quinta-feira, 15 de setembro de 2016

The Prisoner (3º Capítulo)

Olá pessoal!
Tenham uma boa tarde e fiquei com novo capítulo da fic potterhead!



Capítulo 3: O Bicho Papão

Os dias se passaram e o namoro de Louise e Chris se tornou público. O pai da menina, Tony, não reclamou disso e ainda dizia o quanto fazia questão desse namoro ter acontecido. Todos os dias Chris trocava bilhetes e doces com Louise. Os beijos eram em somente nos locais onde ninguém poderia vê-los.

Quem não estava gostando disso era Gerd Müller, da Grifinória. Desde a primeira vez que viu Louise, já havia detestado a menina por sua indolência. Contudo, no primeiro jogo de quadribol onde ela e Davy estrearam respectivamente como apanhadora e artilheiro, as coisas haviam mudado. Ele passou a ver a menina com outros olhos e reconheceu por mais lerda que ela fosse, Louise é uma menina perspicaz e atenta, ao mesmo tempo alegre e gentil. Qualidades essas que ele prezou bastante.


E ver a garota com outro lhe causou uma dor no coração e profunda decepção, a ponto de ignorar Alice em diversos eventos, como o ocorrido de hoje na hora do almoço.

-- McDreamy... – ela acariciava a mão grande dele. – Você sabe que dia é hoje?

Gerd tirou a mão de perto dela e olhou para a mesa da Lufa-Lufa. Louise e Chris numa sintonia de felicidade única.

-- Errr... – disfarçou e foi por fim irônico. – Dia de Caça ao faisão?

-- Claro que não. – Alice fingiu aborrecimento e beijou-lhe a bochecha. – Hoje faz dois anos que estamos namorando.

-- Ah... Tá... – fingiu Gerd, exibindo um sorriso amarelo.

Ficaram uns minutos em silêncio e logo depois Belle Blue e Bobby Charlton se juntaram ao casal. Belle percebeu que o alemão não fazia questão de esconder seu desagrado desde que soube que a filha de Tony McGold namora Christopher Romanov.

-- Sabe... – Alice puxou conversa, pra evitar mais atritos e bebeu um pouco de suco de abóbora. – Belle e Bobby vão a Hogsmeade de novo. Vamos também? Pra comemorar nosso segundo ano juntos?

Suspirou pesadamente e resignado, respondeu:

-- Tudo bem... Vamos!

No sábado os alunos fizeram mais um passeio a vila totalmente de bruxos e neste passeio Belle aproveitou para comentar com Alice.

-- Não reparou algo no Gerd?

-- Sim. – respondeu a aluna da Corvinal de olhos azuis. – Ele anda... preocupado com as provas.

-- Acha mesmo que é só com as provas? – duvidou Belle. – Ou isso não tem a ver com... a preguiçosa da Lufa-Lufa?

-- Sim. – Alice se cansou de fingir para Belle a verdade. – Ele está gostando da Louise. Sei que em algum momento vamos terminar o namoro.

-- Terminar? – Belle se recusava acreditar. – E vai deixar aquela coisinha se dar bem? Alice, o que deu em você?


-- Não sei... Não posso prendê-lo. – lamentou Alice. – Sinto que nosso amor acabou e nosso beijo não é mais o mesmo.

-- Ele é louco por você. Sempre te dava presentes, te mandava cartas nas férias. Vocês são inseparáveis. Sem falar que a mãe dele gostou demais de você. Eu não acredito que deixe isso acontecer.

-- Quer que eu faça o que? Me diz então! – exigiu, desesperada.

-- Mostre mais amor pra ele. Carinho e atenção. E o motive nos jogos. – respondeu Belle, mais amável e depois passando pra tom meio arrogante. -- Falando nisso, semana que vem a Corvinal confronta a Lufa Lufa. Ah, lembrei. Eles ficaram sem a apanhadora maravilha. Que pena!

-- O que houve com a Louise?

-- Um dementador... quase matou ela. – disse, mais feliz. -- E a vassoura dela se quebrou no salgueiro lutador e se quebrou toda. Coitada! Há há há  agora sem vassoura, a apanhadora nota dez não vai jogar! Vai ser até fácil ganhar deles!

Alice se chocou com a notícia. Por isso Louise não estava tão animada mais nos dias anteriores e achava que se tratava do quadribol ou Tilda Black.

