Hoje iremos ter mais um capítulo de Holiday Romance, com a festa na casa de Chris Romanov bombando geral, com zueira, revelações e ciúmes de alguns personagens. E, claro, um pouco de amor. Boa leitura!
Capítulo 21: Romanov’s Party parte 1
Louise POV
Mais uma vez
acordo tarde na casa dos meus pais. Tudo isso devido à semana de recesso na
universidade, devido aos feriados de final de ano. Minha mãe entrou no quarto,
abrindo a cortina, revelando o dia pouco ensolarado.
-- Hoje é
véspera de natal, Lulu. – Falou minha mãe enquanto pegava minhas roupas no
chão. – Levante-se que hoje deve comprar o presente do seu ursinho.
-- Ok... –
Murmurei debaixo das cobertas.
Não teve
outra. Tomei banho, me vesti rapidamente e fui tomar café com a família. Ou
melhor, uma parte da família. Papai foi trabalhar mais cedo. E por falar nele,
com certeza antes do dia de amanhã, ele irá ao seu analista reclamar de mim que
virei uma “Lolita” pelo fato de estar namorando Gerd. Sinceramente, a
implicância dele com meu namorado está chegando a níveis extremos. Só para se
ter uma idéia, após o enterro do gato de Nora no dia que coincidiu com o jogo
do Bayern pela Liga dos Campeões, ele e mamãe o convidaram para o almoço de
natal na nossa casa. Gerd aceitou, mas no fundo meu pai desejava que ele não viesse...
No café, mamãe
prometeu me acompanhar nas compras do presente e Mickey também vai junto. Lá
pelas nove da manhã fomos ao shopping Harrods e ficamos na loja de roupas.
Enquanto ela comprava as peças mais interessantes, eu andava em todas as
prateleiras ao mesmo tempo em que trocava mensagens no Whats com meu ursinho.
Questionei sobre o que ele desejaria ganhar de natal e a resposta foi essa
aqui.
Somente você, ursinha!
Ter um
namorado de vinte e três anos, jogador e romântico é lindo. Porém, são necessários
alguns momentos de seriedade.
É lindo, meu amor. Eu
falo sério. Que presente gostaria de ganhar de natal?
-- Louise!
Vamos logo para a próxima loja! – Gritou minha mãe na saída.
E lá fomos nós
numa boutique de perfumes. Encontramos Felicity e tia Sophie. Ao que parece
elas também compravam presentes, pois carregavam algumas sacolas.
-- Bom dia,
prima! – Cumpimentou Fefe.
-- Bom dia,
Fefe! Bom dia, tia!
-- Olá
garotas! Mary, como vai? – Tia Sophie cumprimentou minha mãe.
-- Muito bem.
Ajudando minha filha a escolher um bom presente para o namorado alemão.
-- Que
coincidência! Estou ajudando a Fefe também. Podemos escolher juntas, o que
acham?
Acabamos
concordando e enquanto observava os perfumes masculinos, trombei com Nora e sua
mãe, Catelyn.
-- Oi Louise!
– Nora me abraçou, muito feliz.
-- Oi Nora!
-- Louise,
Mary, Felicity e Sophie! Coincidência encontrar todas vocês na boutique. –
Comentou Cat, segurando um frasco de perfume.
-- É verdade.
– Concordou minha mãe.
Nora, Felicity
e eu ficamos conversando um pouco mais quando ouvi meu celular apitando de
mensagem.
Sou um tanto indeciso,
ursinha. Através de meus gostos, vai advinhar...
Outro momento
sinceridade: estou ficando sem paciência e minha enxaqueca está atacando. Além de
o meu namorado ser indeciso, terei de pensar em algo para o presente dele. Precisaria
de algo no qual ele se lembrasse de mim, todos os dias, em todos os momentos.
-- Pegue este
perfume. – Sugeriu tia Sophie. – É uma doce mistura de essência de sândalo e
cítrico. Bem masculino.
Borrifei um
pouco do perfume no pulso e devo admitir: é apaixonante.
-- Vou levar!
– Falei, já decidida no presente.
Na caminhada
as outras lojas, encontramos mais pessoas conhecidas. Odile e Marie com sua
mãe, a escritora Serena e Tatiana Romanov com Ana e as gêmeas Sarah e Jane.
Enquanto as mamães fofocavam, as garotas revistavam as lojas a procura do
presente perfeito. As gêmeas tinham comprado presentes ao pai delas, ao Chris e
possívelmente ao Paul Breitner.
Acompanhei Odile
numa loja de CDs e DVDs. Ela comprava alguns filmes românticos e quando parei
na prateleira do gênero horror, me veio uma idéia. Na verdade, lembrei de um
detalhe: Gerd ama filmes de terror. Sim, é estranho isso. Desse jeito vão
pensar que meu namorado é um psicopata.
O problema é
que mais ou menos tinha noção de quais filmes ele já assistiu. Para tanto que
pedi ajuda ao vendedor. Indicou-me Prometheus,
Invocação do Mal, Dia dos Namorados Macabro (segundo o
vendedor Jay, é ideal para os casais que desejam assistir um filme de horror
juntos) e um Box de filmes clássicos como Drácula
e Frankenstein. Desta vez meu ursinho
vai adorar.
No caixa, fui
pagar ao lado de Odile e minha mãe apareceu e ficou espantada com as escolhas
do DVD.
-- Para quem
são esses filmes? – Questionou mamãe.
-- Para o
Gerd. Ele adora filmes de terror. – Terminei de pagar no cartão.
-- Meu deus,
ele tem o mesmo gosto que o Tony. – Comentou. – Ainda lembro-me de quando seu
pai me levou ao cinema e assistimos A
Bolha. Que medo!
Odile também
pagou e se encontrou com Marie. Fui também acompanhar Nora e Fefe na
confeitaria. Ao que parece minha prima havia encomendado uma torta... para o
goleiro reserva Manuel. Uma torta de Nutella.
