Mais uma what if saindo do forno (avisando que esta não faz parte da minha sub série do casamento). Espero que gostem. Boa leitura!
Amanheceu em Londres. Num fim de
semana que estava chuvoso, agora o dia representa um céu limpo, sem nuvens
encobrindo o sol. E o raios dele iluminam um apartamento no centro da cidade.
Ali se via algumas roupas jogadas no chão e também taças de vinho na mesa. No quarto um casal dormia tranquilamente.
Trata-se de George Best e Rosie Donovan.
Aos poucos Rosie foi
acordando e se levantou. Se sentiu um pouco fraca e foi em direção a sala. Viu
uma pequena bagunça e roupas espalhadas no chão. Reconheceu ser seu vestido
vermelho. Olhou para si mesma, vestindo apenas uma calcinha e sutiã. Quando se
deu por conta, procurou saber o que realmente aconteceu e acabou vendo George
dormindo tranqüilamente.
Pegou seu vestido e o sapato
e foi se vestindo silenciosamente.
-- Meu deus, onde fui
parar? – Se perguntava, temerosa e ainda por não se lembrar direito da noite
anterior.
Quando já calçava os
sapatos, surge George Best, apenas de cueca azul, com cabelo quase desarrumado,
mas sem perder o charme. Pela primeira vez Rosie sentiu novamente aquele
sentimento que há tanto tempo não possuía. Contudo, ela queria ir embora.
-- Já vai, ruiva? –
Questionou Best, pegando sua calça e a camisa.
-- Sim. Afinal... eu não
me lembro... como vim parar aqui com você. Não lembro como aconteceu.
-- Tem certeza de que não
lembra?
-- Se eu lembrasse, diria
mais motivos cabíveis para me deixar ir. Agora adeus!
George não queria deixar
aquela ruiva linda ir embora. Não depois da noite passada. Estava disposto a
fazê-la lembrar de tudo.
-- Escuta... – George
agarrou Rosie pelo braço e a deixou perto da porta, ainda encarando os belos
olhos cor de esmeralda da ruiva. – Vou
contar tudo o que ocorreu na noite passada, só tenha paciência, ok?
FLASHBACK ON
Era mais uma noite em Londres. E George
Best queria muito comemorar. Era justamente o fato de ter ganhado do Bayern de
Munique na partida pela Liga dos Campeões o fez celebrar com seus amigos e o
técnico Matt Busby. Enquanto bebia, o jogador ficou olhando todas as mulheres
ao redor e sabia o quanto era desejável por elas. Só que, naquele dia, ele
desejava apenas uma que o fizesse se sentir “diferente”. E quem poderia ser?
De tanto ficar observando as jovens, ele acabou
avistando uma em
particular. Ruiva , olhos verdes um tons de tristeza, usando
um vestido vermelho e bebendo Martini. Resolveu abordá-la gentilmente.
-- Boa noite, senhorita. Posso me juntar a você? –
Perguntou George, já se sentando de frente para ela.
-- Fica a vontade. O que posso fazer neste momento
que não seja beber e esquecer aquele canalha?! – Dizia Rosie, quase bêbada e
segurando o copo.
-- Pelo visto não está muito contente. O que
aconteceu?
-- Eu... era apaixonada por um guitarrista... e ele
me trocou por uma modelo que parece uma boneca, esboço da Barbie em pessoa. Como Clapton
tem a audácia de me dizer “eu te amo”, se ainda está com a Pattie? – Rosie
estava agressiva e quase jogou o copo fora se não fosse George.
O jogador pela primeira vez ficou sensibilizado e
compreendeu a ruiva. Só não acreditava que uma menina tão linda pudesse se
interessar por um guitarrista. E ainda se questionou como o próprio pôde ser
capaz de abandonar uma linda ruiva de belos olhos de esmeralda por uma modelo?
Conhecia Pattie Boyd e realmente ela era muito
bonita. Uma verdadeira deusa. Mas a ruiva quase bêbada era muito mais. Tirando
aquela bebida, ela seria uma verdadeira lady.
-- Farei com que esqueça esse tal Clapton! – Disse
o jogador e logo depois tirou a bebida das mãos dela e a levou para a casa.
Rosie estava sonolenta e mesmo assim beijou George
dentro do taxi.
-- Me... desculpa... foi impulso.... – Se
desculpando e George tentando se recompor e depois dizendo para onde o
motorista devia levá-los.
Ao chegar em casa, o jogador do M.United carregou a
ruiva para o quarto e a deitou
calmamente na cama, mas a jovem o agarra e logo o
beija mais uma vez.
-- Me beija... antes... de dormir.... – Implorava a
ruiva.
Ele não respondeu. Tirou o vestido e o sapato que
usava, deixando apenas de calcinha, também vermelha. George ficou tão excitado
que resolveu se juntar a ela na quase nudez, usando apenas a cueca e novamente
houve troca de beijos, mas por iniciativa de Best.
-- Quero outro beijo seu... tão
fenomenal...—Sussurrou a ruiva no ouvido dele.
Depois dos beijos, acabaram adormecendo abraçados.
FLASHBACK OFF
-- Eu...
disse isso? Não pode ser... – Dizia Rosie, um tanto chocada.
-- Sim mas garanto que
foram só beijos e depois dormimos.
Após as revelações, a
garota foi embora, deixando um George Best desolado e alimentando a idéia de
que não a veria nunca mais depois disso.
Rosie foi ao apartamento
de Felicity McGold, sua amiga fotógrafa e explicou tudo o que aconteceu e após
isso foi telefonou para Marianne e durante a conversa, a campainha toca.
-- Deve ser o Pete.
Continua conversando com a Mari. – Falava Fefe enquanto ia em direção a porta.
