Tenham uma boa noite e fiquem com o quarto capítulo da fanfic potterhead! Boa leitura!
Capítulo 4: O presságio
-- Bem vindos à aula de
Adivinhação. Aqui vocês saberão se possuem o dom da clarividência. – a
professora, embora muito animada, quase derrubou a mesa com um chute
involuntário. – Meu nome é Professora Scarlett e juntos vamos aprender a
adivinhar o futuro.
Davy e Peter sentaram
juntos em dupla. Louise fazia o trabalho com Alana. Ela olhou para o namorado,
Chris e flertaram rapidamente. Gerd, que estava sentado ao fundo com Alice,
resmungava e ignorava a cena, tão impossível essa tarefa.
Felicity fazia dupla com
Johan Cruyff, um aluno holandês da Sonserina e se mantinha distante de Nora
Smith. Provavelmente o primeiro e único aluno cujo os pais são trouxas, já que
a casa tinha fama de abrigar somente os nascidos sangues puros e aparentemente
ninguém sabia deste detalhe. Até por causa da suprema genialidade do garoto
holandês, que sempre tira notas altas, é estudioso e muitas vezes rivaliza com
os alunos da Corvinal, tendo inclusive ganhando o posto de melhor aluno, que
antes era ocupado por Dianna Mackenzie, aluna da Corvinal.
Na aula a professora
ensinou os alunos a prever o futuro através dos borrões das xícaras de chá e
cada um pegou do seu colega ao lado.
-- Agora, digam o vêem! –
incentivou a professora, mais animada. – Mas antes precisam abrir suas mentes e
olhar para o além.
-- Um monte de bobagens. –
resmungou Odile Greyhound, sentando-se na mesa de Peter e Davy e na frente de
Louise e Alana.
-- Epa! – Peter se
assustou, pois não tinha visto Odile chegar. – Mas como...
-- De onde você veio? –
perguntou Davy, confuso tanto quanto Peter.
-- Eu? Estava aqui o tempo
inteiro! – replicou Odile, guardando algo de baixo do uniforme.
-- Não é verdade, Odile! –
exclamou Louise, em voz baixa e brava. – Eu estava aqui o tempo todo olhando e
não te vi.
-- Louise, fica calma. –
pedia Alana. – Eu a vi. Ela estava aqui sim. Você que não está prestando
atenção.
Odile ficou nervosa. Ao
menos Alana a defendeu e impediu que sua melhor amiga não soubesse de seu
segredo.
Neste momento a professora
voltou sua atenção para Geoff Hurst.
-- Você, menino. –
apontando para Hurst. – Sua avó vai bem?
--- Err... Acho que sim. –
respondeu Geoff sem muita certeza.
-- Não teria tanta
certeza. – disse a professora, pegando em seguida a xícara do aluno e depois
fazendo uma expressão nada boa. – Minha nossa!
Geoff e seu parceiro,
Martin Peters, olharam mais atentamente pra xícara e entender o que a
professora doida pode ter visto pra não ter dito.
-- Agora vocês meninas. –
apontando para Allie e Lulu. – Me digam o que vêem.
Alana pegou a xícara da
colega e por não saber bem o que mostrava, interpretou conforme visto no livro.
-- Bem... – pausou um
pouco pra ver no livro e depois seguiu. – Louise tem um tipo de cruz torta...
que significa provações e sofrimento. E isto aqui... esta mancha arredondada
significa o sol, a felicidade. Significa que você vai sofrer mas vai ficar
feliz com isso.
-- Permita-ver essa
xícara.
Quando a professora viu,
logo jogou de volta a mesa das jovens, bastante assustada.
-- Ai minha nossa! –
berrou Scarlett, olhando para Louise. – Meu querubim amado. Você tem... o
Sinistro!
Louise tremeu
internamente. Mesmo distante da prima, Fefe ouviu atentamente e também sentiu
medo. O Sinistro tinha a representação de um lobo e é um dos piores agouros do
mundo bruxo. Se Louise carrega a marca, coisas horríveis aguardarão por ela.