Após a compra
da torta, rapidamente Fefe cruzou na loja de roupas intimas com tia Sophie. Ela
ajudava minha prima escolher uma boa lingerie para agradar nos momentos
íntimos. Quando voltamos para a casa, coloquei o papel presente neles e
preparei com cuidado. Lá pelas duas da tarde, Ana me telefona avisando que seus
pais viajaram, ou seja, a casa dos Romanov está liberada para a grande festa.
No fim da
tarde Mickey e eu chegamos à mansão deles e ao entrar no quarto de Ana, me
deparo com minha amiga tentando se encontrar com aquelas quatro sacolas.
-- O que tem
nestas sacolas?
-- Livros! –
Respondeu Ana ao passar duas sacolas a mim, pois pegar os papéis de presente.
Ajudei no
embrulho dos presentes de todas e em seguida carregamos para a sala onde
depositamos embaixo da árvore de natal perto da lareira.
Neste momento
um carro estacionou em frente a casa dos Romanov. Era Paul Breitner. Corri até
o quarto de Ana.
-- Já está
pronta? – Perguntei.
-- Sim.
Louise, como estou? – Ana usava um vestido branco e sapatilhas da mesma cor e
levava um casaco por conta do frio.
-- Mais linda
do que nunca, princesa! Agora vai lá!
Ana desceu as
escadas no mesmo instante que apareceu Paul Breitner. Aparentemente ele estava
caracterizado como o “presente” de minha amiga. Imagino ter sido a Fefe, Nora e
Marie as responsáveis por tal feito. Na despedida, perguntei ao jogador se eles
vão aparecer.
-- Tenha
calma, Louise. O pessoal estará aqui em uma hora, junto comigo e Ana. E por
falar nisso, seu namorado também está ansioso. Agora vou indo. Até mais,
garotas!
-- Até mais,
Sr. Breitner e traga a Ana inteira, hein? – Fefe sempre divertida.
Na ampla sala
de estar, as gêmeas, Nora, Marie e Fefe arrumamos o sofá, preparamos a mesa com
os quitutes e trouxemos duas caixas de papelão para guardar os presentes e
colocar debaixo da árvore de natal. Mickey e Chris foram comprar bebidas e
chegaram junto com Graham Bond. Este carregava o seu saxfone e ainda veio com
mais presentes. Meu coração batia demais de ansiedade.
-- Se acalma.
– Fefe se sentou no sofá ao meu lado e me ofereceu água. – Dentro de meia hora
o ursinho alemão e seus amigos estarão aqui.
Enquanto bebia
devagar o copo d’água, mais convidados. O grupo musical English Band e Odile.
Cumprimetei a todos e ficamos ali conversando.
-- Se não
fosse a Fefe e o Chris dizerem que vão vir uns convidados especiais, há essa
hora já estaríamos cantando Shakin’ All
Over no Bronze ou na festa dos McCartneys. – Disse Edward, guardando o
pacote numa das caixas.
-- Deixa
disso, Eddie. A festa do Paul McCartney já tem pessoal de quilate muito maior
que o nosso. – Alana simplesmente não quis ir lá por saber que Kathy Giordano e
sua turminha do mal poderiam estar lá documentando, como aconteceu na festa de
Halloween.
As gêmeas
estavam no quarto, certamente se arrumando e Chris e Mickey resolveram pôr uma
música no rádio, mais propensamente um rock clássico. Fefe saiu do sofá para
fazer uma ligação.
-- Vai
interromper o Sr. Breitner? – Indaguei.
-- Não é pro
Breitner. É pra Rosie.
Me afastei
dela um pouco e fui ao quarto das gêmeas, pra saber a senha do wifi da casa.
Elas não sabiam. Ou melhor, sabiam, mas fingiam que não. Passei a choramingar pelos cantos até Sarah,
a gêmea de cabelo curto igual ao da Hazel Grace, me alcançar uma folha do bloco
de anotações com a senha.
-- Toma aqui e
vê-se pára de encher, Lulu!
Nestas horas
amava ser insistente. Irrito as pessoas, mas consigo certas coisas. Ao pegar o
sinal, já comecei a mandar mensagens ao Gerd e controlando minha ansiedade.
Neste momento
meu irmão e Chris chegaram trazendo enormes pacotes e caixas com muitas
bebidas. Por breves momentos refleti um pouco. Por mais que considerasse Alice
uma ótima amiga e pessoa, havia algo que não me convencia que ela fosse mesmo
fã dele. Sinceramente, melhor parar com essa desconfiança. Ele deu provas que
me ama, enfrentou as repressálias do meu pai e ainda foi capaz de ficar mais
uns dias na Inglaterra enquanto o resto do time voltou para Alemanha.
Outro ponto
que mereceu entrar na mente foi meu pai falando de mim sobre Gerd.
FLASHBACK ON
-- De tantos caras por aí na Inglaterra
e na Europa, por que ele? – Meu pai se questionando não só pra mim, mas mamãe e
meu irmão ouviam tudo. – Por que esse chucrute?
-- Eu o amo, meu pai e não gosto como
se refere o meu namorado assim.
-- E como deseja que digo? Humbert
Humbert? Se bem que combina com ele.
-- QUE BLASFÊMIA, TONY! – Minha mãe não
gostou quando ouviu isso. – Uma coisa é não aprovar aquele rapaz, agora chama-lo de Humbert Humbert? ISSO
NÃO TOLERO!!!
-- Doa a quem doer, Mary. E já aviso de
antemão: ele vai ficar aqui no dia 25, mas não vai dormir no quarto de Louise!
FLASHBACK OFF
E foi daquela
maneira que encerrou a discussão. Imaginei de forma divertida o confronto do
meu pai e Gerd. Seria tipo dois cavaleiros de ouro um contra o outro, na
chamada Guerra de Mil Dias.
E falando em
termos otaku, meu melhor amigo e
entendedor do assunto, Harry Daniels sentou-se ao meu lado.
-- Konban wa!
