quinta-feira, 8 de setembro de 2016

The Prisoner (1º Capítulo)

Olá pessoal!
Tenham uma ótima noite e agora fiquem com nova fic da Grindhouse, que se passa no universo de Harry Potter. Ultimamente meu lado potterhead foi despertado e essa fic se situa no livro e filme, Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban. Desta vez, Louise McGold é a heroína mas ainda contará com seus fieis amigos e também serve de estréia da personagem que recentemente ganhou ficha no Brit Characters, Mathilda "Tilda" Black. Boa leitura!



Capítulo 1: Magic Bus


A brecada do Noitibus Andante que a levava para o Caldeirão Furado acordou Louise McGold. Ela sonhava com uma sombra vinda da lua cheia. O formato dela era de um lobo.  E este mesmo lobo correu em sua direção, perseguindo-a de forma implacável até cercá-la na floresta.

Ela chorava baixinho, apesar do condutor espinhento ler o Profeta Diário, não deixou de notar a menina daquele jeito.

-- Tá fugindo de casa, menina? – desviando a atenção do jornal.

-- Nada... – disfarçou Louise, bebendo água.

Fungou um pouco e depois outra brecada e mais forte, arremessando Louise contra a parede. Jurou a si mesma andar mais cuidado.

-- Escuta, quanto tempo falta pra chegar ao Caldeirão Furado? – indagou, meio impaciente.

-- Relaxa, menina. – pediu o bilheteiro. – Estamos perto.... perto... e...

-- AGORA! – berrou uma cabeça bizarra pendurada num dos vidros retrovisores do motorista.

-- O Caldeirão Furado!

O desembarque foi realizado e o ônibus seguiu sua trajetória de forma veloz. Um dos empregados da estalagem, um tipo careca e corcunda recebeu muito bem Louise, levando-a para um dos quartos, junto com a mala.

-- Srta. McGold. – disse o corcunda, sorridente. – O ministro Utamaro deseja falar com a senhorita.

Mais dois lances de escada depois ela bateu na porta e entrou na sala.

-- Ministro Utamaro.

-- Como ministro da Magia, Srta. McGold, que no fim da tarde, uma mulher foi encontrada rodopiando ao sul de Shepperd’s Bush, numa chaminé. O Departamento de Reversão de Magia foi acionado. Ela foi devidamente esvaziada e sua memória alterada.

-- Aquilo foi um acidente. – justificou Louise, ao pedir para o corcunda lhe servir chá. – Ela falava mal sobre minha família e depois... Ela inflou como um balão. Meu pai brigou comigo. Inclusive disse coisas contra mim que mexeram muito. Por isso vim pra cá.

Utamaro ouvia com atenção a justificativa e por fim disse:

-- Considerando a situação atual, está tudo bem, Srta. McGold. Mas sair de casa daquela maneira foi mesmo irresponsabilidade.

-- Como assim a situação atual?

-- Estamos em polvorosa, Louise. Tem uma assassina a solta por aí. Ela escapou de Azkaban e você corre perigo.

-- Mas por que eu?

Vendo o despertar da curiosidade da menina, o ministro desconversou.

-- Isso não vem ao caso. Tomei liberdade de comprar os livros pra você. Tom irá levá-los ao seu quarto. Tenha uma boa noite e estadia, Louise.

Já no quarto resolveu ver os livros e um deles lhe chamou atenção, chamado O Livro Monstruoso dos Monstros. O formato dele não poderia ser outro. Todo revestido de pele de animal, olhos esquisitos na capa e dentes que serviam como cadeado. Destrancou sob grunhidos do livro e ao abrir, levou um susto. O livro abriu-se como uma fera, tentando devorar Louise.

Derrubou o livro e este se foi pra baixo da cama, como se estivesse bravo. Olhou para baixo e o ouviu os resmungos e por fim levantou rápido pra evitar outra investida. Tirou o tênis e se preparou. Jogou ao chão e o livro monstro atacou e neste momento Louise pisou, conseguindo-o trancar.

Saiu do quarto e ao descer as escadas encontrou os irmãos Chris e Ana Romanov.

-- Louise! – Ana abraçou sua amiga, mesmo segurando seu gato chamado Robbespierre.

-- Fala pra minha irmã afastar esse pulguento. – Chris também abraçava a loirinha de olhos azuis e segurava seu rato de estimação chamado Perebas.

-- Chris odeia o Robbespierre.

-- E me contem as novidades.



