Hoje vamos mais um capítulo de Holiday Romance. Um aviso: ele está sujeito a mudar a cronologia, não se assustem! Boa leitura!
Capítulo 15 (ou 16): Revelations for
minute
Louise POV (Uma hora antes de Peter Tork descobrir a
verdade)
Tédio. Essa era palavra para definir o que sinto. Mesmo com Odile
e minhas amigas e inclusive Fefe, não estava bem. Me sentia um caco de gente de
tão destruída, tanto psicologicamente quanto fisicamente. Estava praticamente
cansada de tudo. Para tanto resolvi não participar das conversas delas. Peguei
na minha bolsa meu amigo PSP guardado. Notei Fefe olhando demais para a rua.
-- Convidou mais alguém, prima? – Perguntei em quanto ligava meu
vídeo game portátil.
-- Ah... Pode se dizer que sim. – Respondeu ela, rindo um pouco.
Voltei a atenção para a tela pequena do PSP, num duelo eletrizante
de King Of Fighters. Um dos meus hobbies seriam jogar no PSP, ler e desenhar.
Na pressa esqueci de trazer meu lápis e meu caderno de desenho, para expressar
minha imaginação e nela somente Gerd Müller domina minha arte.
Por algum tempo durante o jogo, senti meus olhos ficarem pesados.
Deve ser o fato de ficar muito tempo quieta. Quase dormindo sentada na grama e
alguém tapa meus olhos e ouço as meninas dando risinhos.
Logo de cara pensei no Mickey. Ele sempre gosta de fazer esse jogo
da adivinhação.
-- Michael Lucas McGold pode parar com isso que já perdeu a graça!
Não to com humor hoje! – Bufei e parando de jogar. Ouço mais risos.
-- Errr... Louise... não é o Mickey aí! – Dizia Fefe, tentando
segurar a risada.
-- Então quem pode ser? – Perguntei e não tendo idéia de quem
possa ser realmente. Talvez meu pai...
-- E se responder que é outro, Sr. Müller não vai gostar de saber.
– Ouço a voz de Odile e depois umas repreensões.
-- Poxa, Odile! Assim fica fácil da Lulu saber que é o alemão
dela! Opa...!
Quando Nora disse “alemão dela...” imediatamente lembrei de Gerd.
Não! Aquilo é inacreditável. Entrei em choque e meu coração bateu rápido pelo
nervosismo. Tirei aos poucos aquelas mãos dos meus olhos. Encarei cada uma das meninas e... eles
estavam ali. Franz, Paul, Sepp e Manuel.
-- Olha pro lado, prima. – Sugeriu Fefe, sendo abraçada por
Manuel.
Olhei bem devagar. Era ele mesmo. Na mente pensei em duas coisas:
ou era cansaço e estou começando ver coisas e posso ver até um porco voar ou
Ikki de Fênix lançou o Golpe Fantasma em mim e logo mais vai se transformar em
meu pior pesadelo. Ok, exagerei! Acho
que fico com a primeira opção.
-- Olá, minha amor! – Ele disse e me dando um selinho. As meninas
piraram e logo falaram o quanto era romântico um casal se reencontrar.
-- Certo. Agora vamos ao piquenique! – Disse Fefe e as meninas
logo trataram de preparar os lanches guardados nas cestas.
Não quis comer nada. Ansiedade em querer falar com ele sobre
minhas inseguranças e sobretudo, acabar com a relação. Sei que vai doer demais
para mim, mas é o necessário, antes que eu enlouqueça.
-- Quer passear comigo, ali na quadra? – Apontei para uma quadra
de esportes perto dali.
Gerd aceitou e avisei as meninas. E Fefe logo tratou de avisar.
-- Vê-se não deixam marcas um no outro, pelo amor de deus!
Nora pede emprestado meu PSP. Ela quer mostrar um jogo de
simulação chamado The Sims pro Sepp. Ali ela criou um personagem que gosta de
animais, principalmente de gatos.
Durante a caminhada na quadra, olhei para o céu limpo e também
para o jogador. Na minha mão segurava meu aparelho de MP4 e acabei colocando a
música Tears For Affairs do Camera Obscura.
Foi aí que tive coragem de dizer quando fiquei de frente pra ele.
-- Vou direto ao assunto. Eu... quero... terminar com você!
Aqueles olhos negros que tanto admirei, agora ganham forma de
orbes pelo espanto dele em falar aquilo.
-- Desculpe... eu não entender a motivo. Por que isso? Eu errar
com você?
-- Eu não quero! – Respondi olhando ainda em seus olhos. – Já
contei minha história pra você. Meu relacionamento com Jeff foi assim. Eu o
amava e quando achei que ele nunca me trairia, aconteceu e foi na universidade
mesmo. Entenda que levei muito tempo para esquecer e voltar a ser como antes. E
agora...
Comecei a chorar e virei o rosto pra ele não me ver outra vez com
lágrimas nos olhos. O que se mostrou impossível.
-- E... agora... começo a gostar de você de um modo que não posso
controlar. Eu te amo. Mas... isso precisa acabar! Por favor!
Me afastei dele um pouco e Ana e Paul vieram para ajudar. Ajudar
no que, se estraguei pela segunda vez mais um momento?
-- Louise, pare de chorar. – Dizia Ana e tirando o MP4 da minha
mão. – Vamos, pare!
