quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Sunrise (Grindhouse Mix - 5º Capítulo)

Olá pessoal!
Bom dia e fiquem com quinto capítulo!


Capítulo 5: Conflitos de amor


Franz chegou cedo das compras e ao colocar as sacolas na mesa, ouviu uma série de gemidos e palavras vindos do quarto de Odile. Ele se aproximou da porta, desconfiado e ao abrir, viu uma cena bastante excitante. Louise e Odile se amando demais. Lulu dominava a amiga e esta ganhava mais carinho. Franz ficou nervoso e excitado demais vendo as duas, nuas e trocando carinhos. Louise percebeu que o namorado da amiga estava assistindo tudo e mostrou para Odile.

-- Odile, ele pode participar? – Sugeriu Lulu.

-- Claro. – Beijando a amiga. – E também pode fazer amor com ele.

-- O que? – Ele não havia entendido e tentou dizer algo antes que Louise o beijasse. – Louise, me desculpe mas...

Não conseguiu falar mais por conta do beijo ardente de Louise e em questão de segundos o jogador estava sem roupa e deitado na cama, amando a namorada e a melhor amiga dela...

Meio dia Louise se levantou da cama, se vestiu e quando ia se retirar do quarto, a mão de Odile a puxou de volta.

-- Volta pra cama, mon cheri.

-- Não dá, amor. Eu vou entregar as coisas da Fefe ainda hoje. – Olhando para Franz, que também a olhava com desejo para ela e Odile. – Mas você pode se divertir.

Saindo do quarto, ela deixou o casal fazendo amor e ela pegou as caixas e deixou no carro. Ela dirigiu rumo a casa de Felicity.

Alice ligava para Louise incansavelmente. Gerd sabia o quanto sua amada ama a prima de Fefe. E depois de saber sobre todo assunto, era normal que a menina tenha ficado chocada. No outro lado da cidade, Felicity ajudava receber seus pertences na caixa e ao mesmo tempo verificava qual iria pra ser vendido, queimado ou guardado. Na parte de vendas, Lulu olhou para um walkman amarelo com fone de ouvido laranja. O aparelho só tocava fita cassete e ali dentro havia uma fita escrita: os 12 hits .

-- Você vai vender esse walkman? – Questionou Lulu, ligando o portátil e funcionou.

-- Sim. – Respondeu Fefe, ainda solucionando. – Foi presente do Gerd. O primeiro. Ele sabe que adoro coisas vintage, sabe?

-- Ah tá! Eu posso ficar com ele?

-- Pega pra você!

-- Obrigada!

Louise guardou o portátil e depois seguiu para casa. Felicity guardou os outros pertences na outra caixa, para queimar. Lily ainda não voltou de viagem e Felicity não queria incomodar suas amigas. Ligou para a única pessoa que iria lhe dar atenção.

-- Alô?

-- Micky, sou eu. Quer vir comigo?

-- Para onde?

-- Algum lugar onde possa me livrar das coisas que me resta.

Minutos depois, Micky Dolenz surgiu no apartamento e ajudou Fefe a carregar a caixa de objetos que ela ganhou de Gerd. Seguiram para uma região afastada da cidade e ali Fefe iniciou seu ritual. Ela jogou um pouco de álcool dentro da caixa, que continha fotos de Polaroid, o álbum de casamento, cartas, bijuterias e até mesmo uma camiseta do Bayern. Acendeu o isqueiro e tocou fogo na caixa.

Micky e Fefe assistiram o fogo crepitando na caixa e nos objetos e ao mesmo tempo afagava o rosto da jovem.

-- Gerd Müller não me pertence mais! – Disse a moça, limpando as lágrimas.

Ronnie fumava seu cigarro na sacada de seu apartamento em Munique e admirou a noite alemã. Depois sentiu braços o envolvendo na cintura.

-- Volte a dormir, Niki.

-- Estou sem sono... – Disse o piloto austríaco Niki Lauda, o amante do artista plástico. – O que houve, rei? Ainda pensando na galesa?

-- Sim... – Suspirou Ronnie. – Sinto que vou reencontrá-la mas isso não signifique que não te ame. Eu te amo, Niki.

-- Tudo que posso dizer é que lute por ela. – Sorria o piloto. – E eu também te amo.

