundo motivo é claro que Peter e eu brigamos. Ele difamava Louise, acusando-a de fazer Davy de otário, sendo que ele próprio está enganando minha prima com a aquela coisinha chamada Dianna Mackenzie. Outra que também merece apanhar e diferente de Erin, vai sofrer igual como Louise nas mãos de Emma.

-- Pensei que ia com Peter na turnê. – comentou Mickey, enquanto tomávamos café no meu apê.

-- Não quis. – respondi, comendo torrada. – Ele acha que sou burra? Se eu for, sou capaz de matar a Erin e de quebra Dianna.

-- Olha, eu sei que está brava com as duas e deseja muito matá-las, mas não vale a pena. Aliás, Lulu nem olha mais na cara da Di.

-- Se ela sacou o que anda acontecendo com Davy e ela, já é uma coisa.

Terminamos o desjejum e voltamos a falar.

-- Só achei estranho Louise não ter vindo conosco para pescar com nossos pais.

-- Também acho. – disse Mickey. Depois ele olhou pros lados e me falou algo. – Está sabendo que Rosie está grávida?

-- Mesmo? – sorri. – Que lindo! Best deve estar feliz.

-- Bem, ele ficou e depois não.

-- Por quê?

-- Ela acha que tanto ele quanto ela não estão preparados para ter um filho.

Agora as coisas ficaram complicadas.

-- Ah sim. Mas essa gravidez então não foi planejada?

-- Ao que parece, não foi.

Parei para pensar nas coisas. Pensei em Peter e me doeu o coração. Será que fiz certo não ter ido?

Antes de alguma conclusão, meu celular vibrou e vi que era uma mensagem dele. Na verdade um poeminha fofo.

-- Lulu avisou que vai para Alemanha. – disse Mickey. – Até ia perguntar por que, mas lembrei que Odile pode estar lá, para relaxar e esquecer o que aqueles palhaços fizeram com o estúdio.

-- Já estava pensando em bobagem. – e era verdade. Lembrei do que Peter disse sobre ter visto Lulu e Gerd aos beijos. – Imaginei Louise indo procurar Gerd e não era pra ensaio ou ensiná-lo a atuar.

-- Por favor, acha que minha irmã e o alemão... argh! – Mickey se dá bem com Gerd mas nunca o aprovaria. – É tipo ver uma loirinha inocente com um sujeito horrível e da pior espécie. É a visão do inferno. Mas devo admitir que ele tem um par de coxas incríveis. Como ele consegue correr com aquelas pernas e agüentar 90 minutos em campo?

Acabei rindo disso. Melhor continuar com minha inércia.


Louise POV

Passei o resto da viagem só dormindo. No avião e no táxi. Na realidade cheguei a babar e me acordei com a mão dele no meu rosto.

-- O que aconteceu? – perguntei um tanto grogue.

-- Chegamos!

Desembarcamos do táxi e ficamos de frente a uma linda casa em estilo alemão.

-- Bem vinda a Nordligen, minha ursinha! – me puxando para perto.

Me afastei.

-- Ei, vai com calma, meu amiguinho germânico. Como pode me chamar de ursinha se nem sou sua namorada? E também você está ainda com a Dianna!

-- Quer ser minha namorada?

Nessas horas não sabia se Gerd falava a verdade ou era piada. Se for a segunda opção, não ri em nenhum momento.

-- Eu recuso!

Mesmo assim ele bateu na porta e quem nos recebeu foi um rapaz magrinho, quase esquelético, meio ruivo e cujo sorriso lembrava um vampiro adolescente. Os dois se abraçaram e falavam em alemão. Mais uma vez ótimo isso. Agora que não vou entender porra nenhuma.

O adolescente me olhava fascinado e em seguida continuava a falar com Gerd, bem animado. Novamente me olha.