-- NÃO! – Gritei e cai de joelhos. O sofrimento sentido na época
da traição e Jeff terminando comigo voltou com força total. Qual era minha melhor opção no momento: fugir
ou deitar naquele concreto, deixando as formigas consumirem meu corpo inerte?
Ana continuava a prestar auxilio para mim e Paul conversava com
Gerd. Olhei para ele e vi lágrimas nele. Meu deus, não era para fazê-lo se
sentir um lixo. Não era minha intenção.
-- Ana... me leva embora daqui... não posso ficar... – Pedi para
ela me ajudar.
Ana me ajuda a levantar e quando já nos preparávamos para ir
embora, Gerd agarra meu braço. Seus
olhos negros agora eram vermelhos. O nariz dele estava vermelho. Não acreditei
que pudesse causar isso numa pessoa como ele.
-- Paul, fale. – Gerd pediu para seu amigo traduzir. Ele começou a
dizer um pouco gago e rápido mas logo tratou de se acalmar.
-- Gerd está dizendo que no inicio, lá no hospital onde tudo
aconteceu... ele te achou imatura demais e meio fora de si. Contudo, ele sonhou
com você dias antes do jogo contra o Real Madrid. E quando te viu, reconheceu
ser você.
Então ele sonhou comigo? Assim como aconteceu comigo naquele dia?
Será por isso o surgimento de minha paixão por ele? Continuei a falar mais motivos.
-- É louvável. Mas isso não muda nada. Se eu ficar com você, quem
garante que não vá me trocar por outra mulher? Uma modelo? Uma atleta ou atriz?
E depois posso não ser boa o suficiente.
Paul ia continuar traduzindo mas Gerd não deixou. Ana se afastou
um pouco de mim, dando espaço pro alemão ficar perto. Ele segurou minhas mãos e
pousou a sua mão em meu coração.
-- Isso não importar agora. Só quero você em meu vida. Entenda,
não consigo esquecer você. Suas olhos,
sua rosto, tudo. Eu amar você demais, Louise. Até o fim dos tempos! –
Ele disse no seu inglês mais terrível, porém, deu para entender.
Não sinto mais aquela sensação depressiva. Só alegria tomando
conta de mim. Gerd me ama, assim como eu
o amo. Da maneira mais intensa. E apaixonada.
-- Não se importa mesmo com a distancia? – Questionei mais uma
vez.
-- Nein! Eu querer sempre sua amor, seu coração!
Aquela declaração quebrou minha resistência. Não posso negar que
me emocionei por ouvir aquelas palavras tão sinceras. Abracei ele, chorando e
desejando aquele momento não se acabar. Por muito tempo quis um cara assim. E
agora eu o encontrei. Paul e Ana ficaram emocionados também e se retiraram. E
eu o beijei, de forma ardente e apaixonada.
-- Meu ursinho... – Sussurrei, olhando em seus olhos.
Gerd me entrega algo. Abri a caixa e dei um grito de surpresa ao
ver o que era. Um Vulpix (Pokémon) de pelúcia, tão fofo e ainda ele tem um
broche com o escudo do Bayern de Munique.
-- Meu amor, adorei! Muito obrigada! – Outra vez o abracei e
beijei.
Contudo, nosso momento de felicidade terminou quando ouvimos alguém
gritando no parque. Olhei em volta do parque e vi os Monkees, com Mike Nesmith
e sua namorada Alice e Peter Tork falando alto.
-- Ai meu deus! É ele! Franz Beckenbauer!
A primeira coisa que pensei foi fugir. Corremos até nossos amigos
e guardamos rápido as coisas do piquenique no carro da Fefe.
-- E para onde vamos? – Perguntei, não queria ficar longe do Gerd
por conta da descoberta de Peter.
-- Eu não sei quanto a vocês, mas eu quero matar todos eles! Vou
exigir um casaco de pele de quatro macacos! – Odile estava furiosa e louca para
acabar com eles. Não duvido nada que ela consiga.
Mas Franz não deixou.
-- Meine Liebe, por favor, não fazer isso, ok? – Franz segurava
Odile e implorava para ela não cometer uma besteira.
-- Não me segura, Kaiser! Eu quero logo um casaco de pele de
macaco! Maldito Peter por estragar este dia!
Como última alternativa, Franz ajudou minha prima a conter Odile e
fomos no carro dela. Os alemães embarcaram no carro deles, dirigido pelo
Breitner e tomaram outro caminho. Já Fefe seguiu para o alojamento.
-- Apertem o cinto, garotas! Eu vou acelerar!
Por um momento achei que fosse brincadeira, mas era verdade.
Felicity ia muito rápido. Ana estava em pânico e a todo o momento segurava os óculos
e Nora falava baixo algo do tipo “ei coisinha, vá devagar!”. Odile e eu
sofremos demais com aquele carro indo em alta velocidade. Cinco minutos depois
conseguimos chegar ao local e sem os Monkees na nossa cola. Desembarcamos e eu logo corri para a lata de
lixo e vomitei. Ouvi Nora xingar Fefe, que ria da situação.
-- Sua louca, o que estava pensando? Podíamos ter morrido!
-- Me desculpe, baixou o Paul Walker em mim, há há há há há!
Recuperei-me com a ajuda de Ana e agora só rezava para meu amado não
ser reconhecido por ninguém, embora sentisse que Alice, a namorada do Nez, pela
sua esperteza, pudesse descobri-los.
Continua...

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