quinta-feira, 22 de setembro de 2016

The Prisoner (4º Capítulo)

Olá pessoal!
Tenham uma boa noite e fiquem com o quarto capítulo da fanfic potterhead! Boa leitura!


Capítulo 4: O presságio


-- Bem vindos à aula de Adivinhação. Aqui vocês saberão se possuem o dom da clarividência. – a professora, embora muito animada, quase derrubou a mesa com um chute involuntário. – Meu nome é Professora Scarlett e juntos vamos aprender a adivinhar o futuro.

Davy e Peter sentaram juntos em dupla. Louise fazia o trabalho com Alana. Ela olhou para o namorado, Chris e flertaram rapidamente. Gerd, que estava sentado ao fundo com Alice, resmungava e ignorava a cena, tão impossível essa tarefa.

Felicity fazia dupla com Johan Cruyff, um aluno holandês da Sonserina e se mantinha distante de Nora Smith. Provavelmente o primeiro e único aluno cujo os pais são trouxas, já que a casa tinha fama de abrigar somente os nascidos sangues puros e aparentemente ninguém sabia deste detalhe. Até por causa da suprema genialidade do garoto holandês, que sempre tira notas altas, é estudioso e muitas vezes rivaliza com os alunos da Corvinal, tendo inclusive ganhando o posto de melhor aluno, que antes era ocupado por Dianna Mackenzie, aluna da Corvinal.

Na aula a professora ensinou os alunos a prever o futuro através dos borrões das xícaras de chá e cada um pegou do seu colega ao lado.

-- Agora, digam o vêem! – incentivou a professora, mais animada. – Mas antes precisam abrir suas mentes e olhar para o além.

-- Um monte de bobagens. – resmungou Odile Greyhound, sentando-se na mesa de Peter e Davy e na frente de Louise e Alana.

-- Epa! – Peter se assustou, pois não tinha visto Odile chegar. – Mas como...

-- De onde você veio? – perguntou Davy, confuso tanto quanto Peter.

-- Eu? Estava aqui o tempo inteiro! – replicou Odile, guardando algo de baixo do uniforme.

-- Não é verdade, Odile! – exclamou Louise, em voz baixa e brava. – Eu estava aqui o tempo todo olhando e não te vi.

-- Louise, fica calma. – pedia Alana. – Eu a vi. Ela estava aqui sim. Você que não está prestando atenção.

Odile ficou nervosa. Ao menos Alana a defendeu e impediu que sua melhor amiga não soubesse de seu segredo.

Neste momento a professora voltou sua atenção para Geoff Hurst.

-- Você, menino. – apontando para Hurst. – Sua avó vai bem?

--- Err... Acho que sim. – respondeu Geoff sem muita certeza.

-- Não teria tanta certeza. – disse a professora, pegando em seguida a xícara do aluno e depois fazendo uma expressão nada boa. – Minha nossa!



Geoff e seu parceiro, Martin Peters, olharam mais atentamente pra xícara e entender o que a professora doida pode ter visto pra não ter dito.

-- Agora vocês meninas. – apontando para Allie e Lulu. – Me digam o que vêem.

Alana pegou a xícara da colega e por não saber bem o que mostrava, interpretou conforme visto no livro.

-- Bem... – pausou um pouco pra ver no livro e depois seguiu. – Louise tem um tipo de cruz torta... que significa provações e sofrimento. E isto aqui... esta mancha arredondada significa o sol, a felicidade. Significa que você vai sofrer mas vai ficar feliz com isso.

-- Permita-ver essa xícara.

Quando a professora viu, logo jogou de volta a mesa das jovens, bastante assustada.

-- Ai minha nossa! – berrou Scarlett, olhando para Louise. – Meu querubim amado. Você tem... o Sinistro!

Louise tremeu internamente. Mesmo distante da prima, Fefe ouviu atentamente e também sentiu medo. O Sinistro tinha a representação de um lobo e é um dos piores agouros do mundo bruxo. Se Louise carrega a marca, coisas horríveis aguardarão por ela.

-- Você está bem? – perguntou Johan, preocupado e notando que Fefe suava frio.

-- Sim. – ela respondeu, dando um sorriso amarelo e olhando para a xícara de Johan.

A visão que teve era muito aprofundada. Via ali um dragão muito bonito, depois cuidando do bichinho até crescer e domesticá-lo. Ao mesmo tempo ela... estava na previsão dele... juntos, de mãos dadas...

-- O que você viu? – indagou o holandês, curioso.

-- Eu vi um dragão. – respondeu Fefe. – Muito bonito. Mas não sei bem sua raça.

-- E o que mais?

Fefe pensou em responder mas a aula terminou.

-- Outra hora te digo.

Lulu se recusou a ir à aula de Tratos com Criaturas Mágicas, por estar bastante zangada com Odile e para evitar Belle Blue.

Para compensar a falta cometida, decidiu assistir por conta, a aula de Poções que seu pai está ensinando neste momento para os alunos do quinto ano.

-- Aconteceu algo, Srta. McGold? – Tony nunca dizia o nome de Louise na frente dos alunos e se referia a ela como “senhorita”.