Louise-chan! – Cumprimentou Harry, sempre alegre e falando algumas coisas em
japonês.
-- Konban wa!
Harry-kun! Tem alguma novidade do mundo anime?
-- Com
certeza! Já foi divulgada a data de lançamento do filme em computação gráfica
de Saint Seiya.
-- Opa, pra
quando? – Minha curiosidade foi despertada ao ouvir isso.
-- Dia 15 de
outubro, mas só no ano que vem.
-- Bem, pelo
menos é bem depois da copa. Vai dar pra assistir junto com o do Dragon Ball Z.
Continuamos a
conversa até Alana e Edward o chamarem pra iniciar uma jam session com a banda. Começaram com Man With Money, dos Everly Brothers e depois pra animar cantaram Girls & Boys, do Blur. Dancei pouco
e voltei ao sofá, onde deitei e cochilei.
Não faço a
mínima idéia de quanto tempo dormi, apenas me juntei ao sofá confortável da
casa e fechei os olhos, tomada pelo sono. Acabei sonhando algo não muito
agradável...
Caminhava na floresta densa, vestindo
roupas de jogral. Me senti perdida ali...
Porém, algo me atraia mais. Mesmo sendo
dia, eu estava perdida e sem trilhas por ali. Caminhei por vários minutos até
ouvir um relincho de um cavalo. Talvez esteja perto, pensei comigo mesma. Pisei
um pouco na lama, sujando meus sapatos e a roupa, sempre seguindo o som.
Afastava os galhos das minhas vistas até os meus olhos mostrarem algo. Não...
De repente meu coração ficou pesado como o chumbo e uma falta de ar me atacou.
Lágrimas caíram de meus olhos por ver meu amado Gerd, um cavaleiro medieval,
beijando... Alice?
-- Sinto muito, lady Louise. – Disse um
dos guerreiros, colocando a lâmina perto de minha garganta. – Ele fez sua
escolha.
-- E não estás incluída. – Completou o
outro ao sacar a espada e me golpear no coração.
-- NÃO!!! –
Gritei tão alto que a banda parou a música e saltei do sofá.
-- Calma,
Lulu. Está entre amigos. – Me acalmava Alana, se sentando comigo no sofá.
-- Relaxa, foi
só um sonho. – Dizia Eddie enquanto servia um copo de água pra mim.
Enquanto
bebia, Chris e Fefe ficaram na porta, Harry olhando pra janela e Biff sentando
na poltrona perto de nós.
-- Quem é
Gerd? – Questionou o tecladista.
-- O que?
Eu... falei Gerd? – Não acredito que falei o nome dele e eles ouviram.
-- Sim. Falou
claramente. – Respondeu Alana.
-- O único
Gerd que conheço é atacante do Bayern de Munique... – Disse Biff. Ficou por
breves segundos em silencio e me olha com incredulidade. – Por acaso seu namorado
é o jogador, Louise?
-- Pelo amor
de deus, não está naquelas de namorar um pôster como a Odile, não é? – Eddie
parecia não acreditar nesta possibilidade.
-- O único
pôster que tenho como namorado é o do Ikki de Fênix, presente do Harry.
Enquanto isso
meu amigo otaku e baterista fala algo.
-- Opa
estacionou um carro aqui perto. O cara desceu e... Está de cosplay do Quarto
Doutor, de Doctor Who. Vejam! – Harry abriu um pouco à persiana. Reconheci o
rapaz de cosplay. Era Sepp Maier. Aposto que se vestiu assim por causa da Nora,
que neste momento desceu rápido as escadas e ficou junto da Fefe e Chris na
porta.
Também vi os
alemães saírem do carro, Ana e Paul e... ele! Sabem aquela alegria contagiante?
Pois é, imediatamente corri até a porta e abri. E lá estava meu ursinho.
--
URSINHOOOOO! – Pulei em cima dele, abraçando-o e beijando meu amado, como se
não houvesse amanhã.
Agora sim o
natal pode começar com animação.
Pete POV
Não estava bem
indo naquela festa, sob as insistências de Evanna. A banda foi devidamente
convidada para tocar também. Seria melhor pedir ao Edward Simons ou Jeff Beck
tocarem guitarra no meu lugar apenas por hoje. Coisa que não deu certo. Os
Beatles animavam o lugar, já que preenchia o tempo que pertencia ao Herman’s
Hermint, banda expulsa por causa da
declaração (quase) explícita de amor a Dianna Mackenzie, a namorada de Davy
Jones.
E por falar em
namorada, percebo o nível de melancolia no baixista e também meu amigo, John
Entwistle.
-- Aconteceu
algo? – Perguntei enquanto arrumava a guitarra.
-- Perdi mesmo
a Anastacia. – John estava com uma voz muito soturna e dedilhava nas cordas. –
Semanas antes da festa, encontrei a
Georgiana. Ela chorava por que terminou o namoro com Christopher, o irmão da
Ana e quando fui prestar algum auxilio, um consolo, ela me beijou.
-- E Ana viu
tudo e acabou?
-- Bem assim.
– Respondeu voltando a atenção ao instrumento.
-- Relaxa,
cara. – Me limitei a dizer isso. – Deixa passar esta festa e amanhã a procure,
leva um presente que goste e peça perdão.
-- Obrigado,
Pete.
É engraçado,
dando conselhos amorosos ao meu amigo, sendo que eu também sofro disso. Algum
tempo venho percebendo que minha relação com Evanna não me resulta em algo. Precisava de
algo para estimular minhas capacidades, motivação para desafios. E Evie não me
proporcionava. Contudo, a suavidade e seu jeito meigo me atraiam de maneira não
explicativa.
Se ela
soubesse o que aconteceu comigo e com Fefe naquele ensaio...
FLASHBACK ON
Uma semana antes da festa de natal, ensaiamos
na casa de Keith Moon, ali na garagem. Mary Anne e Evanna nos assistiam
animadas.
-- Não esqueça a playlist de músicas a
serem tocadas, ok? – Evanna sempre me lembrando das coisas.
