segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Sunrise (Grindhouse Mix - 4º Capítulo)

Olá pessoal!
Novo capítulo de Sunrise! Boa leitura!



Capítulo 4: Tattoo

Algumas semanas depois Felicity retornou para o apartamento onde mora com Lily, um pouco diferente. Ela caminhava devagar e possuía no braço direito um plástico grudado. Ali protegia uma tatuagem de uma fênix. Para Fefe, a fênix simbolizava seu retorno a vida após o divórcio conturbado e ainda esquecer o fato de ter sido traída. Era seu momento.

Entrando no apartamento, ela lava as mãos e o rosto no banheiro e ainda ouve alguns gemidos vindos do quarto. Rapidamente deduziu que era Lily e algum namorado que ela tenha conhecido na noite anterior. Minutos depois saiu um rapaz de cabelo esvoaçante, rosto vermelho e ofegante, olhos azuis lindos e abotoando a camisa.

-- Bom dia... – Cumprimentou o homem. – Vou me retirar. Até algum dia!

-- Adeus!

Felicity entrou no quarto de Lily e a encontrou nua, deitada de bruços e olhando para a amada.

-- Ainda não acredito que conseguiu tatuar seu braço. – Lily abraçou com cuidado Felicity, por medo de machucar o braço.

-- Sempre quis... Desta vez minha vida vai mudar, Lilian. Vai mudar pra melhor.

-- E vai mesmo, amorzinho. – Beijando a amada. – Agora vou tomar um banho e ir trabalhar.

A galesa acredita que tudo poderá mudar em sua vida, inclusive não descartava a possibilidade de voltar amar.

Horas depois da partida de Dianna Mackenzie, Louise e Odile ficaram em casa conversando.

-- Minhas férias logo vão acabar e terei de voltar para Sorbonne concluir meu semestre.

-- Pelo menos falta só um. – Odile olhava fixamente para Lulu. Era inegável que a francesa sempre teve uma queda pela melhor amiga. – Louise...

Odile segurava a mão de Louise e amaciava.

-- Se eu pedir algo, você não me nega?

-- Se estiver ao meu alcance, sim.

O próximo passo foi de Odile segurar o rosto de Louise e a beijar de modo provocante.

-- Eu te amo, Louise. E não falo como minha amiga, e sim como...

-- Amante? – Perguntou Louise, sorrindo e afagando o rosto da outra. – Pensei que não curtia garotas, Odile.

-- Até gosto, mas quero que seja unicamente com você.

Antes mesmo de trocar mais um beijo, o celular toca e Odile atende. Era o namorado dela, Franz Beckenbauer.

-- Louise, não se importa em ficar sozinha? Mozão quer me levar pra jantar e... e você sabe? E a Marie não pára mais no apartamento e sim na casa do Uli.

-- Estou acostumada com a solidão. – Respondeu enquanto servia um pouco de suco. – E vou ficar um pouco afogando a saudade que tenho do B, depois desta primeira carta.

Quando Odile foi embora, a garota pegou a carta e releu mais uma vez.

McLittle

Estas semanas que se passaram minha saudade por você aumenta cada dia. Na carta anterior havia chegado em terras italianas e notei a diferença. Sem você, pareço estar perdido. Explorei regiões, lugares até então desconhecidos, estudei as histórias dali e outros fatos. E também fiz amizades como de uma mulher chamada Anastacia. Ela é muito espirituosa. Creio que vai gostar muito dela. Logo mando outra carta, meu amor.

Sinto sua falta. Do seu amado B.

-- Também sinto sua falta... – Disse Louise, até ouvir seu celular tocar e atendeu. – Alô?

-- Ainda se lembra de mim, pequena deusa?

-- Já-James? É você mesmo?

-- Meu amor, como sinto sua falta e...

-- Não fale mais comigo, James. Nosso amor é complicado demais e quase arruinei seu casamento. Adeus.

Enquanto isso na Itália, Paul tirava mais fotos das paisagens sicilianas. Lembrou-se de Louise. A estudante sempre dizia que queria conhecer Palermo. Enquanto mirava a lente fotográfica, acabou avistando Anastacia, caminhando nas árvores e escrevendo... Achara-a tão encantadora... E linda.

Não! Ela é só uma amiga, pensou consigo mesmo, culpando por estar cobiçando outra mulher sendo que está comprometido com Louise.

As gravações do programa de TV, BeatClub, estavam bem agitadas. Pete afinava sua guitarra e pensava em Felicity. O término com Annie não foi dos melhores.

-- Ainda pensando na mulher casada? – Perguntou Roger Daltrey. – Duvido que ela largue o marido pra ficar com você.

-- Eu vou ter aquela mulher pra mim! Custe o que custar!

E Pete sente que está cada vez mais perto de encontrar sua “amada rainha”.

