terça-feira, 13 de setembro de 2016

Grindhouse Zombies (1º Capítulo)

Agora ao primeiro capítulo.

Capítulo 1: O forte ataque em Liverpool e Manchester


Manchester – Nove da manhã

Quatro rapazes lutavam incansável contra os zumbis invadidos na taberna. Esses quatro são Micky Dolenz, Mike Nesmith, Peter Tork e Davy Jones, o único inglês do grupo. Ao lado deles estavam suas esposas, Emma Carlisle, Erin Hudson e Dianna Mackenzie.

Após derrotarem os zumbis, incendiaram o estabelecimento junto com os cadáveres.

-- Infelizmente Manchester não é mais segura. – lamentou Davy para sua esposa, igualmente como ele, uma guerreira.

-- Não temos escolha a não ser ir para Colônia.  – sugeriu Dianna, já que sua família rumou para lá.

-- O norte também está sob ataque. – avisou Micky, o mais engraçado e mais comunicativo. – São poucas cidades que estão em segurança.

-- Não é melhor Londres? – perguntou Mike, o único solteiro e mais racional. – O Entremeio garante estabilidade para o povo. E os poucos sobreviventes embarcaram nos navios.

Todos pensaram sobre isso e no fim concordaram. Trataram de arrumar seus pertences e por sorte embarcaram no primeiro navio que irá para o Canal Real. Durante a viagem, Peter e Erin só leram, Micky e Emma trancados no quarto e Davy e Di admirando a vista abandonada da cidade arruinada Manchester.

-- Não é fácil deixar a cidade onde nasceu. – disse Di, tristemente.

-- Eu sei... – ele concordou e em seguida mostrou para a esposa uma carta.

-- Quem é?

-- A carta de minha amiga.

-- Aquela que você treinou na China? – Dianna conhecia Louise e invejava um pouco a força e habilidade da melhor amiga de Davy.

-- Dianna, não há motivos para ter ciúmes. – disse o marido, percebendo as feições dela. – Louise é uma amiga de valor. Meus pais nos deram motivações para o treinamento na China. E, além disso... Louise é uma moça de gostos peculiares.

Dianna se calou e preferiu aguardar quando tudo se estabelecer em Londres.




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Liverpool – Onze da manhã

O porto de Albert Halper se encontrava muito agitado. Diversas embarcações marítimas zarpavam para Londres ou em outras cidades mais acessíveis como Dublin e Belfast.  No entanto, restou apenas uma balsa. E poucos passageiros.

-- Capitão! – gritou Malcolm Evans, o primeiro imediato do capitão Tony Sheridan. – Não há muitas pessoas em Mersey. Os que vivem já embarcaram e o restante só pode ter morrido ou...

-- Eu sei. – concordou o capitão, observando tudo na luneta. – Ou virado zumbi.

Ele mal terminou de falar e avistou quatro mulheres correndo incansavelmente dos mortos vivos. E reparou algo nelas: todas de cabelo vermelho e olhos verdes.

A mais velha de vez enquanto disparava contra algumas cabeças mortas.

-- Olha, mãe! – gritou Vivian, correndo em direção ao píer. – É o último ferryboat!

-- Precisamos ir logo! – bradou Julia, uma delas.

As quatro mulheres são a família Donovan, formado por Martha, a mais velha. Sua irmã, Julia, ostenta o nome de solteira e irlandês, O’Connan e duas garotas, Rosie e Vivian, são filhas de Martha.

Elas correram e Vivian fez o sinal para o capitão ainda manter o ferryboat ancorado. No entanto, algo aconteceu: Julia falseou o pé, tropeçando e ferindo sua perna.

-- Não! – Martha se desesperou e tentou ajudá-la a se reerguer. – Vamos, minha irmã.

-- Me deixem! – se desvencilhou Julia e armada com a espada. – Corram para o ferryboat.

-- Mas, tia Julia... – Rosie tentou argumentar e atirava com seu mosquete junto com Vivian.

-- Vão logo! O ferryboat não vai esperar. VÃO!

Elas não tiveram escolha e correram mais. Sheridan ajudou no embarque e ordenou dois soldados que atirassem contra a horda e resgatar Julia, mas devido à alta quantidade de mortos-vivos, acabaram recuando.

