Tenham uma boa tarde e fiquei com novo capítulo da fic potterhead!
Capítulo 3: O Bicho Papão
Os dias se passaram e o
namoro de Louise e Chris se tornou público. O pai da menina, Tony, não reclamou
disso e ainda dizia o quanto fazia questão desse namoro ter acontecido. Todos
os dias Chris trocava bilhetes e doces com Louise. Os beijos eram em somente
nos locais onde ninguém poderia vê-los.
Quem não estava gostando
disso era Gerd Müller, da Grifinória. Desde a primeira vez que viu Louise, já
havia detestado a menina por sua indolência. Contudo, no primeiro jogo de
quadribol onde ela e Davy estrearam respectivamente como apanhadora e
artilheiro, as coisas haviam mudado. Ele passou a ver a menina com outros olhos
e reconheceu por mais lerda que ela fosse, Louise é uma menina perspicaz e
atenta, ao mesmo tempo alegre e gentil. Qualidades essas que ele prezou bastante.
E ver a garota com outro
lhe causou uma dor no coração e profunda decepção, a ponto de ignorar Alice em
diversos eventos, como o ocorrido de hoje na hora do almoço.
-- McDreamy... – ela
acariciava a mão grande dele. – Você sabe que dia é hoje?
Gerd tirou a mão de perto
dela e olhou para a mesa da Lufa-Lufa. Louise e Chris numa sintonia de
felicidade única.
-- Errr... – disfarçou e
foi por fim irônico. – Dia de Caça ao faisão?
-- Claro que não. – Alice
fingiu aborrecimento e beijou-lhe a bochecha. – Hoje faz dois anos que estamos
namorando.
-- Ah... Tá... – fingiu
Gerd, exibindo um sorriso amarelo.
Ficaram uns minutos em
silêncio e logo depois Belle Blue e Bobby Charlton se juntaram ao casal. Belle
percebeu que o alemão não fazia questão de esconder seu desagrado desde que
soube que a filha de Tony McGold namora Christopher Romanov.
-- Sabe... – Alice puxou
conversa, pra evitar mais atritos e bebeu um pouco de suco de abóbora. – Belle
e Bobby vão a Hogsmeade de novo. Vamos também? Pra comemorar nosso segundo ano
juntos?
Suspirou pesadamente e
resignado, respondeu:
-- Tudo bem... Vamos!
No sábado os alunos
fizeram mais um passeio a vila totalmente de bruxos e neste passeio Belle
aproveitou para comentar com Alice.
-- Não reparou algo no Gerd?
-- Sim. – respondeu a
aluna da Corvinal de olhos azuis. – Ele anda... preocupado com as provas.
-- Acha mesmo que é só com
as provas? – duvidou Belle. – Ou isso não tem a ver com... a preguiçosa da
Lufa-Lufa?
-- Sim. – Alice se cansou
de fingir para Belle a verdade. – Ele está gostando da Louise. Sei que em algum
momento vamos terminar o namoro.
-- Terminar? – Belle se
recusava acreditar. – E vai deixar aquela coisinha se dar bem? Alice, o que deu
em você?
-- Não sei... Não posso
prendê-lo. – lamentou Alice. – Sinto que nosso amor acabou e nosso beijo não é
mais o mesmo.
-- Ele é louco por você.
Sempre te dava presentes, te mandava cartas nas férias. Vocês são inseparáveis.
Sem falar que a mãe dele gostou demais de você. Eu não acredito que deixe isso
acontecer.
-- Quer que eu faça o que?
Me diz então! – exigiu, desesperada.
-- Mostre mais amor pra
ele. Carinho e atenção. E o motive nos jogos. – respondeu Belle, mais amável e
depois passando pra tom meio arrogante. -- Falando nisso, semana que vem a
Corvinal confronta a Lufa Lufa. Ah, lembrei. Eles ficaram sem a apanhadora
maravilha. Que pena!
-- O que houve com a
Louise?
-- Um dementador... quase
matou ela. – disse, mais feliz. -- E a vassoura dela se quebrou no salgueiro
lutador e se quebrou toda. Coitada! Há há há agora sem vassoura, a apanhadora nota dez não
vai jogar! Vai ser até fácil ganhar deles!
Alice se chocou com a
notícia. Por isso Louise não estava tão animada mais nos dias anteriores e
achava que se tratava do quadribol ou Tilda Black.
-- Vamos...então...comprar
uns doces né? – disfarçou o mal estar --Vou ver o Gerd.