-- Perdi a aula de Tratos com Criaturas Mágicas. – mentiu e olhou para Gerd. – Eu... posso assistir a sua aula, professor?

Tony não negou e permitiu a Louise esse privilégio, deixando-a sentada ao lado de Gerd Müller.

-- Agora, façam uma poção de cura de ferimentos mais graves e me entreguem em uma hora!  -- depois voltando sua atenção para filha. – Você vai escrever uma redação com um rolo de pergaminho sobre o uso de essência de Beladona e não ajude o Sr. Müller.

Quando Tony se retirou, todos passaram a se dedicar na tarefa, obviamente conversando uns com os outros. Louise olhava para a turma. Sentiu-se realizada. Estava com o pessoal um pouco mais velho e certamente, mais esperto.

-- Louise! – um rapaz atrás da menina a chamou. – Louise, sou eu!

Ela se virou e encontrou o primo, Colin Black.

-- Hey, Colin! – cumprimentou.

-- O que está fazendo aqui?

-- Perdi a aula das Criaturas Mágicas. – Lulu insistia na mentira.

-- Ah, sim. – Colin voltou sua atenção no caldeirão e depois perguntou baixinho. – E o Davy? Como ele está?

-- Bem... – Lulu estranhou um pouco a pergunta do primo. Ele e Davy se viram só duas vezes e mal deu pra se conhecerem. – Ele está bem.

-- Que bom! – sorriu Colin, mais animado.

E durante o preparo, Gerd se concentrou mas era impossível. Com Louise por perto, ele sentia que o tempo parou e só eles existiam, mais ninguém. Suspirou um pouco.

-- Precisa de ajuda? – Louise se oferecia pra ajudar, mesmo escondido de seu pai.

-- Nein! – recusou Gerd e em seguida olhando para a loira. Fascinou-se com os olhos cor de safira dela. – Já terminei.

-- Eu também. – mostrando o rolo de pergaminho com tudo preenchido.

Ficaram em silêncio e viram na ampulheta que falta quinze minutos para o professor aparecer e entregar os trabalhos.

-- Sabe, eu vi o que aconteceu na aula de Adivinhação. – comentou. – Está brava com sua amiga?

Lulu fechou a cara ao lembrar-se disso. Ela já tinha fama de preguiçosa, mas desatenta jamais.

-- Estou brava com a Belle! – disfarçou. – Ontem... Ela disse que estraguei a aula de Defesa Contra as Artes das Trevas.

-- Ela disse isso? – desta vez perguntou Bobby Charlton.

-- Sim.

Bobby se enervou e Gerd voltou a falar com Louise.

-- Vou dizer uma coisa bem sincera. Nunca gostei da Belle. E você devia ignorar esses comentários. Ter medo não te torna inferior e incapacitada. E sim mais forte. É a sua forma de defesa meio involuntário. Todo mundo tem um medo e quer superar.

Louise gostou do pequeno discurso de Gerd e quando ia dizer algo, seu pai reaparece, exigindo os trabalhos entregues. A aula encerra e Louise deixa o pergaminho na mesa do pai.

-- Conversei com Madame Vanderbilt e ela vai lhe emprestar uma de suas vassouras. – mostrando um modelo Comet 909, cor amarela queimada. – Agora poderá voltar aos jogos de quadribol.

Louise sorriu mas ainda não estava satisfeita. Pelo menos vai me ajudar provisoriamente, pensou a menina.

Quando chegou o dia do jogo, foi mais tranqüilo. O confronto era com a Corvinal. Odile, que é apanhadora, tentou falar com Louise antes de montar na vassoura e seguir com o time.

-- Louise... – sabia que a amiga não estava mais falando com ela e a evitava. – Se for algo que fiz, eu peço desculpas.

-- Agora não, Odile! – pediu Louise, severa. – Estou me concentrando no jogo!

E foi dado o apito inicial. A Corvinal começou na frente com Suzan Hardison pegando a goles e enfiando num dos aros da Lufa-Lufa e minutos depois foi a vez de Paul Breitner marcar o segundo ponto.

Louise enfrentava dificuldades em pilotar a vassoura provisória e mal conseguia controlar. Naquele ritmo era impossível de agarrar o pomo de ouro.

O jogo não estava indo bem para os lufanos. Mesmo com John Fitzwilliam defendendo o gol como pode e Edward Simons marcando gols, a Corvinal estava de vento em polpa. No entanto durante a trajetória de Anastacia Rosely levando a goles consigo para marcar outro gol, Giorgio Chinaglia surgiu e passou a marcar feroz a jovem.

Cansado das evasivas sagazes de Ana, o italiano partiu para violência, empurrando Ana pra fora e conseguindo a goles. Ele marca outro ponto, mesmo sob vaias da Corvinal.

E entre as apanhadoras, Odile e Louise disputavam o pomo.

-- Saia do meu caminho! – disse Louise, empurrando sua amiga.

No entanto Louise teve de parar a perseguição e viu que o jogo parou definitivo. Aterrissando por terra, ela desceu da vassoura e foi de encontro com o time, que brigava com a turma corvina.