Os dois então contaram sobre a viagem que a família fez a China e visitando a Grande Muralha. Lá, Ana aprendeu um pouco mandarim e Chris comprou alguns artefatos místicos mas que não pretendia usar na escola de magia.

No entanto, Chris mostra a página do Profeta Diário, com os dizeres ESCAPADA DE AZKABAN e a foto de uma mulher que berrava para os lados, segurando a plaqueta com seu nome e números.

-- Sabe quem é ela? – questionou Chris.

Louise negou com a cabeça.

-- Ela é Mathilda Black, mais conhecida como Tilda Black.

-- Ela... – Louise não acreditava que aquela mulher da foto... era sua tia que nunca conheceu. – É minha tia.

-- Mas ela também é conhecida por ser grande partidária do Você-Sabe–Quem. – respondeu Chris. – E matou doze trouxas sem piedade.

-- Acha que ela... virá atrás de mim?

Antes de Chris dizer, eis que o pai dele surge, Alexei. Falou algo em russo para o filho e o mesmo se retirou.

-- Recebi uma coruja. Seu pai estava preocupado com você, depois que saiu daquela maneira.

-- Eu sei. Até o ministro. – confirmou a jovem, baixando a cabeça.

-- São tempos conturbados, minha criança. – Alexei acariciou o rosto de leve. -- Mas já avisei que está com conosco e ele me pediu pra colocá-la no trem.

Louise não se opôs e voltou para o quarto, pensativa. Tentou não se preocupar em relação a sua tia assassina de trouxas. Focou seu pensamento no artilheiro da Grifinoria, o alemão Gerd Müller, filho da ministra alemã Hilda Müller. Os dois são rivais no quadribol, mas fora disso a menina gostava de olhar para o jovem alto e forte como um urso. Apenas lamenta que ele seja namorado de Alice Stone, uma aluna da Corvinal, muito inteligente e bonita.

Na hora do embarque, esperou seus amigos entrarem na cabine. Estavam ela e um homem dormindo muito encolhido no casaco e perto da janela. Neste momento Davy Jones, seu melhor amigo, que resolveu passar as férias de verão na casa de Micky Dolenz, entrou acompanhado de Odile Greyhound, uma francesa da Corvinal e Peter Tork.


-- Chega mais pra lá, Peter. – berrou Davy, ficando no meio do banco, entre Peter e o outro passageiro.

-- Quem é ele? – Peter estranhou ali o homem dormindo.

-- É o professor A. Watson. – respondeu Odile.

-- Como sabe disso?

-- Está escrito na mala dele.

Houve um silêncio entre os amigos. Certificando que o homem dormia tranquilamente e não havia ninguém passando por ali, Louise fechou a porta.

-- Preciso falar com vocês um assunto muito sério.

Ela falou sobre Tilda Black, o escape de Azkaban, o fato do ministro e Alexei Romanov terem lhe alertado e principalmente, sua fuga de casa por desavenças com o pai.

-- Então, Tilda Black fugiu de Azkaban... unicamente pra te matar? – indagou Odile, preocupada.

-- Ao que parece, sim. – respondeu Louise, temerosa. – Oh meu Deus! Terei de Alertar o Mickey.

-- Mas ele já deve estar sabendo. – comentou Peter. – Eu o vi na outra cabine lendo o Profeta Diário e parecia não se importar.

-- Não acredito que ele seja tão despreocupado. – disse Davy, um pouco irritado.

Louise se calou um pouco e de repente o trem andou devagar e aos poucos, parando definitivamente.

-- O que aconteceu? – as duas meninas perguntaram juntas.

-- Acho que deu problema. – Davy acreditava mesmo que possa ter enguiçado o motor.

Depois alastrou-se a escuridão, o frio e... gelo. Odile notou que o vidro congelava com o simples toque. Os jovens entraram em pânico contudo permaneceram em silêncio. Neste momento uma sombra surgiu na porta e conseqüentemente, abriu.



Todos se assustaram diante da figura assombrosa. Seria um tipo de fantasma? O ser encarou os presentes. O gato de Odile, Meia Noite, soltou um miado alto. Em seguida virou-se para Louise. Unicamente para ela. A menina não sabia bem o que fazer e completamente vulnerável.

Em questão de segundos a criatura abriu a boca e por mágica sugava as forças de Louise, deixando-a fraca, indefesa e a sensação de que perdeu tudo o que lembra... E teria ficado pior se o passageiro que antes dormia, se pôs na frente do ser, apontando sua varinha, irradiando uma luz tão poderosa que fez o fantasma recuar. Mas Louise caiu desacordada na cadeira, ouvindo um grito...