-- Alice! Comprar doces? Estou farta de doces. – ralhou
Belle, fazendo uma cara indignada.
-- Vamos tomar uma cerveja
amanteigada.
-- Tudo bem... Ai estou
ansiosa pro jogo. Desta a vez a Lufa Lufa não vai se dar bem. Ainda bem que
falei pro Bobby dizer pro time sobre o lance do Davy ter pegado o pomo não lhe
dá vitória. Ele não é apanhador.
-- Não poderei ver o jogo.
– Alice caminhava até o pub Três Vassouras e entrou com Belle. – Tenho o
trabalho do Jim para fazer e de outras pessoas.
-- Esquece os outros e o
Jim! Ele tem dois braços e pode fazer sozinho. Agora vamos torcer pra Corvinal
e secar a Lufa-Lufa!
Ela não prestou mais
atenção no que sua melhor amiga dizia. Na realidade, Alice estava cansando-se
de Belle e toda presunção e ódio contra Louise. Não gostara nem um pouco quando
falou sobre a queda dela da vassoura e por conta disso não jogará. Mas optou em
se calar.
Na semana seguinte mais
surpresas aconteceram. E uma delas é na aula de Defesa Contra As Artes das
Trevas. Os alunos estavam receosos na sala por se depararem com um enorme
armário de roupas com um espelho na porta e ainda por cima, se remexia quase
frenético, como se algo quisesse sair de dentro.
-- Alguém se arrisca
adivinhar o que tem aí dentro? – perguntou o professor Andrew, surgindo entre
os alunos.
-- Um bicho papão. –
respondeu Alana, a jovem baixinha lufana se encontrava bem na frente.
-- Muito bem, Srta.
Watson. E alguém sabe que aparência tem o bicho papão?
-- Ninguém sabe. O bicho
papão é um transformista e assume a forma daquilo que a pessoa mais teme na
vida. Por isso...
-- Por isso é tão
assustador... – confirmou o professor.
Peter Tork se virou e
viu... Odile Greyhound.
-- Quando foi que você
chegou? – perguntou surpreso, pois sabia que Odile freqüentava a aula de
Astronomia no mesmo horário. – Não devia estar na Torre de Astronomia?
-- Se liga, Tork. Ninguém
anda em dois lugares ao mesmo tempo! – xingou Odile.
O armário ainda se
remexia, com força e assustando todos.
-- Por sorte, existe um
feitiço simples para repelir um bicho papão. Vamos praticá-lo agora. Por favor,
sem as varinhas. E repitam comigo: Riddikulus!
-- Riddikulus! – repetiram os alunos, sem muita intensidade, mas com
resultado bom para o professor.
-- Sejam mais claros e se
concentrem. Digam: Riddikulus!
-- Riddikulus! – repetiram mais alto e forte.
-- Que aula ridícula! –
comentou Giles Mackenzie, em voz baixa e recebendo um beliscão de sua irmã,
Dianna.
-- Muito bom. Mas esta foi
a parte fácil. Sabem, só o encantamento não é o suficiente. – explicou Andrew.
– O que realmente acaba com o bicho papão é o riso. Forcem-no assumir uma forma
que vocês achem engraçado. Neste caso, vamos começar com... Geoff!
Geoff Hurst, um aluno meio
dentuço e ar de medroso da Grifinória se apresentou diante do professor.
-- Pode vir, rapaz. Não
tenha medo. – Andrew era calmo e compreensível, transmitindo segurança para o
menino. – Agora me diga, o que mais te assusta?
-- O professor Tony
McGold. – Geoff olhava pra baixo e disse murmurado.
-- Mais alto. – incitou o
professor.
-- O PROFESSOR TONY
MCGOLD!
Todos riram, até mesmo
Louise e Davy, afinal os próprios admitiam que Tony é realmente assustador e
seu olhar intimidaria até um dementador.
-- O professor Tony... –
Andrew teve de se segurar pra não rir. Ele foi um dos amigos de Tony no
passado. – Realmente ele assusta todo mundo. Sem ofensas, Louise.
Lulu fez uma cara de quem
não ligava e ainda ria disso.
--... Acho que você mora
com sua avó, não é?
Geoff confirmou com a
cabeça.
-- Mas não quero que o
bicho papão se transforme nela. – pediu o aluno, mais branco de medo.
-- Relaxa, menino. Apenas
pense nas roupas que sua avó usa.