-- Sim, Evanna. Logo te encontro no
Bronze.
Nos despedimos ali e Evanna e Mary Anne
voltaram ao alojamento. A banda ainda tinha mais algumas músicas a serem
tocadas. Ox aproveitou para ir ao banheiro, Moonie entrou em casa para saber do
que sua mãe precisava e Roger foi ligar para sua mãe, afastado da garagem. E eu
fiquei sozinho ali, sentado na cadeira afinando o violão quando entrou
discretamente uma pessoa.
-- Esqueceu de algo, Evie? – Perguntei
sem olhar pra pessoa, achando ser Evie.
-- Não é a Evanna. Sou eu. – Olhei para a pessoa e um choque pegou em
mim.
-- Oi Felicity. Sente-se, fica a
vontade.
Ela sentou numa das cadeiras e
conversamos sobre muitas coisas. Confesso que ansiava em rever aqueles olhos
castanhos dela, o sorriso e o jeito quase atrevido dela. De alguma maneira, ela
causava sensações inexplicáveis.
-- Fefe, quer ouvir uma música? Eu
mesmo escrevi.
-- Claro. Adoro suas músicas.
Dedilhei as primeiras notas e olhei
fixamente nos olhos dela, cantando os primeiros versos de Sunrise.
You take
away the breath I was keeping for sunrise
You appear and the morning looks drab in my eyes
And then again I'll turn down love
Having seen you again
Once more you'll disappear
My morning put to shame
You appear and the morning looks drab in my eyes
And then again I'll turn down love
Having seen you again
Once more you'll disappear
My morning put to shame
-- Lindíssima! – Exclamou. – Aposto que
Evanna vai amar essa música. Ela deve te inspirar muito.
-- Na verdade, Evie não me inspirou e
muito menos é pra ela. Essa música foi escrita pensando em você. – Falei
enquanto tocava as mãos dela, trêmulas ao ouvir minha revelação. – Felicity...
Para quê avisar sobre meu sentimento,
sendo que expressei da maneira que achei cabível. Puxei o rosto dela para
perto, encostando minha boca na dela para depois virar um beijo tão quente,
excitante. Não demorou em ver o clima acabar.
-- Pare! – Disse Fefe, ofegante. – Não
é certo. Você tem a Evanna e eu o Manuel.
-- Quem é Manuel? – Agora questionei.
Ela não me respondeu, apenas foi embora
e no mesmo instante o pessoal retorna a garagem sem saber do ocorrrido.
FLASHCBACK OFF
Desde então
não esqueci aquele beijo e agora estou eu, subindo no palco improvisado na casa
de Paul McCartney e cantando algumas de nossas músicas. A essa altura Fefe e
suas amigas estão se divertindo na casa de Chris Romanov. Corre um boato que
ela está ficando com o cara vestido de Lanterna Verde. E mais: ele não é
intercambista e sim um jogador de futebol profissional chamado Manuel Neuer.
Será... será possível isso?
Gostaria de
não acreditar nesta possibilidade, caso contrário minha chance com a galesa de
cabelos escuros se foi pro espaço. Se bem naquele dia ela falou o nome dele.
Manuel. Será que possa ser ele?
Peter POV
-- Senhoras e senhores, aplausos para David Jones e Dianna
Mackenzie! – Micky Dolenz fazia mais uma de suas imitações baratas de
apresentadores. – Que fizeram amor na
cama do Papai McCartney e fomos chutados da festa!
-- Ei gente,
não precisa ser assim. – Davy tentava se defender e Dianna se encontrando um
pouco constrangida.
-- Como não?
Vocês causaram isso e agora estamos aqui na rua, perambulando na vizinhança sem
opção pra terminar a noite de véspera de natal. – Reclamava Mike.
-- Podemos ir
ao Bronze. Ainda estará aberto. – Sugeriu Alice.
-- Por que não
fazemos a festa no alojamento? – Sue caminhava conosco, mesmo não tendo nada a
ver com a confusão, ela quis vir junto comigo.
-- Também acho
uma boa idéia. – Concordou Emma.
-- E até
sugiro uma que sei: Na casa dos Romanov. – Acabei falando disso ao lembrar-se
de uma conversa que Rosie me falou sobre ter sido convidada pra ir a casa
deles.
-- Espere! –
Disse Alice, um tanto receosa. – Nem fomos convidados e como acham que vão nos
deixar entrar?
-- Simples. –
Respondi. – Entrando, mandando um chalala
nas meninas e acabam deixando.
E encerrou
ali. Como o caminho até a casa dos Romanov era perto, não foi difícil e ainda
levamos uns vinte minutos que foram compensados na conversa com Sue e um pouco
com o pessoal. Ao chegar à gigante casa, vimos uns carros estacionados e um
deles era um tanto quanto moderno. Acho que era um Audi alemão. Alice olhou
atentamente e exclamou alegre.
-- Espere! Eu
conheço esse carro! E a placa... Oh meu deus, pertence à Deuschter Fussball Bund.
-- O que
significa isso? – Perguntou Mike
-- Federação
Alemã de Futebol. Isso quer dizer que os alemães estão aqui!
Apesar da
estranha alegria de Alice, notei o rosto do Nez mudar com essa revelação. Sue
estava com cara de perdida e queria me perguntar mais. Ficamos diante da porta
e nenhum de nós tinha coragem em tocar a campainha. Ouvimos o som alto de rock por ali. A festa
deveras animada. Depois do silencio e troca de olhares entre nós, fui até o
botão e apertei. Esperei um pouco e ninguém veio.
-- Toca de
novo, Peter. – Insistiu Sue.
Toquei mais
uma vez e nada. Suzan é meio impaciente e se aproximando de mim, apertou com
insistência a campainha e aí sim a música parou e a porta se abriu, revelando
Chris e Felicity, com o rosto vermelho. Acho que estavam bebendo ou se
chapando.
-- O que fazem
aqui na minha casa? – Questionou Chris.
