domingo, 2 de novembro de 2014

Holiday Romance (9º Capítulo)

Olá pessoal!
Mais um capítulo de Holiday Romance. Maris "Walrus Girl" Campos é quem escreve. A próxima postagem será da Maris Greyjoy. A festa mal começou e já temos grandes novidades. Boa leitura!



Capítulo 9: Amores e Tretas

(Dianna’s POV)

Ouvi batidas na porta do alojamento no campus que divido com minha amiga Emma. Atendi. Era Fanny Fitzwilliam, uma amiga nerd de meu namorado, Davy. Eu tinha muita simpatia por ela.

- Oi, Dianna.
- Oi, Fanny. Deu tudo certo com as fantasias?
- Sim, aqui estão elas. – disse Fanny.  – Só peço que você e o Davy tomem muito cuidado, pelo amor de Deus! Bob e eu pagamos uma fortuna nelas.
- Vamos tomar.

 As fantasias que meu namorado e eu iríamos usar eram de Pavel Chekov e Christine Chapel, personagens da série clássica de Star Trek. Eu tinha certeza de que Davy iria ficar idêntico ao personagem, já eu... Não sou tão loira quanto a enfermeira da Enterprise. Porém, Davy queria que nossas fantasias combinassem, então acabei concordando, mesmo que Christine fosse apaixonada por Spock, não por Chekov.

- E você vai se fantasiar de quê, Fanny? – perguntei.
- Princesa Leia. Vi um tutorial na internet de como fazer o penteado dela e tudo o mais.
- Tenho certeza de que vai ficar legal. E o Dylan?
- Han Solo.
- Hum... Entendi.
- Não me olhe com essa cara maliciosa, Dianna. As fantasias de Luke Skywalker estavam esgotadas na Comic Con.
- Sei...  – eu ri.
- Bem, boa sorte com o penteado da Christine.
- Eu vou dar um jeito. Que inveja do Davy, basta ele vestir o uniforme e está perfeito.

Pouco depois que Fanny voltou ao seu alojamento,  eu estava lutando contra mim mesma no espelho, tentando acertar o penteado, quando meu celular apitou. Uma mensagem do meu namorado.

“Fanny conseguiu as fantasias?”
“Sim”, respondi. “Você vai ficar igualzinho ao Chekov, Cuddly Toy.”
“E eu sei que você ficará linda.”, respondeu ele, enviando logo depois uma centena daquele emoji que tem corações no lugar dos olhos.
“Tudo isso é expectativa? Hahahaha.”
“É sim.”, e um emoji piscando.

 Às seis e meia da tarde, novas batidas na porta. Emma e eu estávamos terminando de nos arrumar. Eu dava os últimos retoques na maquiagem de Emma, que iria à festa fantasiada de Rainha Branca, personagem da Anne Hathaway na versão de Alice no País das Maravilhas dirigida por Tim Burton.
Larguei o lápis de olho e corri para abrir a porta. Dei de cara com Micky Dolenz, vestido como Chapeleiro Maluco.

- Boa tarde, Dianna. Você sabe a diferença entre um corvo e uma escrivaninha?
- Não faço a mínima ideia, Micky.
- Droga, todos respondem o mesmo! Bem, Davy me pediu que viesse buscar a fantasia que ele vai usar.  Estamos feito doidos procurando a capa de vampiro do Mike.
- Como ele conseguiu perder alguma coisa naquele alojamento minúsculo?
- Sei lá.
- Bem, eu vou pegar a fantasia do Davy. Espere só um minutinho.

 Fui ao quarto pegar a sacola com a fantasia. Emma perguntou-me:

- Quem está aí, Di?
- O Micky.
- O Dolenz?
- Claro que sim! Conhecemos outro Micky? Ele está fantasiado de Chapeleiro Maluco. Combina direitinho com você.
- Dianna, você sabe tão bem quanto eu que ele fica com a Suzy Hardison, amiga da Rosie Donovan.
- Ele fica, não namora. Há uma grande diferença, amiga.
- Dianna, leve comigo essa fantasia para o Micky.

Emma fica muito irritada toda vez que falo sobre o Micky, direta ou indiretamente. A quem ela pensa que está enganando? Sei muito bem o quanto ela gosta dele desde o Ensino Médio.
Mais ou menos dali a meia hora, os Monkees vieram buscar-nos para irmos à festa de Halloween. Nez estava um vampiro perfeito, com uma longa capa preta que caía-lhe muito bem, pois ele era muito alto. E estava sem o gorrinho verde, sua marca registrada.  Sua namorada e minha amiga, Alice Stone, estava vestida como pirata.
Peter usava uma roupa azul e um chapéu branco de formato estranho. Ele ficava bem como Finn, do desenho Hora de Aventura. E, de fato, meu Davy havia ficado um perfeito Chekov. Venceria qualquer concurso de cosplay.  Ao notar a fantasia de Emma, Micky não resistiu:
- Estou pronto para servi-la, minha Rainha. – disse a ela, fazendo uma reverência e tirando a cartola.
- Que eu saiba, você deve fidelidade à Rainha Vermelha. – observou Davy.
- Não mais, Chekov. – Micky respondeu.

Dei uma piscadela para Emma, que me olhou com um pouco de impaciência.

                                                   * * *

(Elinor’s POV)

- Olhe, Emily, o Bond está vestido como Comensal da Morte!  - apontei para Graham Bond, um dos maiores potterheads do campus.
- Não basta ser da Sonserina. – minha prima riu.

