terça-feira, 6 de outubro de 2015

Sunrise (Grindhouse Mix - 2º Capítulo)

Agora segundo capítulo!



Capítulo 2: I Can’t Explain

Mesmo sendo oito horas da manhã, Alice não se levantou e tampouco seu amante. Acabaram de ser amar poucos minutos e ambos estavam ofegantes e olhavam para o teto. Apesar da felicidade em estar com a mulher que ama, Gerd sentiu arrependimento. Felicity não merecia aquilo, logo a galesa de olhos castanhos que foi tão boa para ele...

-- Por que retornou depois de tantos anos? – Perguntou Gerd ainda com a cabeça voltada para o teto.

-- Belle me convidou pra ser redatora de sua nova campanha e eu aceitei. – Respondeu Alice e em seguida olhando para ele. -- Eu não ia te procurar Gerd,sei que está casado e que a Felicity é ciumenta,mas durante esse tempo todo,eu senti sua falta.

-- Adoro muito a Felicity e devo a ela toda a felicidade proporcionada. Mas é você que eu quero. Por favor, seja minha.

Alice não podia negar que mesmo depois de tanto tempo, sentiu falta do jogador. Novamente eles se entregaram a tudo.

Pilton, Inglaterra

Felicity e sua amiga, Annie Collins, uma publicitária, seguiam para o palco principal, onde uma banda começava a fazer a passagem de som.

-- Não estranhe se eles lhe fizerem alguma piadinha. – Dizia Annie. – São rapazes muito amáveis.

Imagino, pensou Felicity, e aproveitando que a profissional se afastava, mandou uma mensagem para o marido.

Oi amor! Que saudades de você! Daqui a pouco começa o festival e tudo o que eu queria é que você estivesse aqui, pra curtir comigo.

Após o envio, Annie levou Felicity para o camarim da banda e foi apresentada.

-- Pessoal, quero que conheçam Felicity McGold, a fotógrafa da Rolling Stone alemã.

-- Olá! – Saudaram os quatro.

-- Felicity, este é Roger Daltrey, o vocalista. – Apresentou um rapaz de olhos azuis, loiro, cabelo cacheado, com a camisa aberta revelando a barriga definida. A fotógrafa se impressionou e num momento engraçado, lembrou-se de Marie e sua queda por loiros.  – Este é John Entwistle, o baixista.

Outro rapaz, maior que o loiro, cabelos curtos e meio rebeldes, também possuindo olhos azuis, apertou a mão de Felicity educadamente.

-- Annie, não esquece de mim! – Disse o terceiro, menor que o baixista mas um pouco maior que vocalista.

-- Ah, Fefe, este é o Keith Moon. O baterista.

-- Mas você pode me chamar de John, linda! – Disse Keith, com os olhos brilhando.

Na vez do quarto rapaz, Fefe paralisou por alguns instantes. Um tipo magro e alto, narigudo, cabelos curtos e olhos azulados como o oceano num dia de sol.  Meu deus, ele é o Poseidon reencarnado, pensou Fefe e em seguida saindo de sua órbita mental.

-- E por fim, este é Pete Townshend, guitarrista, líder da banda e meu namorado. Amor, esta é Felicity McGold, que eu tanto falei.

-- Ah sim, a fotógrafa. – Disse Pete, impressionado com a mulher a sua frente. Sem sombra de dúvida uma perfeita deusa. – É um prazer em conhecer, Miss Felicity.

-- Diga Fefe e lhe poupa tempo. – Disse a fotógrafa, educada e sorrindo para o guitarrista.

Annie percebeu uma pequena fagulha de atenção que Pete demonstrou ao conhecer Fefe e esta parecia corresponder. Contudo, mais tarde o rosto do guitarrista mudou ao ver no dedo anelar esquerdo da moça uma aliança dourada e constatou que ela é casada. Mesmo assim, ele não deixou de admirar a mulher alta.

O Festival de Glastonbury começou muito bem no outro dia. Várias barracas foram instalados pelos fãs e estandes de música, artes, dança e tudo mais. E acima de tudo, o palco pronto para receber as bandas e cantores. A abertura ficou por conta de Simon & Garfunkel e depois pelo grupo Herman’s Hermint. Quando anoiteceu, o The Who entrou no palco, arrasando com um mix de seus principais sucessos dos discos anteriores por duas horas. Na segunda hora, deram inicio a sua ópera rock chamado Tommy.
Enquanto a banda tocava, Felicity junto com outros fotógrafos, tiravam fotos da banda e das performances dos integrantes. Keith mostrava mais fúria na bateria, Roger com sua poderosa voz ecoava para a multidão, John mesmo sendo discreto, seu instrumento trazia um som combinado com os outros e Pete retirava mais notas na guitarra. De todos os registros, Fefe tirava mais fotos do guitarrista em questão do que dos outros. No entanto quando ele cantou The Acid Queen, ela notou o olhar dele para ela.