-- Bem... nós
estávamos cruzando por aqui na rua e vimos o som. Queremos saber se podemos
entrar? – Falei muito nervoso, mas controlado.
-- Felicity,
deixa a gente entrar vai? Estamos abandonados no natal, o Macca nos expulsou e
estamos sem pra onde ir. Deixa vai?
-- Não e não!
Caiam foram! Não estão na lista de convidados do Chris e há esta hora o Bronze
tá lotado com show dos Stones. Falem com Richards, ele é meu amigo e digam que
são convidados. Vão embora! – E Fefe fechou a porta.
O espanto
tomou conta de nós e Micky aproveitou para dizer isso.
-- Eu disse
que era péssima idéia. Nem estamos na lista.
-- Mas não
desisto! – Alice bateu forte na porta e esbravejou. – FELICITY, CHRIS, ABRAM A
PORTA E NOS DEIXEM ENTRAR OU ENTÃO VOU FALAR PARA KATHY GIORDANDO SOBRE ESSES
JOGADORES DISFARÇADOS NA FESTA DE HALLOWEEN!
Aquilo foi
terrível demais. É um golpe baixo, mais baixo que Davy. A música havia parado e
ouvi uns gritos e berros de alguém.
-- ... Dá pra se acalmar? Está sendo imatura,
Louise e cuidado com isso.
-- Como vou ficar calma, sabendo que ela virá
pra cá? Não devíamos ter revelado aos Monkees sobre eles, não e não.
-- Relaxa, vai ficar tudo bem.
Pouco tempo
depois a porta se abre com Fefe, mais ajeitada e dizendo.
-- Entrem, por
favor, e sejam bem vindos!
Antes de
entrar, surge outro cara. Na verdade ele entra conosco.
-- Alice! O
que faz aqui na festa dos Romanov? – Perguntou ele, carregando um pote de
sanduíches e garrafas de bebidas.
-- Bem...
eu...
-- Nós vamos à
festa dos Romanov. – Respondi.
Depois disso
entramos todos juntos e vimos os jogadores e a English Band sentados no sofá.
Ao que parece estavam trocando presentes entre eles e vi Edward Simons com uma
guitarra e Harry Daniels com baquetas. Louise parecia forçar um sorriso e tinha
as mãos trêmulas.
-- E ai
Romanov? – Cumprimentou o rapaz.
-- Jimmy,
ainda bem que veio. E trouxe mais birita. Olha só, cara, tem gente famosa por
aqui.
-- Quem, além
da minha irmã? – Apontou para Alice, que ficou vermelha.
-- COMO ASSIM
VOCÊ É O IRMÃO DA ALICE? – Gritou a English Band inteira.
-- Ora, gente.
Ela é minha irmã. Mickey e Louise sabem disso. Alias, sua irmã veio, Michael?
-- Ela tá aí
no sofá. – Apontando para Louise. Ela cobria o rosto com as mãos.
-- Louise
Christina, lembra de mim?
-- Claro, o
amigo do meu irmão. Jim. – Louise demonstrava pouca alegria enquanto
cumprimentávamos o pessoal. – Deixa te apresentar meu namorado, Gerd Müller.
-- Ah sim.
Então Mickey disse a verdade. Eu sou James Stone, o irmão da Alice. Ela o
adora, herr Müller e inclusive – Ele pegou uma camiseta do Bayern, guardada na
sacola. – Poderia autografar para mim?
Não é preciso
dizer que realmente ele aceitou autografar e Louise parecia estar com falta de
ar, misturado com indignação guardada.
-- Está muito
linda, Louise Christina. Mais linda que na festa de debutante dois anos atrás.
– E em seguida piscou para ela, chocando o jogador e ela própria.
-- Ei, cara,
vai devagar. – Edward tentou uma defesa. – Ela tem namorado.
-- Tudo bem,
Eddie. – Falou Louise. – Muito obrigada
pelo elogio, Jim.
Lulu se
levanta e foi dar atenção para todos. Cumprimentou Micky e Emma, depois Sue e
eu e na vez de Alice notei uma pequena falha em sua voz.
-- Como... vai
Alice? – Ela sorria, ou ao menos tentava.
-- Estou bem,
Lulu. Obrigada por nos acolher. – Alice sabia que foi um erro chantagear o
pessoal. – Me desculpe pelos gritos e pela...
-- Aquilo não
foi nada. Não é ursinho?
-- Yah, não
ser nada. – Gerd se mostrava um pouco tenso diante disso.
Porém fiquei
bastante surpreso quando Lulu avistou Davy.
-- DAVYYYY!!!
Davy, Davy Davy!!!! – Eles se abraçaram como se fossem velhos amigos. – Aí,
Davy, to tão feliz que esteja aqui!
-- E eu mais
ainda, Lulu!
-- Davy, que
intimidade é essa com a Louise? – Perguntou Micky, chocado.
-- Gente,
Louise e eu somos amigos de infância. Estudamos juntos na escola e nos
separamos no ensino médio.
-- E agora meu
amiguinho está aqui. Perdoe-me, Dianna! – Ela falava para Dianna.
-- Já me
acostumei com isso. Cuddly Toy dê o presente a ela.
Davy entregou
um pacote com embrulho vermelho e ela abriu, revelando uma camiseta do Star
Trek com o símbolo da Frota Estelar de cor vermelha.
-- Amei, Davy.
Peraí – Ela pegou na caixa de papelão
uma sacola e deu ao Davy.—Seu presente. Ia te entregar na segunda, mas hoje se
mostrou um momento apropriado.
-- Puxa vida,
veja Dianna. A camiseta dourada da Frota. – Ele exibia para todos com extrema
felicidade. – Agora sou oficial. E nomeio Louise McGold como Alferes.
-- Não sente
ciúme, Dianna? –Questionou Suzan, enquanto nos sentávamos no chão perto da
English Band.
-- Não. Já
sabia dessa amizade deles e também Lulu gosta de caras altos, parecidos com
ursos... assim como o Gerd.
