segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Love Sell Out (24º Capítulo)

Olá pessoal!
Começando dezembro com capítulo novo de Love Sell Out. Quem sentiu saudades da fic, comente! Boa leitura!
Obs: Quem leu a fanfic A Modern Vampires Of The City, da Mariana Greyjoy, verá uma certa referência numa cena.


Capítulo 24: Renascendo

Felicity POV
-- Agora entende esses motivos? – Perguntei a Ronnie.
-- Está mais que claro. Muito obrigado! – E se retirou do quarto.  Esperava mais vindo de Ronnie Peterson, piloto de Fórmula 1... e ex-namorado de Barbara.
Ronnie me contou o motivo dela te-lo abandonado e devido estar no último GP que será em Londres,  ele soube do seqüestro e do envolvimento dela e resolveu tirar satisfações. Expliquei tudo o que aconteceu e inclusive o aconselhei a procurá-la antes de sua partida.
Meu pai e Pete entraram no quarto assim que Ronnie foi embora.
-- Filha, está tudo bem? – Perguntou ele, perto da porta.
-- Estou sim. Ele...só quis conversar, nada demais. – Respondi e vi o rosto de Pete um pouco mudado. Ele se retirou. Quis falar com ele, mas meu pai acabou roubando toda minha atenção.
Passei a noite no hospital e no dia seguinte meu pai e meus irmãos me ajudaram a voltar para casa. Tive todos os cuidados para não fazer algum movimento brusco ou iria abrir o ferimento mal curado. Fique exatos dez dias sem trabalhar e quase sem fazer nada. Nem fotografar ou varrer o chão. Bran varria minha casa e Jon lavava a louça e as roupas. Meu pai preparava as refeições. Um dia minha mãe apareceu. Ela soube dos acontecimentos contados por meu pai e Bran.
-- Querida – Ela dizia enquanto tomava um gole de chá. – Se quiser, pode passar uns dias lá na minha casa em Manchester. Levo também seus irmãos.
Só em sonhos que vou ficar em Manchester e na “sua” casa com Serge por lá, eu pensei. Apenas me limitei a responder assim.
-- Obrigada. Estou muito bem aqui.
Ela deu de ombros e seguiu tomando seu chá e depois foi embora. Minhas amigas também me visitavam  e Richard também vinha na minha casa, seja para conversar ou até mesmo me ajudar em casa. Foi numa destas visitas acabei recebendo uma triste noticia.
-- Vou direto ao assunto, Felicity. Paul Williams anunciou sua aposentaria e vai deixar sua banda. Recentemente sofreu uma cirurgia na mão por conta de um acidente de carro e também ano que vem não estará na BBC.
Fiquei abalada com a noticia. Paul estava mesmo disposto a se aposentar. Trabalhava há cerca de vinte anos na emissora. Ele está certo em largar aquela vida e sossegar em paz. O problema será encontrar um baixista tão talentoso quanto Williams. Foi então que me lembrei de uma coisa. Ano passado, no aniversário de Fanny, conheci uma moça muito legal chamada Alana Watson, que tocava com dois rapazes chamados Edward Simons e Harry Daniels. Juntos formavam a English Band, um grupo de estúdio para cantores que vão gravar seus discos e um dos trabalhos deles foram uma parceria com Bob Dylan em sua estadia na Inglaterra.  Não pensei duas vezes e pedi para meu chefe o seguinte favor:
-- Richard, telefone para Sam Benson e consiga um encontro na Track Records com uma garota chamada Alana Watson, está bem?
Ritchie conseguiu o tal encontro para quinta-feira. Agora só me restava me recuperar totalmente. Liguei para Biff sobre uma possível contratação de um novo baixista e quando falei que é mulher, imediatamente aceitou me acompanhar.
A semana se passou rápido devido minha ansiedade em resolver os problemas. E para completar mais ainda, meu irmão Brandon ganhou entradas para assistir um jogo de futebol pela Copa dos Campeões da UEFA. Como toda criança fanática por futebol, ele ficou me enchendo o saco para poder levá-lo e no final acabei cedendo. Minha sorte era do jogo ser na terça. E lá fomos nós três. Brandon, Jon e eu. Papai não quis nos acompanhar pelo fato de torcer para o Liverpool FC. E a partida do dia era Bayern de Munique contra Manchester United.