Os dois seguiram para o quarto, onde se entregaram mais uma vez ao prazer que ambos sabiam bem. Niki adora Ronnie e o mesmo correspondia em dobro. Ambos se completavam muito e Niki por vezes era a inspiração do artista sueco. Quanto a Ronnie, ele tem um profundo sentimento amoroso por Niki e também por ela...

No dia seguinte Ronnie ficou em sua galeria desenhando Niki e a galesa de cabelos negros e olhos azuis e por fim, esperando a artista plástica que irá mostrar seus desenhos e quadros para expor.

Ouviu passos se aproximando dele. Se virou e era a jovem.

-- Você é Louise McGold?

-- Sim. – Apertando a mão do dono da galeria. – E você é o Ronnald Peterson?

-- Não gosto quando me chamam assim. Prefiro Ronnie. – Disse, sorrindo e tratando bem Louise. – Vamos, entre e me mostre seus desenhos.

A garota carregava três quadros e um portfólio. Ronnie ajudou a carregar os quadros e olhando-os bem, viu o talento da menina. Ela desenha com perfeição. Seus desenhos eram de mulheres seminuas, retratos e havia nudez. O terceiro quadro, foi que lhe chamou atenção. Era de uma mulher, com os cabelos negros soltos e ela estava de costas e nua. Pelo rosto de perfil, reconheceu os olhos azuis.

 -- Quem é ela? – Questionou Ronnie, apaixonado pelo quadro.

-- Alice Stone...

-- Alice Stone... A jornalista?

-- Sim, ela mesma... Nós... – Louise não conseguia falar.

-- Então você é a alma gêmea dela. Eu ouvi falar de você.

-- Faz alguns dias que não a vejo... Eu não sei se ainda considero como minha alma gêmea apesar de tudo...

-- Vamos tomar um café e você pode me contar. – Disse o artista, puxando duas cadeiras, uma para ele e outra para Louise se sentarem e servindo uma xícara de café para ela. --  O que aconteceu pra você estar tão triste com aquela moça?

Enquanto bebia um gole de café, Louise parou de chorar e contou para Ronnie.

-- Eu descobri que o casamento da minha prima acabou... e ele a traía com a Alice. Então, como posso continuar amando uma mulher que destruiu o casamento de minha prima?

Ronnie ouvia atentamente todo o relato da jovem e se comoveu. Ao mesmo tempo julgou um pouco a sexualidade da menina. Quando a viu, sentiu um tesão incrível por ela mas temia que a jovem só preferisse mulheres, devido aos desenhos.

-- Eu... não sei o que faço ou pensar ou dizer. Quando fui pegar as coisas da Felicity, descobri tudo e eu me contive para não falar algo entalado na garganta pra não magoá-la.  Eu poderia xingar aquele McBastard mas só pioraria... Eu estou perdida.

Ela voltou a chorar e Ronnie a consolou abraçando a loira.

-- É realmente muito complicado isso. – Ronnie estendeu para a moça um lenço para limpar as lágrimas. – E mesmo assim você sente algo por ela?

-- Sou ligada a ela. Minha alma não é completa sem ela.

-- Converse com sua alma gêmea. Diga o que está sentindo. Essas dúvidas, a depressão ao saber das revelações. E demonstre seu amor. Se ela ainda te ama, vai te escutar.

-- Obrigada, Ronnie.

-- E sobre seus desenhos... – Olhando novamente para eles. – Sem querer ser curioso, mas você é bissexual?

-- Sou. – Respondeu Louise. – Espero que não interfira...

-- Relaxa. Eu pensei que você só gostasse de moças. Mas vejo que sente desejo por homens e mulheres. Eu também sinto isso. E sobre a galeria, quer vir trabalhar comigo aqui, amanhã?

-- Sim, é o que mais quero! – Animou-se a estudante.

Louise renovou suas esperanças em relação Alice e sobre a galeria.

Felicity prepara seu estúdio fotográfico enquanto Irene arrumava suas roupas e se maquiava, pois iria posar para as fotos dela. Quando foi pegar o cavalete para segurar a câmera, caiu uma foto que ficou no fundo da bolsa. Foi tirada de uma Polaroid e era dela e Gerd, vestidos como Liza Minnelli e Edward Blake, O Comediante do Watchmen.

Irene viu a foto com Fefe e começou a dizer.

-- Edward Blake... – Disse Irene. -- Sabia que ele só começou a gostar de Watchmen por causa da Alice? Por algum motivo ela dizia que os dois se pareciam.Talvez fosse por causa do sorriso ou ar enigmático que o Comediante tinha mas desde que eles ficaram,essa se tornou a fantasia favorita dele.