Não conseguiu mais
conversar com a amiga. Desligou o telefone e resolveu ir pro quarto, pensando em George Best. Apesar
das revelações, Rosie admitia que estava atraída por ele. Contudo, não tinha
intenção de ser mais uma na vida dele.
Dias depois, acontece
algo. Rosie havia saído para fazer compras e na volta para casa viu um carro
parado em frente ao apartamento e um homem esperando do lado de fora.
Reconheceu de imediato o jogador do M.United.
-- Bom dia , linda ruiva.
-- Oi, George. –
Respondeu, com indiferença. – Estou ocupada.
Rosie abriu a porta do
apartamento e viu na janela George ainda no mesmo lugar e sorrindo para ela. Realmente
ele não desiste, pensou a ruiva. Abriu a porta novamente.
-- Ok, entre e fale de uma
vez o que quer!
-- Vem comigo, fugir de
Londres! – Convidava George.
-- Está louco? Não vou com
você! Mal nos conhecemos e só tivemos uma noite.
-- Posso garantir que
nesta viagem voltará mais alegre e não pensará tanto no seu ex. – Disse por
fim, fazendo a garota pensar na possibilidade.
Por mais alguns dias ela
pensou no convite de George. E quando foi acompanhar Fefe e Nora Smith no show
que estava sendo realizado pelo Cream, ela percebeu que o amor por Clapton
realmente acabou. Tentaram reatar, mas não havia retorno. E sabendo que se
permanecesse , sofreria mais pelo guitarrista. E foi aí a decisão. George Best
a visitou mais uma vez na esperança de ter uma resposta e se surpreendeu. Ela
já estava com a mala pronta e já indo em direção ao carro.
-- Para onde vamos?
-- Belfast e depois
Brighton.
George guardou as coisas
dela no carro e lá se foram os dois viajando para a cidade de Belfast, onde
George nasceu. Passearam um pouco, fazendo compras e conversando de forma
animada. À tarde seguiram para Brighton, onde foi um pouco mais exaustivo. Chegaram ao litoral às sete da noite e logo
conseguiram se hospedar num hotel perto da praia.
Devido ao cansaço, Rosie dormiu
em instantes e com a roupa no corpo. George tomou banho e quando se deparou com
a ruiva deitada na cama, evitou que o mesmo ocorrido dias atrás. Apenas retirou
os sapatos dela e a cobriu com edredom e logo em seguida adormeceu ao lado
dela.
Amanheceu lindamente no
litoral e Rosie acordou com bastante disposição. Estranhou o fato de se
levantar sem a presença de Best e ainda mais sem seus sapatos e ainda vestindo
suas roupas, que alias, eram as mesmas do dia anterior.
Depois do banho tomado,
ela foi até a cozinha e mais uma surpresa: a mesa estava toda preparada para o
café da manhã dos dois e George fazia uma omelete.
-- Bom dia, linda ruiva,
fiz o café e a omelete. Está servida?
-- Vou aceitar. Estou
morrendo de fome. – Aceitou de imediato e em questão de cinco minutos, Rosie
conseguiu consumir a omelete. George ficou um pouco espantado mas logo
entendeu. Pelo fato de ter dormido tanto, era normal que a fome vinha com mais
força.
-- Bem... – Disse George,
já se retirando da mesa. – Vamos para praia?
-- Por mim, tudo bem.
Minutos depois o casal
chegou na praia de Brighton. Mesmo com sol, havia um vento refrescante. De
forma tímida, Rosie tirou a roupa, revelando seu traje de banho, atraindo toda
atenção do jogador e foi se banhar um pouco. O mar não estava tão agitado assim
e por isso conseguiu mergulhar sem medo.
Entre um mergulho e outro,
Rosie encontra George também no mar. Os dois se encaravam um pouco e depois se
aproximaram. Sabiam que algo os ligava desde o inicio. Rosie não resistiu a vontade
de beijar Best e os dois trocaram mais uma vez um ardente beijo, mais do que no
dia em que se conheceram no bar. A tarde resolveram voltar pra casa aproveitar
o máximo de tempo possível e a noite fizeram amor de forma apaixonada e
prazerosa.
No dia seguinte retornaram
a Londres e desde então outra vez não se viram mais e Rosie voltou para
Liverpool, ajudar Marianne a criar sua filha. Por dias não se soube de George
Best e inclusive chegou a assistir os jogos do M.United e não viu o jogador em campo.
Foi tudo uma ilusão. Pelo menos amenizou minha
raiva pelo Clapton, pensou a ruiva ao se lembrar da promessa dele em faze –
lá esquecer Eric Clapton. Ao se preparar
para dormir, alguém bate na porta.
-- Quem pode ser uma hora
destas? – Questiona Mari, fazendo Sofia, sua bebezinha dormir.
-- Calma, vou atender a
porta.
Ela abriu com cuidado e levou
um susto ao ver justamente a pessoa que ela tanto pensava e despertou seus
sentimentos.
-- Não consigo viver sem
você, minha ruiva!
Mal terminou a frase e
George a puxou para um beijo cheio de paixão. Rosie correspondeu, pois ela
também desejava mais uma vez a boca do jogador e provar aquele doce sabor que
só ela sabia.
-- Meu nome é Rosie. Me
chame de Rosie e não de ruiva. – Dizia ela, acariciando o rosto do jogador.
-- Rosie... eu te amo e
sempre a amarei minha Rosie... – Declarou com um sorriso sincero e mais beijos
trocados.
Mari e sua filhinha
assistiam a felicidade bem ali na porta. George finalmente encontrou sua garota
que o faz se sentir diferente dos outros caras e Rosie não só esqueceu Eric
Clapton, mas também encontrou o amor nos braços de um jogador de futebol
chamado George Best.
FIM

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