Mais postagem hoje e apresento-lhes a Grindhouse Zombies, inspirado no filme Orgulho e Preconceito e Zumbis. Reúne a gama de personagens da Grind, enfrentando hordas de mortos-vivos e claro, muito romance. Boa leitura!
Prólogo
A Europa não estava
preparada para aquela ameaça. Depois de colonizarem a América e trazer muitas
riquezas, veio algo mais: uma peste. Diferente das outras, esta era estranha.
Matava, ressuscitava seus mortos e ainda adquiriam uma fome insaciável... por
cérebro humano. Uma vez devorando, ansiava por mais, mais e mais. E
principalmente, infectava todos que eram feridos por mortos-vivos, ou
simplesmente, zumbis.
Como forma de defesa, os
países europeus organizavam exércitos, construíam barreiras e reforçavam
vigilância. No entanto, muitos sucumbiam à horda que crescia dos mortos. Do
velho continente, apenas seis países sobreviveram ao apocalipse: Escócia, País
de Gales, França, Alemanha, Holanda e Inglaterra.
Os poucos sobreviventes
rumavam para qualquer um desses seis para sobreviver. Por esta época se tornou normal para as
famílias européias estudar artes marciais no Oriente. Japão ou China eram os
que mais aprendiam.
Com o fim da batalha de
Kent em 1768, o rei George da Inglaterra ordenou que fossem construídas uma
grande muralha, cercando Londres, mas permitindo apenas algumas pontes como
forma de entrar e sair da capital. Essa muralha era chamada de Entremeio.
Contudo, onze anos depois após a primeira batalha, os zumbis invadiram em
grande quantidade Londres por conta de uma das pontes sofrerem esse ataque
iminente e massacrando seus habitantes.
Foi preciso um grande
exército para impedir a invasão. Quando a batalha terminou, as pontes foram
destruídas, menos uma: a ponte Banks. A única que restou como forma de
atravessar o canal e garantir a sobrevivência.
Mesmo com tudo, são poucas
pessoas preparadas para o combate. A batalha final entre humanos e zumbis nunca
esteve tão perto de se encerrar...
Na grande mansão da
família de galeses, os McGolds, todos se preparavam para sua partida. Teriam de
abandonar o seu país de origem. O forte Stone foi invadido, mas a família
sobrevivente seguiu para Alemanha.
-- Nós também devemos ir,
pai? – perguntou Michael, guardando seu Mosquete Land Pattern na caixa junto
com os outros.
-- Sim. – confirmou
Anthony, pai de Michael, um dos seus filhos mais velhos.
-- Mas iremos para o
Leste? – Louise, a mais jovem e talvez, uma das mais poderosas da família,
ansiava em reencontrar sua paixão, Christopher Romanov, filho de Alexei, um
amigo íntimo de seu pai.
-- Os Romanov estão na
Inglaterra. E é para lá que iremos.
A família inteira se
chocou, exceto do lado de Robert, o irmão mais novo de Anthony.
-- E quanto meu noivado? –
Louise se desesperou.
-- Você ainda não tem 21
anos e nem confirmei seu compromisso com Christopher.
As carruagens para levar
as famílias e seus pertences esperavam pacientemente às famílias. Louise
lamentava para Natasha, sua irmã mais velha.
-- Não quero ir para
Inglaterra. – disse Louise, colocando a faca em seu coldre na perna e
escondendo debaixo da saia. – Quero ficar com Christopher.
-- Eu sei disso,
irmãzinha. Mas pense pelo lado bom. Vamos ficar seguras na Inglaterra. Se não
houver mais ameaças, talvez papa libere você para ir pro Leste.
Resignada, ela suspirou e
continuou arrumar seus pertences. Todos embarcaram nas carruagens e seguiram
para o porto e lá estavam no barco de grande porte, que os levou em segurança
para Inglaterra. Chegando lá, encontraram Alexei Romanov e sua filha,
Anastacia, usando pantalonas e carregava um mosquete no ombro.
-- Bem vindo! – Alexei o
saudou e finalizou com um beijo na boca. – Senti sua falta.
-- Eu... também. – disse
Tony, um pouco corado e olhou para sua mulher, Mary e esta parecia não se
importar.
Ana abraçou Mickey,
Serguei, Natasha e Louise. As duas são amigas desde o nascimento. Louise
admirava atitude de Ana usar pantalonas sem ser reprovada pelos outros e Ana se
impressionava com a incrível força de Louise. Devido a sua baixa estatura,
Louise adquira uma força física fora do comum, algo herdado de sua mãe, mas
isso não a impediu de estudar artes marciais no Oriente e nem a esgrima com o
pai e o tio.