Não entendo muito de futebol, mas a única coisa que sei era de ambos os times tinham seus jogadores em destaque. Do time bávaro, o destaque mesmo ficava por conta de Franz Beckenbauer e o United era George Best. Jon adora o jogador inglês mas Bran admirava mais Beckenbauer. Apesar dos gritos de gol, eu não fiz nada, só fiquei olhando os jogadores e nada mais. George Best até que era lindo. Contudo, o capitão alemão tinha alguns pontos de preferência minha. Ok, Fefe! Melhor parar por aqui ou suas chances com Pete serão perdidas. Fim de jogo e o Bayern ganha de virada de 3 x 2, com terceiro gol de Gerd Müller. Por um momento absurdo, pensei em Louise. Ela curte caras meio “fortes”.
-- Fefe, eu quero um autografo do Beckenbauer! – Pediu Bran, meio choroso.
Vou admitir uma coisa: amo meu irmãozinho contudo, tem vezes que perco a paciência.
-- Ok, me dá essa camiseta que vou conseguir. – Falei e depois fui com meus irmãos para perto do vestiário.
O segurança deu permissão quando disse que era da revista Rolling Stone. Antes do capitão alemão entrar, consegui abordá-lo.
-- Olá! Eu sou Felicity McGold, sou da Revista Rolling Stone e... – Bateu aquele nervosismo. Também não era pra menos, eu falava em alemão com sotaque terrível. --... pode assinar nesta camiseta? É para meu irmão menor.
Apontei para Bran e o jogador ficou bastante feliz. Assinou e ainda deu permissão para tirar umas fotos com ele. Jon segurou minha câmera e bateu duas fotos, uma com ele, Bran e eu. E outra com jogador e Bran e quem segurou a câmera fui eu.  Brandon sorria demais, pareceu ter ganhado seu presente de aniversário de forma atrasada. Ou seria natal?
-- Muito obrigada, mr. Beckenbauer... – Minhas palavras não eram o bastante pela tamanha gentileza do homem, então resolvi tentar algo. – Eu gostaria de recompensa-lo.
-- Fraulein, não é preciso. Eu adorei sua presença e de seus irmãos.  – Ele respondeu, tão amavelmente.
-- Ao menos, deixe-me fazer isso como agradecimento total... – Mal terminei de falar, cheguei perto dele e o beijei. Não tão provocativo como fazia com meus ex-namorados e com Pete, e sim um beijo inocente. Quando terminei, fiquei um pouco envergonhada mas feliz e ele um tanto sem jeito e sorria. Nos despedimos do jogador e Jon aproveitou para tirar sarro.
-- Quem diria, maninha? Você agarrando Beckenbauer?! Minha nossa! – Disse Jon, rindo.
-- Eu não agarrei ninguém. Só foi um beijo de agradecimento. – Me defendi mas não deixava de ser uma atitude bastante ousada.
-- E foi legal! Tenho agora a camiseta do Bayern autografada por ele. Obrigado, Fefe! – Bran me abraçou e eu o retribui da mesma intensidade.
Chegamos em casa e vi minha prima Louise e sua amiga e irmã da Marie, Odile Greyhound cozinhando.
-- Bem vinda, Fefe, Jon e Bran. Estamos fazendo o jantar e logo o tio Rob estará de volta! – Disse Lulu enquanto mexia o molho na panela.
-- Louise, olha a novidade! – Mostrando a camiseta do Bayern para elas. – Fefe conseguiu pra mim o autografo do Franz Beckenbauer! É demais!
-- Mesmo? – Odile parou de picar a cebola e vislumbrou a camiseta do meu irmão. – Como aconteceu isso?
-- Eu fui até o vestiário com Jon e Bran, conversei com ele e foi tudo numa boa. – Respondi e logo colocando o avental para poder ajudar na cozinha. – E depois quis agradecê-lo pelo cavalheirismo dele com um beijo.
-- Você... beijou... Beckenbauer?
-- Sim. Foi só um selinho e mais nada.
