terça-feira, 4 de novembro de 2014

Holiday Romance (10º Capítulo)

Olá pessoal!
Chegamos ao capítulo 10 mas escrito de novo por mim, Maya Amamiya. Ainda Maris Greyjoy escreverá o capítulo dela e pela minha inspiração ter permitido, vamos ler mais um pouco a festa de Halloween e veremos um desfecho amoroso. Adivinhem de quem? Boa leitura!

PS: no POV da Louise, ouçam Arctic Monkeys - Cornerstone.



Capítulo 10: Tighten Up


Rosie POV

Mal cheguei à entrada e me deparo com uma cena típica de festas: uma treta entre dois caras. Se não fosse minha irmã Vivian ter visto quem eram os caras, jamais iria reconhecer que o Comensal da Morte, espancando o Batman quase impiedosamente era Graham Bond. Com dificuldade, fui até eles e separei os dois com ajuda do grupo The Who e Felicity.

-- Bond! Pare com isso! Você não é assim. O que aconteceu? – Perguntei e ao mesmo tempo afastando da multidão.

-- Aquele Batman safado tentou cantar minha garota! Eu vou acabar com ele! Não me segura!

-- Chega! Acabou a briga, pessoal! Vamos voltar pra festa! – Mandava Fefe ao mesmo tempo que socorria o rapaz vestido de morcego heróico (que apanhou feio de um Comensal gordo.

Vivian (ela estava vestida igual a Vandinha, da Família Addams) conversava animadamente com Chris e Anastacia e eu tentava acalmar um Graham Bond louco para arrancar as asas do Batman ou se pudesse, transformá-lo em algum animal.
Eric Clapton também apareceu e conversou com meu amigo gordo feiticeiro. No final, Graham foi procurar Marie, mas esta chorava e acabou sumindo de nossas vistas. Ficou apenas Eric (usando terno e um falso bigode, deixando –o um perfeito Gomez Addams) e eu numa das mesas.

-- Você... você está linda. Uma linda garota da era vitoriana. – Elogiou Eric, um tanto sem jeito.

-- Ora, obrigada. Sou a Vanessa Ives, do seriado Penny Dreadful.

-- Nunca ouvi falar. É sobre o que?

-- Fala sobre as aventuras de um grupo de heróis e tem muitos personagens da era vitoriana como Frankestein, Dorian Grey, Lobisomem, vampiros e muitos outros.

-- Deve ser bastante interessante. Vou assistir nas férias.

Aos poucos senti um leve calor no peito e a mão dele tocava timidamente a minha. Afastei por medo.

-- Rosie... há muito tempo quero lhe dizer... que eu...

O estudante não conseguiu terminar a frase pois Anastacia apareceu, furiosa.

-- Eu sabia! Foi por causa dela, não é?

-- Ana, o que está acontecendo? – Eric tentou explicar para a namorada.

-- Ora, não minta pra mim. Mudou de curso por ela. Vejo vocês dois conversando em todos os lugares...

-- Não é o que está pensando. Eu nem sabia que Eric mudou de curso.

-- Ah, vai se ferrar, Rosie!

Ana queria me bater de qualquer maneira. Outra vez Fefe interrompeu a treta, com a ajuda do carinha que tava vestido de Homem Aranha.  

-- Você está bem, Rosie? – Perguntou Fefe, preocupada que Ana tenha me machucado.

-- To bem, contudo... Ana...

-- Eu vou falar com ela.

Eric e eu ficamos calados. Como Anastacia pode pensar algo assim  de mim? Tudo bem que o namorado dela é atraente, mas nunca o desejei pra mim. Até por que não combina com minha pessoa ficar cobiçando os namorados das minhas amigas. Olhei para Ana e Fefe e vi a russa um pouco mais calma. Ela foi à direção de Eric e os dois ficaram conversando lá fora.

Rezei para as coisas se acertarem e principalmente, não perder a amizade de Ana.




Gerd POV

Não sabia ao certo o que sentir naquele local. Era um animal fora do meu habitat. Por mais falasse disso para os outros, tinha certeza de uma coisa: faltava-me algo.
Mas o que é afinal?

Não refleti muito pois fiquei ocupado em ajudar Uli, que se encontrava machucado por apanhar feio numa briga contra um universitário por causa de uma menina vestida de bruxa. Franz e Manuel conversavam algo que nem prestei atenção.