O rosto da fotógrafa, antes triste, mudou para raiva e num impulso ela rasgou em vários pedaços e jogou na janela.

-- Obrigada por me animar, Irene. – Felicity procurou se acalmar e esquecer.

-- Desculpe pela lembrança, sei que está com ódio dos dois e devo confessar que eu também estou sentindo isso, entretanto tem que me contar por que guardou tal fotografia?

-- Eu nem sabia que essa foto tava aqui. Eu queimei tudo que tinha dele. Não faço idéia... ou eu estava de ressaca. Se eu soubesse disso... não teria ficado com ele naquela festa e estaria com a lembrança do hospital e a música do Jimi Hendrix.

-- Você não tem se culpar pelo o que aconteceu no passado,Felicity,deve apenas aceita-lo e seguir em frente. Eu também queria esquecer do dia que conheci esse chucrute bastardo que entra na sua vida e que você não pode viver sem ele. Há algum magnetismo naquele homem que faça com que fiquemos atraídas por ele e com isso deixemos ele viver conosco se você quer saber, foi isso que eu senti e foi isso que você e que Alice sentiram qualquer mulher que se relacionar com ele sentirá.

-- Tem razão. – Concordou Fefe. -- O que está feito, está feito. Mas... porque ainda me lembro de certas coisas? Esses dias lembrei-me dele no pub quando cantou Foxy Lady, e agora o lance da festa a fantasia que Nora e eu organizamos...

Irene abraçou Felicity e depositou um beijo no pescoço, enquanto acariciava o cabelo e os seios.

-- Quase todas as noites me lembro da primeira vez que fiz amor com ele, lembro que fui a Paris cobrir um jogo, a gente já se conhecia porque um jornalista amigo meu já havia nos apresentado jantamos juntos,corremos na chuva e fizemos amor no hotel onde ele estava hospedado. É uma lembrança quente e calorosa,talvez seja isso que você sinta em relação à festa e a Foxy Lady. Afinal, o que realmente aconteceu lá?

FLASHBACK ON

A festa que Nora e Felicity organizaram era para comemorar seu 1 ano de estadia em Munique e as duas convidaram amigos, colegas de trabalho e seus namorados. Na verdade, Fefe era a única solteira, já que dispensou o baixista Paul McCartney, depois do caso de briga ocorrido no pub semanas atrás. Ela se vestiu de Liza Minnelli no filme Cabaret e Nora era Annie Hall, a personagem título interpretada por Diane Keaton.
Enquanto dançava com os outros convidados, sem querer esbarrou com um dos fantasiados. Ele estava de Edward Blake, conhecidamente como O Comediante, do filme Watchmen.

-- Ai, perdão! – Vendo que deixou um item da fantasia dele cair. – Isso é... seu?

Ela parou de falar quando viu que o convidado vestido de herói era na verdade o jogador bávaro.

-- Boa noite, Foxy Lady! – Ele a cumprimentou, beijando a mão dela e pegando o objeto.

-- O-oi! – Ela gaguejava mas foi puxada por Marie, que estava vestida de Jane Foster, a personagem do filme Thor, interpretada por Natalie Portman.

-- Fefe, me ajude! – Puxando a amiga para um pouco distante. – Você... pode me ceder o quartinho?

-- Poxa, Marie! Achei que era urgente! – Entregando a chave. – Bom divertimento!

Mal a amiga saiu e outra pessoa precisa de ajuda da galesa. Odile.

-- Por favor, Fefe, me ajude!

-- Já sei! – Bebendo um copo de Martini. – Quer o quartinho? Desculpa mas estão todos ocupados, menos o banheiro!

Odile, que se vestiu de Lola, a personagem de O Anjo Azul, explicou que está apaixonada por Franz Beckenbauer e que não sabia o que fazer ou o que dizer. Fefe observou e viu que o jogador estava pior que ela. Felicity detestava ser rotulada como a “solucionadora amorosa” por conta de sua situação. Ela juntou muitos casais mas sempre se dava mal quando se tratava dela mesma.

-- Ok, fica calma! – Acalmando Odile. – Eu vou dar um jeito.

A galesa caminhou em direção ao jogador e o arrastou em direção a Odile.

-- Espere! O que pretende?

-- Tenho uma amiga a fim de você e que  já saíram mas como você sabe, ela é um pouco tímida. – Resolveu perguntar. -- Você já leu O Anjo Azul ,Franz?