If your child ain't all he should be now
This girl can put him right.
I'll show him what he could be now
Just give me one night.
I'm the Gypsy - the acid Queen.
Pay before we start.
I'm the Gypsy - I'm guaranteed.
I'll tear your soul apart.

Give us a room and close the door
Leave us for a while.
Your boy won't be a boy no more
Young, but not a child.
I'm the Gypsy - the acid queen.
Pay before we start.
I'm the Gypsy - I'm guaranteed.
I'll tear your soul apart.

Gather your wits and hold on fast,
Your mind must learn to roam.
Just as the Gypsy Queen must do
You're gonna hit the road.

My work is done now look at him
He's never been more alive.
His head it shakes his fingers clutch.
Watch his body writhe
I'm the Gypsy - the acid queen.
Pay before we start.
I'm the Gypsy - I'm guaranteed.
To break your little heart.


Ao fim da apresentação, Felicity se encontrava com o rosto vermelho. Ela gostou. Porém, culpou por tais pensamentos. Não posso fazer isso, disse para si mesma nos pensamentos. E durante uma semana foi assim. Ela tirou mais fotos de outras bandas, mas The Who foi o destaque maior. No último dia do festival, sendo encerrado pelo Moody Blues, a galesa foi guardar seu equipamento quando surgiu no camarim, o guitarrista.
-- Ai meu deus! Que susto!

-- Me desculpe. – Pete parecia ansioso e continuou a falar. – Eu sei que amanhã vai embora, mas... Não posso negar que durante a semana toda não consigo parar de pensar em você.

-- Não se preocupe. – Disse Felicity, tranqüila. – Logo se esquecerá de mim e de como sou.

Quando ela caminhou até a porta, Pete a puxou pelo braço e num movimento, suas faces ficaram muito próximas uma da outra, sentindo a respiração do outro.

-- Pete... Me... Solta.... – Pedia a fotógrafa, olhando nas orbes azuladas de Pete.

Ele passava a mão na coxa dela e depois apertou de leve o bumbum.

-- Estou louco para te beijar.

Ele contornou os lábios da galesa com a língua, transformando num beijo quente e profundo. O contato dos lábios carnudos de Felicity aumentaram seu desejo. Mesmo ter durado pouco, Pete e Fefe adoraram.

-- Eu sou casada e amo meu marido... – Suspirou Fefe, pelo beijo. – E você tem a Annie. Por favor, esqueça esse momento!

Não adiantou. Pete a beijou mais uma vez e quando terminou, afagou o rosto dela e disse.

-- Nunca vou te esquecer, nunca mesmo.

Durante o vôo de volta para Munique, Felicity não parava de pensar no guitarrista de olhos azuis. Avisou o marido sobre sua chegada e ao entrar em casa, encontrou o marido no quarto, apenas de toalha, de banho tomado.

-- Felicity!

Ela largou as malas e correu para agarrar o marido e beijá-lo.

-- Senti sua falta! Faça amor comigo, selvagem!

Durante o ato carnal, ela viu o rosto de Pete, e novamente trocou mais beijos ardentes. Ainda em Glastonbury, Annie e Pete faziam amor na barraca feita por eles. Ao atingir o orgasmo, avistou o rosto da galesa alta de olhos castanhos.

-- Eu... te amo... – Disse entre suspiros e quase falando o nome da fotógrafa.

-- Eu também, Pete. – Respondeu Annie. Sem saber que seu namorado está caído de amores por sua amiga.


A imagem vem nos meus sonhos. Ele. Quem é ele? O mesmo meteoro que mencionei antes retornou na mente e mostrou uma imagem. Cada vez me convenço que há sinais que não consigo interpretar ou simplesmente é impossível de saber. Nem Robert Langdon ou algum especialista sabe me responder. E falando em sinais... Meu coração bate rápido como se estivesse doente. Talvez... aquilo que me falta esteja mais perto de se saber.


Continua...


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