terça-feira, 13 de setembro de 2016

Grindhouse Zombies (Prólogo)

Olá pessoal!
Mais postagem hoje e apresento-lhes a Grindhouse Zombies, inspirado no filme Orgulho e Preconceito e Zumbis. Reúne a gama de personagens da Grind, enfrentando hordas de mortos-vivos e claro, muito romance. Boa leitura!

Prólogo


A Europa não estava preparada para aquela ameaça. Depois de colonizarem a América e trazer muitas riquezas, veio algo mais: uma peste. Diferente das outras, esta era estranha. Matava, ressuscitava seus mortos e ainda adquiriam uma fome insaciável... por cérebro humano. Uma vez devorando, ansiava por mais, mais e mais. E principalmente, infectava todos que eram feridos por mortos-vivos, ou simplesmente, zumbis.

Como forma de defesa, os países europeus organizavam exércitos, construíam barreiras e reforçavam vigilância. No entanto, muitos sucumbiam à horda que crescia dos mortos. Do velho continente, apenas seis países sobreviveram ao apocalipse: Escócia, País de Gales, França, Alemanha, Holanda e Inglaterra.

Os poucos sobreviventes rumavam para qualquer um desses seis para sobreviver.  Por esta época se tornou normal para as famílias européias estudar artes marciais no Oriente. Japão ou China eram os que mais aprendiam.

Com o fim da batalha de Kent em 1768, o rei George da Inglaterra ordenou que fossem construídas uma grande muralha, cercando Londres, mas permitindo apenas algumas pontes como forma de entrar e sair da capital. Essa muralha era chamada de Entremeio. Contudo, onze anos depois após a primeira batalha, os zumbis invadiram em grande quantidade Londres por conta de uma das pontes sofrerem esse ataque iminente e massacrando seus habitantes.

Foi preciso um grande exército para impedir a invasão. Quando a batalha terminou, as pontes foram destruídas, menos uma: a ponte Banks. A única que restou como forma de atravessar o canal e garantir a sobrevivência.

Mesmo com tudo, são poucas pessoas preparadas para o combate. A batalha final entre humanos e zumbis nunca esteve tão perto de se encerrar...

Na grande mansão da família de galeses, os McGolds, todos se preparavam para sua partida. Teriam de abandonar o seu país de origem. O forte Stone foi invadido, mas a família sobrevivente seguiu para Alemanha.

-- Nós também devemos ir, pai? – perguntou Michael, guardando seu Mosquete Land Pattern na caixa junto com os outros.

-- Sim. – confirmou Anthony, pai de Michael, um dos seus filhos mais velhos.

-- Mas iremos para o Leste? – Louise, a mais jovem e talvez, uma das mais poderosas da família, ansiava em reencontrar sua paixão, Christopher Romanov, filho de Alexei, um amigo íntimo de seu pai.

-- Os Romanov estão na Inglaterra. E é para lá que iremos.

A família inteira se chocou, exceto do lado de Robert, o irmão mais novo de Anthony.

-- E quanto meu noivado? – Louise se desesperou.

-- Você ainda não tem 21 anos e nem confirmei seu compromisso com Christopher.

As carruagens para levar as famílias e seus pertences esperavam pacientemente às famílias. Louise lamentava para Natasha, sua irmã mais velha.

-- Não quero ir para Inglaterra. – disse Louise, colocando a faca em seu coldre na perna e escondendo debaixo da saia. – Quero ficar com Christopher.

-- Eu sei disso, irmãzinha. Mas pense pelo lado bom. Vamos ficar seguras na Inglaterra. Se não houver mais ameaças, talvez papa libere você para ir pro Leste.

Resignada, ela suspirou e continuou arrumar seus pertences. Todos embarcaram nas carruagens e seguiram para o porto e lá estavam no barco de grande porte, que os levou em segurança para Inglaterra. Chegando lá, encontraram Alexei Romanov e sua filha, Anastacia, usando pantalonas e carregava um mosquete no ombro.

-- Bem vindo! – Alexei o saudou e finalizou com um beijo na boca. – Senti sua falta.

-- Eu... também. – disse Tony, um pouco corado e olhou para sua mulher, Mary e esta parecia não se importar.

Ana abraçou Mickey, Serguei, Natasha e Louise. As duas são amigas desde o nascimento. Louise admirava atitude de Ana usar pantalonas sem ser reprovada pelos outros e Ana se impressionava com a incrível força de Louise. Devido a sua baixa estatura, Louise adquira uma força física fora do comum, algo herdado de sua mãe, mas isso não a impediu de estudar artes marciais no Oriente e nem a esgrima com o pai e o tio.