Aquela tarde se tornou a mais preguiçosa para Louise. Estavam na mesa muitos desenhos de todos os tipos que ela mesma fez. Na realidade ela queria estar perto de uma pessoa. Depois da ligação de James Stone, outra pessoa veio em sua mente. Alice.

-- Minha alma gêmea...

-- Oi, minha pequena. Estou morrendo de saudades. Posso te ver?

-- Eu também sinto sua falta, mozinho. Venha aqui.

Horas depois Alice e Lulu estavam nuas, debaixo do edredom e se amando. Louise masturbava Alice freneticamente e sugava o seio dela. A jornalista apertava o bumbum da amada. Era tudo perfeito...

Semanas depois Louise recebe mais uma carta do amado B, desta vez... com uma má notícia...

Dias antes...

Paul estava em seu quarto, sem roupa e na escrivaninha de frente pra janela, onde pode ver a lua cheia. Começou a escrever sua última carta.
Depois de terminado de escrever, ele guarda no envelope e depois volta para a cama, abraçando sua amada Ana por atrás e adormecendo.

Praticamente a loira se trancou no quarto, chorando por dias. Odile e Marie tentaram consolá-la e por fim não tiveram outra escolha a não ser... ligar para a alma gêmea amada de Louise.

Enquanto isso no outro lado da cidade, Felicity fumava seu cigarro sentada na cama perto da janela e Micky Dolenz  acariciava suas pernas. O baterista dos Monkees estava desacompanhado de Emma, que visitava sua amiga Dianna. Então ele havia ligado para a fotógrafa e ficado com ela no apartamento, já que Lily havia viajado para Irlanda.

-- Você é um pecado em forma de pessoa. – Disse Micky, subindo os dedos nas pernas dela, chegando até a intimidade ela. – Como aquele chucrute pode ter deixado você?

-- Talvez eu não fosse o pecado para ele. – Respondeu Fefe, deixando o cigarro apagado no cinzeiro e afagando o cabelo de Micky.

-- Fefe,nós não escolhemos nossos pecados, eles que nos escolhem. – Micky beijava e lambia as pernas da jovem. -- Só precisamos aceitá-los.

-- Mas ele tinha que fazer tudo aquilo comigo? Me trair com ela durante a viagem? – Fefe quase se exaltou se não fosse Micky tocando seu ventre, acalmando-a.

-- Sabe Fefe, eu nunca traí a Emma e estou fazendo isso agora, é uma sensação gostosa, ao mesmo tempo ruim. Sei que vou contar isso a ela e isso vai nos abalar. Acho que ele pensou dessa forma.
Fefe refletiu sobre isso. Talvez ela cometesse um erro em ter casado com Gerd. As palavras de Micky surtiram um efeito nela que a fizeram pensar sobre a traição sofrida e realmente se deu conta que seu marido nunca a amou e tudo aquilo que viveram eram emoções fortes, uma paixão louca e destruidora. Amor mesmo... ela sentiu com Micky e anteriormente com Pete. Mesmo assim ela teve medo de estragar o casamento do baterista, como foi estragado o seu.

-- Micky... reconquiste a Emma. – Pediu Fefe, saindo da cama e caminhando até a porta do quarto. – Eu... nem sei o que estou fazendo. Não devia ter feito isso.

-- Fefe! – Segurando a amada pelo braço e prensando-a na porta. -- Não negue que não gostou do que fizemos, talvez só brigaremos porque foi você e mais nada. Você reacendeu a chama do meu casamento.

Felicity beijou Micky com ternura e o levou para a cama.

-- Fefe, ela me traiu com Nez. Se nosso casamento acabar, acabou. Não fique preocupada com meu casamento, se concentre em nós dois juntos.

Ela retirou a camisola, ficando nua diante dele e em seguida abriu a braguilha da calça de Micky e abaixando a cueca, revelou o membro enrijecido e em seguida iniciou o sexo oral prazeroso para Micky, que passava a mão nos cabelos revoltosos de Fefe e olhava fixamente para a tatuagem de fênix no braço dela.

-- Ahh... Felicity... mais... ahhhh..

Fefe continuou e ao mesmo tempo arranhava o tórax do amado.

-- Micky... – Parando o ato e deixando o baterista sentado na cadeira. – Quero sentir você.

Ela se sentou no colo dele, de costas enquanto Micky gemia e lambia as costas dela.

-- Felicity... você é linda, maravilhosa... oh...

Os movimentos começaram de forma lenta para o tesão de ambos. Fefe se esqueceu de suas inibições e só se concentrava na voz de Micky, tão erótica... Por trás daquele rapaz engraçado, existe um homem sensual como ela havia previsto. Ela aumentou a velocidade e para animar, ela rebolava sensualmente no colo dele, enquanto Micky apertava mais os seios dela.