LOUISEEEEEEEE...


Poderia ser uma boa noite de sono ou um cochilo relaxante mas se tratava de um desmaio, um quase coma. E parecia um sono mesmo para Louise. O que acordou a jovem foi algo diferente. O contato de lábios sedosos com hálito de menta, lhe beijando a boca.

-- Hmmmm... – ela gemeu, prazerosamente.

E depois uma voz.

-- Louise!

Ela não abriu os olhos.

-- LOUISE!

Finalmente abre os olhos e se encantou com a visão a sua frente. Um par de olhos azulados brilhantes a encarando e cabelos longos e negros.

-- Você... Você...

-- Calma. Está tudo bem. Ouvi seu grito e fiquei preocupada.

A jovem em questão era Alice Stone, aluna da Corvinal. Após a retirada dos seres fantasmagóricos, ela Louise desmaiada e seus amigos em pânico, tentando acordá-la. Por sorte, estava na cabine ao lado e a socorreu... daquela forma. Os amigos de Louise se surpreenderam, mas não disseram nada. Odile, que era um pouco ciumenta em relação a amizade de Louise, estava desconfortável vendo a atitude inusitada de Alice, contudo, não quis dizer pois a mesma conseguiu salvar sua melhor amiga.

-- Como você está? – Odile abraçava a melhor amiga. Ela e Louise, embora de casas diferentes em Hogwarts, são muito unidas.


-- Me sinto... Estranha e... Triste. E com frio. – tremendo um pouco. – O que eram aquelas coisas?

-- Dementadores. – respondeu o homem que a salvou, abrindo a porta da cabine e oferecendo um tablete de chocolate suíço. – Coma. Vai te fazer.

Louise comeu o chocolate e recuperou as forças perdidas.

-- Mas o que faziam aqui esses dementadores? – indagou Alice.

-- Esses dementadores são guardas de Azkaban. Foram revistar o trem a procura de Tilda Black. – respondeu o homem.  – A propósito sou Andrew Watson.

-- Muito prazer, Sr. Watson. – disseram o pessoal.

-- Espere. – pediu Davy, de olhos arregalados e feliz. – Você, por acaso, é parente de Alana Watson?

Andrew riu um pouco e respondeu mais alegre.

-- Sou o pai dela.

Os jovens ficaram mais surpreendidos. Andrew é pai de Alana, uma garota da Lufa Lufa, muito gentil e amiga de Louise, Davy e Peter.

-- Agora se me derem licença, vou conversar com o maquinista.

Andrew abriu a porta e notou o olhar de Louise, meio incrédula.

-- Coma. Vai te ajudar recuperar energia. Aliás, Srta. Stone, sua amiga está aqui. – apontando para Belle Blue, a melhor amiga de Alice e da Corvinal.

Alice se despediu de todos e de Louise. Mas a última tocou sua mão.

-- Muito obrigada, Alice.

A jovem da Corvinal se retirou também da cabine, se juntando a sua amiga. Louise colocou a cabeça pra fora e viu o inevitável. Alice e Belle se beijando ardentemente e ouvindo o que a outra disse:

-- Não ajude mais essa garota preguiçosa. Você não quer se encrencar com o pai dela, o professor de Poções?

-- Calada, Belle!



Lulu fechou a porta e sentou no banco, um tanto triste.

-- O que foi? – perguntou Davy, abraçando sua amiga.

-- Nada. – disfarçou. – Alice me beijou?

-- Sim. – confirmou Peter.

-- Você não acordava. – disse Odile. – Mesmo com Davy e eu gritando e te sacudindo.

-- Ela...  Beija bem. – sorriu a loirinha, tocando os lábios.

-- É, né? – Odile fingiu concordar, fechando a cara. – Mas estou feliz que você esteja bem.

No desembarque do trem, Louise tentou alcançar Mickey mas não conseguiu. O irmão seguiu com a prima, Felicity, junto com outros alunos da Sonserina na carruagem.

-- Vamos, Lulu. – chamou Peter.

Ela embarca na carruagem e novamente olhou para o jornal. A sinistra foto de Tilda Black lhe causava tremor na alma. Precisava saber da verdade e a opinião de Mickey em relação a isso. Poderia também perguntar ao pai mas logo descartou. Com certeza ele diria para a filha não se preocupar e faria até feitiço de alteração da memória.

As coisas se tornaram intrigantes para Louise...


Continua...


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