Quem tava com saudades de Rush, comente! Boa leitura!
Capítulo 6: Um pouco de romance
Odile POV
Durante todo o trajeto até
a casa de Hesketh, nós quatros quase não conversamos, com a exceção quando
íamos conferir se o caminho estava certo ou não. Notei que em alguns momentos
Niki me olhava de forma apaixonada e de alguma forma, eu estava correspondendo
aquele sentimento.
-Chegamos – anunciou Clay.
Ele estacionou, saiu do carro e como um cavaleiro, ajudou Louise a descer do
carro, enquanto Niki me ajudou também.
Tocamos a campainha e quem
a abriu foi James Hunt.
-Olá Suzie – disse ele
para Louise – Está muito linda hoje!
-Er...Olá James –
respondeu minha amiga, muito envergonhada.
-Olá rapazes – os pilotos
se cumprimentaram e fez um gesto com a mão para todos nós entrarmos, quando
passei ao lado de Hunt, este sorriu e
disse –Você também esta muito linda, menina do Niki.
Clay ria, enquanto Niki
começava a ficar vermelho e eu acabei ficando sem reação.
-Não venha com essa de que
vai me matar – disse James – Uma hora ou outra ela ia ficar sabendo!
Niki mandou Hunt calar a
boca e este começou a rir.
-Vamos dançar um pouco,
Odile – Niki me puxou pela mão e me levou até a pista de dança e começamos a
dançar – Me desculpe pelo Hunt, as vezes ele tão inconseqüente que eu não sei
lidar com ele!
-Tudo bem – respondi – Às
vezes Louise é assim. Talvez seja por isso que esses dois combinem demais.
Continuamos a dançar e
quando sentimos que estávamos cansados, resolvemos tomar uma bebida . Ele pediu licença e foi conversar com Jackie
Stewart.
-Quer dançar comigo? –
perguntou François Cevert para mim, em francês. Aceitei
e voltei para a pista de dança – Queria saber, sua amiga, aquela inglesa, esta
disponível hoje?
-Acho que sim – respondi.
-Mas tem certeza que ela
não esta com o Clay? – olhei para Clay e vi que ele conversava com Hesketh e
acabei notando que François fazia uma dancinha esquisita.
-Absoluta!
Ele agradeceu e saiu atrás
de Louise. Acabei encontrando o casal Moore sentados numa mesa , observando a
festa, que eram meus amigos e acabamos começando a conversar.
-Estamos aqui porque Best
foi convidado – disse Bobby dando uma bebericada um pouco a sua cerveja – E
Busby me mandou aqui para vigiá-lo, vê se pode uma coisa dessas!
-Esta de olho na sua amiga
maluquinha também? – perguntou Tina Moore.
-Em partes – respondi – Só
não quero que ela fique bêbada, ela meio que esta tentando ficar sem álcool na
vida dela.
Tina balançou a cabeça e
depois começou a me contar sobre a filha deles, Roberta, que estava ingressando
na escola e de seu aniversário que estava se aproximando e que eles faziam
questão que eu comparecesse.
-Nem que Bobby mande o
jatinho do United pra te pegar aqui em Londres – disse ela – Mas você vai ter
que estar nessa festa!
Eles me perguntaram sobre
meus projetos e contei-lhes sobre o recente projeto que estava trabalhando com
Louise.
-Boa noite pra vocês –
disse George Best se sentando ao meu lado – como você estão?
-Como você esta se sentindo Best? – perguntou Bobby.
-Numa escala de zero a
dez? – Best perguntou a si mesmo – Eu diria uns 7. Ainda não consegui ficar com
uma pequena! – ele se virou para mim e sorriu – Ainda não te contei French
Girl, sobre o último jogo, em que eu fiz quatro gols!
George Best e eu éramos
melhores amigos. Conhecemos-nos quando
eu tinha acompanhado Roger num jogo do campeonato inglês, Arsenal – que Roger
torcia – x Manchester United, em Manchester.
Quando Roger conseguiu entrar nos vestiários
para pegar alguns autógrafos, eu fiquei do lado de fora e George apareceu e
achei que ele iria me cantar, mas veio me perguntar sobre o que achara do jogo
e começamos a conversar. Dei o telefone do apartamento de Marie, onde eu estava
vivendo temporiamente e não paramos mais de conversar e acabou me dando esse
apelido, “Frenchy Girl” pelo fato de não saber pronunciar o meu nome.