-- Micky... meu deus! Eu te amo! – Ela exclamou.

-- Oh Felicity... Minha deusa de Gales... Aaaaaah!

O casal atingiu o orgasmo junto e ofegantes, foram para a cama e se beijaram.

-- Minha deusa, meu pecado, eu amo você mais do que tudo, mais que a música, mais que a minha vida até. – Dizia Micky enquanto deixava Fefe aconchegada em seus braços.

-- Meu macaquinho maluco, amo-te com tudo que tenho e tudo que sou. – Trocando mais um beijo com Micky.

Mais uma tarde de amor passada com ele.

No treinamento do time, Gerd praticava mais uma jogada quando de súbito rememorou as coisas que aconteceram. A ida de Fefe para o Glastonbury, a traição com Irene e Alice, o divórcio e por fim o amor de sua vida ao seu lado. Por mais mágoa que causou para a ex-mulher, houveram momentos que eles se gostavam. Como pessoas, amigos, parceiros... amantes.  Seus pensamentos foram interrompidos quando Franz e Sepp sugeriram sair a noite e beber, para esquecer os problemas e depois seguirem para a concentração com a mannschaft (seleção alemã) na semana seguinte.

Quando anoiteceu, eles foram para o pub, beberam um pouco de cerveja e passaram o tempo conversando sobre as vidas que levavam. Gerd outra vez relembrou o dia que ele e Felicity finalmente ficaram juntos...

FLASHBACK ON

Três anos depois de Alice ter ido embora, Gerd viveu lances amorosos que não duravam mais de uma noite. Dormiu com várias mulheres, independendo se são famosas ou não. Porém, houve uma que ele desejava mais que tudo, porém por conta de seu lado arisco, nunca conseguiu. Esta garota era Felicity McGold, galesa alta de olhos castanhos claros, um olhar selvagem que lembrava uma tigresa, muito estonteante. Ele a conheceu por meio de Sepp Maier, que namorava Nora Smith, a melhor amiga dela. Desde então procurou a moça por todos os lugares, até chegar ali no pub, onde um grupo chamado English Band se apresentava no palco e tocava alguns covers. Naquele momento Felicity subiu ao palco e cantou Purple Haze, do Jimi Hendrix.

Purple haze all in my brain
Lately things don't seem the same
Acting funny, but I don't know why
Excuse me while I kiss the sky

Purple haze all around
Don't know if I'm coming up or down
Am I happy or in misery?
Whatever it is, that girl put a spell on me

Help me, help me
Oh, I don't know

Purple haze was all in my eyes
Don't know if it's day or night
You've got me blowing, blowing my mind
Is it tomorrow or just the end of time

Who knows?
Help me, yeah
Come on know
Tell me, tell me

Quando terminaram, todos aplaudiram a banda e a vocalista que é amiga e convidada especial. Ela voltou para a mesa onde estavam seu chefe e os colegas da revista Rolling Stone alemã.

-- Aquela garota é muito...envolvente. – Comentou Gerd, fascinado pela vocalista.

-- É verdade. – Concordou Franz, abraçando Odile. – E ela tem uma bela voz.

O próximo ato viram que a baixista, Alana Watson, fala no micronfone.

-- Pessoal, a English Band permite que alguém venha aqui no palco, cantar conosco. Não tenham medo, deixem a timidez de lado e soltem a voz!

Vários minutos se passaram e aí Gerd tomou mais um gole de cerveja e decide:

-- Eu vou cantar agora!

-- O que? Não vai não! – Impediu Sepp.—Quantos copos você bebeu, homem?

-- Foram três  cervejas apenas e você sabe que eu canto bem. – Se retirando da mesa e deixando os colegas da mannschaft atônitos.

O pessoal observou o jogador indo conversar com o trio. Ao que parece eles aceitaram seu “vocalista”.

-- Aposto 500 libras que ele vai pagar mico diante da banda e de todos! – Dizia Uli Hoeness, sacando o dinheiro.

-- Põe aí, Uli! 600 que ele vai cantar muito bem e ainda ganhar a garota que cantou anteriormente. – Disse Franz, deixando as notas de dinheiro na mesa.

-- Ele canta bem mesmo? – Duvidou Odile.

-- Ele gravou uma música uma vez e... bem... ele não foi tão mal assim. – Garantiu o líbero, vendo o amigo no palco com a banda.

-- Senhoras e senhores! – Saudou o guitarrista Edward Simons. – Temos um novo vocalista e ainda é famoso. Aplausos para Gerd Müller, atacante do Bayern de Munique!

Mais aplausos e naquele momento Felicity quase cospe o Martini e observa ele cantando... Foxy Lady!