-- TIA! – gritou Rosie, avistando Julia, lutando bravamente contra os zumbis, mesmo com a perna machucada.

Julia acabou não resistindo e vencida pelo cansaço físico, arremessou a espada, perfurando a cabeça de um zumbi.

-- Adeus, minha irmã e minhas sobrinhas.

Foram as últimas palavras de Julia O’Connan antes de ser devorada e estraçalhada pelos mortos e o ferryboat finalmente levantou a âncora e seguiu viagem, deixando um trio de mulheres desesperadas pela morte de uma delas.

Durante a viagem Rosie não disse mais nada e muito menos se alimentava por medo e trauma. Vivian dormia no colo da mãe e esta última chorava baixinho. O sacrifício da irmã não era esperado e abalou as três. Sobretudo Rosie. A filha mais velha de Martha era a mais apegada à tia. Ela era única da família a ser enviada para o templo Shaolin no norte da China e aprendeu as artes marciais, ensinando mais tarde sua irmã e as sobrinhas. E agora sem Julia, sentiu-se perdida...

A família Jones se acordou naquela manhã. Desde que embarcaram no ferryboat de Mersey, decidiram partir para Irlanda. Devido aos avisos do capitão, de que a Irlanda está totalmente infestada pelos zumbis, seguiram forçados para Inglaterra. Thomas e Helen Jones treinaram seus filhos para se defenderem dos monstros.

Olivia e os gêmeos, Samantha e Tommy ficaram tomando café, ao passo que seus pais conversavam com o capitão sobre o destino final do ferryboat. Edmund e Marianne olhavam ao redor e de repente viram o trio de mulheres. Eram iguais por conta do cabelo de fogo e os olhos verdes. Edmund imediatamente nutriu uma paixão ardente pela jovem que chorava, Rosie. Marianne sentiu uma fisgada no coração. Ver aquela criatura magnífica chorando era doloroso.

Ela se aproximou de Rosie.

-- Vai para Irlanda? – tentando ser amigável.

Rosie não respondeu.

-- Você é da onde?

-- Liverpool. – respondeu secamente. – E eu quero ir a Londres. O Entremeio garante segurança da capital.

-- Eu sei... – concordou Marianne. – Por que estava chorando?

-- Minha tia. – limpando seus olhos. – Ela ficou para trás. Não embarcou e morreu na cidade, para impedir os mortos de perseguirem minha família.

Marianne se sentou ao lado da moça e colocou um xale nas costas da ruiva e esta aceitou. Só restava saber como será em Londres...



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Algumas horas de viagem depois os quatro rapazes e suas mulheres desembarcaram das carruagens e seguiram caminhando rumo a mansão da família McGold, que moram perto dos Romanov e os Smiths.

Foram bem recebidos pelas famílias. Nora e Mike Nesmith foram namorados no passado e hoje são amigos. Micky Dolenz mesmo casado, não disfarça seu interesse na bela e mortal Felicity. Peter Tork é outro que brilhava os olhos vendo a beldade... e levando beliscão de Erin.

Já Davy se encontrou com Louise McGold, sua melhor amiga.

-- Davy! – Louise abraçou bem forte seu amigo, ignorando propositalmente a presença de Dianna. – Davy, Davy, Davy!

-- Minha amiga guerreira! – Davy beijava o rosto da amiga e depois se recompôs, pronto para as apresentações. – Esta é Dianna Mackenzie.

Lulu sorriu.

-- Minha esposa!

O sorriso se desfez.

-- Esposa?

-- Sim! – confirmou Davy.

-- Davy me falou muito de você. – Dianna esforçava pra sorrir diante da moça que se diz amiga antiga do marido, contudo, era impossível. Louise é mesmo, de longe, uma garota muito bonita.

-- Ah, é. – fingiu Lulu, olhando para Dianna. – É que tinha me esquecido.

“Puxa vida, Davy! Me conformo em te perder pra Talia, mas essa daí? Que gosto pra tudo.”, pensou Louise, com desprezo.