-- Você está bem? –
perguntou Johan, preocupado e notando que Fefe suava frio.
-- Sim. – ela respondeu,
dando um sorriso amarelo e olhando para a xícara de Johan.
A visão que teve era muito
aprofundada. Via ali um dragão muito bonito, depois cuidando do bichinho até
crescer e domesticá-lo. Ao mesmo tempo ela... estava na previsão dele...
juntos, de mãos dadas...
-- O que você viu? –
indagou o holandês, curioso.
-- Eu vi um dragão. –
respondeu Fefe. – Muito bonito. Mas não sei bem sua raça.
-- E o que mais?
Fefe pensou em responder
mas a aula terminou.
-- Outra hora te digo.
Lulu se recusou a ir à
aula de Tratos com Criaturas Mágicas, por estar bastante zangada com Odile e
para evitar Belle Blue.
Para compensar a falta
cometida, decidiu assistir por conta, a aula de Poções que seu pai está
ensinando neste momento para os alunos do quinto ano.
-- Aconteceu algo, Srta.
McGold? – Tony nunca dizia o nome de Louise na frente dos alunos e se referia a
ela como “senhorita”.
-- Perdi a aula de Tratos
com Criaturas Mágicas. – mentiu e olhou para Gerd. – Eu... posso assistir a sua
aula, professor?
Tony não negou e permitiu
a Louise esse privilégio, deixando-a sentada ao lado de Gerd Müller.
-- Agora, façam uma poção
de cura de ferimentos mais graves e me entreguem em uma hora! -- depois voltando sua atenção para filha. –
Você vai escrever uma redação com um rolo de pergaminho sobre o uso de essência
de Beladona e não ajude o Sr. Müller.
Quando Tony se retirou,
todos passaram a se dedicar na tarefa, obviamente conversando uns com os
outros. Louise olhava para a turma. Sentiu-se realizada. Estava com o pessoal
um pouco mais velho e certamente, mais esperto.
-- Louise! – um rapaz
atrás da menina a chamou. – Louise, sou eu!
Ela se virou e encontrou o
primo, Colin Black.
-- Hey, Colin! –
cumprimentou.
-- O que está fazendo
aqui?
-- Perdi a aula das
Criaturas Mágicas. – Lulu insistia na mentira.
-- Ah, sim. – Colin voltou
sua atenção no caldeirão e depois perguntou baixinho. – E o Davy? Como ele
está?
-- Bem... – Lulu estranhou
um pouco a pergunta do primo. Ele e Davy se viram só duas vezes e mal deu pra
se conhecerem. – Ele está bem.
-- Que bom! – sorriu
Colin, mais animado.
E durante o preparo, Gerd
se concentrou mas era impossível. Com Louise por perto, ele sentia que o tempo
parou e só eles existiam, mais ninguém. Suspirou um pouco.
-- Precisa de ajuda? –
Louise se oferecia pra ajudar, mesmo escondido de seu pai.
-- Nein! – recusou Gerd e
em seguida olhando para a loira. Fascinou-se com os olhos cor de safira dela. –
Já terminei.
-- Eu também. – mostrando
o rolo de pergaminho com tudo preenchido.
Ficaram em silêncio e
viram na ampulheta que falta quinze minutos para o professor aparecer e
entregar os trabalhos.
-- Sabe, eu vi o que
aconteceu na aula de Adivinhação. – comentou. – Está brava com sua amiga?
Lulu fechou a cara ao
lembrar-se disso. Ela já tinha fama de preguiçosa, mas desatenta jamais.
-- Estou brava com a
Belle! – disfarçou. – Ontem... Ela disse que estraguei a aula de Defesa Contra
as Artes das Trevas.
-- Ela disse isso? – desta
vez perguntou Bobby Charlton.
-- Sim.
Bobby se enervou e Gerd
voltou a falar com Louise.
