Capítulo 13: Let’s Spend
The Night Together
(Emma’s POV)
Meu Deus, aquilo era um sonho? O cara por quem
eu era apaixonada desde o ensino médio, Micky Dolenz, finalmente havia
percebido que eu existia. E o que era melhor: estava solteiro!
- É a sua chance, Emma! –
disse minha melhor amiga, Dianna. – Quem não arrisca não petisca!
Quando chegamos à festa, Mike e Alice e
Dianna e Davy procuraram cantos da festa para ficarem se pegando. Peter parou perto da mesa de bebidas,
observando Suzan Hardison a distância. E Micky e eu ficamos ali, com cara de
paisagem. Ele se afastou, e pensei: “Droga, agora fiquei sozinha mesmo”. Porém, logo ele voltou, com dois copos nas
mãos, e me ofereceu um.
- Que bebida é essa,
Micky? – perguntei.
- É espumante de
maçã. Relaxa, é sem álcool. Parece
refrigerante.
Provei, e o tal espumante sem
álcool era mesmo gostoso. Micky e eu ficamos conversando por um bom tempo.
Notei que Suzan nos observava de longe, nada feliz.
- Sua ex-namorada está
olhando para nós. – eu disse baixinho.
- Ela não tem motivo para
ficar brava. Como você disse, ela é minha ex.
- Acho que ainda não caiu
a ficha para ela de que vocês terminaram.
- Bem, para mim caiu há
muito tempo.
Ficamos em silêncio. Começou
a tocar Mickey, da Toni Basil, e eu
cantei, olhando nos olhos dele:
Oh
Mickey, what a pity,
You
don’t understand
You
take me by the heart
When
you take me by the hand
Oh
Mickey, you’re so pretty,
Can’t
you understand?
Aproximei-me dele, e pousei a mão sobre
o peito dele.
- Don’t break my heart, Mickey...
Eu passei o ensino médio inteiro
ouvindo essa música e pensando em você.
– confessei.
- Loirinha, se eu
soubesse...
- Loirinha? – olhei para
ele, surpresa. Do nada ele começa a me chamar assim?
Ele passou a mão por meu cabelo
loiro e curto... E, antes que eu pudesse prever o que ele estava prestes a
fazer, me beijou.
- M-Micky... – meu coração
batia aceleradamente.
- Sou seu chapeleiro,
minha rainha.
Micky ia me dar mais um beijo,
quando se ouviu um grito.
- Micky Dolenz! Que
palhaçada é essa?
- Suzy, eu... – ele estava
sem fala, e se afastou de mim.
- Eu pensei que você fosse
legal, loira oxigenada! – Suzan gritou para mim.
- Pode me chamar do que
quiser... Menos de “loira oxigenada”!
- exclamei.
Davy e Dianna puxaram Micky para
longe logo que Suzan avançou em minha direção, raivosa. Ela agarrou meu cabelo
e destruiu meu penteado. Logo devolvi o gesto. Em instantes, todos os
convidados estavam ao redor.
- Micky é meu, Emma! – ela
gritou.
- Vá plantar favas, Suzan!
Aceite que o relacionamento de vocês não deu certo!
Micky tentava se aproximar de
nós. Contudo, era impedido por Dianna e Davy. Peter aproximou-se, apartou-nos e
disse, enquanto ele e Suzan se afastavam:
- Calma, Sue. Vamos tomar
um ar.
A multidão dispersou-se.
Micky disse:
- Emma, eu... Desculpe.
- Não se preocupe. – dei
um beijinho nele.
- Agora, Rainha Branca,
permita que o Chapeleiro Maluco a conduza ao País das Maravilhas!
Ele me levou ao alojamento dos
Monkees. Dentro de meu peito, meu coração quase dava cambalhotas. Nós nos beijávamos avidamente. Tirei a
cartola dele e a joguei em um canto qualquer da sala. Em questão de segundos,
estávamos deitados na cama de Micky, e havíamos deixado um rastro de peças de
nossas fantasias pelo caminho.
* **
(Dianna’s POV)
Alice e eu dormimos no
alojamento dos Monkees naquela noite. Quando chegamos, Davy e eu estávamos tão cansados que fomos
direto para o quarto dele. Ele tirou o suéter amarelo de membro do comando,
ficando apenas com a calça preta.
Relutei em tirar o vestido azul, que indicava um membro da equipe de
ciências e medicina da Frota Estelar.
No fim das contas,
fizemos um pouco de amor e logo dormimos. Acordei com os raios de sol batendo
em meu rosto. Murmurei:
- Davy, está acordado?
- Estou. – ele respondeu,
ainda grogue. – Que horas são, Di?
Chequei a hora em meu
celular.
- Oito horas. – eu disse.
- Acho que já vou
levantar... Vou ao quarto do Micky pegar uma camisa limpa.
Ele abriu a porta do
quarto do amigo, e exclamou:
- Porra!
- O que houve? –
perguntei, vestindo rapidamente o maior moletom de Davy, que encontrei
empaçocado no guarda-roupa.
- Olhe isso, Di!
Na cama de Micky,
estavam Emma... E o próprio Micky, deitado por cima dela. Davy tampou meus
olhos e gritou:
- Bom dia!
Pelos vãos dos
dedos de Davy, vi Micky abrir os olhos e rolar para fora da cama pelo outro
lado. Decerto ele estava sem nada, porque Davy fechou os vãos dos dedos.
- Hã... Bom dia, Davy e
Dianna. – disse ele.
- Micky? – chamou Emma,
baixinho.
- Temos visita, Emma.
- O quê? – ela se
assustou, e ao notar a presença de Davy, puxou as cobertas, como pude concluir
pelo barulho.
- Micky, faça o favor de
vestir algo. – pediu Davy. – E você também, Emma.
Davy destampou os meus olhos,
depois que Micky vestira um calção azul. Os dois saíram do quarto. Como eu,
Emma também precisaria dar um jeito de conseguir uma roupa para voltar ao nosso
alojamento. Pegamos uma camisa de Micky
bem grande, que estava largada numa poltrona e Emma a vestiu. Enquanto
procurávamos, pedi:
- Conte tudo! Não me
esconda nada!
E ela relatou o flerte com
Micky na festa, o beijo, a briga com Suzan Hardison, a ida para o alojamento
dos Monkees e só a parte “decente” do que aconteceu depois disso. Eu olhava
para ela surpresa.
- Ora, Di, você também
dormiu com alguém esta noite. – disse
ela.
- Com o meu namorado!
Estou com ele há quase três anos! Mas você passou a noite com alguém com quem
acabou de ficar!
- Relaxa. Eu tive cuidado.
- Acho bom.
Fomos para a cozinha. Todos
tomavam café. Peter perguntou:
- Então eu fui o único que
dormiu sozinho na noite passada?
Micky e Emma ficaram
vermelhos, mas sorriam um para o outro. Micky disse:
- Pete, Sue é toda sua, se
estiver interessado.
- Não vou mentir, estou
sim. Mas depois do que aconteceu ontem... Não sei se ela está interessada em
mim.
- Ela precisa cair na
real... Por mim e por Emma.

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