-- Bem, sejam bem vindos! – saudou a loira e depois segurou o braço de Dianna. – Espero que saiba lutar. Às vezes há ataques de zumbis e se você não tiver uma arma ou não ter conhecimento de luta, pode virar a refeição.

E largou o braço dela e seguiu para dentro de casa.

Os rapazes compraram uma casa perto das famílias, formando assim uma pequena comunidade elitista rural. Todos os dias Dianna, Emma e Erin treinavam juntas mas acabavam sempre parando quando Louise praticava artes marciais com Fefe.

-- Que foi, Di? – perguntava Louise, irônica. – Está vendo se seu treinamento vale a pena?

Dianna se calou sem alguma resposta. Emma encarava Felicity com curiosidade. A galesa morena era maior que Louise mas sabe muito bem manejar uma katana. Seus pensamentos foram interrompidos quando Erin gritou pedindo para a amiga se desviar. Ela conseguiu e mesmo assim teve o rosto arranhado por conta do golpe de espada de Felicity. A mesma pediu desculpas e deu um lenço para Emma.

-- Se quer treinar, tenha mais cuidado e fique longe de mim e minha prima. – disse Fefe, encarando as mulheres com arrogância.

De noite aconteceu o jantar e Anthony anuncia algo.

-- Nós fomos convidados para o Baile de Verão em Berlim.

-- Estou impressionada como o imperador Friederich tenha capacidade de dar um baile. – comentou Mary, servindo-se de vinho. – Será que o chanceler concordou com isso?

-- Bismarck pensou em tudo, meu amor. – lamentou Tony.

-- E nós iremos? – perguntou Louise. No fundo ela não queria ir e sim ficar com Chris ou tentar reconquistar Davy e de preferência expulsar Dianna.

-- Mas é claro, minha filha.

-- E os Romanov? – indagou Mickey.

-- Eles também irão conosco.



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Um mês depois da chegada de Davy, Micky, Mike e Peter, as famílias McGold e Romanov seguiram viagem a Berlim. Robb McGold e sua família, junto com os Smiths permaneceram em Londres e ajudaram mais duas famílias que chegaram. Diferente do amigo de Louise e seus amigos, essas famílias se instalaram num outro vilarejo e passaram a morar todos juntos, já que a mansão era suficientemente grande para ambas.

Rosie e Vivian dividiam um quarto, assim como Marianne com sua irmã mais velha, Olivia. Neste tempo de convivência, Marianne passou observar Rosie mais atentamente até no treinamento. Decididamente quer conquistar aquela ruiva.

O Palácio Real de Berlim recebia todas as famílias nobres germânicas e européias. Eram servidos com boa bebida e comida e a música e a dança era um complemento a mais. Diversos casais dançavam alegremente no salão. Foi no meio da dança que Louise reencontrou sua amiga, Odile Greyhound, a francesa.

-- Sempre soube que viria pra cá. – abraçando a jovem loira.

-- Eu gosto de bailes e... – interrompeu quando viu Chris dançando com uma moça ruiva, que era observada pela mãe e a irmã dela. Estranhamente, não sentiu ciúmes.

-- Entendi perfeitamente. – piscou Odile. – Bem, eu quero te apresentar meu namorado.

Odile e Louise seguiram para uma área onde só militares estavam ali, conversando entre eles ou com suas acompanhantes. Alguns deles nem usavam uniforme e sim roupas de nobres. Um deles era alto, olhos azuis como cobalto e sorriu para Odile e a beijou.

-- Louise, este é Franz Beckenbauer. Meu namorado.

-- Hallo! – cumprimentou Louise, em alemão.

-- Fraulein Louise... – beijando a mão de Louise e sorrindo. – Ouvi muito a seu respeito. Odile não parava de falar sobre a senhorita.

Louise logo se deu bem com o namorado de Odile e em meio à conversa, seus olhos encontraram outro par de olhos, porém, obsidianas escuras. O rapaz era bem vestido, também alto mas não tanto quanto Franz. Forte e um jeito que lembrava... um urso. De maneira interessante, corou e suas mãos esquentaram. Ofegou um pouco. Para ela, não é possível que alguém lhe tenha impressionado, só com um pequeno flerte. E este rapaz conseguiu essa façanha na jovem loira...



Continua...

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