-- Bem... – ofegou o aluno,
ainda mais assustado. – Ela tem uma bolsa...
--- Não fale em voz alta e
sim seja claro e se concentre. Quando eu abrir o armário, quero que faça isso.
O próximo passo foi que
Andrew sussurrou no ouvido de Geoff e o mesmo não sabia se reagia bem ou mal,
mas apontava a varinha no guarda roupa agitado.
-- Prepare a varinha,
Geoff!
Num momento do pulso,
Andrew abriu magicamente o armário e dali saiu o onipotente professor de
Poções, com sua cara mau humorada e os cabelos brancos que um dia foram dourados,
como de sua filha. A cópia de Tony andava devagar em direção a Geoff.
-- Concentre-se, Geoff!
Pense no que te falei! – incentivou o professor.
Embora paralisado, Geoff
reuniu coragem e firmando a mão, com um movimento disse a palavra:
-- Riddikulus!
E num segundo surgiu Tony
usando um vestido com casaco de pele, poá rubro, uma bolsinha e um chapéu de animal e muitos risos. Andrew
não se conteve e acabou se juntando aos alunos.
-- Viram só? – se
alegrando e ligando sua vitrola com músicas animadas. – Excelente, Geoff!
Com a ordem do professor,
os alunos fizeram fila e cada um expôs seus medos e transformaram em algo
divertido e hilário, tornando a aula mais prazerosa. No entanto, quando foi vez de Louise, a coisa mudou. Se antes estava
com a forma de um palhaço de circo dentro de uma caixa, o ser mágico ganhou
forma... de um dementador! Louise suou e pretendia gritar mas foi salva por seu
professor.
-- AQUI! – se postando na
frente da jovem e encarando o dementador.
No outro segundo o guarda
de Azkaban some e mostra-se uma lua cheia em seu esplendor sob nuvens.
-- Riddikulus!
A lua se transformou numa
bexiga que voou longe por conta do ar escapando. Ofegante e transtornado,
Andrew trancou a porta do armário.
-- Por hoje acabou,
pessoal. Estão dispensados.
Todos se decepcionaram e
ao final aceitaram. Louise se juntou a Davy, Odile e Peter.
-- A culpa foi minha. –
lamentou a menina.
-- Concordo com você.
A voz de trás veio de
Belle Blue.
-- Você e seu medo de
dementadores estragou a aula. Como se não bastasse a vassoura ter sido
destruída.
Diante da ofensa, Louise
saiu correndo e subiu as escadas, indo para o quarto e se jogou na cama, com
lágrimas nos olhos. Odile correu até o
alojamento da Lufa-Lufa e como já havia visitado muitas vezes, sabe bem onde
sua amiga se encontra. Ela abraçou sua amiga.
-- Calma, Louise. – pedia
Odile. – Aquela Belle só quer te provocar. Está com ciúmes porque Alice esteja
gostando de você.
-- Ela tem razão, Odile. A
culpa é mesmo minha. Tenho medo de dementadores e isso estragou a aula...
Louise chorou bastante a
ponto de não assistir o resto das aulas e Odile permaneceu ao lado dela, sem se
importar se perderia as disciplinas. Além disso, ela possuía algo que a fazia
não perder nada...
-- E o meu medo de ser
enterrada viva. – respondeu a francesa, aluna da Corvinal. Ela deixou a cabeça
de Louise em seu colo e continuou acariciando seu cabelo loiro. --Estava com
medo que mostrasse isso. Mas seu medo de dementadores é algo normal. Meu pai
leu um livro de um escritor trouxa no qual ele diz que o medo é nossa arma de
proteção. Que temos desde os tempos mais antigos. É natural.
Ela afastou uma mecha
loira de Louise e continuou.
-- Sei que quer enfrentar
seu medo, mas primeiro você precisa entender porque isso te dá medo, meu
universo.
-- Está aí uma coisa que
não sei. – Louise parou um pouco de chorar.
-- Talvez porque aconteceu
repentinamente...
Quando entardeceu, Louise,
mais calma, saiu do quarto e Odile seguiu para o dormitório da Corvinal. Ela ignorou
totalmente Belle e Alice. Quanto à loira, seguiu para a mesa onde encontrou
Peter lanchando.
-- Cadê o Davy?
-- Treinando quadribol. –
respondeu o menino atrapalhado.
Neste momento irrompeu
alguns pios de pássaro. Uma coruja adentrou o salão e pousou perto dos dois
alunos lufanos. Trata-se de Andrômeda, a coruja preta de olhos prateados de
Louise.