Quando ela
disse aquilo, todos olharam para Lulu e Davy, espantados com a revelação. Davy
resmungou algo e Lulu se encontrava envergonhada.
-- DIANNA!!!
Não é pra falar disso na frente de ninguém. É segredo de estado!
-- Fez bem,
Dianna. – Berrou James Stone, o irmão de Alice. – Agora sabemos dos gostos...
hã... peculiares da Louise.
Todos riram
disso e voltamos à festa. Ou melhor, tentamos. Neste momento, Felicity e Chris
recebem a visita de Rosie Donovan, a aluna de História e sua irmã, a
adolescente Vivian. Mais apresentações. Cada um foi para uma parte da casa, uns
conversando com os outros. Notei que Mike olhava demais para Emma, mas resolvi
ignorar. Possa ser minha imaginação. Suzan ficou na janela, tomando um
refrigerante. Me aproximei dela.
-- O que
houve?
-- Nada não.
-- Vem comigo.
– Levei Sue para um corredor escuro que levava até o escritório, apenas com uma
luz fraca e tomei um susto ao ver um
quadro de um casal. Devem ser dos Romanovs.
-- Calma,
Peter. – Sue me segurava e pousava a mão em meu coração. – É só um quadro.
-- Ok...
Gostaria de ter falar uma coisa. Na verdade... É uma coisa que escrevi. É meu
presente.
-- Oh Peter...
Não precisava.
Desta vez não
deixarei minha musa escapar. E mesmo que alguém apareça neste momento para
interromper, não irei parar por nada, até saber da resposta de Suzan.
-- Ele se
chama “Soneto a Suzan”. – Peguei a folha no bolso da calça, no qual escrevi hoje a tarde e recitei.
“Tão apaixonado estou, linda menina
Que ao tentar falar-te não tenha voz
No meu estomago se formam uns nós
E contemplo a tua cabeleira fina
Do rio do amor teu sorriso foi foz
Mas esse sorriso que desatina
Escondeu-o uma vez lágrima cristalina
Pois tu estavas tomada por dor feroz
Minha bela, peço, não chore mais
Por amar-te como um pobre louco
Farei que encontres uma nova paz
Vais ouvir o apelo que um doido faz?
Ouvir e deixá-lo cantar mais um
pouco?
Eu canto por adorar-te demais... “
-- Peter... – Ela começou a chorar na minha frente. –
É tão lindo. Nunca recebi algo tão poético e romântico assim.
-- Fiz por você. – Puxei-a
para perto de mim, limpando seus olhos e segurando seu rosto falei de forma
natural, sem gaguejos, aquilo que vem povoando minha mente. – Eu te amo, Suzan.
Seja minha, por favor.
Ela me beijou com aquela
paixão, aquele ardor... O beijo dela é tão bom. Se eu pudesse escreveria outro
soneto descrevendo a sensação de ser beijado daquela maneira tão apaixonada. E
agora posso dizer que meu natal foi ótimo. E mais ainda por saber que sou amado
por Suzan, minha amiga e agora minha namorada.
Rosie POV
Só por que não tenho
planos épicos de fazer algo no dia 24, não quer dizer uma aceitação ao convite
para a festa na casa de Chris e Ana Romanov. Vivian respondeu por mim e
acabamos indo para lá. Á tarde saímos para as lojas de Nothing Hill, onde é
mais barato, e compramos os presentes. Lá pelas oito da noite pegamos um táxi e
avisei mamãe por mensagem de texto sobre minha ida a festa e possívelmente
volto no outro dia.
-- Eu juro – Comentava
comigo mesma enquanto o taxista dirigia. – A Felicity vai me pagar por isso.
Onde já se viu? Me arranjar um namorado? Não estou desesperada.
-- Vai ver que ela está
ajudando algum amigo, sei lá. – Respondeu Vivian.
Conseguimos chegar à
festa, pagamos o taxista e fomos até a porta. Ouvimos umas risadas altas e
papos muito estranhos. Inclusive umas pessoas com sotaque falavam com
diiculdade o inglês.
Vivian tocou a campainha
umas três vezes e uma moça de cabelo longo nos atendeu.
-- Oi. – Cumprimentou. –
Seus nomes?
-- Eu sou Rosie Donovan,
da Universidade e esta é a Vivian, minha irmã.
-- Ah sim. Bem vindas. –
Ela nos recebeu com enorme simpatia e outra moça, semelhante a primeira, só que
com cabelo curto, apareceu. – Sarah, veja! É menina por quem o nosso maninho ta
caidinho.
-- Ah sim. Bem vinda. Sou
Sarah e esta é minha gêmea Jane.
-- Olá meninas. – Falamos
juntas.
Entramos devagar e as
gêmeas nos conduziram até a sala, onde grande parte do pessoal estava reunida
na lareira e ao lado de uma árvore de natal. Estavam ali os Monkees, English
Band, meu amigo Graham Bond ao lado de Marie, as garotas e Odile e Lulu,
abraçadas com dois caras. E tem mais uma turma ali que nunca os vi.
-- Graças a deus que
apareceu, sua ruiva. E ainda trouxe a irmãzinha! – Fefe veio até nós e nos
abraçou, e começou a nos apresentar. – Pessoal, quero que conheçam Rosie
Donovan e sua irmã Vivian!
Todo mundo me olhou como
se não tivessem me visto antes. Quer dizer, já vi a English Band tocar no
Bronze nas quintas clássicas, conheço os Monkees através da Jane Berkley e
Suzan Hardison. Agora o pessoal desconhecido sim me via com certo espanto.
Contudo, percebi que o problema não era comigo. E sim minha perna direita.
Olhei para baixo e puxei um pouco a calça legging, mostrando minha belíssima prótese.
-- Vejam e aprendam,
crianças. – Ergui um pouco e exibi para todos. – Isto foi projeto filantropo do
Tony Stark. Mandei uma carta a ele pedindo uma prótese boa e ele mandou esta
aqui, só não fala como o J.A.R.V.I.S.