Nunca estive em uma festa de Halloween com tantas fantasias legais. Emily e eu estávamos com vestes da Grifinória. O fato de nos parecermos com Emma Watson e Bonnie Wright ajudava bastante.
Minha irmãzinha Fanny era uma Princesa Leia perfeita. Depois que vi seu melhor amigo, Bob Dylan, vestido como Han Solo, tive certeza de que eles nasceram um para o outro. Adorei Mary Anne McCartney e Evanna Davies como Sherlock Holmes e John Watson, ao estilo do seriado com Benedict Cumberbatch e Martin Freeman.
Por falar em Mary Anne, seu irmão estava com uma fantasia de lobisomem. John Lennon era o vampiro Edward Cullen. Havia vampiros até demais naquela festa.  George Harrison usava uma roupa elisabetana. Creio que ele estava fantasiado de Romeu. E Ringo Starr dizia-se Rei Lear.
Mick Avory, Dave Davies, Pete Quaife e Ray Davies eram Athos, Porthos, Aramis e D’Artagnan. Se os Kinks combinavam, os Monkees usavam fantasias totalmente desparelhadas, e o mesmo podia ser dito do Who. Pete Townshend tornara-se um cavaleiro medieval, Roger Daltrey era James Dean, John Entwistle usava uma roupa de esqueleto e a fantasia de Keith Moon era de cientista maluco.
Havia uns caras que não pude identificar. O grupo era formado por um Leão Covarde, um Lanterna Verde, um Drácula, um Homem-Aranha, um Batman e um Jack O’Lantern. Ouvi alguma coisa sobre serem intercambistas alemães.
E depois vi três caras que eu conhecia de vista, mas não sabia seus nomes. Um deles estava fantasiado de Bilbo Bolseiro. Um segundo, do personagem Hodor, de Game Of Thrones. E o último, extremamente atraente, estava vestido como Lestat.
Com eles estavam meu amigo de infância Jimmy Page, fantasiado como Merlin, e minha amiga Angie Smith, que cursava Letras comigo e estava vestida como Lyanna, de Game Of Thrones, seu segundo seriado favorito. Jimmy me chamou:
- Oi, Elinor!
- Oi, Jimmy. Bela fantasia. Combina com você.
- Obrigado.  A sua e a da sua prima também combinam com vocês. Permitam-me apresentar meus amigos.
- John Paul Jones, ou Jonesy. – disse o cara fantasiado de Bilbo.
- John Bonham, ou Bonzo, namorado da Angie. – disse o gordinho vestido de Hodor.
- E Robert Plant.  – disse o rapaz vestido de Lestat. Meu Deus, como ele era lindo!
- Eu sou Elinor Fitzwilliam. – cumprimentei-os.
- E eu sou Emily Fitzwilliam. – minha prima se apresentou.
- Ei, Emily, eu te procurei pela festa toda! – chamou alguém, que reconheci como Dave Davies. Fazia algumas semanas que os dois estavam saindo juntos.
- Olá, Dave. – minha prima foi até ele, e eles se beijaram.
Os dois se afastaram, e dei uma olhadela ao meu redor. Vi Odile Greyhound, vestida de Mina Harker, de Drácula. Ao lado dela estava Louise McGold, vestida como noiva gótica do Drácula, e o irmão de Lulu, Michael, vestido como Michael Jackson no clipe de Thriller. Eles conversavam com o tal grupo de intercambistas alemães.
Felicity McGold, Nora Smith, Anastacia Rosely e Marie Greyhound riam e conversavam com seus respectivos namorados: Eric Burdon, Ray Davies (meu ex-cunhado), Eric Clapton e Graham Bond.  Adorei as fantasias das meninas. Felicity era uma princesa medieval, Nora era a “Velha Louca dos Gatos” do desenho Os Simpsons, Anastacia era Morticia, da Família Addams , e Marie, combinando com Bond, estava vestida como uma aluna da Sonserina.
Fiquei conversando com Robert. Ele era apaixonado por Senhor dos Anéis e tudo relacionado a J. R. R. Tolkien. Disse a ele que provavelmente se daria bem com minha irmã. Robert respondeu:

- Hum... Não sei, mas no momento estou mais interessado em potterheads do que em tolkenianas.

Aposto que meu rosto ruborizou-se. Estávamos conversando, totalmente absortos, quando Jonesy aproximou-se e disse:

- Venham ver a treta! Treta entre duas Rainhas!
- Duas Rainhas? – perguntei.
- Sim. – confirmou Jonesy. – Emma Carlisle está vestida de Rainha Branca; e Suzan Hardison, de Rainha Vermelha.
- E por que elas estão brigando? – quis saber Robert.
- Micky Dolenz. Emma e ele estavam se beijando. E digamos que Suzan não aceitou muito bem o fim das ficadas com Micky.
Chegamos ao local onde estava ocorrendo a briga. Emma e Suzan haviam destruído os penteados uma da outra.  Suzan dizia:

- Micky é meu, Emma!
- Vá plantar favas, Suzan! Aceite que o relacionamento de vocês não deu certo!

Notei que Micky tentava se aproximar das duas. Contudo, Davy Jones e Dianna Mackenzie impediam-no.  Estavam certos. Se Micky tentasse apartá-las, o conflito se agravaria. Então Peter Tork tomou coragem, apartou-as e disse, afastando-se com Suzan:

- Calma, Sue. Venha, vamos tomar um ar.

A briga havia sido tão séria que ouvi Keith Moon dizendo:

- Vou tirar os explosivos da bateria. Não vai ter graça depois disso.

O The Who subiu ao palco e tocou cinco músicas. Quando iriam dar início à sexta, ouvi Graham Bond gritando:
- Cai fora, Batman! Ela tá comigo!
- Mais uma treta! Adoro treta!  - exclamou Ginger Baker, que com certeza estava bem bêbado.

Continua....

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