-- Vou dizer uma coisa bem
sincera. Nunca gostei da Belle. E você devia ignorar esses comentários. Ter
medo não te torna inferior e incapacitada. E sim mais forte. É a sua forma de
defesa meio involuntário. Todo mundo tem um medo e quer superar.
Louise gostou do pequeno
discurso de Gerd e quando ia dizer algo, seu pai reaparece, exigindo os
trabalhos entregues. A aula encerra e Louise deixa o pergaminho na mesa do pai.
-- Conversei com Madame
Vanderbilt e ela vai lhe emprestar uma de suas vassouras. – mostrando um modelo
Comet 909, cor amarela queimada. – Agora poderá voltar aos jogos de quadribol.
Louise sorriu mas ainda
não estava satisfeita. Pelo menos vai me
ajudar provisoriamente, pensou a menina.
Quando chegou o dia do
jogo, foi mais tranqüilo. O confronto era com a Corvinal. Odile, que é
apanhadora, tentou falar com Louise antes de montar na vassoura e seguir com o
time.
-- Louise... – sabia que a
amiga não estava mais falando com ela e a evitava. – Se for algo que fiz, eu peço
desculpas.
-- Agora não, Odile! –
pediu Louise, severa. – Estou me concentrando no jogo!
E foi dado o apito
inicial. A Corvinal começou na frente com Suzan Hardison pegando a goles e
enfiando num dos aros da Lufa-Lufa e minutos depois foi a vez de Paul Breitner
marcar o segundo ponto.
Louise enfrentava
dificuldades em pilotar a vassoura provisória e mal conseguia controlar.
Naquele ritmo era impossível de agarrar o pomo de ouro.
O jogo não estava indo bem
para os lufanos. Mesmo com John Fitzwilliam defendendo o gol como pode e Edward
Simons marcando gols, a Corvinal estava de vento em polpa. No entanto durante a
trajetória de Anastacia Rosely levando a goles consigo para marcar outro gol,
Giorgio Chinaglia surgiu e passou a marcar feroz a jovem.
Cansado das evasivas
sagazes de Ana, o italiano partiu para violência, empurrando Ana pra fora e
conseguindo a goles. Ele marca outro ponto, mesmo sob vaias da Corvinal.
E entre as apanhadoras,
Odile e Louise disputavam o pomo.
-- Saia do meu caminho! –
disse Louise, empurrando sua amiga.
No entanto Louise teve de
parar a perseguição e viu que o jogo parou definitivo. Aterrissando por terra,
ela desceu da vassoura e foi de encontro com o time, que brigava com a turma
corvina.
-- Giorgio! – chamou
Louise. – O que você fez?
-- Nada! – respondeu. –
Fiz conforme o jogo. Marquei a menina mas achei que era um menino.
-- Seu italiano
desgraçado! – Ana berrava com o braço quebrado. – Você me paga!
-- CHEGA! – exclamou a
juíza Vanderbilt. – O jogo prossegue e você, Ana, irá para ala hospitalar e
entre outra pessoa no seu lugar.
Ana se zangou bastante com
Giorgio e principalmente com Louise. A mesma não demonstrava nada e defendia o
italiano. No lugar dela entrou Lola Banks. Fefe vaiou, embora a Sonserina torcesse
para Corvinal, desta vez, a galesa de sangue puro secava os corvinos, ainda
mais que Lola entrou no time.
O jogo recomeça com o
placar mantido e menos de dez minutos depois Louise agarrou o pomo, dando
vitória para Lufa-Lufa.
-- Vai ter que praticar
mais. – debochou Louise para Odile. – Ou quem sabe peça pro Franz te ensinar a
ser boa apanhadora!
-- Não é minha culpa se
você acordou de pé esquerdo, meu universo. – rebateu Odile.
-- Se fosse isso, não teríamos
vencido hoje. Ah, lembrei. NÓS GANHAMOS!