Neste reencontro, ambas as
famílias se instalaram na casa dos Romanov. Enquanto Serguei e Nat conversavam
com as gêmeas Sarah e Jane, Mickey admirava de longe Ana praticando tiro ao
alvo e limpando o cano de seu mosquete. E nos quartos, Tatiana e Mary se
encontravam aos beijos, Alexei e Tony matavam a saudade um do outro na cama e
Louise e Christopher também.
-- Ah minha bonequinha...
– Chris beijava o corpinho branco e suave de Louise. – Tão linda e só minha.
-- Não seja tão
convencido, Christopher. – dizia a jovem, em tom sapeca e roubando outro beijo.
Eles voltaram a se amar...
Robert McGold era tão
valoroso guerreiro quanto seu irmão mais velho e seu pai. Casado com a francesa
Sophie Chapelle, uma esgrimista que perdeu um olho durante uma luta na invasão
de zumbis na Bastilha, ele têm três filhos. A mais velha, Felicity, tão
parecida fisicamente com a mãe na altura e nos cabelos e dois jovens rapazes,
Jonathan e Brandon. Os três sem exceção treinaram arduamente a arte do combate
e armas de fogo e espadas.
Eles ficaram na outra casa
grande, junto com outra família, mas de origem escocesa, os Smiths, formados
por Eddard e Catelyn Smith e seus dois filhos, Eleonora e George. Thomas e
Samatha com três jovens, Angela, Kimberly e Duncan. A família Smith embora
tivessem treinamento no Japão, raramente usavam armas de fogo. Utilizavam mais
facas, adagas, espadas, lanças e qualquer metal pontiagudo e até mesmo criavam
armadilhas para matar os mortos-vivos.
Eddard, mais conhecido
como Ned, é amigo de muitos anos de Robb e desde o nascimento de Fefe e George,
definiram o noivado de ambos. Fefe não se importava e a exemplo de Louise e
Chris, ela e George tiveram relações antes do casamento. E naquela tarde
enquanto os pais limpavam as armas e organizavam o estoque de munições junto
com as esposas, o jovem casal namorava as escondidas no quarto.
-- Matou quantos mortos-vivos,
Sassenach? – perguntou George, acariciando o corpo nu de Fefe.
-- Perdi até a conta... —respondeu
Fefe, sem muita animação.
Ela se aninhou nos braços
do escocês.
-- O que está pensando?
-- Saí de Gales para vir à
Inglaterra, por ser segura e insuscetível a invasões. Mas... E se Londres for
invadida? E se você for mordido ou eu?
-- Tenha calma, mo duinne.
– ele beijava a barriga dela. – Sabe das regras. Um tiro na minha cabeça. É a
vida, Sassenach.
Fefe não queria imaginar
isso, mas temia o dia que George for infectado e ela se ver obrigada a matá-lo
para sobreviver.
Durante o treinamento de
armas, Ana percebeu os olhares de Mickey em direção a ela.
-- Vai ficar aí olhando? –
Ana sorria para Mickey.
Ele surgiu detrás da
árvore e sorridente.
-- É uma beleza
incomparável que possui, Anastacia.
Mickey não era só
habilidoso no combate, ele também é um amante ardente. Ana sempre o admirou mas
nunca manifestou. Já Mickey era quase impossível disfarçar, uma vez que toda
família entendia.
Ana por sua vez beijou
Mickey.
-- Esperei por muito tempo
isso.
-- E eu esperei mais... –
disse o galês moreno, pegando a mão de Ana e a levando para um canto da casa.
Se beijaram forte e continuaram
as caricias por muito tempo...
Nos países nórdicos,
Berlim já estava sitiada pelos mortos e restava Munique como refugio dos
sobreviventes. O castelo do imperador era um dos únicos lugares seguros. Udo
Lattek e Dettmar Cramer, ambos comandantes do exército, criavam estratégias e
rotas de fuga para abrigar os sobreviventes.
-- Estamos sob forte
ameaça desses zumbis e o imperador pensa em anunciar... um baile? – Dettmar era
o mais preocupado e indignado.
-- Ele vê o baile como uma
forma de acalmar o povo. – respondeu Udo, o mais racional. – Não deixa de ser
estratégico.
-- Nossos rapazes não
estão prontos para tal formalidade social.
-- Acredite, eles estão!
Eles não discutiram mais
sobre o assunto.
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