-- Eu já vi o filme. – Respondeu.

-- Já sonhou com a Marlene Dietrich versão francesa?

-- Errr... bem... eu...

Ela aponta para Odile, que olhava um pouco pro chão.

-- Vá falar com ela,talvez se conseguir, ficará mais louco que o professor do filme. – Fefe piscou para Franz e em seguida sumiu, indo para perto do DJ e pedindo para tocar Lou Rawls – You’ll Never Find Another Love Like Mine.

Por concluir sua missão, ela fica numa das mesas, olhando os casais dançando.

-- Posso juntar qualquer casal... Agora eu... sou um fracasso. – Lamentou para si mesma.

-- Por que se julga isso? – Gerd se juntou a jovem na mesa, enquanto bebia uma lata de água tônica.

-- Eu não me julgo... Essa sou eu!

-- E quanto ao nosso... lance no hospital? – Ele a olhava com desejo, provocando em Felicity a mesma sensação que ela teve no hospital por beijá-lo.

-- Aquilo... – Disfarçou e evitando olhá-lo. – Eu não sei o que deu em mim... Apenas te olhei e... te beijei.

-- Então... posso te beijar de novo?—Tocando a mão dela e a puxando para uma dança. – Eu não consigo tirar você da cabeça.

-- De alguma forma, você me enfeitiçou!

No meio da música Je T'aime Moi Non Plus, de Serge Gainsbourg e Jane Birkin, eles dançaram e ele afagou o rosto da fotógrafa, roubando um beijo quente e envolvente, a ponto dela sussurrar no ouvido dele.

-- Estou louca para sentir você dentro de mim.

Eles fugiram para dentro do carro de Franz. Enquanto isso na festa, Odile ficou olhando para janela e percebeu certa agitação no carro.

-- Mon amour, venha aqui! – Mostrando para o namorado o que se passa dentro do carro. – Olha o que está havendo!

-- Eu não acredito! – Disse o jogador, bravo.

Eles foram até o carro e Franz bateu no vidro da janela embaçada.

-- SAIAM DO MEU CARRO, AGORA!

Segundos depois o casal desembarcou, pouco apresentável. Felicity praticamente tinha marcas no pescoço e Gerd com a fantasia desarrumada.
-- O que houve com vocês? – Questionou Odile.

-- Melhor deixar quieto! – Respondeu Fefe, roubando outro beijo de Gerd. – Vou voltar pra festa.

Foi o primeiro de muitos momentos com bávaro.

FLASHBACK OFF

Ao terminar de falar, Felicity seguiu com a sessão de fotos com Irene, tirando fotos da mesma, com e sem roupa. A barriga dela estava mostrando aos poucos uma pequena protuberância e os seios ganhavam uma forma. Felicity não parava de suspirar vendo aquela mulher e admitia estar muito excitada.

Ela tomou um pouco de água para se acalmar e sentiu mãos delicadas massagear seu pescoço.

-- Você está maravilhosa. – Comentou Felicity, sentindo a mão de Irene.

Felicity a levou para um quartinho onde costuma descansar e deitou Irene. Ela tirou a calcinha rosa da grávida e fez sexo oral de modo suave, provocando mais prazer a Irene. Ela retirou a roupa e ajudou Felicity a se despir.

-- Acho que estou começando a ter uma paixão por você.  – Afagando o rosto da galesa. – Me sinto tão feliz com você, Felicity.

Irene apertava os seios grandes da galesa e entre os beijos Fefe ainda a masturbava, deixando a mulher mais excitada.

-- Irene... – Abraçando por trás. – Quer fazer aquela posição?

-- Qual? – Gemia Irene.

-- Aquela que um dia vi você e Marie fazendo...

Irene sabia qual ela se referia. Então deitou por cima de Felicity de forma contrária. Desta maneira uma conseguia saborear a outra no sexo oral e toques de luxúria. Assim elas conseguiram chegar ao orgasmo juntas...

Minutos depois Felicity abraçou Irene e passou mão no ventre dela.

-- Vai ser uma menina.

-- Como sabe?

-- Eu senti isso... – Respondeu Fefe, sorrindo. – Deve ser isso que as alma gêmeas sentem quando se está com a outra metade.

-- Sim...

Elas trocaram outro beijo e ao fim da tarde, Fefe pegou as fotos e as enviou em anexo para o e-mail de Robert Parker, o amado de Irene com a mensagem.