Foxy, foxy
You know you are a cute little heart breaker
Foxy, yeah
And you know you are a sweet little lover maker
Foxy

I wanna take you home,haha, yeah
I won't do you no harm
You've got to be all mine, all mine
Ooh, foxy lady
Foxy, foxy

Now-a I see you come down on the scene
Oh, foxy
You make me wanna get up and-a scream
Foxy, oh baby listen now
I've made up my mind,
I'm tired of wasting all my precious time
You've got to be all mine, all mine

Ooh, foxy lady
Ooh, foxy lady, yeah yeah
You look so good, foxy
Oh, yeah, foxy
Yeah, give us some, foxy
Foxy lady
Foxy lady
Foxy lady

Todos se impressionaram com talento dele, até mesmo a própria banda, que no fundo duvidava, perceberam a voz dele tão poderosa. Felicity praticamente se encantou ali não só pela ousadia dele. Mas também Gerd cantava a música favorita da fotógrafa depois foi “acordada” por Teddy Cooper, seu colega.

-- O cara canta bem, para um jogador alemão.

-- É sim. – Mal conseguia falar por olhar pra ele. – Estou sem palavras.

Ao fim da música, o público ovacionou Gerd e a banda e ele retorna para a mannschaft na mesa. Felicity neste momento recebeu a mensagem de texto de Nora, que estava com o namorado.

Ele fez questão de cantar pra você.

Ela não perdeu tempo e respondeu a mensagem.

Diga a ele que eu adorei!

Nora mostrou a mensagem para Gerd.

-- Eu disse que minha amiga ia adorar. – Comentou a escocesa.

Porém, algo aconteceu. Antes de Felicity subir ao palco, ela recebe outra pessoa. Um rapaz de terno, acompanhado de outros três. O desconhecido tinha um cabelo quase tigela, rosto sereno e sorria para a fotógrafa. Ele a presenteou com uma caixa em forma de flor. O rosto de Gerd mudou ao julgar o rapaz sendo o namorado dela.

-- Acho que entendi o motivo dela me rejeitar em alguns momentos... – Disse por fim depois de beber mais um copo de cerveja e pedindo mais.

Neste momento surge um dos quatro visitantes e ele reconhece Nora.

-- Nora Smith!

-- George Harrison!

Agora era a vez de Sepp Maier botar pra fora a cerveja ao saber que o cabeludo magro conhecia sua namorada.

-- Katze, quero lhe apresentar George Harrison, ex-namorado e agora meu amigo!

-- Hallo! – Cumprimentou o goleiro titular, com o rosto sério.

-- Olá! – George retribuiu o cumprimento, ignorando o jeito meio rude do alemão. – Como vai, Nora?

George se sentou perto deles e a maior parte do tempo a escocesa ria do que Harrison contava, deixando seu namorado alemão bastante enciumado mas tentando segurar a vontade de socar o guitarrista.

Gerd bebia mais cerveja e observava a vocalista galesa, sorrindo para o intruso de cabelo esquisito e junto com outros dois. Reconheceu um deles, o ex-marido de sua paixão Irene Adler.

-- Ringo Starr! – Jogando o copo de chope contra o baterista.

-- Ora ora, se não é o chucrute que roubou minha ex-mulher! – Berrou Ringo, depois de ter se desviado do copo arremessado. – Ah, que pena que ela não ficou com você depois do divórcio e sim com aquele quarentão!

-- Seu inglês maldito, eu vou terminar de quebrar o seu nariz por todas aquelas noites que você atrapalhou meu sexo com a Irene!

-- Vem tentar, chucrute maldito! Eu vou arremessar a bateria na sua cabeça. – Disse Ringo, pegando o bumbo e acertando Gerd no tórax.

O inglês mesmo baixinho, socava fortemente o alemão mas acabou sendo erguido por ele e jogado contra o palco. Edward e Harry tiraram Alana dali e foram pros camarins. Os clientes saiam do pub e a briga continuava da pior maneira. Os outros jogadores tentaram conter Gerd e enquanto os outros rapazes seguravam Ringo. Algo impossível.

O alemão chutou o baterista e pegava o copo, quebrando nas costas dele.

-- Hoje vai saber por que me chamam de “Der Bomber”!

John e Paul rapidamente empurram Gerd e o seguraram. Lennon era mais forte e chutou o alemão. Aproveitando disso, Ringo pegou a caixa (item da bateria) e jogou na cabeça de Gerd, que ainda se remexia mesmo segurado pelos dois amigos.

-- Eu não agüento mais segurar esse alemão! – Disse Paul, cedendo o braço e sendo empurrado por Gerd.

George Harrison também foi empurrado, mas por Sepp. Uli, que até então só fazia apostas, acabou indo para a briga e  quebra a garrafa na cabeça de Lennon.

-- Asgardiano dos infernos! Já basta a Marie, agora tirou minha Rosie de mim! – Enfureceu Lennon, correndo em direção de Uli Hoeness e enchendo de socos, fazendo-o sangrar.