Todos riram da piadinha
sem graça. Na verdade meu sarcasmo é a minha arma contra as ofensas e gracinhas
maldosas sobre minha perna pela metade. E mais ainda. Ninguém além de mim faz
piadas sobre minha perna.
-- Rosie, vou te
apresentar umas pessoas famosas no nosso circulo. – Fiquei diante dos rapazes. – Este é Franz
Beckenbauer, Paul Breitner, Manuel Neuer, Sepp Maier e Gerd Müller. Eles são
jogadores de futebol do time Bayern de Munique.
Espere um pouco! Estou
diante de gente famosa? Ainda mais jogadores de futebol? Como assim? Olhei para
os lados e perguntei.
-- Cadê as câmeras da
pegadinha?
-- Não é pegadinha. É
verdade.
Vivian estava nervosa e
tinha vontade de gritar, mas parou ao fixar-se no tal Gerd.
-- Ei, conheço você. Sim
eu conheço você! Rosie venha aqui! É ele!
-- Sim, Vivian. Ele é o
jogador de futebol. – Falei sem muito animo.
-- Não é isso. Ele é o
carinha do Skype, com que a Lulu andava de papo lá no computador!
--- Como é? – Perguntou
Michael, o irmão da Louise.
-- Ela conversava com ele
todos os dias no Skype e usava o computador da Rosie que possui webcam. Mas
olhando para você, vejo o quanto você é lindo!
Ri da afirmação da minha
irmã. Admito que ele seja mesmo um gato. Ou melhor, deus germânico. E fiquei
mais chocada em saber que ele namora Louise. Os outros estavam com as outras
meninas, até mesmo Fefe e seu goleiro reserva chamado Manuel. Enquanto
conversávamos eis que me surge outro cara. Confesso mais uma coisa: o carinha
do Skype é um felino incrível, porém, o misterioso loiro é uma divindade entre
os mortais. Não é o vampiro Lestat. Ele... meu deus!
-- Faltou este aqui,
Rosie. Este é Uli Hoeness. Ele também é jogador.
-- Seu nome é mesmo Uli? –
Perguntei.
-- Nein. Só apelido. Minha
nome é Ulrich.
-- Bom, vou chamá-lo de
Ulrich. Eu sou Rosie Donovan. – Apertei a mão dele e fiquei tremulando os
dedos.
Vivian ficou ao meu lado e
cumprimentou o jogador e ainda sussurou em meu ouvido.
-- Aproveita maninha, ele
é o Siegfried em pessoa!
Depois disso fiquei um
pouco distante do pessoal, ficamos na área de estudos e conversei com Ulrich.
Ele foi bastante simpático e notei que ele olhava bastante para Marie. Vi
também o pessoal na lareira falando e Fefe dizendo ao microfone.
-- Atenção, público
amável! Neste momento a English Band cantará uma música romântica. No entanto,
tem um diferencial. Eu, Alana e o restante farão o backing vocals e quem vai
cantar será... Sepp Maier! Venha aqui, grande
Katze! Não seja tímido!
Era meio surreal aquilo. O
goleiro titular vai cantar uma música romântica. Nora deve estar amando tudo.
-- Sepp não saber cantar
diante das pessoas. – Comentou Uli.
-- Vai ser um mico. –
Completei.
E começou a banda tocando
e o goleiro segurando o microfone, cantou e não foi nada mal.
Baby, I'm
yours (baby, I'm yours)
And I'll be yours (yours) until the stars fall from the sky,
Yours (yours) until the rivers all run dry
In other words, until I die
And I'll be yours (yours) until the stars fall from the sky,
Yours (yours) until the rivers all run dry
In other words, until I die
Baby, I'm
yours (baby, I'm yours)
And I'll be yours (yours) until the sun no longer shines,
Yours (yours) until the poets run out of rhyme
In other words, until the end of time
And I'll be yours (yours) until the sun no longer shines,
Yours (yours) until the poets run out of rhyme
In other words, until the end of time
I'm gonna
stay right here by your side,
Do my best to keep you satisfied
Nothin' in the world can drive me away
Every day, you'll hear me say
Do my best to keep you satisfied
Nothin' in the world can drive me away
Every day, you'll hear me say
Baby, I'm
yours (baby, I'm yours)
And I'll be yours (yours) until two and two is three,
Yours (yours) until the mountains crumble to the sea
In other words, until eternity
And I'll be yours (yours) until two and two is three,
Yours (yours) until the mountains crumble to the sea
In other words, until eternity
Baby, I'm
yours
'Til the stars fall from the sky,
Baby, I'm yours
'Til the rivers all run dry,
Baby, I'm yours
'Til the sun no longer shines,
Baby, I'm yours
'Til the poets run out of rhyme
'Til the stars fall from the sky,
Baby, I'm yours
'Til the rivers all run dry,
Baby, I'm yours
'Til the sun no longer shines,
Baby, I'm yours
'Til the poets run out of rhyme
Observei um
pouco a multidão e uns bebiam e outros prestavam a atenção. Ao final da música
Sepp saiu do mini palco acústico e beijou Nora de forma surpreendente. Percebi
uma coisa. Achei por um momento que o tal Paul Breitner se parecia com o cara
vestido de Homem Aranha na festa de Halloween.
-- Vou pegar
uma bebida. Você quer?
-- Aceito. –
Respondi.
Assim que Uli
saiu, caminhei até a Fefe e questionei sobre o fato.
-- Fefe, me
responda uma coisa. Por acaso Paul Breitner esteve na festa de Halloween?
-- Esteve sim.
Ele e os outros alemães. Inclusive Uli foi o rapaz que apanhou do Graham Bond
por causa da Marie.
-- Fala sério!
– Exclamei, sabendo que minha teoria foi confirmada. – Ele é o Batman surrado
pelo Bond?