Tem duas pessoas esperando você. Venha no meu estúdio em Munique. O endereço está no rodapé.

Ass: Felicity McGold, fotógrafa da Rolling Stone Alemanha


Rosie chegou no apartamento onde divide com Marianne Jones muito cansada. Na verdade, nos últimos dias ela andava irritada com a amada por causa de um nome: Anastacia Rosely. Rosie não sabia disso. Certo dia quando chegou, encontrou as duas fazendo amor na sala. A ruiva procurou não se zangar e desde então engoliu seu ciúme.

Quando entrou no quarto encontrou Marianne conversando via Skype com Ana e um rapaz de cabelo afro.

-- Ah, olha, Ana. Rosie está aqui. --- Mari puxou a amada, contra a vontade desta. – Rosie, diga oi para Ana e o namorado dela, Paul.

-- Oi. – Cumprimentou friamente os dois e em seguida foi para o banheiro, batendo a porta.

A conversa terminou e Mari entrou no banheiro, encontrando a amada lavando o cabelo.

-- A Ana estava me contendo como conheceu o Paul. – Disse Mari, tirando a roupa.

-- E daí?

-- E daí que ela o conheceu no meio da piazza onde foi rodado A Doce Vida de Fellini. – Abrindo o box e se juntando no banho com a ruiva, acariciando as costas dela. -- Fellini praticamente abençoou esta união.

-- Hum... legal! – Rosie recusa o carinho e sai do banho, pegando a toalha e se secando.

Marianne tomou seu banho e pegando a toalha, se secou também e correu para o quarto.

-- Ah ela também mostrou uma foto do Edgar vestido de urso é simplesmente linda! – Marianne tentava arrancar um sorriso da ruiva.

Cansada de tudo aquilo, Rosie se sentou na cama.

-- Marianne, podemos conversar?

-- Sim. – Se juntando a ela. – O que houve?

-- Por que você só fala na Ana? Todos os dias, toda hora, todo momento...  Por acaso está se cansando de mim? – Questionou Rosie.

-- Está com ciúmes da Ana? Deus, eu não a vejo faz quase dois anos! Você não acha que eu sinto falta dela? Agora que ela está viajando e terá uma oportunidade de viver, você está criando caso!

-- Criando caso?! – Rosie se exaltava mais. – Não esqueça que você não me contou sobre esse seu caso com ela depois que começamos a ficar juntas. Eu não sabia desse seu caso e ainda as vi fazendo amor na sala. Como acha que eu me sinto?

-- Você ainda não esqueceu isso?! Rosie, eu amo você e amo a Ana! – Dizia Mari, roubando beijos da amada e esta negava.

-- Desculpa, Mari...

Ela foi para a cozinha, procurando algo para comer. Pegou da geladeira um pouco de iogurte e salada de frutas. Marianne estava de frente para a amiga, apenas de roupão e abrindo para ela, mostrando uma parte de sua nudez. A ruiva não resistiu e agarrou a amiga, fazendo amor ali mesmo de pé e depois no quarto. Rosie acordou cedo e foi preparar o café da manhã das duas. Ela desceu o térreo e pegou as cartas na correspondência. E na sala, ela separou as cartas de Marianne. Ela notou uma com remetente vindo da Itália.

-- Eu não acredito! – Se enfurecendo ao saber que a carta era de Ana.

Chorou ali mesmo e decidida, pegou a mochila e uma mala e sem acordar Marianne, guardou as roupas e alguns de seus pertences. Antes de ir embora, ela escreve um bilhete e o deixa na mesa.

Louise acordou feliz. Não era para menos. Estava começando a desenhar, pintar, esculpir e expor suas obras na galeria de Ronnie Petterson. Ele também pediu a jovem, que se conhecesse mais artistas ou modelos que queiram posar, ela pode indicar a galeria. Enquanto pintava mais um quadro que desenhou de Alice, eis que recebe a visita dela.

-- Pequena! – Louise reconhece a voz da amada e se virou para ela.

A artista se virou e seguiu para onde ela estava. Contudo deteve-se ao enxergar o namorado dela.

-- Hallo, Louise! – Cumprimentou Gerd, sorrindo para a menina.

-- Não me venha com essa de “Hallo”, seu bastardo canalha! – Louise se indignou.

-- Pequena, eu sei que está aborrecida por descobrir que eu e o Gerd...