Felicity e o dono do pub chamaram a polícia e questão de segundos, cerca de cinco viaturas chegaram ao estabelecimento e os policiais conteram os agressores. Ringo e Gerd, cansados e ainda enfurecidos, queriam ainda brigar.

-- Te vejo no inferno, nazista! – Gritou Ringo, algemado e embarcando na viatura junto com Harrison.

Gerd mal conseguia falar com as dores e Uli estava com os olhos inchados dos socos de Lennon. Paul e John, junto com outros alemães foram para o hospital. Franz foi o único que se salvou e tentou acalmar os ânimos do treinador Joachim Löw e da comitiva alemã. Eles passaram a noite no quarto de emergência. No dia seguinte, Felicity visitou o atacante alemão.
-- Olá, Jimi Hendrix da Baviera. – Sorria a fotógrafa, ficando perto do jogador. – Como você está?

-- Ah... Olá, Foxy Lady. – Ele sorria. – Tentando sobreviver. E você?

-- Um pouco chocada por conta de ontem mas estou bem no sentido sem ferimentos nem nada. – Felicity pegou uma cadeira e sentou perto da cama, tocando a mão de Gerd. – Sem querer ser curiosa, mas você conhecia o Ringo?

-- Ele é o ex-marido de uma namorada que eu tive. Eles já não se amavam mais e ficamos juntos, e ele sempre atrapalhava nosso sexo.

Rapidamente Felicity largou a mão de Gerd e disfarçou o ciúme. Ela sabia quem ele se referia. Irene... Sempre ela...
Antes de falar algo, ela sente uma mão tocando seu ombro e num salto, ela abre a cortina ao lado e vê Sepp, dormindo e falando o nome de Nora.

-- Katzchen... Katzchen... Me ajude...

Nora aparece também no quarto e avistando Sepp, ela o acorda com um beijo.

-- Katze!

-- Minha katzchen...—Sepp não conseguiu falar por conta do tapa na cara que a namorada aplicou... e depois sendo beijado por ela.

Felicity e Gerd não acreditavam no que viam e discretamente ela fecha a cortina, permitindo mais privacidade ao casal de gatos.

Ela viu a mão dele, bastante machucada.

-- Oh, tadinho... – Pegando a mão com escoriações e colocando uma gaze na palma onde está o ferimento.

Na cama ao lado, Nora discutia com o namorado aos gritos.

-- COMO VOCÊ PODE BATER NO HARRISON? ELE NÃO FEZ NADA PRA VOCÊ!

-- Katzchen, ele estava me provocando falando daquele jeito com você.

-- Ele é só meu amigo Katze e agora ele está preso por conta disso!

-- Farei questão de pagar a fiança dele. – Disse Sepp, aceitando por fim que Harrison é mesmo amigo de sua namorada.

Os dois trocam um beijo e notam-se um silêncio na cama ao lado. Nora abriu a cortina e viu uma cena no mínimo romântica e... ousada. Felicity e Gerd se beijavam com ardor e a mão da fotógrafa tocava a parte intima do jogador, mesmo debaixo do lençol.  Gerd gemia mais e Felicity aumentava o toque íntimo. Nora ia falar algo para impedir contudo, Sepp a impediu tampando a boca. Uli, que estava na cama ao lado de Sepp, se encontrava sonolento por conta da morfina. Como o efeito do remédio passou, ele se acordou aos poucos e viu que a mão de Felicity subia e descia  rapidamente debaixo do lençol e constatou o que estava havendo.

Gerd emitiu o último gemido, atingindo seu orgasmo. Felicity o beijou mais e quando parou, ela e o jogador se assustaram ao verem os olhos curiosos do casal de gatos.

-- Ai meu deus! – Disfarçava seu embaraço e Gerd também, bastante constrangido. – Err... Não é o que estão pensando.

-- Como não pensar em nada se você acabou de fazer ele chegar lá? – Sepp dava risada e Nora balançava a cabeça de forma negativa, indicando não ter gostado da safadeza de sua “tigresa”.

-- Fefe, você e esse alemão são mais ousados que Meredith Grey e Derek Shepperd.

-- Vocês não viram nada! – Gerd tentava enganar seu amigo. – E quem vai acreditar em vocês?

-- Hey! – Gritou Uli. – Eu também tudo. Principalmente quando a mão dela foi ali!

Marie entrou no quarto e notou aquela agitação.

-- Meu Capitão Kirk! – Ela ficou perto dele. – O que aconteceu?

-- Eu vi, kleine blume! – Berrou Uli e apontando para Gerd e Fefe. – Sua amiga estava... tocando Gerd e ele gemia feito safado!

-- É mentira! Ele está doidão por conta da morfina!

A francesa viu a mão da amiga, suja...