-- Bem vinda, fraulein Louise! – ele me abraçou e ainda... falou em inglês comigo.
Entramos na casa e me surpreendi. Tão bonita e diferente. Jurava que estava na casa da família Weasley, de Harry Potter. Na sala estavam dois rapazes e uma moça. A garota beijou o adolescente e abraçava Gerd como se fossem conhecidos. Os outros dois receberam Gerd tão divertidamente com amplexos, gritos e briguinhas com almofadas. Quando me viram, pararam de sorrir. Opa! Ao que parece eu não agradei. Pelo menos era o que tinha pensado.

Eles também me abraçaram mas em conjunto e me afastei.

-- Desculpem! – eu disse, sem jeito. – Eu não entendo o que vocês falam.

-- Relaxa! – disse um deles, de nariz grande e óculos. – Eu sou Martin e este é o Hans.

O loiro ao lado chamado Hans tinha braços maiores que os do Gerd e me abraçou quase esmagativo.

-- Bem vinda, fraulein! – saudou Hans. – Gerd tem mesmo um ótimo gosto.

-- E uma queda por loiras baixinhas! – completou Martin, fazendo todo mundo rir.

-- E eu sou Thomas. – se apresentou o adolescente e ao lado dele sua acompanhante. – O irmão caçula e chato do Gerd.

-- Oi! – a mocinha linda que abraçou Gerd também foi bem receptiva e sorria. – Sou Lisa, a namorada do Thomas.

Me senti tão... sem jeito e minúscula. Todo mundo naquela casa é duas vezes maior do que eu. Nem na minha família somos assim, até porque minha mãe e minha tia da família Black são baixinhas.

-- Eu sou Louise... – tive de respirar um pouco e consegui falar mais. – McGold.

Todos se espantaram.

-- A atriz famosa? – indagou Hans, bem surpreso. – E-eu vi você em Ligações Perigosas e Fight For The Glory.

-- Gerd, essa mulher é ganhadora de um Emmy, dois Globos de Ouro e um BAFTA! – exclamou Martin e me mostrando o DVD da primeira temporada de Fight.

Por fim ficamos na sala conversando e se conhecendo. Martin e Hans são amigos de infância do Gerd. Thomas tem só dezoito anos e joga nas categorias de base do Bayern. Ele almeja ser jogador tão bom quanto seu irmão mais velho. E Lisa é amazona premiada. Ela compete na prova de equitação e sua família tem um haras com os melhores cavalos da cidade. Thomas disse que se não conseguir ser jogador, vai se juntar a namorada na modalidade, já que lida bem com animais.

Quando me dei por mim era meio dia e Lisa, pelo visto a iniciativa foi dela, me perguntou.

-- E você e o Gerd são... namorados?

Já estava com a resposta na ponta da língua e ele respondeu rapidamente.

-- Somos namorados.

Lancei um olhar indignado para o jogador e depois para o pessoal. Todos calados e mais espantados. Isso durou uns dez segundos. Thomas saiu do sofá, se ajoelhou e levantou as mãos para o céu, parecendo estar agradecendo.

-- Graças a Deus! – Thomas se levantou e me abraçou mais.

Martin gesticulava sem parar e Hans parecia uma matraca, embora não entendesse nada por estar falando em alemão.

-- Estamos felizes por vocês. – exclamaram os dois amigos, me olhando.

-- Eu nunca conheci a Dianna e pelo que os rapazes me contaram, não era legal. – Lisa estava rindo.

-- Não é questão de ser legal, Lisa. – justificou Thomas, abraçando a namorada. – Dianna parece ser... arrogante.

-- Eu posso dizer uma coisa? Eu conheço a Dianna e ela não me representa ser arrogante. – por mais que a acuse veemente por me separar do Davy na amizade, Dianna não é arrogante.

-- De qualquer forma nós gostamos. – disse Lisa.