-Sério? –perguntei a ele.
-Sim!No primeiro, Moore me
mandou um passe lindo e marquei aquele golaço. Nos outros três, eu tive de me
virar sozinho – respondeu ele roubando a cerveja de Bobby.
-Sabe Odile – Bobby tentou
tomar sua cerveja, mas não conseguiu – O ego do Best é maior do que o do time e
ai gente acaba não conseguindo acompanhar!
George tomou a cerveja
numa golada só e soltou um pequeno arroto.
-Seu porco – disse eu, dando
um pequeno beliscão no braço dele.
-Ai! – e ele acabou dando
um beliscão também no meu braço – Vamos dançar,
Frenchy Girl?
Ele me levou para a pista
de dança e começamos a dançar ao som de Elenore do The Turtles. No meio da dança, ele
parou e ficou estático.
-O que foi George? –
perguntei. Virei para trás e vi que ele olhava de um jeito apaixonado para
Louise, que dançava com François Cevert.
-Eu quero dançar com ela –
disse ele, ainda observando minha amiga – E quero passar o resto da noite com
ela!
-Okay – respondi – Vamos
tentar pelo menos terminar a nossa dança e Louise será toda sua.
Voltamos a dançar e ele
começou com o questionário.
-Ela é a sua amiga não é?
-Sim.
-Como ela se chama?
-Louise McGold.
-Ela gosta de beber?
-Sim...Mas não quero que
ela fique bêbada.
-Tudo bem – respondeu ele
– Ah não acredito que o cara conseguiu beijar ela!
Olhei para trás novamente
e vi que Cevert e Louise trocavam um beijo quente.
-Tem mais alguém a fim
dela nessa festa? – perguntou Best, quando paramos de dançar de novo.
Apontei para Clay, Hunt e
mais uns quatro caras que olhavam Louise de forma intensa.
-Será que eu vou ter que
bater em todos eles, pra conseguir ficar com essa pequena? – perguntou ele.
-Acho que não – vi que
Louise parou de beijar Cevert e ela saiu correndo em direção do banheiro. Best
saiu correndo atrás de Louise, enquanto Cevert ainda estava parado na pista de
dança um pouco chocado.
Girei os calcanhares e
acabei trombando com Niki e derrubei a bebida dele em sua camisa branca.
-Pardon! Pardon! Pardon! –abri a bolsa e tirei um pequeno lenço e
tentei limpar o estrago, mas não consegui.
-Tudo bem, Odile – disse
ele rindo – Essas coisas acontecem!
-Mas me desculpe! –
tentava limpar aquela mancha da camisa dele, mas ela só aumentava – E- e-eu não
tive a intenção!
Niki acabou roubando um
pequeno beijo meu. Eu não sabia reagir, mas por impulso, acabei me deixando
levar pelo beijo e ele foi se tornando mais intenso. Logo ali eu soube que não
estava mais apaixonada pelo Roger e sim pelo Niki.
-Eu tenho namorado sabia?
– falei ainda o beijando ele.
-Eu sei disso – respondeu
ele – Mas eu gosto de você!E pelo que você me contou seu namorado nem liga mais
pra você!
-Pra ser sincera – falei –
Eu também estou gostando de você!
Ele me puxou para perto de
si e me envolveu em seus braços.
-Então, nessa noite –
disse ele – vamos nos permitir um pouco!
Trocamos outro beijo
quente e ouvi a voz do Jackie Stewart gritando: “Isso ai Niki!”. Puxei-o de
volta para a pista de dança e começamos a dançar. Acabei passando o resto da
festa dançando e beijando ele. Foi quando eu perguntei que horas eram e ele me
respondeu que já era uma da manhã.
-Estou exausta – falei –
acho que vou voltar para casa!
-Faço questão de te levar
para casa – disse ele – vou pegar as chaves do carro com o Clay, já venho.
Ele foi atrás do Clay e
voltou com as chaves na mão.
-Vamos?
-Tenho que achar Lulu pra
avisar que estamos indo embora.
-Mas ela já foi –
respondeu ele – Enquanto a gente dançava, eu a vi indo embora.
-E você não me avisou?
-Não conseguia tirar os
olhos de você! – respondeu ele.
-Como você é fofo! –
respondi, apertando a bochecha dele.
Despedi-me do pessoal da
festa e Niki me levou de volta para casa. Quando estávamos na porta do prédio
onde eu morava, acabamos trocando um beijo.