-- Vamos...então...comprar uns doces né? – disfarçou o mal estar --Vou ver o Gerd.

-- Alice!  Comprar doces? Estou farta de doces. – ralhou Belle, fazendo uma cara indignada.

-- Vamos tomar uma cerveja amanteigada.

-- Tudo bem... Ai estou ansiosa pro jogo. Desta a vez a Lufa Lufa não vai se dar bem. Ainda bem que falei pro Bobby dizer pro time sobre o lance do Davy ter pegado o pomo não lhe dá vitória. Ele não é apanhador.

-- Não poderei ver o jogo. – Alice caminhava até o pub Três Vassouras e entrou com Belle. – Tenho o trabalho do Jim para fazer e de outras pessoas.

-- Esquece os outros e o Jim! Ele tem dois braços e pode fazer sozinho. Agora vamos torcer pra Corvinal e secar a Lufa-Lufa!

Ela não prestou mais atenção no que sua melhor amiga dizia. Na realidade, Alice estava cansando-se de Belle e toda presunção e ódio contra Louise. Não gostara nem um pouco quando falou sobre a queda dela da vassoura e por conta disso não jogará. Mas optou em se calar.




Na semana seguinte mais surpresas aconteceram. E uma delas é na aula de Defesa Contra As Artes das Trevas. Os alunos estavam receosos na sala por se depararem com um enorme armário de roupas com um espelho na porta e ainda por cima, se remexia quase frenético, como se algo quisesse sair de dentro.

-- Alguém se arrisca adivinhar o que tem aí dentro? – perguntou o professor Andrew, surgindo entre os alunos.

-- Um bicho papão. – respondeu Alana, a jovem baixinha lufana se encontrava bem na frente.

-- Muito bem, Srta. Watson. E alguém sabe que aparência tem o bicho papão?

-- Ninguém sabe. O bicho papão é um transformista e assume a forma daquilo que a pessoa mais teme na vida. Por isso...

-- Por isso é tão assustador... – confirmou o professor.

Peter Tork se virou e viu... Odile Greyhound.

-- Quando foi que você chegou? – perguntou surpreso, pois sabia que Odile freqüentava a aula de Astronomia no mesmo horário. – Não devia estar na Torre de Astronomia?

-- Se liga, Tork. Ninguém anda em dois lugares ao mesmo tempo! – xingou Odile.

O armário ainda se remexia, com força e assustando todos.

-- Por sorte, existe um feitiço simples para repelir um bicho papão. Vamos praticá-lo agora. Por favor, sem as varinhas. E repitam comigo: Riddikulus!

-- Riddikulus! – repetiram os alunos, sem muita intensidade, mas com resultado bom para o professor.

-- Sejam mais claros e se concentrem. Digam: Riddikulus!

-- Riddikulus! – repetiram mais alto e forte.

-- Que aula ridícula! – comentou Giles Mackenzie, em voz baixa e recebendo um beliscão de sua irmã, Dianna.

-- Muito bom. Mas esta foi a parte fácil. Sabem, só o encantamento não é o suficiente. – explicou Andrew. – O que realmente acaba com o bicho papão é o riso. Forcem-no assumir uma forma que vocês achem engraçado. Neste caso, vamos começar com... Geoff!

Geoff Hurst, um aluno meio dentuço e ar de medroso da Grifinória se apresentou diante do professor.

-- Pode vir, rapaz. Não tenha medo. – Andrew era calmo e compreensível, transmitindo segurança para o menino. – Agora me diga, o que mais te assusta?

-- O professor Tony McGold. – Geoff olhava pra baixo e disse murmurado.

-- Mais alto. – incitou o professor.

-- O PROFESSOR TONY MCGOLD!

Todos riram, até mesmo Louise e Davy, afinal os próprios admitiam que Tony é realmente assustador e seu olhar intimidaria até um dementador.

-- O professor Tony... – Andrew teve de se segurar pra não rir. Ele foi um dos amigos de Tony no passado. – Realmente ele assusta todo mundo. Sem ofensas, Louise.

Lulu fez uma cara de quem não ligava e ainda ria disso.

--... Acho que você mora com sua avó, não é?

Geoff confirmou com a cabeça.

-- Mas não quero que o bicho papão se transforme nela. – pediu o aluno, mais branco de medo.

-- Relaxa, menino. Apenas pense nas roupas que sua avó usa.