Confesso que desejava ir embora naquele momento. No entanto... eu a vi. A menina do estádio, amiga da outra jovem, que construiu o cartaz para Franz. 
Lembrei de algo acontecido um dia antes do jogo...

Havia sonhado outra vez naquele lugar. Um salão de festas dos figurões da classe média da Alemanha. E muitas mulheres. Apenas uma me chamou atenção entre tantas. Possuía olhos azuis com um brilho radiante, fazendo qualquer homem se render. Ela me chamou e fui na direção dela. Dançamos todas as músicas e fui beijá-la... Não consegui, pois acordei com bip de mensagem.

E agora ela estava ali, vestida de noiva do vampiro. Quase sai dali para ficar perto dela. O medo tomou conta de mim. Nunca tinha ficado desse jeito por uma menina. E por que justo ela? 

Eram tantos questionamentos e acabei perdendo de vista Louise. Manuel quem a viu pela última vez.

-- Acho que vi uma noivinha gótica lá fora, com cara de que vai chorar. Não seria aquela menina que anda conversando, Gerd?

Antes de confirmar, o celular apita da mensagem. Louise.

Acabei de ver meu ex namorado com a menina que arruinou meu namoro.

Então, esta era razão por sair do salão, minha princesa? Respondi aquela mensagem.

Ele não merecer isso que estar passando. Procura esquecer.

Era péssimo com palavras. Ainda mais para consolar uma garota. Contudo, se tratando de Louise, era preciso mais que mensagens no celular. Avisei Franz e os outros que vou sair um pouco do salão, alegando pegar um pouco de ar fresco. O que não é verdade. Na saída, encontrei ela olhando pro céu e triste.

Mandei outra mensagem

Me corta o coração com seu tristeza. Não chora...


Louise POV

Definir o que sinto neste momento é difícil. É raiva, pena e tristeza. Raiva por Meg Johnson roubar Jeff Beck de mim. Pena de mim mesma e tristeza por presenciar isso na festa. Os dois, felizes, dançando e se beijando como se nada estivesse fora do lugar.
Quando lembro daquele dia, me dá uma vontade de chorar demais. Me perguntava o que fiz para fazer Jeff me trair daquela maneira e dizer na gravação da câmera escondida aquelas coisas horríveis sobre mim?
Era melhor ficar sozinha do que mal acompanhada por um traste enganador!

Não agüentei e sai do salão. Do lado de fora vi outros convidados conversando, dançando e fumando. Quis ficar um pouco longe deles e olhei pro céu estrelado da noite de lua cheia. As estrelas eram meu consolo, até o momento.


I thought I saw you in the Battleship
But it was only a look-a-like
She was nothing but a vision trick
Under the warning light
She was close, close enough to be your ghost
But my chances turned to toast when I asked he
If I could call her your name

I thought I saw you in the Rusty Hook
Huddled up in a wicker chair
I wandered over for a closer look
And kissed whoever was sitting there
She was close and she held me very tightly
Until I asked awfully politely
"Please, can I call you her name?"

Agora começa tocar Arctic Monkeys, uma das bandas que mais adoro e posteriormente favorita da Fefe. A música me lembrava por alguma razão quando comecei a gostar intensamente de Gerd Müller. Até hoje não entendo como aconteceu de ter sonhado com ele e depois mais surgir àquela paixão e mais tarde virar algo mais. Odiava admitir certas coisas. E uma delas seria estar apaixonada por um jogador de futebol.


I elongated my lift home
Yeah, I let him go the long way round
I smelt your scent on the seatbelt
And kept my shortcuts to myself

I thought I saw you in the Parrot's Beak
Messing with the smoke alarm
It was too loud for me to hear her speak
And she had a broken arm
It was close, so close that the walls were wet
And she wrote it out in Letraset
"No, you can't call me her name"


No céu, avistei uma estrela cadente. Algo raro de acontecer em Londres. Meu pai sempre dizia das estrelas cadentes e os pedidos a serem feitos quando avistamos riscando o céu. Fechei os olhos e desejei muito que Gerd estivesse aqui, ao meu lado, me dando carinho e correspondendo meu sentimento.