-- Que indecência! Felicity e Gehard estamos num hospital! Tem pessoas se recuperando aqui! – Repreendeu Marie, indignada.

-- Desculpe... Eu vou embora! Tchau para vocês! – Se retirando do quarto, em direção ao banheiro. Contudo, ela retorna para o quarto e lançando seu olhar para Gerd, ela diz: -- Me liga!

Horas depois, Marie e Uli estão sozinhos no quarto, já que Gerd e Sepp ganharam alta.

-- Por que você não me toca um pouco? – Perguntou o namorado, acariciando a mão de Marie.

-- Mas aqui? E se aparecer alguém? Não quero fazer como a Fefe.

-- A diferença é que sua amiga não se importou se alguém fosse ver. E aqui não tem ninguém.

Diante daquele pedido, Marie sorria maliciosamente e acatou a vontade do namorado...

FLASHBACK OFF

Após a noite de diversão no pub, Sepp voltou para casa, encontrando Nora preparando um sanduíche.

-- Katze! – Abraçou o namorado e o beijou. – Tenho uma boa notícia!

-- O que é?

Depois Nora pegou a mão dele e o deixou no ventre.

-- Vamos ter um filhote de gato!

-- Minha katzchen! – Beijando mais ainda a amada pela felicidade em saber que vai ser pai pela primeira vez.

A noite encerrou bem para os gatos.

No outro dia, Felicity acordou um pouco disposta. Na verdade ela tinha poucos planos para seu dia e sentia falta de Lily. Elas trocavam mensagens todos os dias para manter contato uma com a outra.  Lily meu amor, volta logo, pedia Fefe em pensamentos mas foram interrompidos com a campainha.

Animada, ela abre a porta e dá de cara com uma das pessoas que ela menos esperava em receber em seu apartamento.

-- Olá, Felicity!

-- Bom dia e olá, Irene! – Disse Fefe, fechando a cara. – O que você quer aqui? O que quer tirar de mim, além do meu marido? Ou melhor, ex-marido?

-- Eu quero falar com você, Felicity. Me deixa entrar!

-- Vai embora! Não quero saber de você! Não me faça ser agressiva! – Já se preparando para fechar a porta quando Irene empurrou com força a jovem e fechou a porta atrás de si.

-- Saia daqui!

-- Não sem antes de falar...

Felicity aplica uma chave de pescoço na inglesa.

-- Vai sair da minha casa? Eu não quero te machucar então saia!

-- Ah, então você sabe lutar? – Irene falava com dificuldade mas conseguiu golpear de leve a barriga de Fefe, enfraquecendo a mulher.

Felicity se afasta e em posição de lutadora, tenta acertar socos em Irene que se desviava. Irene fazia o mesmo e não conseguia por conta dos reflexos da outra. Porém, Irene percebeu numa tentativa de Fefe, a chance de imobilizar a fotógrafa, agarrando um dos braços dela por trás , impedindo de qualquer movimento usando seu próprio corpo como peso.

-- Me solta, Irene!

-- Agora você vai me escutar! – Ordenou Irene, ainda com Felicity na parede.  – Eu quero... lhe pedir desculpas por arruinar seu casamento e...

Fefe usa mais movimentos bruscos para se soltar mas a adversária a vira de frente para ela, prensando-a na parede... e a beijou. A outra tentou empurrar a mulher forte e gritava dentro da boca dela. Só se acalmou quando uma das mãos de Irene deslizou nos seus seios, apalpando e depois na sua intimidade.

-- Você é poderosa e linda, Felicity... – Disse Irene, passando a língua nos lábios da galesa de olhos castanhos. -- Eu estou me sentindo culpada por tudo o que fiz e vim aqui me redimir. Meu namoro com Robert foi abalado e eu descobri que estou esperando um filho dele.

-- Eu sinto muito Irene...—Fefe se arrepende naquele momento de ter agredido a mulher. – Se eu soubesse que você está grávida, não teria te agredido. Existe algo que eu... possa fazer?

--Não tudo bem,meu personal disse que é bom para o meu corpo se acostumar com essas lutas... sobre Robert você conhece alguma fórmula que faça ele voltar?Tudo está tão horrível sem aquele escocês chato. – Lamentou Irene, chorando.

-- Se eu soubesse... – Ela abraçava Irene e afagava o rosto dela. – Salvaria meu casamento.

-- Tudo aconteceu antes do Gerd aparecer, ele disse que precisava de espaço e eu dei  e ele está em Edimburgo. – Se entregando mais as lagrimas. -- Só quero que ele volte ou vou atrás dele... Mas ele não me responde, não me atende...

-- Não fique assim... – Passando a mão no rosto dela. – Daremos um jeito. Vamos para o quarto. Quero ter você hoje.

Felicity consolou mais Irene e a carregou em seus braços, levando-a para o quarto. Deitou a mulher na cama e se entregaram ao prazer naquela manhã...