-- Você escondeu de mim! Agora entendo porque me negava e havia falta de sexo entre nós e ainda pra piorar o B terminou comigo, ficando com a ex-mulher do seu irmão.

-- Como assim, falta de sexo? – Perguntou Gerd.

-- A conversa não chegou aí, então fica calado!

-- Escuta aqui, sua menina malcriada! Alice veio até aqui para te ver e é assim que a trata? – Pegando a garota pelo braço.

-- Gerd, solta ela! – Pedia Alice e este largava o braço da menina, enquanto que a jornalista afagava o rosto dela. -- Louise, entenda o casamento da sua prima já acabou e você não tem que ficar triste, sobre a nossa falta de sexo, prometo te dar mais atenção, mais atenção que eu dou pro Gerd sobre o casamento do Jim, ele já estava fadado ao fracasso desde o início, você sabe bem. Você foi amante da Ana.

Ela chorou e depois negou o carinho.

-- Por isso mesmo eu fico triste. Eu arruinei o casamento do Jim, tive meu castigo e você fez o mesmo. Na verdade foi ele que pediu por isso. – Apontando para Gerd. – Ainda bem que Fefe concordou em dar o divórcio para você, seu energúmeno nojento!

-- Louise...

-- Vai embora, Alice! – Mandou a menina. – Não faça mais promessas. Odeio quem faz promessa que não cumpre! Saia daqui!

Os olhos azuis de Alice se encheram de lágrimas e ela foi embora.

-- Ela sente falta de você todas as noites... – Dizia Gerd. – E você a trata assim? Que tipo de alma gêmea você é?

-- Você acha que eu quero me relacionar com gente do tipo de vocês? Que só sabe falhar com as pessoas que ama?

-- Se você quer fazer isso, ótimo! Mas já vou avisando, ninguém faz Mein Himmel sofrer! Você está marcada, Louise McGold!

-- EU QUERO MAIS QUE VOCÊ SE FODA, GERD MÜLLER! NINGUÉM ME AMEAÇA DESTA MANEIRA E QUERO QUE SAIA DESTA GALERIA ANTES...

-- Antes o que? Vai chamar a polícia?

O próximo ato de Louise foi pegar uma das estátuas esculpidas de malformação e jogou contra o atacante.

-- SUA MALUCA! VOCÊ É LOUCA! PERTURBADA! – Berrou Gerd e vendo que ela pegou também os quadros e arremessava contra ele.

No lado de fora, Gerd e Alice embarcaram no carro, mas Louise saiu da galeria, armada com o taco de críquete e batendo no vidro retrovisor. O carro saiu em disparada.

-- DÁ PRÓXIMA VEZ QUE APARECER AQUI, VOU JOGAR A ESTÁTUA DE DAVI NA SUA CABEÇA E TE MATAR, CHUCRUTE MISERÁVEL! BASTARDO, FILHO DA PUTA!

Quando voltou para a galeria, Louise borrou todo o quadro que pintava de Alice e chorou mais ainda ao mesmo tempo refletia sobre o que foi dito, sobre ela e Ana no passado que ela preferia esquecer...

FLASHBACK ON

Ainda nas férias do colégio, Lulu e Mickey foram visitar o casal Jim Stone e Anastacia Rosely. O filho deles, Edgar havia nascido poucos dias e ficaram de visitar o casal.

-- Michael, Louise, bem vindos! – Ana os recebia bem.

Michael e Jim ficaram conversando sobre esportes e o trabalho, enquanto as mulheres também tinham seus assuntos e cuidavam ao mesmo tempo do bebezinho. Jim olhava de relance para a bela e pequena amante, que usava o vestido florido que ele tinha dado de presente de aniversário para ela. Ele sentiu aquilo... E procurou se controlar e prestar atenção na conversa de Mickey.

Quando Edgar chorou, Ana pegou o bebê e erguendo a blusa e o sutiã, mostrou um dos seios fartos e ofereceu a Edgar. Louise viu a cena do menino sendo amamentado por Ana e ficou excitada. Ela pensou como seria gostoso também experimentar os seios fartos de Ana. E Louise adora mulheres com seios daquele tamanho. Ela seguiu para o banheiro. Percebeu que estava molhada e lavou o rosto.

-- Preciso me conter...

Ainda conversando com ela na sala, Ana desta vez prestou atenção na menina e mais ainda ao ver o cruzamento de pernas dela. Ela parece a Sharon Stone menor, pensou Ana, se excitando.