- Quer passar a noite
aqui? – perguntei a ele, apontando em direção ao prédio.
-Eu já vou indo Odile –
respondeu ele.
-Eu insisto! – respondi –
Está tarde e você bebeu, tenho medo que sofra algum acidente!
Mesmo um pouco relutante ele
aceitou. Entramos no prédio, tomamos o elevador e subimos em direção ao
terceiro andar do prédio. Peguei o meu molho de chaves na bolsa e abri a porta
do apartamento.
-Não repara a bagunça –
falei. Não tinha como reparar, Louise tinha deixado seus vestidos em cima do
sofá. Peguei todos e levei pro quarto dela.
-Ué, ela não veio para
casa – disse eu enquanto colocava as roupas na cama dela.
-Talvez ela fosse para a
casa de alguém – respondeu Niki, se sentando no sofá e ligando a TV.
Dei os ombros e fui me
trocar no quarto. Tirei o vestido e coloquei meu pijama azul com estampa de
gatinhos. Mexi na roupa sem passar e encontrei uma bermuda e uma camiseta que
eram do Tim Dalton e levei para Niki.
-Veste isso para você
dormir.
Ele foi para o banheiro e
pouco depois voltou para a sala e deitou no sofá.
-Você vai dormir ai? –
perguntei.
-Acho que sim – disse ele.
-Acho que não – respondi –
Vem, dorme comigo.
Ele se levantou e desligou
a TV, e veio para o meu quarto. Apaguei todas as luzes do apartamento, restando
somente a do meu quarto e peguei as cobertas. Ele se deitou e apaguei as luzes
do quarto e me deitei junto a ele.
-To sentindo algo andando
entre as minhas pernas – disse ele. Olhei por de baixo da coberta e vi Meia-
Noite se aproximando e aninhando perto dele.
-É o meu gato!
Meia-Noite se esticou um
pouco e acabou arranhando sem querer a perna dele. Pedi mais uma vez desculpas
e tirei o gato debaixo das cobertas e o coloquei este entre eu e Niki, o que
foi uma péssima idéia, pois acabou sendo difícil para namorarmos um pouco.
Adormecemos juntos pouco depois e só acordamos quando eu ouvi o telefone
tocando.
Quando atendi era uma
mulher vendo alguma assinatura de jornal e acabei desligando no mesmo momento.
-Quem era? – perguntou
ele, se levantando da cama e vindo até mim – Era o Clay? Alguém da equipe?
Envolvi-me em seus braços
e respondi que era uma mulher tentando vender uma assinatura do jornal. Ele
roubou-me um beijo e meu gato arranhou as pernas dele, de novo.
-Meia- Noite! – falei,
tirando-o de perto de Niki – Que modo são esses com nosso visitante?
-Ele deve estar com ciúmes
de você – respondeu Niki afagando o gato.
-Mas ele assim todos os
caras que vem aqui em casa – respondi – Desde o Roger, até os Pythons e o
marido da minha irmã.
-Isso é estranho – ele
comentou e eu tive de concordar. Soltei o gato dos meus braços alertando para
ele não chegar mais perto das pernas de Niki. Foi quando ele fugiu para o
quarto da Lulu e não voltou mais.
-Louise não voltou para
casa – comentei com Niki – O mais estranho é que nós combinamos que se passamos
a noite fora, uma avisa a outra para não ficarmos preocupadas.
-E ela não te avisou onde
poderia estar? – perguntou ele.
-Não – respondi – Não sei
se ela depois da festa ficou alguém e depois de manhã foi para os estúdios
encontrar os Pythons.
-Telefone para eles e
pergunte se ela esta lá – sugeriu Niki.
Peguei o telefone e liguei
para o estúdio da BBC, onde os Pythons gravavam e uma secretária atendeu e
pouco depois o telefone foi passado para John Cleese e perguntei para ele se
Louise havia aparecido por lá.
-Ela não apareceu por aqui
não – respondeu ele.
Eu comecei a entrar em pânico. Louise
havia sumido e eu não sabia por onde começar a procurar.
-Calma Odile – disse John
– Eu to indo ai pra sua casa e ai começamos a procurar!
Ouvi Eric Idle gritando
atrás que também viria junto.
-Tudo bem – respondi,
tentando me controlar. Desliguei o telefone e virei para Niki – Ela não esta lá
e o John e o Eric estão vindo para cá.