Louise passou o resto da manhã e tarde chorando, lamentando e relendo a carta de B. Procurou reavaliar sua vida e ver onde errou até o celular tocar.

-- Alô? – Atendeu, tentando não chorar.

-- Oi, minha amada pequena! Como você está?

Louise se calou e Alice ouviu o choro da amada, cortando seu coração.

-- Pequena, o que houve?

-- O B... Ele... ELE TERMINOU COMIGO POR CARTA!!! – Berrava Louise. – Eu estou mal, Alice!

-- Pequena, agüenta aí! Eu vou no apartamento te ver! Não faça nada, me espere!

Nem bem fechou uma hora e Alice aparece no apartamento de Louise, trazendo pizza, sorvete, chocolate e DVDs da última temporada de Grey’s Anatomy. Alice não gostou da aparência vista em sua alma gêmea. Ela deixou as coisas na mesa e abraçou forte a amada.

-- Minha pequena, não chore mais. – Ela viu na mão dela a carta. – Ele escreveu aí que terminou tudo?

-- Sim... – Mostrou a carta para a amada galesa alta.

Louise

Não sei como expressar o que quero dizer neste momento, pois isso vai magoá-la. Há cerca de algumas semanas desde que cheguei na Itália, conheci uma mulher maravilhosa. O nome dela é Anastacia Rosely. Acabamos nos conhecendo aos poucos, trocamos escrituras juntos e inclusive passeamos juntos.  Ali mesmo me apaixonei. Tentei lutar contra isso mas é tão forte essa paixão... sou um canalha por estar terminando com você dessa forma,mas seria muito pior se durante esta viagem eu estivesse me enganando e te enganando sobre isso

McLittle, não quero que chore. Nossa relação foi perfeita, amei estar ao seu lado nestes meses e as experiências sexuais levarei comigo. E também sua ousadia, seu sorriso, seu encanto nunca me esquecerei. Espero do fundo do coração que aceite nosso fim. Admito que estou sendo canalha mais uma vez, um covarde em dizer isso por carta e não na cara. Se quiser, quando nos reencontrarmos, pode me acertar um tapa ou um soco em meu nariz. Não vou reagir nem nada. E McLittle, uma coisa que eu nunca seria capaz de fazer é te enganar.

Aceito que sejamos amigos a partir de agora. Torço por sua felicidade, minha eterna McLittle.

Ass: Paul Breitner, seu amado B.


-- Ele conheceu minha ex-cunhada? – Questionou Alice, se referindo a Anastacia Rosely, que foi casada com seu irmão, Jim.

-- Seria o universo me dando um tapa na cara por ter ficado com Jim na época que ele era casado com ela? – Se perguntou Louise, com essa quase conclusão.

-- Não pense dessa forma pequena,talvez o destino queria isso pra todos nós. – Respondeu a galesa alta de olhos azuis, afagando os cabelos louros revoltosos de Louise.

-- Eu vou tomar um banho... – Avisou. – Pode preparar nosso jantar...

No banheiro, a menina chorava mais enquanto a banheira se enchia de água quente. Ela fecha a torneira da banheira e fica ali, emergida e se banhando. Ela tentou se afogar ali, mas impedida por Alice, que se juntou a ela no banho.

-- Louise!O que está fazendo? Por que quer fazer? Por causa de um homem?Tudo bem que ele terminou com você por carta e acabou com você, mas se machucar por causa disso? Se eu te perdesse, como você acha que eu ficaria? Você já parou pra pensar? Você é minha vida, minha razão de viver e existir, eu não sou nada sem você!

A jornalista tirou a roupa, ficando nua e se unindo a Louise na banheira, abraçando a loira por trás.

-- Não negue todo esse carinho que eu dou pra você Lulu! – Puxando o rosto angelical da amada para um beijo quente. – Minha musa, eu te amo!

-- Meu amor, quero ser sua para sempre. Não me deixe! – Se aconchegando nos braços delicados de Alice. – Mas... e se seu namorado McDreamy? Não quero ser um entrave para vocês.

-- Gerd é o amor da minha vida, mas você é minha alma gêmea, nunca me abandone Lulu!

Elas fizeram amor na banheira, uma ensaboando o corpo da outra, terminaram a noite jantando romanticamente e assistindo sua série favorita. Pela madrugada, Alice levou Louise em seus braços para a cama, onde mais movimentos prazerosos foram feitos. Embora Louise sendo menor, seu corpo se encaixava perfeitamente com de Alice. Ambas são delicadas, apaixonadas e ardentes. E também uma conhecia o corpo da outra. Não era preciso palavras. Bastava o toque de uma e o corpo da outra reagia com prazer...

Alice ficou sentada na cama e deixou Louise em seu colo, de forma erótica.