A próxima coisa que me aconteceu eram todos no abraço em grupo como uma verdadeira família. Depois disso uma senhora de uns sessenta anos, gorda e usando roupas de cozinheira. Ela carregava um saco de batatas, me abraçou bem forte e me presenteou com as batatas. Não entendi aquele gesto e nem o que ela disse.

-- Ela gostou de você, ursinha. – disse Gerd, com o braço envolta da minha cintura. – Louise, esta é minha mãe, Hilda.

Quer dizer que essa senhora sexagenária é minha... sogra?? Ou melhor, a sogra da Dianna? Ou seria ex-sogra, já que eu fui oficializada como namorada do seu filho mais velho. 

-- Vamos almoçar, Louise! – convidou Thomas e já ajudando a mãe dele pra arrumar a mesa.

-- Almoçar? – estava tão perdida e não sabia como reagir. – Eu não sei.

A velha pareceu não gostar da resposta por estar com a mão no rosto.

-- Jedes Mal, wenn sie fragen, oder laden verweigert! Ich koche für eine ganze Stadt und am Ende sagen, nein! (Sempre que eles perguntam ou convidam, é recusado! Eu cozinho para uma cidade inteira e no fim dizem não!).

Olhei para Gerd e ele entendeu.

-- Mãe, a Louise está cansada da viagem.

Por fim ela aceitou a resposta e disse:

-- Ao menos essa garota tem bons e largos quadris. – Hilda me olhou de cima a baixo, me analisando. – Bons para ter filhos, Gerhard.

Ok, confesso que a parte dos quadris me deixou bem constrangida. Odiava quando falavam disso. No fim da adolescência sofri um complexo de inferioridade por não ter abundância suficiente nos seios mas nos quadris parecia perfeito. Houve época que os jornalistas mais sensacionalistas diziam que eu pus silicone para minha bunda parecer com o das brasileiras. E sem falar que Dianna era beneficiada. Ela tem peitos generosamente grandes e Alice também. Por fora não me chateava mas por dentro sim mas superava. E agora a velhota me solta essa?

Não tive escolha e almocei com todos. De tarde caminhei um pouco pela casa e conheci o quarto de Gerd. Na verdade o quarto dele era o de Thomas agora, no entanto, a casa sofreu umas reformas e finalmente Thommy ganhou seu próprio quarto, assim quando Lisa aparecesse em casa, ela dormia com ele. No quarto de Gerd, tem um beliche, um enorme armário marrom, uma TV de LED de quarenta e duas polegadas, um aparelho de DVD guardado e uma escrivaninha com um livro e... um vídeo game Playstation 4.

-- É do Thomas. – pela cara dele, mentia.

-- Eu não me importo se você joga vídeo game. – disse, mais receptiva. – Eu também gosto e pra caramba. Até hoje tenho conservado meu Playstation 1, Nintendo 64 e Mega Drive.

Ele ficou abismado.

-- Você gosta de coisas antigas?

-- Amo. Demais. – brilhei os olhos.

Gerd e eu guardamos as malas e deixamos as roupas no armário. Ele instalou o Play 4 e jogou FIFA 15 e eu verificava as mensagens do celular. Uma delas era de Davy.

Oi, McLovely.
Como você está?
Eu sei porque está chateada. Por favor, não pense que eu deixei de ser seu amigo. Ainda te curto e também crescemos juntos.
Deixa te contar.
Você sabia que eu encontrei aquele francês de cabelo lambido e que é primo da Odile? O tal François?
Ele perguntou demais sobre você. Como queria ter matado o desgraçado.
Estou com saudades.


Agora Davy entendeu. O que será que aconteceu pra ele finalmente ter entendido minha chateação? Com certeza foi... Dianna. Eu tinha certeza. Afinal, os Monkees saíram em turnê, Emma é namorada de Micky e leva Di e Erin pra ficar perto deles. Por mais que deteste Emma Carlisle, eu estou feliz por uma coisa: ela não tem mais chance com Mike Nesmith e mesmo namorando Micky, ela não gostou do flerte dele com a baixista Alana Watson. Chega a ser irônico, porque Emma é gamada na Di, que é baixinha mas odeia Alana porque é baixinha?! É bem esquisito! Não tenho nada contra Erin, até me dou super bem com ela mas esta passou odiar Fefe.

