Chegamos ao capítulo 10 mas escrito de novo por mim, Maya Amamiya. Ainda Maris Greyjoy escreverá o capítulo dela e pela minha inspiração ter permitido, vamos ler mais um pouco a festa de Halloween e veremos um desfecho amoroso. Adivinhem de quem? Boa leitura!
PS: no POV da Louise, ouçam Arctic Monkeys - Cornerstone.
Capítulo 10: Tighten Up
Rosie POV
Mal cheguei à
entrada e me deparo com uma cena típica de festas: uma treta entre dois caras.
Se não fosse minha irmã Vivian ter visto quem eram os caras, jamais iria
reconhecer que o Comensal da Morte, espancando o Batman quase impiedosamente
era Graham Bond. Com dificuldade, fui até eles e separei os dois com ajuda do
grupo The Who e Felicity.
-- Bond! Pare
com isso! Você não é assim. O que aconteceu? – Perguntei e ao mesmo tempo
afastando da multidão.
-- Aquele
Batman safado tentou cantar minha garota! Eu vou acabar com ele! Não me segura!
-- Chega!
Acabou a briga, pessoal! Vamos voltar pra festa! – Mandava Fefe ao mesmo tempo
que socorria o rapaz vestido de morcego heróico (que apanhou feio de um
Comensal gordo.
Vivian (ela
estava vestida igual a Vandinha, da Família
Addams) conversava animadamente com Chris e Anastacia e eu tentava acalmar
um Graham Bond louco para arrancar as asas do Batman ou se pudesse,
transformá-lo em algum animal.
Eric Clapton
também apareceu e conversou com meu amigo gordo feiticeiro. No final, Graham
foi procurar Marie, mas esta chorava e acabou sumindo de nossas vistas. Ficou
apenas Eric (usando terno e um falso bigode, deixando –o um perfeito Gomez
Addams) e eu numa das mesas.
-- Você...
você está linda. Uma linda garota da era vitoriana. – Elogiou Eric, um tanto
sem jeito.
-- Ora,
obrigada. Sou a Vanessa Ives, do seriado Penny Dreadful.
-- Nunca ouvi
falar. É sobre o que?
-- Fala sobre
as aventuras de um grupo de heróis e tem muitos personagens da era vitoriana
como Frankestein, Dorian Grey, Lobisomem, vampiros e muitos outros.
-- Deve ser
bastante interessante. Vou assistir nas férias.
Aos poucos
senti um leve calor no peito e a mão dele tocava timidamente a minha. Afastei
por medo.
-- Rosie... há
muito tempo quero lhe dizer... que eu...
O estudante
não conseguiu terminar a frase pois Anastacia apareceu, furiosa.
-- Eu sabia!
Foi por causa dela, não é?
-- Ana, o que
está acontecendo? – Eric tentou explicar para a namorada.
-- Ora, não
minta pra mim. Mudou de curso por ela. Vejo vocês dois conversando em todos os
lugares...
-- Não é o que
está pensando. Eu nem sabia que Eric mudou de curso.
-- Ah, vai se
ferrar, Rosie!
Ana queria me
bater de qualquer maneira. Outra vez Fefe interrompeu a treta, com a ajuda do
carinha que tava vestido de Homem Aranha.
-- Você está
bem, Rosie? – Perguntou Fefe, preocupada que Ana tenha me machucado.
-- To bem,
contudo... Ana...
-- Eu vou
falar com ela.
Eric e eu
ficamos calados. Como Anastacia pode pensar algo assim de mim? Tudo bem que o namorado dela é
atraente, mas nunca o desejei pra mim. Até por que não combina com minha pessoa
ficar cobiçando os namorados das minhas amigas. Olhei para Ana e Fefe e vi a
russa um pouco mais calma. Ela foi à direção de Eric e os dois ficaram
conversando lá fora.
Rezei para as
coisas se acertarem e principalmente, não perder a amizade de Ana.
Gerd POV
Não sabia ao
certo o que sentir naquele local. Era um animal fora do meu habitat. Por mais
falasse disso para os outros, tinha certeza de uma coisa: faltava-me algo.
Mas o que é
afinal?
Não refleti
muito pois fiquei ocupado em
ajudar Uli , que se encontrava machucado por apanhar feio numa
briga contra um universitário por causa de uma menina vestida de bruxa. Franz e
Manuel conversavam algo que nem prestei atenção.
Confesso que
desejava ir embora naquele momento. No entanto... eu a vi. A menina do estádio,
amiga da outra jovem, que construiu o cartaz para Franz.
Lembrei de
algo acontecido um dia antes do jogo...
Havia sonhado outra vez naquele lugar.
Um salão de festas dos figurões da classe média da Alemanha. E muitas mulheres.