-- Sua coruja carrega um
saco. – comentou Peter, olhando curioso pra coruja e o que carrega no bico.
Louise pegou o saco e nele
estava grampeado uma carta.
-- É do Serguei! –
contentou-se a jovem. – E veio da Romênia.
Abriu a carta e leu:
Querida irmãzinha
Lamento por tudo que te aconteceu,
principalmente por ter ficado sem vassoura para os jogos de quadribol. Sobre o
preconceito sentido, eu também era assim mas superava a cada nota boa recebida
nas provas. Ignore-os, Louise. Você é bem mais valiosa que qualquer ofensa.
A respeito sobre a tia Mathilda... Sei
pouco dela. Apenas se sabe que ela foi uma grande bruxa de seu tempo e que mamãe
queria ser como ela. Agora sobre ela ser uma fiel seguidora de Você- Sabe –
Quem, acho que não é verdade mas não tenho provas para convencer você. Ficarei
devendo essa.
Agora fique com esse saquinho. Ele
lhe trará muitas alegrias nestes dias difíceis.
Ass: Serguei Hobbes
PS: trazer miniaturas de dragões é
muito difícil.
Depois
de ler a carta, Louise pôs a mão dentro do saco de pano e tirou um mini dragão.
Ele se mexia e se mostrava amável com Louise.
--
Que maravilha! – exclamou Peter, impressionado. – É um verde galês.
Louise
tirou outras miniaturas de dentro como um focinho curto sueco, um dorso
cristado norueguês e chifres-longos romeno. Peter e Louise se divertiram com
aquelas criaturinhas mas tiveram de guardar de volta ao saquinho pois viram uma
certa movimentação nas escadas. Eles
subiram junto os outros e perceberam que é no sétimo andar.
--
O que está acontecendo? – perguntou Peter.
--
Decerto Geoff esqueceu a senha. – debochou Bobby Charlton, sem saber que o
mesmo ouviu e o reprendeu.
Louise
se aproximou e viram Mike Nesmith e Micky Dolenz comentando, mesmo sob as
ordens do monitor da Grifinória, Edmund Jones.
--
A Mulher Gorda sumiu! – disse Micky.
Os
outros quadros também se espantaram, como os alunos. Principalmente porque no
quadro havia marcas de garras. Certamente uma criatura arranhou o quadro.
--
Até que ela mereceu. Era uma péssima cantora. – disse Mike, irônico.
--
Para com isso, Nez! – xingou Louise.
Neste
momento o diretor Bob Rafelson subiu a escada acompanhado do zelador Sr. Babbitt.
Tocou um pouco o quadro e no arranhão e por fim ordenou:
--
Sr. Babbitt, reúna os fantasmas. Mandem todos revistar os quadros do castelo,
para encontrar a Mulher Gorda!
--
Não será mais preciso, professor. – avisou o zelador, apontando o paradeiro
certo. – A Mulher Gorda foi encontrada!
Todos
caminharam mais um lance de escada e pararam diante de um quadro campestre
cheio de hipopótamos comendo grama. Rafelson se aproximou e gentilmente
questiona:
--
Senhora, quem lhe fez isso?
A
Mulher Gorda surgiu detrás do animal, muito assustada e com a voz tremendo de
nervosismo.
--
Ah, professor... – ela soluçou um pouco e ainda com a voz demonstrando medo,
prosseguiu. – Tem olhos do demônio, tem sim! E uma alma tão sombria quanto seu
nome. Foi ela, diretor. A quem todos procuram: Tilda Black. ELA ESTÁ EM ALGUM
LUGAR NESTE CASTELO!
E
voltando a se esconder, Rafelson começou com mais tarefas de segurança. A
primeira foi trancar todas as portas do castelo e a segunda reuniu os alunos no
grande salão. Ninguém voltou aos dormitórios e se acamparam ali uns com os
outros.
Louise
fingiu dormir e ouviu uma parte da conversa do pai com o diretor. Além de
discutirem sobre as possibilidades de entrada de Tilda no castelo, também
falavam do professor Watson. Embora seu pai seja amigo dele, não tinha
confiança plena de Andrew nas aulas. Para o professor de Poções, Andrew Watson
sabia ensinar mas Defesa Contra as Artes das Trevas não é bem sua matéria.
Ela
conseguiu adormecer mas sonhou com a sombra do lobo negro vista
anteriormente...
Continua...

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