Louise saiu, rindo com os outros
jogadores e Odile percebeu o quanto ela estava mesmo chateada a ponto de
descontar sua arrogância nela. Após o jogo tudo voltara ao normal. Fefe não
conversava mais com Nora em definitivo e a escocesa mesmo estando com Lola,
sentia falta de sua amiga sonserina. Chris e Louise percebiam que talvez fosse
cedo demais para namorarem. Na realidade perceberam que misturaram seus
sentimentos. Chris ama Louise mas não o suficiente e Louise gosta de Chris mas
seu coração pertence a outra pessoa.
O sábado chegou ensolarado
e era dia de passeio rumo a Hogsmeade. Louise não quis ir e Davy seguiu com
seus amigos.
-- Por que não vai, Lulu? –
Joanna tentava em vão convencer a amiga sair do quarto.
-- Estou doente. – Louise
inventou uma desculpa, tudo pra evitar Odile e Belle.
-- Melhoras, Louise.
Jo e Allie seguiram com a
turma para Hogsmeade tranquilamente e Lulu saiu do quarto, caminhando um pouco
na floresta. Sem saber, acabou encontrando... Gerd.
-- Olá... – cumprimentou a
jovem.
-- Hallo! – retribuiu Gerd,
mais tímido. – Que estranho te encontrar aqui.
-- Por quê?
-- Hoje é dia de passeio a
Hogsmeade.
-- Bem... eu não quis. –
Louise não gostava de lembrar-se desse detalhe. – Preferi ficar na escola.
-- Eu também. Ando enjoado
de lá.
-- E Alice também ficou?
-- Ela foi com a Belle e o
Bobby.
Andaram juntos e
procuraram não se distanciar ou Sr. Babbitt logo os entregaria para Rafelson. Na
volta ficaram sentados perto da entrada e Gerd presenteou a menina com uma
margarida. Ela pegou a flor, encantada, sentindo seus dedos tocaram os de Gerd e
neste momento um beija-flor pousou ali, entre os indicadores do casal jovem. O
momento serviu para unir mais os dois.
-- Dizem que o beija-flor
traz o amor em pessoas tão diferentes... E quando ele pousa perto das mãos de
um casal, significa que pertencem um ao outro.
Ela sorriu para ele e
sentiram algo, uma ligação mágica que os unia. Contudo, tiveram de interromper
por causa da chegada dos alunos. Louise se despediu de Gerd e ficou esperando
Odile.
-- Te devo desculpas, mon
amour. – disse a loirinha, olhando para Odile.
A francesa passou o resto
do passeio bastante magoada por causa da ação presunçosa da menina.
-- Por que eu deveria
aceitar? – indagou, mostrando reação negativa. – Você mesma disse que eu
deveria treinar mais com Franz pra ser apanhadora.
-- Porque sou sua amiga e
eu gosto de você, demais.
Elas já haviam brigado
antes e como sempre, voltavam às boas. E foi o que aconteceu. Trocaram aquele
abraço.
-- Quer saber, eu devo
estar distraída mesmo. – resignou-se Lulu.
Odile ficou aliviada por
saber que Louise acreditou na conversa da distração e jurou para si mesma
contar a verdade na hora certa. Antes de subirem as escadas, um burburinho se
alastrou. Ela viu Alice, sendo carregada por Bobby Charlton para ala
hospitalar, seguido por Belle.
-- O que houve com ela?
-- Alice teve crise de
enxaqueca. – justificou Odile.
Lulu temeu internamente e
rezou que não fosse grave para Alice e voltou para as escadas. Sem saber, a
menina foi observada de longe por uma loba preta com mancha branca na cabeça e
olhos azuis e ao seu lado o professor Andrew conversava com o ser.
-- Ela ainda não está
pronta. – comentou o professor. – E a hora certa chegará.
A loba deu um chorinho e
caminhou para dentro da Floresta Negra. Nunca o acerto de contas esteve tão
perto...
Continua...

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