Acabei
adquirindo um senso hilariante e minha amiga pede para não debochar dele por
causa disso. Neste momento Manuel surge em nós e puxa Fefe para a sala, onde o
pessoal se preparava para uma partida de Just Dance. Vi que Louise e Gerd
dançaram mais vezes. Uli apareceu com dois copos e uma garrafa de cerveja,
servindo para nós. Num dado momento Alice pediu para dançar uma partida com o
alemão e Louise cedeu. Porém...
Foram mais de
uma partida e a prima de Felicity se retirou dali e indo para fora de casa, com
o rosto mudado. Será que ela sofre de ciúmes?
-- Você ser
amiga do gordo? – Perguntou Uli enquanto bebericava.
-- Gordo? Ah
sim. Graham Bond. Sou sim. E colega dele. Olha, eu sei que você era o Batman.
Peço desculpas pela agressão do meu amigo. – Mordi a língua em não rir daquele
momento.
-- Estar tudo
bem. Já passou.
Olhamos-nos
por um bom tempo e ele pegou meu copo e deixou junto à mesa de estudo. Tocou
meu rosto e me beijou. E que beijo gostoso. Se todos os alemães beijam bem,
então perdoarei Fefe pela audácia de me apresentar ao jogador. Ele parou o beijo e em seguida me diz.
-- Desculpa,
você não ser ela.
-- Ela quem? –
Uli aponta para Marie, imediatamente saquei o lance.
-- Você gosta
dela? Sabe que ela namora meu amigo.
-- Eu sei... –
Ele ficou cabisbaixo com isso. Entedia perfeitamente. Amor platônico.
Assim como
Uli, eu tinha minha paixão platônica por alguém. Na verdade por dois. Decidi
ajudar aquele alemão, mesmo que custe minha amizade de longa data com Graham.
-- Fica aqui.
Só se aproxime da Marie quando distanciar o Bond. – Falei e caminhei até a
sala.
Conversei algo
no ouvido com Bond e o levei para cozinha onde falamos sobre um monte de coisas
até resolver me contar algo.
-- Sabe,
Rosie. Ando bastante desconfiado. – Ele abria uma garrafa de gim e servia um
copo para ele e outro para mim. – Percebi que existem dois caras de olho na
Marie.
-- E quem são
eles? – Questionei enquanto bebia um pouco.
-- Um deles
faz parte do clube de leitura do Harry Potter e é amigo do Mickey e Chris. O
nome dele é Giles.
-- Relaxa
Bond. Esse aí se acha o pegão da Universidade. Nem chegará perto dela.
-- E não vai
mesmo, depois da semana passada de ter deixado uma galinha morta com velas em
frente ao alojamento onde mora. Mas não conta ao Mickey e Chris que fui eu.
Prometi
guardar segredo e olhei para a sala. Uli levou Marie para o mesmo canto onde
estava com ele. Preciso manter mais tempo o meu amigo gordinho.
-- Outro cara
é o jogador de futebol. O tal Uli.
Cuspi fora o
gim. Meu deus, estou entre a cruz e a espada. Se meu amigo descobre que estou
ajudando o alemão nisso, estou ferrada. Praticamente cortada, esquartejada da
vida do Bond.
-- Ulrich é
incapaz disso. – Defendi meu novo amigo. – E até por que, acho que estou afim
dele.
-- Você não
está afim dele, Rosie. E sabe por quê?Está confusa entre o vampiro Lennon e o
meu amigo Clapton. E acho que deve aceita-lo. – De repente a garrafa de gim
termina e Bond pega para nós uns salgados e aproveitando desta distração dele,
olhei rápido para Uli. Isso aí! Ele beijou a francesa e ninguém notou isso.
Neste momento
Chris abre a porta, revelando mais convidados e era George Smith, o irmão de
Nora e Eric Clapton. Meu coração bateu rápido e apontei para Eric vir até a
cozinha.
-- Oi Rosie.
Que festa agitada!
--
Verdade. Olha, precisa me ajudar numa
coisa...
Contei
rapidamente sobre Bond, a desconfiança dele, Marie e Uli. Eric não entendeu
bem, mas compreendeu que vai me ajudar a distrair-lo. Bond aparece com dois
pratinhos de salgados.
-- Ah falando
no Clapton, agora posso me juntar a Mon Petit. Fique a vontade.
-- Espera,
Bond! – Eric segurou o amigo. – Preciso de uma ajuda rápida.
Aproveitei
desse momento e fui me encontrar com Uli. Ele e Marie ainda se beijavam e
interrompi os dois.
-- Ai! Mon
dieu, Rosie! – Minha amiga estava constrangida e se ajeitava. – Por favor, não...
-- Estou de
boas, Marie. Não irei contar ao Bond, mas volte pra sala. Eric não vai
segura-lo por muito tempo. – Avisei e ela correu para lá.
-- Danke,
Rosie. Devo muito a você. Se algum dia precisar de meu ajuda, eu estar aqui pro
isso.
-- De nada,
Ulrich. – Dei a ele um beijo, só que na bochecha e ele voltou para junto dos
amigos.
Bond também
retornou, para junto de Marie. Eric ficou na cozinha conversando um pouco com
Chris Romanov e minha irmã. Olhei para janela e vi Louise mexendo no celular e
chorando. Tive pena dela.
-- Fraulein
Rosie. – Alguém me cutucou e vi que era Gerd Müller. – Viu meu ursinha?
-- Quem?
-- Louise, o
ursinha para eu. Onde está?
-- Lá fora e
chorando. – Mostrei na janela Lulu sentada num dos bancos do jardim.
-- Danke!
Ele saiu de
casa e se encontrou com ela. Algo me diz do motivo ser as partidas de Just
Dance. Eric aparece também.
-- Quero
conversar com você. – Ele diz de forma aveludada e sedutora, ao mesmo tempo
segurando minha mão e me guiando até a cozinha novamente.
Veio-me o
nervosismo e o coração a mil batidas. O que possa ser tão importante para Eric querer
falar comigo?
Continua...

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