Na mensagem eu entendi perfeitamente. Davy se irritou com  François.

Olá, McCutie.
Estou bem. Viajei para Alemanha e estou na casa da Odile.
Sobre François, faça o seguinte: viaje para Newport, pegue emprestada a pá de meu pai e mate o filho da puta. Cave bem fundo na floresta mais densa e suma daí!

Com amor
McLovely

Terminei de enviar a mensagem e ouvi as exclamações de Gerd e dos amigos de infância dele jogando no Play 4. Thomas e Lisa tinham saído e eu não estava com vontade de conversar com “minha sogra” pois estava cozinhando o jantar. Permaneci no quarto, ora assistindo os rapazes no FIFA 15 ou Mortal Kombat, ora eu assistindo Hawaii 5-0 no Netflix. Davy não me respondeu, decerto ofendido ou viu que ainda estava chateada.

-- Louise! – chamou Martin, entregando o controle para mim. – Quer jogar conosco?

-- Martin, ela está cansada da viagem. – Gerd disse a mesma coisa que falou para mãe.

-- Mas é só uma partida. – disse Hans, insinuando que eu sou péssima jogadora.

Percebi isso e estou brava. Uma coisa eu tenho certeza. Sou azarada e perdedora. Mas quando são jogos de luta, eu mudo completamente. Larguei o celular na cama e peguei o controle para jogar com Gerd. Eu, uma mulher, deixei três marmanjos no chinelo quando ganhei de cada um por três partidas no Mortal Kombat. Deixei o controle para Gerd e disse em tom vitorioso:

-- Nunca subestime minha capacidade de jogatina, ursinho!

Os rapazes disseram um  “Wow” e tiram sarro de Gerd. Quando anoiteceu, tomei banho tranquilamente e jantei pouco. Porém, na hora de dormir, os amigos de Gerd permaneceram em casa e pousaram lá. Dormiram na sala, acampados e Thomas e Lisa foram para a casa dos pais dela. Gerd e eu ficamos no quarto dele. Pela ausência de cama de casal, eu subi no beliche e fiquei na cama de cima.

-- Vem dormir aqui, ursinha. – pediu Gerd, já deitado na cama debaixo.

-- Não, obrigada. Está bom aqui em cima.

Fiquei no celular um tempo e ao me virar pro lado, a cama do meu beliche rangeu. Tive medo daquela cama se quebrar. De novo me virei e mais rangidos.

-- Você vai cair. – temeu o alemão. – Vem deitar aqui.

Não respondi. A previsão de Gerd deu certo porque me virei pro outro lado e a cama é tão estreita que um movimento e já caio. Gritei no momento que aconteceu isso mas fui salva pelo ursinho.

-- Como sabia que eu ia... cair? – perguntei meio sonolenta.

-- Já tinha te avisado e notei que seu corpo estava perto do lado de fora.

No fim aceitei dormir com ele na cama debaixo. Por um lado foi bom porque fiquei perto do Gerd e ainda podia tocá-lo. Por outro lado é impossível de se mexer.

-- Merda! – exclamei, saindo da cama. – Vou dormir em outro quarto.

Gerd tirou o colchão da cama dele e o do meu beliche perigoso, unindo-os no chão pra formar uma cama de casal. Estendeu os edredons, colocou os travesseiros e uns cobertores.

-- Agora podemos dormir juntos.