-Já tentou falar com os
pais dela? – disse Niki. Liguei para os pais dela e quem atendeu foi o irmão
dela, Mickey.
-Não, ela não esta aqui –
respondeu ele – Aconteceu alguma coisa com ela?
-Ela não passou a noite
aqui em casa – respondi – E não telefonou ainda.
-Você acha que ela sumiu?
– perguntou ele apavorado.
-Não sei – respondi.
Percebi que tinha outra ligação na linha – Espera, eu já falo com você, tem
outra pessoa na linha. Alô quem fala?
-Pequena do Niki é você? –
reconheci a voz, era James Hunt.
-Hunt?!
-Ah olá – disse ele – tudo
bem ai com você?
-Mais ou menos, Louise
sumiu, ela esta ai? – perguntei.
-Suzie não passou a noite
aqui – respondeu ele – Mas até que não seria uma má idéia. Enfim, só estou
ligando pra avisar que Bobby Moore apareceu aqui, louco atrás do Best, dizendo
que ele sumido e ai eu disse que ele não estava aqui na casa do Hersket e ai
falei pra ele ir ai pra sua casa!
-Para a minha casa? –
perguntei.
-Você não é a amiga do
Best? – disse Hunt – Deve ter uma idéia de onde ele esta!
Foi ai que liguei os
fatos. Best estava louco para ficar com Louise e tinha ido atrás dela depois de
ter dançado comigo e eu não tinha encontrado nenhum dos dois quando fui embora.
-Sim, Hunt, eu acho que
sei onde os dois estão? – respondi.
-Os dois? – perguntou ele
– Não era só ele?
-Sua Suzie esta com ele –
respondi. Despedi-me e desliguei o telefone e vi que Eric Idle, John Cleese e
um furioso Bobby Moore haviam chegado.
-Bom dia rapazes, como
vocês estão? – falei.
-Onde esta a Louise? –
perguntou Eric – Ela esta bem?
-Odile, me diga que você
sabe onde esta o Best! – disse Bobby irritado – Ou o Busby me mata!
-Só quero saber de uma
coisa – disse John apontando para Niki – Ele passou a noite aqui?
-Vamos as resposta: sim
ele passou a noite aqui e sim, eu sei onde Louise e Best estão – respondi com
calma – Vou me trocar e todos nós vamos buscar os dois!
Entrei no quarto e fechei
a porta. Peguei a primeira calça jeans que vi,uma camisa simples e
vesti-as,calcei uma sapatilha e no meio roupa sem passar encontrei uma jeans e
uma outra camisa que outra hora foram do Tim Dalton e as saparei para Niki
.Sinceramente a Louise deveria se livrar daquelas roupas urgentemente, se ela
quisesse esquecer dele.
- Ela é meio estressada,
sabe? – ouvi John dizer para Niki, enquanto eu saia do meu quarto – Cuidado com
isso!
-O gato dela já te
arranhou? – perguntou Eric.
-Sim – respondeu Niki ,
apontando para as marcas dos arranhões – Doeu demais!
-Rapazes, depois vocês dão
dicas pro Niki de como me namorar – falei, enquanto pegava uma muda de roupa no
quarto de Louise e entregava a outra muda para Niki – Vá se trocar e vamos
atrás de Louise.
Ele foi para o banheiro,
enquanto eu tomava uma xícara de café.
-Odile, temos que nos
apressar – alertou Bobby.
-Se não o Busby irá te
matar, eu sei, você já falou – respondi – Os dois estão num pequeno hotel em
Southampton. É o lugar preferido do Best na cidade!
Bobby começou com um
questionário de como eu conhecia o lugar, se eu já havia ido para lá, o que
Best fazia lá e entre outras coisas. Respondi que isso era segredo meu e do
Best e avisei que se ele quisesse saber a verdade, perguntasse ao Best.
-Vamos Odile? – perguntou
John, depois que Niki saiu do banheiro.
Saímos todos do
apartamento e eu fechei a porta. Tomamos todos juntos o elevador e descemos em
direção do saguão e ai começou outro impasse.
-Vamos em que carro ? –
perguntou Eric.
-No meu, é claro –
respondeu John.
-Não, vamos no meu carro, que é mais rápido – disse
Bobby.
-Vamos, no meu, até porque eu sei dirigir mais
rápido – disse Niki.
Eles começaram a discutir
e por fim eu decidi.