Antes de se despedir, Louise outra vez foi ao banheiro e encontrou Ana trocando de roupa.

-- Ah! Me desculpe! – Fechando a porta e se retirando.

-- Louise, espere! – Puxando a menina pelo braço. – Obrigada por me visitar.

-- Não há de que... – Por impulso, ela beijou a esposa de Jim, um selinho. – Algo para se guardar.

Saindo da casa dela, a estudante sorriu com o beijo dado...

FLASHBACK OFF

Já mais calma, a artista recolhe os pedaços de gesso das estátuas arremessadas e varreu o chão antes que Ronnie apareça e veja aquilo. Por mais que negasse, Alice estava certa o tempo todo, apenas Louise se recusava acreditar...

Dias depois...

O time Bayern de Munique embarca para Manchester por conta dos jogos da Liga. Eles vão confrontar o Manchester United no estádio Old Trafford. Desde o dia que saíram da galeria, Gerd andava afastado de Alice e por vezes falando pouco. Na verdade, ele estava enfurecido demais com Louise. Primeiro por ver Alice tentando recuperar a alma gêmea dela e sendo rejeitada e segundo por presenciar a fúria da loira baixinha. Ele não sabia quem era pior daquelas primas, se era Felicity sua ex-mulher ou Louise.

Ao se hospedarem no hotel, a jornalista tentou agradar o namorado mas este não ligava para nada.

-- O que houve, McDreamy?

-- Me deixa descansar, Alice. – Rejeitando o carinho dela e sentando na cama. – Tenho um jogo importante amanhã.

-- Tem certeza mesmo, McDreamy? – Alice sentou no colo dele e o beijou.

Acabaram fazendo amor, mas com diferencial. Comparado as outras noites, desta vez não foi intenso. Gerd adormeceu e nem sequer abraçou a namorada. Alice se sentiu como se tivesse forçado Gerd para o ato. Virou-se para o lado e pegou o celular, olhando as fotos de Louise, guardadas na memória.

-- Me perdoa, minha alma gêmea. – Chorando baixinho. – Nunca quis estragar nada de ninguém...

No mesmo instante, ela recebe uma mensagem de uma pessoa. Achou se tratar da amadinha loura, contudo, era outra pessoa.

Alice, como você está?
Você veio pra cidade doçura?
Acompanhar aquele seu alemao no jogo?
Não pode me ver?Estou com saudades?
Depois do jogo, quer me encontrar no hotel Holiday depois do jogo?
Estou com saudade.
George Best

No mesmo instante, Alice responde a mensagem.

Olá, George.
Sim,estou aqui por causa dele
Te vejo depois do jogo amanhã no hotel.
Alice.

No dia seguinte em Munique, o estúdio fotográfico está para receber uma pessoa. Felicity abre a porta e se surpreende com o homem a sua frente. Um tipo quarentão, olhos encantadores e um sorriso lindo.

-- Com licença, você é Felicity McGold?

-- Sou eu. Você é Robert Parker?

-- Ah sim. – Apertando a mão da mulher. – Sou eu.

Robert entrou no estúdio sendo conduzido por Felicity.

-- Tem uma pessoa que quer muito te ver. – Disse ela, abrindo a porta e mostrando quem é.

Robert viu a amada ali, sentada na cadeira, usando um vestido verde e chorando emocionada.

-- Meu amor... – Ele abraçou Irene. – Me perdoe...

-- Está tudo bem. – Colocando a mão dele na barriga. – Tudo vai estar bem.

Ele entendeu o motivo e trocaram um ósculo forte e apaixonado. Felicity se emociona também e os deixa a sós. Uma hora depois o casal se despede da fotógrafa e ela guarda seus materiais, quando outra vez a campainha toca e abrindo a porta...

-- Poseidon! – Exclamou Felicity reconhecendo os olhos azuis que ela tanto admirou desde o Glastonbury.

-- Minha rainha!

Ele a agarrou e roubou um beijo nos lábios vermelhos e quentes de Felicity, matando a saudade de meses.

O que é amor, quando tem o coração arrebentado? O que é ódio, quando se encontra num impasse? Uma dúvida? O que é saudade, quando esta pessoa que você tanto amou e foi seu primeiro amor, some de sua vida por razões fortes? O que é promessa, quando você diz e não cumpre? Muitas perguntas que o mundo não me diz, o universo não tem respostas...

Continua...

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