Sorri para ele e deitamos confortavelmente juntos. Ele ressonava e eu o abraçava mas não dormia. E sim... sentia um tesão por ele muito grande. Foi aí que lembrei de três anos atrás, quando era protagonista numa minissérie épica chamada On The Victory. Falava sobre uma princesa galesa que viaja para Portugal com o objetivo de casar-se com um duque inglês que estava negociando com o príncipe regente Dom João VI, na época que Portugal colonizava o Brasil e quando Napoleão Bonaparte decretou uma lei que proíbe todos os países de negociarem com a Inglaterra. A história toda se passa em Coimbra e todas as cenas foram gravadas lá. Atuei com um ator português que vive atualmente no Brasil chamado Ricardo Pereira. Ele interpretava um coronel português da guarda do príncipe regente. Davy é o duque inglês e o vilão da minissérie. A minha personagem, resignada em casar com o nobre, acaba mesmo se apaixonando pelo coronel, que por sua vez, é um homem rude, beberrão e um monstro. Mas quando viu a bela noiva do duque, mudou suas atitudes.

A minissérie marcou umas coisas, apesar do pouco sucesso europeu. Havia poucas cenas de sexo, mais ação e mais romance açucarado. E também esse foi um dos meus primeiros trabalhos na TV. O primeiro foi O Morro dos Ventos Uivantes quando eu era Cathy e Davy era Heathcliff. Nesta minissérie portuguesa, algumas coisas foram diferentes. Davy e eu atuamos juntos mas não como par romântico e ele foi pela primeira vez o vilão, já que ele sempre era o galã e o mocinho. E além disso rendeu alguns prêmios para nós e mais destaque em outras produções quando Davy fez uma rápida participação especial em Game Of Thrones e eu em Grey’s Anatomy e por fim juntos novamente em Fight For The Glory, o nosso “Spartacus 2”, por causa da quantidade de morte, luta, sangue e sexo.

Entre tantos pensamentos, beijei de leve Gerd e ao mesmo tempo o toquei, com a mão dentro da cueca boxer que usa.

-- Hmmm... Ursinha...

-- Me possua...

Deitei por cima dele e tirei a camisola, ficando apenas de calcinha. Enchi-o de beijos no rosto e passei a língua em sua boca.

-- Desse jeito me deixa louco... – disse em voz baixa.

-- Essa é a intenção.

Tirei a cueca dele e me livrei da calcinha. Fiquei sentada nele, segurando forte seus pulsos e cavalgando devagar.

-- Gerhard... – disse entre suspiros e gemendo em seu ouvido. – Me perdoa... Ursinho... eu...aaaahh...

Ele apertava meus seios e gemia igual como na cena de sexo que gravamos juntos no filme. Ele se levantou, sugando meus seios e abraçando forte. Ele apertava meu bumbum um pouco. Invertemos as posições e ele abriu minhas pernas, fazendo sexo oral muito gostoso e depois se preparou para me penetrar. Ali fui aos céus. Queria gritar mas Gerd abafou com a mão.

-- Não grite, mein liebe. – ainda em voz baixa. – Podem nos ouvir...

Gerd me penetrava forte e sussurrava coisas em alemão e me excitei mais. Finalmente ouvia sua voz rouca e trovejante. Aquela voz provocante... E seu corpo... Ah aquele corpo... Minhas mãos percorriam em suas costas a medida que as estocadas ficavam mais rápidas. E nós dois não conseguimos evitar os gemidos. Minutos depois veio o orgasmo e ele deitou sob meus seios, ofegante...

Abri os olhos, sorridente e afagando seu cabelo desgrenhado.

-- Tolentino... – suspirei.

-- Quem? – ele perguntou.

-- Você parece Tolentino, o coronel português que foi par romântico da minha personagem em On The Victory.

-- Lembro dessa minissérie. – ele se virou pro lado e me puxou para perto. – Dianna assistia no Netflix.

-- E você assistia junto? – ri disso pensando como seria Gerd vendo novela romântica ou essas minisséries.

-- Um pouco. Só não assistia Star Trek porque acabava dormindo. – ele riu. – Mas porque eu me pareço com um coronel sádico português?