-Vamos no carro do Niki e
Bobby vai atrás com o dele, tudo bem?
-Tudo bem – eles
responderam em coro.
Fomos paro o carro de Niki
e enquanto Bobby seguiu atrás de nós com o seu bentley. Pouco depois estávamos
na auto-estrada em direção a Southampton. Os dois Pythons foram contando
algumas piadas que pensavam em colocar nos próximos episódios do show deles.
Depois de um tempo, acabamos ficando todos em silêncio, até que Eric quebrou o
silêncio.
-Então, você e o
Niki...Estão namorando? – perguntou ele.
Olhei para Niki e ele me
encarou. Quis dizer que sim, mas não podia. Contei para os dois que Roger
andava distante de mim e que quando ficava perto dele e buscava carinho, ele
sempre negava e inventava de sair e compor.
-Isso é estranho! –disse
Eric – Será que ele esta fazendo alguma coisa de errado?
Discutimos todas a
possibilidades, de que nosso amor tinha acabado ( que já era fato isso), de que
ele poderia ter uma amante, de que ele poderia ter várias amantes, e de que
Niki poderia ser o meu amante.
-Amante? – perguntou ele,
em alemão
-Odile, traduza pra gente,
por favor – disse John, tentando segurar
o riso.
Não agüentei e comecei a
rir junto, deixando Niki sem jeito.
-Eu não sou seu amante –
Niki tornou a falar outra vez em alemão – Sou seu novo namorado!
Eu acabei corando e John
começou a me zoar pelo fato não ta entendo nada do que Niki estava falando e
também por não ter entendido nada.
-Olha, chegamos a
Southampton – disse Eric.
Entramos na cidade e fui
guiando Niki por esta, até chegarmos numa outra estrada e já quase perto do
mar, achamos um pequeno hotel cujo o nome era o “Velho e o Mar” , que era inspirado no livro do Enerst Hemingway, um
de meus escritores favoritos.
-E aqui? Esse é o famoso
refúgio do George Best? – perguntou Eric, enquanto Niki estacionava e Busby
estacionava atrás.
-Sim, é aqui mesmo –
respondi, enquanto saímos do carro.
Nós cinco entramos no
sanguão do pequeno hotel e logo o dono do hotel, Albert Andrews apareceu para
nós comprimentar.
-Odile! A quanto tempo! –
ele me deu um abraço acalorado e depois abraçou todos – E olha quem está aqui!
Bobby Moore, o campeão mundial! Sou um grande fã do senhor e os dois jovens do
Monty Phyton! Meus filhos são fãs de vocês!
-Ficamos honrados em saber
isso – respondeu Eric Idle com um sorriso.
-Só não conheço você –
disse Albert, apontando para Niki.
-Ele é o novo namorado da
Odile – respondeu Bobby – Ele é um piloto de formula 1, seu nome é Niki Lauda.
-Muito prazer senhor –
cumprimentou Niki.
-Não sou fã de Formula 1
como Odile e meu filho, Junior – respondeu ele, dando um sorriso – Vou chama-lo
aqui, o Junior! – ele gritou e meus ouvidos doeram – Vem cá, tem um piloto de formula 1 aqui!
- Albert, vamos direto ao
assunto – falei – Best esta aqui não está?
-Sim, minha querida, você
sabe como ele ama aqui – respondeu ele.
-Uma moça loira, mais ou
menos do meu tamanho , usando um vestido
verde claro com detalhes de flores e usando botas pretas, veio com ele
para cá ontem a noite? – perguntei.
Junior chegou e soltou um
berro vendo Moore, Cleese, Idle e Lauda juntos e Albert mandou este se
controlar na frente das visitas.
-Sim, eles vieram –
respondeu ele – Pode subir lá, você se lembra do quarto, não é?
-Quinto andar, quarto sete
não é?
-Exatamente! – respondeu
ele.
-Vamos rapazes, já achei o
quarto deles e obrigado Albert –
respondi – já voltamos para tirar fotos com vocês!
Subimos as escadas e
chegamos ao quinto andar do hotel, ofegantes e quase mortos. Andamos até o fim
do corredor e paramos na porta do quarto sete e não ouvimos nenhum ruído.
-Será que eles estão
dormindo? – perguntou Eric para mim.
-Devem estar – respondi - Mas
como vamos acordar os dois?
-Bem, se a porta estiver
fechada, eu a chuto e nós entramos – respondeu Bobby.