Neste reencontro, ambas as famílias se instalaram na casa dos Romanov. Enquanto Serguei e Nat conversavam com as gêmeas Sarah e Jane, Mickey admirava de longe Ana praticando tiro ao alvo e limpando o cano de seu mosquete. E nos quartos, Tatiana e Mary se encontravam aos beijos, Alexei e Tony matavam a saudade um do outro na cama e Louise e Christopher também.

-- Ah minha bonequinha... – Chris beijava o corpinho branco e suave de Louise. – Tão linda e só minha.
-- Não seja tão convencido, Christopher. – dizia a jovem, em tom sapeca e roubando outro beijo.

Eles voltaram a se amar...

Robert McGold era tão valoroso guerreiro quanto seu irmão mais velho e seu pai. Casado com a francesa Sophie Chapelle, uma esgrimista que perdeu um olho durante uma luta na invasão de zumbis na Bastilha, ele têm três filhos. A mais velha, Felicity, tão parecida fisicamente com a mãe na altura e nos cabelos e dois jovens rapazes, Jonathan e Brandon. Os três sem exceção treinaram arduamente a arte do combate e armas de fogo e espadas.

Eles ficaram na outra casa grande, junto com outra família, mas de origem escocesa, os Smiths, formados por Eddard e Catelyn Smith e seus dois filhos, Eleonora e George. Thomas e Samatha com três jovens, Angela, Kimberly e Duncan. A família Smith embora tivessem treinamento no Japão, raramente usavam armas de fogo. Utilizavam mais facas, adagas, espadas, lanças e qualquer metal pontiagudo e até mesmo criavam armadilhas para matar os mortos-vivos.

Eddard, mais conhecido como Ned, é amigo de muitos anos de Robb e desde o nascimento de Fefe e George, definiram o noivado de ambos. Fefe não se importava e a exemplo de Louise e Chris, ela e George tiveram relações antes do casamento. E naquela tarde enquanto os pais limpavam as armas e organizavam o estoque de munições junto com as esposas, o jovem casal namorava as escondidas no quarto.

-- Matou quantos mortos-vivos, Sassenach? – perguntou George, acariciando o corpo nu de Fefe.

-- Perdi até a conta... —respondeu Fefe, sem muita animação.

Ela se aninhou nos braços do escocês.

-- O que está pensando?

-- Saí de Gales para vir à Inglaterra, por ser segura e insuscetível a invasões. Mas... E se Londres for invadida? E se você for mordido ou eu?

-- Tenha calma, mo duinne. – ele beijava a barriga dela. – Sabe das regras. Um tiro na minha cabeça. É a vida, Sassenach.

Fefe não queria imaginar isso, mas temia o dia que George for infectado e ela se ver obrigada a matá-lo para sobreviver.

Durante o treinamento de armas, Ana percebeu os olhares de Mickey em direção a ela.

-- Vai ficar aí olhando? – Ana sorria para Mickey.
Ele surgiu detrás da árvore e sorridente.

-- É uma beleza incomparável  que possui, Anastacia.

Mickey não era só habilidoso no combate, ele também é um amante ardente. Ana sempre o admirou mas nunca manifestou. Já Mickey era quase impossível disfarçar, uma vez que toda família entendia.

Ana por sua vez beijou Mickey.

-- Esperei por muito tempo isso.

-- E eu esperei mais... – disse o galês moreno, pegando a mão de Ana e a levando para um canto da casa.

Se beijaram forte e continuaram as caricias por muito tempo...

Nos países nórdicos, Berlim já estava sitiada pelos mortos e restava Munique como refugio dos sobreviventes. O castelo do imperador era um dos únicos lugares seguros. Udo Lattek e Dettmar Cramer, ambos comandantes do exército, criavam estratégias e rotas de fuga para abrigar os sobreviventes.

-- Estamos sob forte ameaça desses zumbis e o imperador pensa em anunciar... um baile? – Dettmar era o mais preocupado e indignado.

-- Ele vê o baile como uma forma de acalmar o povo. – respondeu Udo, o mais racional. – Não deixa de ser estratégico.

-- Nossos rapazes não estão prontos para tal formalidade social.

-- Acredite, eles estão!


Eles não discutiram mais sobre o assunto.

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