-- Você usa o mesmo bigode que ele e suas atitudes e do Felix no filme lembram um pouco Tolentino. Ele era cruel, mas tinha um coração amoroso.

-- Isso é, depois de aparecer uma Princesa Izabel de Cardiff e uma Poppy Heart.

Ficamos mais abraçados no colchão e trocamos beijos ardentes. Adormecemos juntos.


Felicity POV

Já completou uma semana das férias forçadas e Odile esticou mais um pouco o tempo de descanso. E eu claramente, estava me entediando ficar em casa, ajudando minha mãe nos novos vestidos para o desfile e assistindo futebol na TV com meu pai e meus irmãos.

Na realidade, sentia falta de Peter. Como quero aquele poetinha atrapalhado e fofo. Depois de ficar o tempo todo em casa, resolvi sair de casa. Meus pais não se opuseram e então segui viagem para Madri. Fotografei os lugares e até me arrisquei a visitar o estádio Santiago Bernabéu. Dei sorte que encontrei o time Real Madrid treinando com Zinedine Zidane, o novo técnico, após a queda de Rafa Benítez. E lá reencontrei meu ex-namorado, o goleiro Iker Casillas. Ele me viu e correu fora do campo.
-- Felicity...

-- Oi, espanhol... – sorri.

-- Faz muito tempo que não vem aqui... – ele comentou. – Se esqueceu de mim?

-- Sou difícil de esquecer os meus ex-namorados. Ou melhor, aqueles que me deram um pouco de felicidade.

-- Está sabendo que seu amado holandês vai se casar?

-- Sim. – respondi, sorrindo e pela cara de Iker, ele estranhou isso.

-- Você... Não está magoada?

-- Não. Até porque somos amigos e ele me convidou para o casamento.

-- Que coincidência. Eu também fui convidado. Sara e eu vamos em dezembro para Barcelona.

Entre uma conversa e outra Iker no fim me deu uma flor e quando ia agradecer, encontrei Peter, me olhando e desolado. Não! Aquele olhar de cachorrinho perdido dele, me magoou e muito.

-- Iker, foi bom ter te encontrado.

-- Nos vemos no casamento, señorita.

Sai do estádio e alcancei Peter facilmente.

-- Peter!

-- Me deixa! – ele se afastava.

-- Eu vou explicar.

-- EXPLICAR O QUÊ? – agora ele pareceu alterado. Demais. – Você ficou brava comigo porque me viu beijando a Erin. Depois discutimos quando disse que Louise está traindo Davy e não quis acreditar.

-- Pra começar, você pareceu não se importar com o fato que ter dito que foi Davy a provocar isso. Ele está preferindo a Dianna e esquecendo Louise. Na verdade é VOCÊ QUEM NÃO QUIS ACREDITAR EM MIM! – gritei, perdendo a paciência.

Peter queria chorar e eu também.

-- Sabe, acho melhor mesmo... que nós fiquemos separados. – ele disse.
Espantei com ele falou. Geralmente sou eu que termino com o caras mas com Peter, foi diferente e doeu.

Me afastei e mais lágrimas brotaram em mim.

-- Se é assim, então... acabou.

Voltei para o hotel sob a chuva torrencial. Me tranquei no quarto e chorei na cama. Depois tomei banho ouvindo Leaving On A Jet Plane, do trio Peter, Paul & Mary. Olhei meu celular e encontrei só três mensagens de Emma.

1)       Me perdoa
2)      Eu sinto sua falta
3)      Eu te amo

Guardei o celular no criado mudo e voltei a chorar. A saudade de Peter aumentava demais. Antes cogitava em voltar para casa em uma semana, agora quero mais que tudo retornar amanhã mesmo. Contudo, naquela noite aconteceu algo. Ouvi batidas na porta e fui abrir. Ele.