Apenas uma me chamou atenção entre tantas. Possuía olhos azuis com um brilho
radiante, fazendo qualquer homem se render. Ela me chamou e fui na direção dela.
Dançamos todas as músicas e fui beijá-la... Não consegui, pois acordei com bip
de mensagem.
E agora ela
estava ali, vestida de noiva do vampiro. Quase sai dali para ficar perto dela.
O medo tomou conta de mim. Nunca tinha ficado desse jeito por uma menina. E por
que justo ela?
Eram tantos
questionamentos e acabei perdendo de vista Louise. Manuel quem a viu pela
última vez.
-- Acho que vi
uma noivinha gótica lá fora, com cara de que vai chorar. Não seria aquela
menina que anda conversando, Gerd?
Antes de
confirmar, o celular apita da mensagem. Louise.
Acabei de ver meu ex
namorado com a menina que arruinou meu namoro.
Então, esta
era razão por sair do salão, minha princesa? Respondi aquela mensagem.
Ele não merecer isso que
estar passando. Procura esquecer.
Era péssimo
com palavras. Ainda mais para consolar uma garota. Contudo, se tratando de
Louise, era preciso mais que mensagens no celular. Avisei Franz e os outros que
vou sair um pouco do salão, alegando pegar um pouco de ar fresco. O que não é
verdade. Na saída, encontrei ela olhando pro céu e triste.
Mandei outra
mensagem
Me corta o coração com
seu tristeza. Não chora...
Louise POV
Definir o que
sinto neste momento é difícil. É raiva, pena e tristeza. Raiva por Meg Johnson
roubar Jeff Beck de mim. Pena de mim mesma e tristeza por presenciar isso na
festa. Os dois, felizes, dançando e se beijando como se nada estivesse fora do
lugar.
Quando lembro
daquele dia, me dá uma vontade de chorar demais. Me perguntava o que fiz para
fazer Jeff me trair daquela maneira e dizer na gravação da câmera escondida
aquelas coisas horríveis sobre mim?
Era melhor
ficar sozinha do que mal acompanhada por um traste enganador!
Não agüentei e
sai do salão. Do lado de fora vi outros convidados conversando, dançando e
fumando. Quis ficar um pouco longe deles e olhei pro céu estrelado da noite de
lua cheia. As estrelas eram meu consolo, até o momento.
I
thought I saw you in the Battleship
But it was only a look-a-like
She was nothing but a vision trick
Under the warning light
She was close, close enough to be your ghost
But my chances turned to toast when I asked he
If I could call her your name
I thought I saw you in the Rusty Hook
Huddled up in a wicker chair
I wandered over for a closer look
And kissed whoever was sitting there
She was close and she held me very tightly
Until I asked awfully politely
"Please, can I call you her name?"
But it was only a look-a-like
She was nothing but a vision trick
Under the warning light
She was close, close enough to be your ghost
But my chances turned to toast when I asked he
If I could call her your name
I thought I saw you in the Rusty Hook
Huddled up in a wicker chair
I wandered over for a closer look
And kissed whoever was sitting there
She was close and she held me very tightly
Until I asked awfully politely
"Please, can I call you her name?"
Agora começa
tocar Arctic Monkeys, uma das bandas que mais adoro e posteriormente favorita
da Fefe. A música me lembrava por alguma razão quando comecei a gostar
intensamente de Gerd Müller. Até hoje não entendo como aconteceu de ter sonhado
com ele e depois mais surgir àquela paixão e mais tarde virar algo mais. Odiava
admitir certas coisas. E uma delas seria estar apaixonada por um jogador de
futebol.
I
elongated my lift home
Yeah, I let him go the long way round
I smelt your scent on the seatbelt
And kept my shortcuts to myself
I thought I saw you in the Parrot's Beak
Messing with the smoke alarm
It was too loud for me to hear her speak
And she had a broken arm
It was close, so close that the walls were wet
And she wrote it out in Letraset
"No, you can't call me her name"
Yeah, I let him go the long way round
I smelt your scent on the seatbelt
And kept my shortcuts to myself
I thought I saw you in the Parrot's Beak
Messing with the smoke alarm
It was too loud for me to hear her speak
And she had a broken arm
It was close, so close that the walls were wet
And she wrote it out in Letraset
"No, you can't call me her name"
No céu, avistei uma estrela cadente. Algo raro de acontecer em Londres. Meu pai
sempre dizia das estrelas cadentes e os pedidos a serem feitos quando avistamos
riscando o céu. Fechei os olhos e desejei muito que Gerd estivesse aqui, ao meu
lado, me dando carinho e correspondendo meu sentimento.