-- Giorgio! – chamou Louise. – O que você fez?

-- Nada! – respondeu. – Fiz conforme o jogo. Marquei a menina mas achei que era um menino.

-- Seu italiano desgraçado! – Ana berrava com o braço quebrado. – Você me paga!

-- CHEGA! – exclamou a juíza Vanderbilt. – O jogo prossegue e você, Ana, irá para ala hospitalar e entre outra pessoa no seu lugar.

Ana se zangou bastante com Giorgio e principalmente com Louise. A mesma não demonstrava nada e defendia o italiano. No lugar dela entrou Lola Banks. Fefe vaiou, embora a Sonserina torcesse para Corvinal, desta vez, a galesa de sangue puro secava os corvinos, ainda mais que Lola entrou no time.

O jogo recomeça com o placar mantido e menos de dez minutos depois Louise agarrou o pomo, dando vitória para Lufa-Lufa.

-- Vai ter que praticar mais. – debochou Louise para Odile. – Ou quem sabe peça pro Franz te ensinar a ser boa apanhadora!



-- Não é minha culpa se você acordou de pé esquerdo, meu universo. – rebateu Odile.

-- Se fosse isso, não teríamos vencido hoje. Ah, lembrei. NÓS GANHAMOS!

Louise saiu, rindo com os outros jogadores e Odile percebeu o quanto ela estava mesmo chateada a ponto de descontar sua arrogância nela. Após o jogo tudo voltara ao normal. Fefe não conversava mais com Nora em definitivo e a escocesa mesmo estando com Lola, sentia falta de sua amiga sonserina. Chris e Louise percebiam que talvez fosse cedo demais para namorarem. Na realidade perceberam que misturaram seus sentimentos. Chris ama Louise mas não o suficiente e Louise gosta de Chris mas seu coração pertence a outra pessoa.

O sábado chegou ensolarado e era dia de passeio rumo a Hogsmeade. Louise não quis ir e Davy seguiu com seus amigos.

-- Por que não vai, Lulu? – Joanna tentava em vão convencer a amiga sair do quarto.

-- Estou doente. – Louise inventou uma desculpa, tudo pra evitar Odile e Belle.

-- Melhoras, Louise.

Jo e Allie seguiram com a turma para Hogsmeade tranquilamente e Lulu saiu do quarto, caminhando um pouco na floresta. Sem saber, acabou encontrando... Gerd.

-- Olá... – cumprimentou a jovem.

-- Hallo! – retribuiu Gerd, mais tímido. – Que estranho te encontrar aqui.

-- Por quê?

-- Hoje é dia de passeio a Hogsmeade.

-- Bem... eu não quis. – Louise não gostava de lembrar-se desse detalhe. – Preferi ficar na escola.

-- Eu também. Ando enjoado de lá.

-- E Alice também ficou?

-- Ela foi com a Belle e o Bobby.

Andaram juntos e procuraram não se distanciar ou Sr. Babbitt logo os entregaria para Rafelson. Na volta ficaram sentados perto da entrada e Gerd presenteou a menina com uma margarida. Ela pegou a flor, encantada, sentindo seus dedos tocaram os de Gerd e neste momento um beija-flor pousou ali, entre os indicadores do casal jovem. O momento serviu para unir mais os dois.

-- Dizem que o beija-flor traz o amor em pessoas tão diferentes... E quando ele pousa perto das mãos de um casal, significa que pertencem um ao outro.

Ela sorriu para ele e sentiram algo, uma ligação mágica que os unia. Contudo, tiveram de interromper por causa da chegada dos alunos. Louise se despediu de Gerd e ficou esperando Odile.

-- Te devo desculpas, mon amour. – disse a loirinha, olhando para Odile.

A francesa passou o resto do passeio bastante magoada por causa da ação presunçosa da menina.

-- Por que eu deveria aceitar? – indagou, mostrando reação negativa. – Você mesma disse que eu deveria treinar mais com Franz pra ser apanhadora.

-- Porque sou sua amiga e eu gosto de você, demais.

Elas já haviam brigado antes e como sempre, voltavam às boas. E foi o que aconteceu. Trocaram aquele abraço.

-- Quer saber, eu devo estar distraída mesmo. – resignou-se Lulu.

Odile ficou aliviada por saber que Louise acreditou na conversa da distração e jurou para si mesma contar a verdade na hora certa. Antes de subirem as escadas, um burburinho se alastrou. Ela viu Alice, sendo carregada por Bobby Charlton para ala hospitalar, seguido por Belle.

-- O que houve com ela?

-- Alice teve crise de enxaqueca. – justificou Odile.

Lulu temeu internamente e rezou que não fosse grave para Alice e voltou para as escadas. Sem saber, a menina foi observada de longe por uma loba preta com mancha branca na cabeça e olhos azuis e ao seu lado o professor Andrew conversava com o ser.

-- Ela ainda não está pronta. – comentou o professor. – E a hora certa chegará.

A loba deu um chorinho e caminhou para dentro da Floresta Negra. Nunca o acerto de contas esteve tão perto...


Continua...

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