-- Não quero mais ficar separado de você!

-- E quanto ao que falamos?

-- Depois resolvemos, agora... desejo me redimir com você, supernova.

-- Starlord sou eu que peço perdão. – abracei Peter tão forte que ele ficou com falta de ar. – Eu fiquei com medo de perder você. De verdade. Eu...

-- Calada e me beija!

Fechamos a porta e seguimos para a cama. Peter abria meu robe e apertava meus seios e os sugava com vontade.

-- Peter... mais... por favor...

Ele obedeceu. Desceu os beijos para todo meu corpo e chegou no meio das pernas, fazendo um sexo oral tão incrível que me levou nas nuvens. Puxei a cabeça dele, pedindo mais e mais aquela língua.

-- Ooooh Peter!

Quando terminou, ele me olhou de forma safada e tirou a roupa na minha frente. Colocou a camisinha que tinha no bolso da calça e deitou-se por cima de mim.

-- Minha supernova...

A penetração foi suave e devagar. Foi assim por alguns minutos. Apertava o bumbum dele e o arranhava nas costas.

-- Ai! Não me machuque, supernova!

-- Perdão, Starlord. – disse e beijando meu poetinha. – Me empolguei. Posso ficar por cima?

-- Seu pedido é uma ordem!

Invertemos as posições e cavalguei nele rápido. Peter passava as mãos no meu corpo e apertava mais meus seios e os mamilos.

-- Peter... meu poeta, Starlord... eu...

-- Felicity... eu...

Puxei Peter para o rosto dele ficar entre meus seios e atingimos o clímax juntos.

Deitamos bem abraçados e ofegantes. Nem deu cinco minutos de pausa e o telefone do hotel tocou. Ele atendeu.

-- Alô? – com uma voz cansada.

-- Peter? – mesmo sendo ele atender, reconheci a voz de Anastacia no outro lado da linha. – Espera! Você está com a Fefe?

-- O que acha? – ele ria. – Meu deus, não consigo respirar e nem sentir minhas pernas....

-- Me conta os detalhes...

-- Bem... Eu e ela...

Não deixei aquela conversa se esticar e peguei o telefone.

-- Ana, por favor liga amanhã pro celular dele. Estamos ocupados.

-- Ah, sim! Desculpa, Fefe. E boa noite.

Coloquei de volta no gancho e pra garantir não ouvir mais, tirei da tomada. Ali mesmo iniciou meu romance, desta vez pra valer com Peter.


Gerd POV

Amanheceu e notei o quanto Louise estava diferente. Comparado a noite passada onde teve a iniciativa, esta manhã agiu com certa frieza. Pensei em convidá-la para um passeio na rua mas chovia demais e a previsão do tempo era o dia todo, a tarde e noite só chuva.

No café da manhã ela não conversou, apenas agradeceu pela refeição, ajudou Lisa e Thomas para lavar louça e a limpeza do quarto.

Ela não saiu do quarto.

Subi para lá e a encontrei lendo na minha cama do beliche. Fechei a porta e me sentei perto dela.

-- Quer me contar algo?

-- Sua família e amigos sabem que você terminou com a Dianna?

-- Sabem. – respondi, segurando a mão dela. -- Contei pro Tommy e ele contou a todos. Ursinha não quero esconder de mais ninguém que a amo. Você é meu mundo, o meu universo.

Ela guardou o livro e em seguida pegou a pilha de revistas que estavam embaixo da cama. Todas continham fotos minhas com Dianna. Louise mostrou a revista Vogue... com Dianna e eu posando para as campanhas da Calvin Klein e o desfile do Victoria’s Secret.

-- Louise...

-- Antes era ursinha, agora é Louise? – soltando sua mão das minhas. – Não posso negar que há uma atração entre nós... Eu...

É claro. Ela ainda ama o anão... Soquei a parede.

-- O que ele tem que eu não tenho?