-- Meu amor, minha vida, serei sua pequena,sua alma gêmea, eu devoto minha vida, tudo a você, Alice! Eu amo você mais do que tudo, mais do que minha arte,minha família, minha existência!

Elas se amaram a noite toda...

Três dias depois...

Louise imprimia o e-mail recebido por Felicity, contendo o endereço do ex-marido e a lista de suas coisas a serem recuperadas. Ela pegou as caixas de papelão conseguidas pelas irmãs Greyhound deixando no porta malas.

-- Odile, você me acompanha?

-- Tudo bem. – Aceitou de cara. – Eu ia ao shopping, mas estou sem vontade.

Elas seguiram para o endereço com Louise dirigindo e Odile orientando o caminho. Chegando lá, ela ficou diante da porta e tocou a campainha. Segundos depois ela ouviu uma voz conhecida um pouco abafada.

-- Deixa que eu abro a porta, McDreamy.

Parece a voz da Alice, pensou a menina e quando a porta foi aberta, veio um choque.

-- Pequena! – Exclamou Alice, surpresa por ver sua alma gêmea. – O que faz aqui?

-- O que você faz aqui na casa da Felicity? – Questionou Louise, achando se tratar de um engano ou ilusão.

-- Eu moro aqui com Gerd.

-- Fefe foi casada com Gerd, você não sabia? – Indagou Odile.

-- Por favor, entre e poderemos conversar melhor,pequena.

Louise estava chocada e respirava com dificuldade. Elas entraram na casa e a estudante avistou o dono da casa, usando um abrigo vermelho e vestia uma camiseta.

-- A menina do Paul? – Perguntou Gerd.

-- Agora está explicado de onde te conhecia. – Disse Lulu, acalmando suas palpitações. – Você foi marido da minha prima.

-- Isso vai ter que aparecer no meu novo filme. – Disse Odile, pegando seu bloco de anotações personalizado e escrevendo os diálogos ouvidos.

-- Pequena, se acalme. O que veio fazer aqui?

-- Eu vim pegar as coisas da Fefe. – Respondeu a loira mais calma.

-- As coisas dela estão no escritório. – Gerd apontou a porta do escritório onde se encontra os pertences da ex-mulher.

Louise retirou tudo sem reclamar e em silêncio. Apenas verificando se algum fazia parte da lista. Retirou algumas coisas dali como o vestido que ela usou na Oktoberfest e um disco de vinil do Jimi Hendrix.

-- Ela não vai levar esse disco? – Questionou Gerd, vendo tudo.

-- Deixe-me ver... – Ela pegou a lista, olhou atentamente e respondeu de forma seca. – Não consta na lista então não levo!

-- Acho que essas coisas a fazem se lembrar de você. – Disse Alice.

Elas guardaram tudo no carro e Gerd entrega para a prima de Fefe uma guitarra Fender preta.

-- É a guitarra da Felicity. Eu dei para ela de aniversário quando namorávamos. – Disse Gerd. – Se ela quiser, pode vender que não me importo.

-- É claro. – Ela pegou rapidamente o instrumento. – Ela não se importa porque você é um bastardo!

-- O que?

Louise deixa a guitarra no carro e ainda em silêncio embarcou e elas foram embora, sem se despedir do casal.

Chegando em casa, Louise chora no ombro de Odile e sendo consolada pela francesa e sendo beijada por ela, deixando a galesa jovem surpreendida.

-- Odile...

-- Lulu... eu sempre gostei de você e sempre te olhei com outros olhos...

-- Eu não sabia que gostava de garotas...

-- Tenho duas amantes, Emma e Joanna, mas você é minha paixão.

Odile levou Louise para a cama, tirando apressadamente a roupa da mais jovem e em seguida fazendo sexo oral nela, fazendo Lulu gritar de prazer. A estudante bagunçava o cabelo da francesa e depois jogou a amiga na cama, tirando a roupa.

-- Hoje, você é minha, francesa! – Disse Louise, olhando para a amiga com malicia.

Retribuiu o ato amoroso, deixando Odile mais excitada.

-- Lulu... ahhhh... amor, vamos fazer juntas?

A galesa entendeu o que a outra quis dizer. Louise deitou por cima de Odile no sentido contrário e as duas ficaram naquela posição por vários minutos até atingirem o orgasmo...

Odile adormeceu e Louise aproveitou para pegar o celular e acessando seu blog, iniciou seu post.

Universo conspirou mesmo contra mim. Em várias formas. Parece que a cada minuto recebo revelações que são capazes de me arrancar o ar. Desta forma poderei morrer... O que não é uma má idéia. Não tenho motivos. Quando uma parte de sua alma é perdida, você se sente atordoada, sem decisões ou que pensar. Apenas se calar...
O que é mais sábio... Mas, e se o ódio falar mais alto? Permito essa minha manifestação?

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