Tell me where's your hiding place
I'm worried I'll forget your face
And I've asked everyone
I'm beginning to think I imagined you all along

I elongated my lift home
Yeah, I let him go the long way round
I smelt your scent on the seatbelt
And kept my shortcuts to myself



Abri os olhos e resolvi continuar mandando mensagens para Gerd via What’sApp. Agora estava melhor. Não tinha mais aquela tristeza toda que Jeff me causou. No último texto enviado, ele pediu para não chorar mais. Prova que se preocupa comigo, mesmo a distância.


Muito obrigada. Não vou mais chorar pelo desgraçado. Embora não digo quanto a festa de Halloween aqui na Universidade. Me sinto sozinha...



Para não dizer totalmente sozinha, tinha uma turma de fantasiados conversando e brincando por ali. Reconheci ser a English Band, formada por Alana Watson, Edward Simons, Harry Daniels e Luke “Biff” Stark.  Fefe também faz parte da banda mas não se encontrava ali e sim ela estava dançando sozinha na pista junto com outros estudantes.
Outra vez o beep de mensagem toca.


Eu também estar no festa de Halloween.
Mais uma vez questionei o jogador.


Legal. O hotel está promovendo?


Poucos segundos depois, recebi nova mensagem.


Não. Também no Universidade de Londres.


Por um momento achei ser uma pegadinha. Tipo, como ele pode estar aqui e como conseguiu enganar os estudantes?


Tá falando sério? Então me diz do qual fantasia ta usando?


Mais alguns segundos depois...

Drácula.

Apesar da desconfiança, no fundo fiquei hiper animada. Sorri com essa possibilidade. Se Mickey me visse neste momento, me acharia louca por acreditar. E então percebi algo. Aquele grupo de pessoas com fantasias estranhas e alegando serem estudantes intercambistas alemães... Eu sabia, havia algo de anormal naquilo. E lembrei que um deles estava vestido de vampiro, mas não dei bola pra isso. Será...

Controle sua alegria, Louise. Fiquei um pouco na porta transparente do salão para ver se conseguia avistar o Drácula ou alguém que se pareça. Era melhor mandar outra mensagem.


Não te vejo. Onde você está?


A ansiedade não me deixava ficar quieta. Meus pés queria se mover de tamanha alegria e eu louca de curiosidade de saber onde o alemão vampiresco se encontrava.

 
Fora do salão.

Fora do salão? Meu deus! Engoli em seco e me virei para o lado onde se encontravam a turma animada. Nenhum deles era o Drácula. Avistei outro grupo fora do salão e eram uma parte dos Monkees, com Mike Nesmith e sua namorada Alice conversando com Suzan Hardison e Peter Tork (vestido como Finn de Hora da Aventura).
Droga! Não vi ninguém mesmo de Drácula. Contudo, avistei um rapaz teclando no celular, sentado perto do muro da universidade e meio distante dos grupos. Resolvi chegar perto dele. Parecia concentrado. Pisei sem querer num galho seco e ele me viu chegando e logo tratou de se levantar e se aproximar de mim.
A pouca luminosidade não permitiu ver as feições dele, mas as roupas, eram identificáveis. Calça preta social,  camisa branca com manchas parecidas de sangue, uma gravata mal arrumada e uma capa. O cabelo dele me lembrou aquele ator que interpretou o vampiro em Drácula 2000.

Alguém acendeu mais luzes e aí reconheci. Meu desejo se tornou realidade. Oh, por favor, não acabe este encanto. E para minha surpresa, não estava acanhada como aconteceu em Madri e falei aquelas palavras na frente de todo o time e do hospital.
Meu deus, ele está aqui mesmo, diante dos meus olhos!
Gerd pegou minha mão e a beijou como um cavalheiro.

-- Você ser meu para sempre, Louise!

Fiquei completamente chocada com aquelas palavras lindas de Gerd. Não deu tempo de pensar mais. Nos beijamos ali mesmo e ainda pude ouvir aplausos de todos ali fora.
O beijo que tanto desejei em meus devaneios e nas primeiras mensagens trocadas, estava sendo executada ali. O primeiro de muitos outros por Gerd Müller.


I saw your sister in the Cornerstone
On the phone to the middle man
When I saw that she was on her own
I thought she might understand
She was close, well you couldn't get much closer
She said, "I'm really not supposed to, but, yes
You can call me anything you want"



Continua...




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