-- Gerd, eu não amo e nem consigo mais amar o Davy. – ela chorava. – Eu estou com raiva. De tudo. Perdi meu amigo. Pra Dianna. Se ele está com ela por mim tudo bem e pra você também. Mas... estou com raiva porque senti que ele não é mais meu amigo. Está entendendo?

Louise quer culpar Dianna, sem saber que eu também tenho parte disso. Minhas tentativas de ter a ursinha ao meu lado serviram para afastar ela e Davy na amizade e isso não queria.

-- Louise...

-- Quero ficar sozinha, Gerd.
Abracei Louise bem forte.

-- Ursinho...

Poderia ter acontecido um beijo se não fosse a intromissão de Thomas.

-- Opa! – se desculpando. – Só pra avisar, seu celular tocou e era Alice. Mandando você ligar a TV e colocar no canal 5!

Peguei rápido o controle remoto. Ligamos a TV no canal indicado e começou um programa sobre carros antigos e... apresentado por Alice.

-- E hoje no Relíquias sobre rodas,eu irei encontrar um Alfa Romeo 74.

-- Minha lua tem seu próprio programa de reforma de carros. – dizia, emocionada. -- Que orgulho!

Fiquei bem surpreendido mas não tanto quanto Louise. Já havia algum tempo que Alice disse sobre seu desejo de falar sobre carros antigos e apresentar um programa assim na BBC. E pelo visto, seu sonho se tornou realidade.  Após o programa, Louise me mostra uma mensagem de Alice.

-- Fala sério! Ela quer que eu participe do programa e diga qual é o carro que desejo.

-- E você vai?

-- Não gosto de me expor... Depois eu envio uma mensagem para ela, recusando o convite.

Passado uns três dias Louise conheceu as namoradas de meus amigos. Fridda é uma sueca e namora Martin. Lena é noiva de Hans... e está grávida. Junto com Lisa,  quatro ficaram amigas, embora notei que Louise ficasse bem incomodada a cada instante que elas falassem de Dianna. Numa noite não nos amamos mas dormimos do mesmo: com os colchões no chão.

-- Amanhã vou para Newport. – ela disse em tom de lamentação.

-- Por quê?

-- Saudade da família.

No outro dia Louise se despediu de todos. Minha mãe deu de novo um saco de batatas. Martin e Fridda lhe deram um vestido para caso Louise participar da Oktoberfest. Lembrei uma vez que Dianna se recusou a vestir. Lena e Hans foram mais humildes. Foram quatro livros de história da era vitoriana, já que a ursinha adorava.

Olhei na janela se despedindo.

-- Werden Sie Ihre freundin gehen lassen? (Vai deixar sua namorada ir embora?) – minha mãe perguntava e... arrumava minha mala?!

-- Sie entschied sich dafür. (Ela optou por isso.)

-- Nun ist diese! Ich sah dieses Mädchen tat. Ich sage, sie mehr Haltung, Freundlichkeit und Geist einander hat. Sind Sie geben nicht auf Grund Wert. Gehen Sie nach ihr, mein Sohn!  (Ora essa! Eu vi o que essa garota fez. E digo que ela tem mais atitude, gentileza e espírito que aquela outra. É você que não está dando devido valor. Vá atrás dela, meu filho!)

Poucos minutos depois segui Louise.

-- Vou com você.

E ela se espantou.

-- Sabe que vai conhecer minha família. E... já aviso que somos muito diferentes de vocês.

-- Se eu agüento 90 minutos em campo, porque não uma viagem e conhecer sua “tenebrosa” família?

Louise suspirou e aceitou.

-- Não diga que eu não lhe avisei!

A viagem foi longa e chegamos ao fim da tarde. Eu estava em Newport, uma cidade pequena de Gales. Já havia visitado aquele país em dias de amistoso e jogos das eliminatórias da Eurocopa.

Agora só me restava conhecer a família de Louise.


Continua...


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