Tell
me where's your hiding place
I'm worried I'll forget your face
And I've asked everyone
I'm beginning to think I imagined you all along
I elongated my lift home
Yeah, I let him go the long way round
I smelt your scent on the seatbelt
And kept my shortcuts to myself
I'm worried I'll forget your face
And I've asked everyone
I'm beginning to think I imagined you all along
I elongated my lift home
Yeah, I let him go the long way round
I smelt your scent on the seatbelt
And kept my shortcuts to myself
Abri os olhos e resolvi continuar mandando mensagens para Gerd via What’sApp. Agora estava melhor. Não
tinha mais aquela tristeza toda que Jeff me causou. No último texto enviado,
ele pediu para não chorar mais. Prova que se preocupa comigo, mesmo a
distância.
Muito
obrigada. Não vou mais chorar pelo desgraçado. Embora não digo quanto a festa
de Halloween aqui na Universidade. Me sinto sozinha...
Para não dizer totalmente sozinha, tinha uma turma de fantasiados
conversando e brincando por ali. Reconheci ser a English Band, formada por
Alana Watson, Edward Simons, Harry Daniels e Luke “Biff” Stark. Fefe também faz parte da banda mas não se
encontrava ali e sim ela estava dançando sozinha na pista junto com outros
estudantes.
Outra vez o beep de mensagem toca.
Eu
também estar no festa de Halloween.
Mais uma vez questionei o jogador.
Legal.
O hotel está promovendo?
Poucos segundos depois, recebi nova mensagem.
Não.
Também no Universidade de Londres.
Por um momento achei ser uma pegadinha. Tipo, como ele pode estar
aqui e como conseguiu enganar os estudantes?
Tá
falando sério? Então me diz do qual fantasia ta usando?
Mais alguns segundos depois...
Drácula.
Apesar da desconfiança, no fundo fiquei hiper animada. Sorri com
essa possibilidade. Se Mickey me visse neste momento, me acharia louca por
acreditar. E então percebi algo. Aquele grupo de pessoas com fantasias
estranhas e alegando serem estudantes intercambistas alemães... Eu sabia, havia
algo de anormal naquilo. E lembrei que um deles estava vestido de vampiro, mas
não dei bola pra isso. Será...
Controle sua alegria, Louise. Fiquei um pouco na porta
transparente do salão para ver se conseguia avistar o Drácula ou alguém que se
pareça. Era melhor mandar outra mensagem.
Não
te vejo. Onde você está?
A ansiedade não me deixava ficar quieta. Meus pés queria se mover
de tamanha alegria e eu louca de curiosidade de saber onde o alemão vampiresco
se encontrava.
Fora
do salão.
Fora do salão? Meu deus! Engoli em seco e me virei para o lado
onde se encontravam a turma animada. Nenhum deles era o Drácula. Avistei outro
grupo fora do salão e eram uma parte dos Monkees, com Mike Nesmith e sua
namorada Alice conversando com Suzan Hardison e Peter Tork (vestido como Finn
de Hora da Aventura).
Droga! Não vi ninguém mesmo de Drácula. Contudo, avistei um rapaz
teclando no celular, sentado perto do muro da universidade e meio distante dos
grupos. Resolvi chegar perto dele. Parecia concentrado. Pisei sem querer num
galho seco e ele me viu chegando e logo tratou de se levantar e se aproximar de
mim.
A pouca luminosidade não permitiu ver as feições dele, mas as
roupas, eram identificáveis. Calça preta social, camisa branca com manchas parecidas de
sangue, uma gravata mal arrumada e uma capa. O cabelo dele me lembrou aquele
ator que interpretou o vampiro em Drácula 2000.
Alguém acendeu mais luzes e aí reconheci. Meu desejo se tornou
realidade. Oh, por favor, não acabe este encanto. E para minha surpresa, não
estava acanhada como aconteceu em Madri e falei aquelas palavras na frente de
todo o time e do hospital.
Meu deus, ele está aqui mesmo, diante dos meus olhos!
Gerd pegou minha mão e a beijou como um cavalheiro.
-- Você ser meu para sempre, Louise!
Fiquei completamente chocada com aquelas palavras lindas de Gerd.
Não deu tempo de pensar mais. Nos beijamos ali mesmo e ainda pude ouvir
aplausos de todos ali fora.
O beijo que tanto desejei em meus devaneios e nas primeiras
mensagens trocadas, estava sendo executada ali. O primeiro de muitos outros por
Gerd Müller.
I
saw your sister in the Cornerstone
On the phone to the middle man
When I saw that she was on her own
I thought she might understand
She was close, well you couldn't get much closer
She said, "I'm really not supposed to, but, yes
You can call me anything you want"
On the phone to the middle man
When I saw that she was on her own
I thought she might understand
She was close, well you couldn't get much closer
She said, "I'm really not supposed to, but, yes
You can call me anything you want"
Continua...

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