-- Bem... – ofegou o aluno, ainda mais assustado. – Ela tem uma bolsa...

--- Não fale em voz alta e sim seja claro e se concentre. Quando eu abrir o armário, quero que faça isso.

O próximo passo foi que Andrew sussurrou no ouvido de Geoff e o mesmo não sabia se reagia bem ou mal, mas apontava a varinha no guarda roupa agitado.

-- Prepare a varinha, Geoff!

Num momento do pulso, Andrew abriu magicamente o armário e dali saiu o onipotente professor de Poções, com sua cara mau humorada e os cabelos brancos que um dia foram dourados, como de sua filha. A cópia de Tony andava devagar em direção a Geoff.

-- Concentre-se, Geoff! Pense no que te falei! – incentivou o professor.


Embora paralisado, Geoff reuniu coragem e firmando a mão, com um movimento disse a palavra:

-- Riddikulus!

E num segundo surgiu Tony usando um vestido com casaco de pele, poá rubro, uma bolsinha  e um chapéu de animal e muitos risos. Andrew não se conteve e acabou se juntando aos alunos.

-- Viram só? – se alegrando e ligando sua vitrola com músicas animadas. – Excelente, Geoff!

Com a ordem do professor, os alunos fizeram fila e cada um expôs seus medos e transformaram em algo divertido e hilário, tornando a aula mais prazerosa. No entanto, quando foi  vez de Louise, a coisa mudou. Se antes estava com a forma de um palhaço de circo dentro de uma caixa, o ser mágico ganhou forma... de um dementador! Louise suou e pretendia gritar mas foi salva por seu professor.

-- AQUI! – se postando na frente da jovem e encarando o dementador.

No outro segundo o guarda de Azkaban some e mostra-se uma lua cheia em seu esplendor sob nuvens.

-- Riddikulus!

A lua se transformou numa bexiga que voou longe por conta do ar escapando. Ofegante e transtornado, Andrew trancou a porta do armário.

-- Por hoje acabou, pessoal. Estão dispensados.

Todos se decepcionaram e ao final aceitaram. Louise se juntou a Davy, Odile e Peter.

-- A culpa foi minha. – lamentou a menina.

-- Concordo com você.

A voz de trás veio de Belle Blue.

-- Você e seu medo de dementadores estragou a aula. Como se não bastasse a vassoura ter sido destruída.

Diante da ofensa, Louise saiu correndo e subiu as escadas, indo para o quarto e se jogou na cama, com lágrimas nos olhos.  Odile correu até o alojamento da Lufa-Lufa e como já havia visitado muitas vezes, sabe bem onde sua amiga se encontra. Ela abraçou sua amiga.


-- Calma, Louise. – pedia Odile. – Aquela Belle só quer te provocar. Está com ciúmes porque Alice esteja gostando de você.

-- Ela tem razão, Odile. A culpa é mesmo minha. Tenho medo de dementadores e isso estragou a aula...

Louise chorou bastante a ponto de não assistir o resto das aulas e Odile permaneceu ao lado dela, sem se importar se perderia as disciplinas. Além disso, ela possuía algo que a fazia não perder nada...

-- E o meu medo de ser enterrada viva. – respondeu a francesa, aluna da Corvinal. Ela deixou a cabeça de Louise em seu colo e continuou acariciando seu cabelo loiro. --Estava com medo que mostrasse isso. Mas seu medo de dementadores é algo normal. Meu pai leu um livro de um escritor trouxa no qual ele diz que o medo é nossa arma de proteção. Que temos desde os tempos mais antigos. É natural.

Ela afastou uma mecha loira de Louise e continuou.

-- Sei que quer enfrentar seu medo, mas primeiro você precisa entender porque isso te dá medo, meu universo.

-- Está aí uma coisa que não sei. – Louise parou um pouco de chorar.

-- Talvez porque aconteceu repentinamente...

Quando entardeceu, Louise, mais calma, saiu do quarto e Odile seguiu para o dormitório da Corvinal. Ela ignorou totalmente Belle e Alice. Quanto à loira, seguiu para a mesa onde encontrou Peter lanchando.

-- Cadê o Davy?

-- Treinando quadribol. – respondeu o menino atrapalhado.

Neste momento irrompeu alguns pios de pássaro. Uma coruja adentrou o salão e pousou perto dos dois alunos lufanos. Trata-se de Andrômeda, a coruja preta de olhos prateados de Louise.