-A porta esta aberta Bobby
– respondi –Ele não dorme com as portas trancadas.
-Tudo bem, e ai a gente
grita alguma coisa? – perguntou Bobby novamente.
-Gritamos do tipo:
“Parados, Scotland Yard?” – perguntou Eric.
-Gritamos os nomes deles,
apenas! – respondi – Então vamos lá!
Contei até três e entramos
no quarto e vimos George e Louise nus,
dormindo de conchinha, com os lençóis cobrindo eles.
-A noite foi intensa –
sussurou Bobby, observando as roupas dos dois jogadas pela casa.
-Louise McGold! – gritei –
George Best!Acordem!
-Só mais cinco minutinhos
mamãe – disse Best.
-Eu não sou a sua mãe! –
gritei – Acordem!
-Odile?! – os dois
disseram em coro, se levantando da cama. Louise olhou para o lado e viu Best ao
seu lado e gritou.
-Ai meu Deus! – disse ela
se escondendo debaixo das cobertas – O
que eles estão fazendo aqui?
-Eu vim buscar o Best,
Louise – respondeu Bobby – E eles quatro estão aqui para buscar você!
-Meu deus... Eric e
John... E o Niki! – disse Louise – Ai que vergonha!
-Calma boneca – disse Best
– Não é tão horrível assim!O que fizemos ontem foi lindo!
-Lindo?! – gritou ela – Eu
não sei o que a gente fez ontem!
-Nossa isso da um ótimo
esquete! – Disse John – Não acha que devemos contar pros outros, Eric?
Eric?Onde você esta?
-Estou aqui fora –
respondeu Eric – Não quero ver essa discussão
de relacionamento!
-Poupe-nos detalhes George
– falei impaciente – Depois você me conta na sua próxima carta, tudo bem?
-Não Frenchy Girl, eu gostaria
de contar agora! – respondeu George – Eu e boneca aqui fizemos sexo de uma
forma muito perfeita!
-Mas eu não me lembro! –
respondeu – Só lembro quando você me deu uma bebida depois que eu beijei o
Cevert!
-Bebemos um pouco e depois
viemos para cá e fizemos amor lindamente! – respondeu George – Foi isso o que
aconteceu!
-Eric, vamos tomar um
café? – perguntou John – Estou vendo que isso vai demorar!
-Vamos! – respondeu Eric.
-Eu vou junto com vocês! –
respondeu Niki – Preciso saber qual é o doce favorito da Odile, vocês sabem?
-Eu sei! – respondeu Eric,
de forma muito feliz – É uma torta que a mãe dela faz de chocolate com morango
e maçã!
Os dois saíram do quarto e
foram ao encontro de Eric no corredor. Depois ouvi eles ainda comentando sobre
o que eu gostava e não gostava.
-Você e o alemão? É sério
isso? – perguntou George.
-Foi só uns beijos! –
respondi – Nada demais! E ele dormiu do meu lado! Só isso!
-Acho que vou vomitar! –
Louise puxou o lençol e saiu correndo e foi em direção ao banheiro. Corri atrás
dela e ajudei - a enquanto ela colocava tudo o que bebeu na noite passada.
Ajudei-a novamente para
entrar no Box do chuveiro e abri a água para ela.
-Obrigada amiga – disse
ela, começando a chorar – Obrigada mesmo!
-Só não suma mais –
respondi – Não posso te perder, minha amiga!
Lulu se debulhou ainda mais
em lágrimas e depois me pediu mais desculpas. Deixei-a tomando banho e depois
ajudei George que também vomitava no vaso sanitário. Ela saiu do banho e lhe
entreguei sua muda de roupa e depois ajudei George a entrar no banho e sai do
banheiro com Louise.
Pouco tempo George voltou
do banheiro vestido e ele e Louise ajuntaram suas roupas e seus pertences e
saímos do quarto, descemos todos os lances de escadas e fomos para o saguão do
hotel.
-Antes de vocês almoçarem,
uma foto – disse Albert segurando a Camera.
-Tudo bem – respondi.
O que se seguiu foi uma
foto de um George Best de ressaca, eu sorrindo no centro e Louise tentando
sorrir.
-Essa foi a melhor foto
que eu já tirei! – disse Albert – Obrigado!
E ele tinha razão. Não
haveria foto mais engraçada na história, nem eu e os Pyhtons poderiam ter
previsto algo assim.

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