Odile ficou um pouco quieta e logo voltou sua atenção a salada. Desconfio que ela tenha uma queda pelo capitão alemão. E aproveitei também para provocar Louise sobre o rapaz meio troncudo que faz gols como ninguém.
-- Está maluca, Fefe? Eu e esse cara? O tal Müller? Não é meu tipo!
-- Ah que pena! Pensei que vocês se combinassem! Você mesma disse que adora caras assim!
 -- Me deixa fora disso!
Tive de rir da cara dela. Tivemos uma ótima janta. Mais tarde Odile e Lulu foram embora e eu fui dormir. Fiquei pensando em Pete a noite toda. Mais uma vez minha insônia me ataca, mas com razão. E para falar a verdade, comecei a me desmotivar para Eurovision. 
Enfim chegou quinta-feira e fui com Biff para Track Records. Sam Benson nos recebeu bem e ele está acompanhado de Rosie Donovan, que voltou de sua viagem aos Estados Unidos com Graham Nash. Fazia dias que não a via. Alana estava atrasada e passei a conversar com minha amiga ruiva. Ela contou sobre a viagem, a casa onde Nash vive e também onde conheceu David Crosby e Stephen Stills.
Neste momento, Alana aparece, carregando seu baixo e um pouco ofegante.
-- Desculpem o atraso! Acordei tarde hehehe... – Ela disse, um pouco nervosa e logo se dirigiu a mim. – Felicity McGold, quanto tempo!
-- Como vai, Alana? – Abracei minha amiga e aproveitei para apresentá-la ao Biff McFly. Tanto Alana quanto Biff eram solteiros e então nada melhor do que dar uma cupido para ambos.
Os dois se entenderam perfeitamente e depois Alana voltou sua atenção para mim. Começamos a falar sobre instrumentos e composições e depois o convite.
-- Alana, sei que você não quer abandonar a English Band e eu não quero isso. Portanto, quero lhe propor algo: quer ser minha baixista?
Ela ficou um pouco quieta, olhou para janela e depois me respondeu.
-- Aceito. Desde que não interfira nos meus projetos com a English Band.
Uma parte daquela parceria estava feita. Só me faltava algo. Paul Williams era o compositor principal e às vezes me dava dicas na hora de escrever. E agora sem ele por perto, não tinha a quem recorrer. A não ser...
-- Você é compositora, Alana? – Perguntei enquanto afinava minha guitarra.
-- Sim. Você tem compõe?
-- Sim, quer dizer, não. Ou melhor, eu tento ser mas não consigo.
-- Tem alguma letra que queira me mostrar?
Mostrei para ela uma de minhas composições. Chama-se The Flight of Phoenix. Uma canção que aborda sobre o amor transcendente através dos anos. Na verdade, o pano de fundo disso é uma referencia ao meu sentimento com relação a Pete, quando tive a sensação de te-lo conhecido a muito, muito tempo.
-- É uma linda canção, Fefe. Como está incompleta, eu vou te ajudar.
Alana é um gênio. Entende perfeitamente de poesia e música. Me ajudou bastante nos dias seguintes. A graças a ela, escrevi outra canção, mas era um pouco engraçada e se chama Just a Kiss. Ela fala de uma fã que consegue beijar seu ídolo e cria-se uma polemica em torno disso. Me inspirei no dia em que beijei o jogador Franz Beckenbauer.  Alana também leu essa letra e deu tanta risada e chegou inclusive a me questionar o motivo e eu falei toda a verdade.
Faltava uma semana para Eurovision e a baixista finalizou minha música. Ensaiamos todos os dias até acertar o ritmo e conseguimos. Sam nos parabenizou.
-- Pessoal, tenho certeza: Felicity ganhará a Eurovision! – Ele disse, bastante otimista com minha vitória.
No dia da partida, meu pai desejou boa sorte e abrecei meus amados irmãos.  No avião, fiquei conversando com Nora e depois fui dormir. Outra vez a imagem de Pete entrou na mente.  Naquele momento, decidi: não importa se venceria ou perderia, eu vou falar com Pete Townshend e nada vai me impedir disso, nem mesmo Jenna ou Brian Wilson...


Continua...



Nenhum comentário:

Postar um comentário