-- Sua coruja carrega um saco. – comentou Peter, olhando curioso pra coruja e o que carrega no bico.

Louise pegou o saco e nele estava grampeado uma carta.

-- É do Serguei! – contentou-se a jovem. – E veio da Romênia.

Abriu a carta e leu:


Querida irmãzinha

Lamento por tudo que te aconteceu, principalmente por ter ficado sem vassoura para os jogos de quadribol. Sobre o preconceito sentido, eu também era assim mas superava a cada nota boa recebida nas provas. Ignore-os, Louise. Você é bem mais valiosa que qualquer ofensa.  
A respeito sobre a tia Mathilda... Sei pouco dela. Apenas se sabe que ela foi uma grande bruxa de seu tempo e que mamãe queria ser como ela. Agora sobre ela ser uma fiel seguidora de Você- Sabe – Quem, acho que não é verdade mas não tenho provas para convencer você. Ficarei devendo essa.
Agora fique com esse saquinho. Ele lhe trará muitas alegrias nestes dias difíceis.

Ass: Serguei Hobbes

PS: trazer miniaturas de dragões é muito difícil.

Depois de ler a carta, Louise pôs a mão dentro do saco de pano e tirou um mini dragão. Ele se mexia e se mostrava amável com Louise.

-- Que maravilha! – exclamou Peter, impressionado. – É um verde galês.

Louise tirou outras miniaturas de dentro como um focinho curto sueco, um dorso cristado norueguês e chifres-longos romeno. Peter e Louise se divertiram com aquelas criaturinhas mas tiveram de guardar de volta ao saquinho pois viram uma certa movimentação nas escadas.  Eles subiram junto os outros e perceberam que é no sétimo andar.

-- O que está acontecendo? – perguntou Peter.

-- Decerto Geoff esqueceu a senha. – debochou Bobby Charlton, sem saber que o mesmo ouviu e o reprendeu.

Louise se aproximou e viram Mike Nesmith e Micky Dolenz comentando, mesmo sob as ordens do monitor da Grifinória, Edmund Jones.

-- A Mulher Gorda sumiu! – disse Micky.

Os outros quadros também se espantaram, como os alunos. Principalmente porque no quadro havia marcas de garras. Certamente uma criatura arranhou o quadro.

-- Até que ela mereceu. Era uma péssima cantora. – disse Mike, irônico.

-- Para com isso, Nez! – xingou Louise.

Neste momento o diretor Bob Rafelson subiu a escada acompanhado do zelador Sr. Babbitt. Tocou um pouco o quadro e no arranhão e por fim ordenou:

-- Sr. Babbitt, reúna os fantasmas. Mandem todos revistar os quadros do castelo, para encontrar a Mulher Gorda!

-- Não será mais preciso, professor. – avisou o zelador, apontando o paradeiro certo. – A Mulher Gorda foi encontrada!

Todos caminharam mais um lance de escada e pararam diante de um quadro campestre cheio de hipopótamos comendo grama. Rafelson se aproximou e gentilmente questiona:

-- Senhora, quem lhe fez isso?

A Mulher Gorda surgiu detrás do animal, muito assustada e com a voz tremendo de nervosismo.

-- Ah, professor... – ela soluçou um pouco e ainda com a voz demonstrando medo, prosseguiu. – Tem olhos do demônio, tem sim! E uma alma tão sombria quanto seu nome. Foi ela, diretor. A quem todos procuram: Tilda Black. ELA ESTÁ EM ALGUM LUGAR NESTE CASTELO!

E voltando a se esconder, Rafelson começou com mais tarefas de segurança. A primeira foi trancar todas as portas do castelo e a segunda reuniu os alunos no grande salão. Ninguém voltou aos dormitórios e se acamparam ali uns com os outros.

Louise fingiu dormir e ouviu uma parte da conversa do pai com o diretor. Além de discutirem sobre as possibilidades de entrada de Tilda no castelo, também falavam do professor Watson. Embora seu pai seja amigo dele, não tinha confiança plena de Andrew nas aulas. Para o professor de Poções, Andrew Watson sabia ensinar mas Defesa Contra as Artes das Trevas não é bem sua matéria.

Ela conseguiu adormecer mas sonhou com a sombra do lobo negro vista anteriormente...

Continua...

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